domingo, 24 de novembro de 2024

NOITES AMERICANAS

------------- Vinícius de Moraes - Onde Anda Você (Legendado) ----------- -------------- Onde a Dor Não Tem Razão Paulinho da Viola Letra Canto Pra dizer que no meu coração Já não mais se agitam as ondas de uma paixão Ele não é mais abrigo de amores perdidos É um lago mais tranquilo Onde a dor não tem razão Nele a semente de um novo amor nasceu Livre de todo rancor, em flor se abriu Venho reabrir as janelas da vida E cantar como jamais cantei Esta felicidade ainda Quem esperou, como eu, por um novo carinho E viveu tão sozinho Tem que agradecer Quando consegue do peito tirar um espinho É que a velha esperança Já não pode morrer Canto Pra dizer que no meu coração Já não mais se agitam as ondas de uma paixão Ele não é mais abrigo de amores perdidos É um lago mais tranquilo Onde a dor não tem razão Nele a semente de um novo amor nasceu Livre de todo rancor, em flor se abriu Venho reabrir as janelas da vida E cantar como jamais cantei Esta felicidade ainda Quem esperou, como eu, por um novo carinho E viveu tão sozinho Tem que agradecer Quando consegue do peito tirar um espinho É que a velha esperança Já não pode morrer Canto Pra dizer que no meu coração Já não mais se agitam as ondas de uma paixão Ele não é mais abrigo de amores perdidos É um lago mais tranquilo Onde a dor não tem razão Nele a semente de um novo amor nasceu Livre de todo rancor, em flor se abriu Venho reabrir as janelas da vida E cantar como jamais cantei Esta felicidade ainda Lailá, lalaiá, lalaiá, lalaiá, lá Lalaiá, lalaiá, lalaiá, lá Lalaiá, lá, lá Composição: Elton Medeiros / Paulinho da Viola. ------------ ----------- A Noite Americana - 1973 - Trailer - Legendado --------- A Noite Americana 1973 ‧ Romance/Drama ‧ 1h 56m Diretor: François Truffaut Um diretor tenta terminar seu filme ao mesmo tempo em que observa o drama nas vidas de seus atores. Severine, ícone em decadência, esquece as falas quando bebe, enquanto a atriz britânica Julie acaba de se recuperar de um colapso nervoso. Tanah 26 de fev. de 2021 _________________________________________________________________________________________________________ --------- ----------- Trecho do filme "A Noite Americana", de François Truffaut. ---------
----------- Faróis e Faroletes ----------- "Faroletes do Tempo: Entre Memória e Navegação". Tentando captar: Os "faroletes apagados" de Machado, evocando a reflexão sobre passado, presente e futuro; A metáfora náutica de "Timoneiro", com a imagem de navegação e entrega às forças superiores; A análise crítica de Luiz Sérgio Henriques, que também navega pelas águas turvas do presente político, tentando iluminar caminhos com a razão e a reflexão. Assim, o título une as dimensões da memória, do movimento e da busca por entendimento em meio às incertezas da vida e da história. ---------- ----------- Cena de Mad Max, Estrada da Fúria ilustrando a Noite Americana. ----------- "Quando falamos de Noite Americana, provavelmente, a primeira ideia na cabeça de muita gente é o filme inesquecível de François Truffaut, realizado em 1973. Contudo, o assunto que queremos retratar aqui é uma técnica de iluminação bastante peculiar e útil para a produção de cenas que se passam à noite em um roteiro." ---------
----------- O que é a noite americana? ----------- domingo, 24 de novembro de 2024 A noite americana - Luiz Sérgio Henriques O Estado de S. Paulo A interdependência entre povos e nações sempre retorna, assombrando os isolacionistas e tornando provisório o triunfo dos autoritários Digerir os resultados da eleição norte-americana, que confirmaram Donald Trump como caso incomum de presidente com mandatos intercalados e lhe deram o controle das Casas Legislativas, leva a pensar não só na sorte da democracia naquele país, como também na estrutura do mundo que tende a se desenhar nos próximos anos. Ficaram para trás ideias parciais sobre o trumpismo, como a de que só expressava o ressentimento da minoria branca e conservadora. Por esse argumento, a demografia variada e complexa por si só garantiria o sucesso dos democratas, se não necessariamente no anacrônico Colégio Eleitoral, pelo menos no voto popular. A demografia não é um destino e não pode haver a certeza prévia da afirmação de nenhuma maioria. Um bilionário com variados problemas judiciais e dois impeachments, um dos quais por investir contra a transição pacífica de poder, conseguiu capturar o sentimento majoritário. Seria ele, e não uma mulher de classe média, a se mostrar em sintonia com o difuso sentimento de mal-estar contra as “elites”. Ironicamente, alguns disseram que, para tal manobra, Trump estaria muito bem equipado: ele, e não outro, encarna fielmente a figura do homem rico segundo a percepção de pobres e remediados, supostamente acima das tentações corruptoras do sistema. Por aí, também, se abriu uma surpreendente possibilidade de empatia com queixas e dificuldades dos “de baixo”. A