Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 16 de novembro de 2024
É PORQUE IGNORAM
Corram para ver Othon Bastos, esse Quasímodo hercúleo tem muito a nos dizer e a nos ensinar(1)
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O som e a fúria de Othon Bastos - Pablo Spinelli*
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No momento vivemos tempos explosivos, desafios à democracia, a elegia à ignorância, ao sectarismo.
*Doutorando em Ciência Política pela UNIRIO e professor de História da Educação Básica em Saquarema e no Rio de Janeiro.
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(1)Não me entrego, não. Teatro Vanucci. Shopping da Gávea, terceiro andar. Sextas, sábados e domingos até 1 de dezembro.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2024/11/o-som-e-furia-de-othon-bastos-pablo.html
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“E isto vos farão, porque não conhecem ao Pai nem a mim.” — Jesus. (JOÃO, 16.3)
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1 Dolorosas perplexidades não raro assaltam os discípulos, inspirando-lhes interrogações.
2 Por que a desarmonia, em torno do esforço fraterno?
3 A jornada do bem encontra barreiras sombrias.
Tenta-se o estabelecimento da luz, mas a treva penetra as estradas. Formulam-se projetos simples para a caridade que a má-fé procura perturbar ao primeiro impulso de realização.
4 Quase sempre, a demonstração destrutiva parte de homens assinalados pela posição de evidência, indicados pela força das circunstâncias para exercer a função de orientadores do pensamento geral. São esses que, na maioria das ocasiões, se arvoram em expositores de imposições e exigências descabidas.
5 O aprendiz sincero de Jesus, todavia, não deve perder tempo com interrogações e ansiedades que se não justificam.
6 O Mestre Divino esclareceu esse grande problema por antecipação.
7 A ignorância é a fonte comum do desequilíbrio. E se esse ou aquele grupo de criaturas busca impedir as manifestações do bem, é que desconhece, por enquanto, as bênçãos do Céu.
Nada mais que isto.
8 É necessário, pois, esquecer as sombras que ainda dominam a maior parte dos setores terrestres, vivendo cada discípulo na luz que palpita no serviço do Senhor.
Emmanuel
128
É porque ignoram
Texto extraído da 1ª edição desse livro.
http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TX/Pn/Pn128.htm
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Pão Nosso #128 - É porque ignoram
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NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 19 de set. de 2023
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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Observação: Para Sócrates e Platão, o traço que unia o interesse individual e o bem-estar social e, constituía a finalidade da Educação, era o conhecimento. Para Aristóteles a verdade está na visão direta da razão. E a confirmação dessas verdades na consciência do homem, sustentando que a felicidade é o resultado das atuvidades do homem no bem.
A formulação do ideal grego de uma educação liberal encontra-se N'A República, de Platão, e servia para a orientação pedagógica dos povos civilizados durante séculos. O problema do "bem ser" e do "como fazer" de Aristóteles evidencia-se no conflito da Educação proposto pelo grande sábio ateniense.
Jesus, o mestre por excelência, não destruiu esse trabalho de seus prepostos, antes consolidou nas consciências o alto sentido do aprendizado do Amor, oferecendo novas concepções de grandeza e da excelsitude de Vida.
Como se pode facilmente aquilatar pelo soberbo desempenho de Eurípedes, no campo educacional, ficou demonstrada a sua profunda experiência do passado.
Aliando o conhecimento aos princípios Aristotélicos e, buscando, notadamente, as bases essenciais da estruturação educativa no Evangelho do Senhor, ele promoveu autêntica ação pedagógica renovadora, servindo-se da vital força propulsora do exemplo, na extensão sublime do ensinamento inesquecível do Educador Divino: "Portanto, ide e pregai"...(50)
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(50) Jesus (Mateus, 28:19)
Corina Novelino
Eurípedes - o Homem e a Missão
pp. 141-142
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Missão – do lat. missione – significa função ou poder que se confere a alguém para fazer algo; encargo; incumbência. Homem – do lat. homine –, qualquer indivíduo pertencente à espécie animal que apresenta maior grau de complexidade na escala evolutiva; o ser humano. Inteligência – do lat. Intelligentia –, faculdade de aprender, apreender ou compreender.
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Missão do homem inteligente na Terra
13. Não vos ensoberbais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que habitais. Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele. A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra? Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso. Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? Tem ele direito ao salário prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante dAquele a quem tudo deve.
A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe concedeu. – Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2294/capitulo-vii-bem-aventurados-os-pobres-de-espirito/instrucoes-dos-espiritos/missao-do-homem-inteligente-na-terra/13#:~:text=13.,direito%20tendes%20de%20envaidecer%2Dvos.
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Colossenses 3:15-19 ARC
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Busque a paz de Deus.
Nada neste mundo se compara à
paz de Deus.
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Uso de máscara é uma importante forma de proteção contra a Covid-19
publicado em 24 de junho de 2021
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"Quando você sai de casa, todos os dias,
você coloca uma máscara.
E só volta a ficar sem a máscara
quando volta para casa."
Zilá
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"E será sempre uma boa notícia."
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b>Assistir no youtube
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Sem Celeste o 25 de Abril não teria sido tão pacífico
15 nov 2024
Morreu Celeste Caeiro, a "Celeste dos cravos" que ficará para sempre associada ao 25 de Abril. Tinha 91 anos.
A morte é sempre um momento de tristeza e consternação, mas há pessoas que mesmo nesse último suspiro transcendem a vida. Foi o que aconteceu com Celeste.
Foi dela aquele gesto instintivo, espontâneo, e tão poderoso que se tornou um símbolo icónico de esperança, o momento em que deu os cravos que trazia aos soldados que encontrou no largo do Carmo.
https://tviplayer.iol.pt/programa/jornal-nacional/63e6588b0cf2665294d4f012/video/6737bd2d0cf28c51602e3731
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Morre a 'Dama dos Cravos', símbolo da revolução que encerrou ditadura em Portugal | AFP
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AFP Português
15 de nov. de 2024
Celeste Caeiro, símbolo da Revolução dos Cravos que, em 1974, pôs fim à ditadura em Portugal, morreu nesta sexta-feira (15) aos 91 anos.
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Morreu Celeste Caeiro, a "Celeste dos cravos" que ficará para sempre associada ao 25 de Abril. Tinha 91 anos.
A morte é sempre um momento de tristeza e consternação, mas há pessoas que mesmo nesse último suspiro transcendem a vida. Foi o que aconteceu com Celeste.
Foi dela aquele gesto instintivo, espontâneo, e tão poderoso que se tornou um símbolo icónico de esperança, o momento em que deu os cravos que trazia aos soldados que encontrou no largo do Carmo.
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Roberto Gava e Bertold Brecht - HÁ HOMENS QUE LUTAM UM DIA, E SÃO BONS
Roberto Gava
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"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são os melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis".
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Essa citação é atribuída a Bertolt Brecht, um renomado dramaturgo, poeta e teórico alemão. Ele celebra diferentes graus de comprometimento e dedicação, destacando aqueles que se dedicam plenamente a uma causa por toda a vida como imprescindíveis.
A reflexão ressalta a importância do esforço contínuo e da luta perseverante, muitas vezes em defesa de ideais ou pela transformação social. É uma mensagem poderosa que inspira compromisso e resiliência.
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Oficina de Leitura Dramática
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Instituto de Artes Reunidas
2 de mai. de 2014
Oficina de leitura dramática com Fernanda Montenegro em Brasília,
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Como cidadão de um país,
se você sabe ler,
você tem que ir adiante.
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Se você sabe representar,
é como se você soubesse ler.
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Agora: como é que eu posso
ler melhor?
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É lendo literatura melhor.
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Como é que eu posso
representar melhor?
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É tentando, pelo menos,
entrar em contato com uma
com um teatro,
dramaturgicamente falando,
melhor.
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Porque, é claro, se você...
Se você lê o "Édipo Rei",
você aprende ali.
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Quando você ouve alguém
falar em "Édipo Rei",
você sabe do que
está se tratando.
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Quando você fala "Freud"
você sabe porque "Freud",
porque "Édipo Rei", porque
"Psicanálise".
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Porque ele foi buscar
lá na Psicanálise
o referencial de uma neurose.
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Mas isso é a vida inteira.
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É não ter preguiça.
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E também fazer isso assim como quem,
respira.
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Fazer disso, um hábito
como tomar banho todo dia
mesmo que não tenha sabão.
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Viu?