capacidade expansiva do Partido Republicano não decorreu evidentemente só dessa circunstância. Antes de tudo, o Grand Old Party completou neste ciclo eleitoral sua transformação em movimento de massas a serviço de um carisma e do seu culto. Um condottiero, aliás, nunca tem medo de hipérboles e virulências retóricas. Para Trump, ele já está à frente de algo que é o maior movimento político de todos os tempos, capaz de associar magnatas do Vale do Silício e uma multidão imensa de humilhados e ofendidos, invadindo territórios eleitorais que se supunham propriedades do partido rival. Inorgânicas e contraditórias, as massas de Trump podem agora se tornar instrumentos de vingança contra “vermes” e “inimigos internos” que povoariam burocracia pública, universidades, imprensa tradicional e demais engrenagens da sociedade civil. Movimentos desse tipo se espalham por vários países do Ocidente, independentemente da antiguidade ou vitalidade das tradições democráticas. Não se pode comparar sob quase nenhum aspecto os Estados Unidos e a Hungria, para dar um exemplo gritante. São histórias diferentes, realidades inteiramente desiguais. No entanto, o programa antiliberal de Viktor Orbán, possivelmente radicalizado, é um dos faróis que parecem guiar o segundo mandato de Trump. Estruturas sociais diversas dão origem a soluções assemelhadas, como a indicar que a desorganização do trabalho industrial e das formas de representação tradicionais é mesmo um caminho sem volta. E que o impulso da mundialização econômica, com suas cadeias globais de valor, fragmentação do trabalho e formas débeis de representação, sofre agora uma potente revanche marcada pelo nativismo econômico e o autoritarismo político. As diferentes sociedades conhecem, assim, um realinhamento poucas vezes visto sob o signo de um apregoado senso comum, invocado para responder a problemas complexos com fórmulas simplórias. Imigrantes são acusados, simultaneamente, de roubar o emprego dos trabalhadores locais e explorar como vadios os benefícios disponíveis nos países que os recebem. A solução seria deportá-los massivamente, como anuncia Trump, pondo em ação mecanismos de Estado policial para rastreá-los, confiná-los e despejá-los sabe-se lá onde. Os eleitores se dizem assustados, com razão, pelo nível alto dos preços ou pela inflação, mas aplaudem o líder para quem a palavra “tarifa” é uma das mais belas do dicionário. Pagarão do próprio bolso a compreensão acanhada da economia. A base popular produzida por aquele realinhamento dificilmente terá forças para demover o “novo” Partido Republicano da sua agenda de cortes de impostos para os ricos e ameaças a programas clássicos de segurança social. E são apenas alguns pontos em que senso comum e bom senso se opõem de modo agudo e incontornável. Em cada situação, aporias e dificuldades decorrentes da tentativa de colocar o próprio país “em primeiro lugar”, relegando a cooperação internacional a segundo plano e adotando um viés puramente mercantilista, típico dos homens de negócio, não permitem antever nada de promissor numa época de desafios verdadeiramente globais, como guerras e crise climática. A interdependência entre povos e nações, expulsa estrepitosamente pela porta, sempre retorna pela janela, assombrando os isolacionistas e tornando provisório o triunfo dos autoritários. Mas desagregar o bloco em que estes se apoiam é uma tarefa que os democratas, mundo afora, não têm sabido cumprir com coerência e firmeza. Deste fracasso vem a sensação recorrente de que por mais algum tempo, ainda indefinido, o otimismo da vontade restará submetido ao pessimismo da razão. ---------
---------- O artigo de Luiz Sérgio Henriques, publicado em O Estado de S. Paulo, reflete sobre as implicações da reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos, destacando as dinâmicas políticas e sociais que moldaram esse resultado e suas repercussões globais. Henriques analisa como o "trumpismo", longe de ser apenas uma expressão de ressentimento de uma minoria conservadora branca, revela uma habilidade singular de Trump em captar o descontentamento popular e traduzir isso em apoio político. Mesmo com dois impeachments e sérios problemas judiciais, Trump conseguiu galvanizar uma coalizão que inclui tanto elites econômicas quanto setores populares marginalizados. O autor aponta que o Partido Republicano, sob a liderança de Trump, consolidou-se como um movimento de massas centrado em um carisma pessoal. Essa dinâmica tem paralelo em outros movimentos autoritários pelo mundo, como o antiliberalismo de Viktor Orbán na Hungria. Embora os contextos históricos e sociais variem, Henriques argumenta que há um realinhamento global impulsionado por crises econômicas, precarização do trabalho e desilusão com as representações políticas tradicionais. Henriques também destaca os perigos de respostas simplistas a problemas complexos, como a retórica de Trump contra imigrantes ou suas políticas