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"No vídeo: a partir de 04:50 até 06:00, com uma gargalhada Rodrigueana" verificar a correção do trecho da legenda
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fornecer a legenda corretamente
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I
Para criar ou ajustar a legenda mencionada, considerando o trecho indicado (04:50 até 06:00) e incluindo a expressão "com uma gargalhada Rodrigueana", aqui está uma sugestão de legenda:
[04:50 - 06:00]
(Personagem/Indivíduo rindo alto)
"Ahahaha! E quem poderia imaginar isso?!" (segue uma gargalhada intensa, característica de estilo 'Rodrigueano')
II
Nelson Rodrigues, um famoso dramaturgo brasileiro, tinha um estilo de humor muito próprio, muitas vezes sombrio e irônico, mas a "gargalhada Rodrigueana" não é uma expressão formalmente associada a ele.
Portanto, para ajustar corretamente a legenda, eu sugiro a seguinte forma mais precisa:
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[04:50 - 06:00]
(Personagem rindo de forma contagiante e única, com uma gargalhada típica de Nelson Rodrigues)
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Ou, se for um momento específico no vídeo que deva ser destacado:
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[04:50 - 06:00]
(Personagem solta uma gargalhada Rodrigueana, cheia de ironia e exagero)
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Com essas opções, o termo "gargalhada Rodrigueana" é mantido, mas o contexto fica mais claro.
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III
Exemplo de descrição para a legenda de uma gargalhada no estilo "Rodrigueano":
[04:50 - 06:00]
(Personagem solta uma gargalhada irônica e amarga, cheia de desdém pela tragédia da vida, como se zombasse do absurdo da própria existência, no típico estilo de Nelson Rodrigues.)
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Essa descrição traz o tom de um humor sombrio, com um toque de amargor, ironia e exagero, características muito marcantes nas obras de Nelson Rodrigues.
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buritileituraviva • Áudio original 80 curtidas Foto do perfil de buritileituraviva Hoje celebramos a primavera de Fernanda Montenegro (@fernandamontenegrooficial). Aos 95 anos, 80 deles no palco, a atriz de vocação e de ofício. Um ofício que considera "esquisito": "a gente só existe com o outro olhando", disse em entrevista ao "Conversas com Hildegard Angel" no canal do @brasil_247 no Youtube. No recorte de vídeo, Fernanda Montenegro fala sobre leitura e representação, "ler como quem respira", a leitura como um hábito. A gravação está disponível no canal Instituto de Artes Reunidas, também no Youtube, e faz referência a uma Oficina de Leitura Dramática ofertada pela atriz em Brasília.
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https://www.instagram.com/buritileituraviva/reel/DBMkEmxP3Vr/
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buritileituraviva
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Áudio original
80 curtidas
Foto do perfil de buritileituraviva
Hoje celebramos a primavera de Fernanda Montenegro (@fernandamontenegrooficial). Aos 95 anos, 80 deles no palco, a atriz de vocação e de ofício. Um ofício que considera "esquisito": "a gente só existe com o outro olhando", disse em entrevista ao "Conversas com Hildegard Angel" no canal do @brasil_247 no Youtube.
No recorte de vídeo, Fernanda Montenegro fala sobre leitura e representação, "ler como quem respira", a leitura como um hábito. A gravação está disponível no canal Instituto de Artes Reunidas, também no Youtube, e faz referência a uma Oficina de Leitura Dramática ofertada pela atriz em Brasília.
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Liberdade, Liberdade (Flávio Rangel e Millôr Fernandes) | Vanusia Lopes | TUSP em Casa
Teatro da Universidade de São Paulo –
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Liberdade, Liberdade (Flávio Rangel e Millôr Fernandes) | Vanusia Lopes | TUSP em Casa
Teatro da Universidade de São Paulo –
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👆Liberdade, Liberdade (Flávio Rangel e Millôr Fernandes) | Vanusia Lopes | TUSP em Casa
Teatro da Universidade de São Paulo – TUSP
582 inscritos
332 visualizações 24 de abr. de 2020
09 de abril de 2020, São Paulo, SP
Vanusia Lopes, professora de História, lê cena de "Liberdade Liberdade", de Millôr Fernandes e Flávio Rangel (1965), a partir do texto original disponível no site de Millôr Fernandes (www2.uol.com.br/millor/), com os devidos ajustes ao áudio da montagem original conforme o link: • Liberdade, Liberdade . O texto na íntegra
Num momento em que o isolamento social se impõe como necessidade de saúde pública, o TUSP, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP que atua em São Paulo, Bauru, Ribeirão Preto e São Carlos, prossegue à distância em seu trabalho e convida você para uma série de ações artísticas e pedagógicas!
Sabendo que teatro é ação coletiva, mesmo quando feito a sós e que a presença física é um fundamento da relação teatral, o Teatro da USP propõe para este período de isolamento ações que visam a estimular encontros e diálogos possíveis, passados e futuros, no intuito de criar pequenos lugares de interação afetiva, simbólica e de reflexão sobre a função social do teatro.
Siga o TUSP nas mídias sociais!
Pessoas mencionadas
3 pessoas
Millôr Fernandes
Flávio Rangel
Paulo Autran
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Pitty - Máscara (Clipe Oficial)
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Pitty
19 de fev. de 2008 #Pitty #admiravelchipnovo
Vídeo:
Direção: Maurício Eça
Vídeo Oficial Remasterizado em FULL HD - Especial 20 Anos do Álbum "Admirável Chip Novo"
#Pitty #ACNXX #admiravelchipnovo
Letra:
Máscara
(Pitty)
Deck
Diga
Quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida
Tira
A máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente ou inconsequente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja
Tira
A máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente ou inconsequente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja
Meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual, não é igual
And I had enough of it, but I don't care
I had enough of it, but I don't care
I had enough of it, but I don't care
I had enough, but I don't care
Diga quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida
E o importante é ser você
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho
Música
1 músicas
MASCARA
Admirável Chip Novo
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A Máscara de Cada Dia
Quando me falaram pela primeira vez da máscara, confesso que sorri com desdém. Não por falta de fé na metáfora — antes fosse! —, mas por aquele orgulho miúdo que nos faz descrentes do óbvio. “Bobagem!”, disse a mim mesmo. “Eu, máscara? Como, se há anos me esforço para ser sincero?” Engano meu, mas deixemos as confissões para depois, como faz o homem que esconde o baralho para ganhar tempo.
Era uma manhã dessas que não têm graça de ser descritas. A luz do dia, igual a tantas, entrava pela janela com a impessoalidade de um funcionário público cumprindo expediente. Levantei-me, vesti-me e, sem dar-me conta, ajeitei no rosto aquela peça que Zilá, com sua perspicácia feminina, chamaria de máscara. Ora, não era propriamente um disfarce, mas um ajustamento. A sobrancelha ligeiramente arqueada para inspirar confiança, o sorriso domesticado na curva exata entre afabilidade e reserva, e pronto: eu estava apto a enfrentar a rua.
A rua, leitor, não perdoa rostos despidos. É na calçada que se trava a guerra das aparências. Ali, ninguém se arrisca a exibir a nudez da alma, salvo os que, por destempero ou imprudência, encontram-se desarmados. Observei, ao longo do dia, que todos, sem exceção, trajavam suas máscaras. O comerciante que me atendeu era simpático até a raiz dos dentes, mas havia um leve cansaço nos olhos que traía a monotonia do ofício. O colega de trabalho, que jurava lealdade entre piadas e tapinhas nas costas, escondia, sob a máscara, a inquietação de quem aguarda uma oportunidade para subir um degrau na escada social.
E eu? Acredita o leitor que me saí incólume desse teatro? Antes fosse! Minha máscara era menos vistosa, talvez, mas igualmente eficaz. Parecia-me que cumpria o papel de proteger a todo custo uma dignidade que, cá entre nós, nunca foi tão sólida quanto aparentava.
Ah, mas chega o momento em que a casa nos acolhe, e com ela o alívio da despedida. A máscara, como um sapato apertado, é posta de lado. No espelho do corredor, vi meu rosto despido. Não era um rosto particularmente bonito, mas era meu, com todas as suas imperfeições. “Eis-me aqui”, pensei, quase numa súplica.
Foi então que compreendi o que Zilá queria dizer. A casa, esse refúgio onde somos inteiros, é também o espaço de nossa verdade. E será, sempre que voltarmos, uma boa notícia. Pois que o mundo nos exige máscaras, mas a alma anseia pela simplicidade de não ter nada a esconder.
Eis o paradoxo, caro leitor: vestimos máscaras para sobreviver, mas é na ausência delas que, enfim, nos encontramos.
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