protecionistas que, paradoxalmente, prejudicam seus próprios eleitores. Ele critica a incapacidade de partidos democráticos de enfrentar com eficácia esses movimentos autoritários, enfatizando que o isolamento e o unilateralismo, mesmo que temporariamente triunfantes, são incapazes de oferecer respostas duradouras para desafios globais como mudanças climáticas e conflitos internacionais. O texto conclui com um tom de advertência: enquanto democratas e progressistas não conseguirem articular uma resposta coesa e estratégica, o "otimismo da vontade" continuará subordinado ao "pessimismo da razão". Henriques sugere que o triunfo de Trump e de movimentos similares é transitório, mas potencialmente duradouro se as democracias falharem em se reinventar. -----------
---------- Os faróis, com seus feixes de luz cortando a escuridão, têm servido como sentinelas da segurança marítima por séculos. ---------- Memorial de Aires e de Henriques Machado de Assis, com a perspicácia de um cronista do espírito humano, projetou o futuro iluminando-o com faroletes apagados que insistem em revelar os contornos difusos do passado. Em sua obra, o tempo não é uma linha reta, mas um espelho côncavo que reflete simultaneamente o ontem, o hoje e o amanhã. Luiz Sérgio Henriques, por sua vez, recusa-se a vestir a resignada melancolia da Carolina de Chico Buarque, eternamente à janela, prisioneira de um passado que não retorna, assim como não se alinha ao sebastianismo lusitano, aquela espera inglória por um Dom Sebastião que nunca há de voltar. Henriques, ao contrário, finca os pés no presente, ciente de que o porvir não se constrói na letargia das recordações, mas na lucidez combativa de quem compreende que os desafios do tempo exigem tanto a análise crítica quanto a ação coerente. Onde Machado reconhecia o peso inevitável da condição humana, Henriques aponta para o imperativo de reinventá-la, recusando a passividade que, como no sebastianismo, delega ao destino ou a um salvador providencial a resolução de dilemas que cabem às mãos humanas. Machado e Henriques compartilham, contudo, a percepção de que o passado, ainda que remoto ou obscurecido, jamais cessa de dialogar com o presente e o futuro. Assim, ambos oferecem faróis — sejam eles apagados ou brilhantes — capazes de guiar aqueles que se atrevem a olhar para além do horizonte das sombras. ---------- ----------- Timoneiro Paulinho da Viola Letra Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar É ele quem me carrega Como nem fosse levar É ele quem me carrega Como nem fosse levar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar É ele quem me carrega Como nem fosse levar É ele quem me carrega Como nem fosse levar E quanto mais remo mais rezo Pra nunca mais se acabar Essa viagem que faz O mar em torno do mar Meu velho um dia falou Com seu jeito de avisar: Olha, o mar não tem cabelos Que a gente possa agarrar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar É ele quem me carrega Como nem fosse levar É ele quem me carrega Como nem fosse levar Timoneiro nunca fui Que eu não sou de velejar O leme da minha vida Deus é quem faz governar E quando alguém me pergunta Como se faz pra nadar Explico que eu não navego Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar É ele quem me carrega Como nem fosse levar É ele quem me carrega Como nem fosse levar A rede do meu destino Parece a de um pescador Quando retorna vazia Vem carregada de dor Vivo num redemoinho Deus bem sabe o que ele faz A onda que me carrega Ela mesma é quem me traz Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar É ele quem me carrega Como nem fosse levar É ele quem me carrega" Como nem fosse levar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar Não sou eu quem me navega Quem me navega é o mar É ele quem me carrega Como nem fosse levar É ele quem me carrega Como nem fosse levar Composição: Hermínio Bello de Carvalho / Paulinho da Viola. -----------
------------ Timoneiro é uma composição de beleza lírica e simbólica, assinada por Paulinho da Viola em parceria com Hermínio Bello de Carvalho. A música, através de uma metáfora poderosa, reflete sobre a condição humana, a força do destino e a entrega às forças maiores que nos conduzem, como o mar conduz um barco. Os versos repetitivos e cadenciados sugerem a inevitabilidade do fluxo da vida, onde o eu-lírico não assume o papel de comandante, mas de alguém que se deixa levar pelas correntes e marés. O mar, aqui, não é apenas um espaço físico, mas a representação do mistério da existência, do acaso e da vontade divina. Ao afirmar que "não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar", o eu-lírico reconhece sua fragilidade diante das forças inexoráveis que regem a vida. O tom poético alcança um momento de sabedoria ancestral quando o eu-lírico recorda os conselhos de seu pai: "Olha, o mar não tem cabelos que a gente possa agarrar." Essa imagem, ao mesmo tempo simples e profunda, nos lembra da ineficácia de tentar controlar o incontrolável, reforçando a ideia de entrega à ordem natural e divina. Outro aspecto significativo é a dicotomia entre o esforço humano e a intervenção divina. Enquanto o eu-lírico reconhece que "quanto mais remo mais rezo pra nunca mais se acabar", ele também deposita sua confiança no leme da vida, que "Deus é quem faz governar". Essa convivência entre a ação e a fé traduz a essência do samba como gênero: uma música que acolhe tanto a melancolia quanto a esperança. O fechamento, com a imagem da rede do pescador que por vezes retorna "vazia" e "carregada de dor", sugere as incertezas e perdas da vida, enquanto o redemoinho e as ondas que "me levam e me trazem" apontam para o ciclo contínuo de renovação. A música nos envolve em uma reflexão sobre o que significa navegar pela vida, sempre em movimento, mas cientes de que, ao final, é o mar — ou o destino — quem nos governa. --------
----------- Ao cotejar a lírica de "Timoneiro", de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, com o ensaio "A noite americana", de Luiz Sérgio Henriques, identificam-se convergências temáticas e contrastes de estilo e abordagem, que revelam as diferentes maneiras de lidar com a complexidade da condição humana e da organização social. Convergências Temáticas A relação com forças maiores que controlam o destino: Em "Timoneiro", o eu-lírico reconhece que não é o condutor de sua jornada, mas que sua vida é governada pelo "mar" — metáfora para forças superiores, como o destino ou a vontade divina. A entrega é feita com aceitação, quase como uma sabedoria resignada, que não abdica do esforço humano ("quanto mais remo mais rezo"). Em "A noite americana", Henriques aborda as forças que moldam o panorama político e social, destacando o peso das conjunturas históricas e das estruturas sociais que parecem além do controle humano direto. A ascensão de Trump e outros movimentos autoritários é analisada como um resultado de dinâmicas complexas que transcendem a simples vontade individual ou coletiva. A fragilidade do controle humano: O verso "o mar não tem cabelos que a gente possa agarrar" em "Timoneiro" sintetiza a impossibilidade de controlar plenamente a vida. Essa fragilidade é paralela à análise de Henriques sobre a democracia contemporânea, que, diante de desafios globais como o populismo e a crise climática, se vê frequentemente incapaz de oferecer respostas eficazes ou controlar o fluxo da história. A circularidade e os ciclos: Em "Timoneiro", o movimento das ondas que "me levam e me trazem" remete à ideia de ciclos inevitáveis na vida. Na análise de Henriques, essa circularidade aparece na interdependência global e na recorrência histórica: mesmo quando isolacionismos e autoritarismos triunfam momentaneamente, a interconexão entre povos retorna "pela janela". Contrastes de Forma Estilo e Linguagem: "Timoneiro" é marcado pela simplicidade poética, utilizando metáforas marítimas de grande poder imagético para expressar conceitos profundos. A repetição de versos cria um ritmo hipnótico, sugerindo as marés e o fluxo do mar, além de reforçar a ideia de inevitabilidade. "A noite americana", por outro lado, é denso e analítico, utilizando uma prosa erudita e articulada para dissecar fenômenos históricos e políticos. A linguagem é complexa, repleta de referências e análises que exigem um leitor atento e bem informado. Perspectiva Pessoal vs. Coletiva: "Timoneiro" opera no registro individual, refletindo sobre a existência do eu-lírico em sua relação com o destino e a espiritualidade. É introspectivo e filosófico, embora sua simplicidade permita identificação universal. "A noite americana" tem uma perspectiva coletiva, analisando tendências e movimentos globais que afetam sociedades inteiras. A narrativa é macro-histórica, preocupada menos com o indivíduo e mais com as forças sociais e políticas em jogo. Tonalidade: A canção de Paulinho da Viola equilibra melancolia e aceitação, com uma serenidade que se apoia na fé e na sabedoria popular. A entrega ao "mar" não é derrotista, mas contemplativa. O ensaio de Henriques é mais combativo e crítico. Ele reconhece os desafios com lucidez e algum pessimismo, mas aponta para a necessidade de ação, sugerindo que o "triunfo dos autoritários" é transitório e que há espaço para reação. Conclusão Ambos os textos, apesar das diferenças de forma, compartilham uma profunda meditação sobre o papel do indivíduo frente às forças que moldam sua trajetória. "Timoneiro" canta a impotência e a aceitação com lirismo e espiritualidade, enquanto "A noite americana" analisa a impotência coletiva diante de movimentos históricos, mas sem abdicar da possibilidade de resistência e mudança. Juntos, oferecem um diálogo entre a poética da existência individual e a análise rigorosa das dinâmicas sociais, ambos iluminando aspectos complementares da condição humana. ----------

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