terça-feira, 21 de agosto de 2018

Faróis do PSDB e PT...


... com iluminação trêmula se cruzam

“[...] Lá estavam eles, fixamente eles,
Quietos, tranqüilos, calmos e medonhos...
Ah! quem jamais penetrará naqueles
Olhos estranhos dos eternos sonhos!” 
©CRUZ E SOUZA
In Faróis, 1900 



“PT se cala e PSDB fala demais, restam a falsa moralidade e a hipocrisia, por Janio de Freitas”



‘Às vezes, dizemos que duas pessoas são tão próximas e fazem tantas coisas juntas que parece que “nasceram grudadas” – metaforicamente falando, claro. Porém, não é assim tão difícil parar para imaginar de onde veio esta expressão e como seria estar no lugar de pessoas que dividem o mesmo corpo. ’


FH: "Bolsonaro assusta com soluções simplistas e autoritárias"
Tucano admite que imagem do PSDB está desgastada, mas diz que Alckmin ainda pode ‘ultrapassar a poeira’ e sugere que Haddad virou ‘marionete de Lula’

Para Fernando Henrique Cardoso, o Brasil se aproxima da eleição mergulhado num clima de ódio e de medo. O ex-presidente se diz assustado com a possibilidade de Jair Bolsonaro (PSL) chegar ao segundo turno. Neste caso, ele admite a hipótese de um acordo entre PSDB e PT, algo inédito desde 1989, quando os dois partidos se uniram contra Fernando Collor.

— Não farei objeção a que o PT nos apoie. Naturalmente, isso significa também que não haveria objeção ao contrário. Mas nós pensamos de forma diferente — ressalta.

Aos 87 anos, FH acaba de entrar no Twitter. O tucano promete usar o próprio celular para conversar com os eleitores. Na sexta, um jovem quis saber o que ele pensou quando o ex-jogador Vampeta deu cambalhotas no Palácio do Planalto.

— Pensei que ele fosse cair da rampa! — respondeu.

“Há uma tentativa de desmoralizar o sistema. Quem sancionou a Lei da Ficha Limpa foi o Lula”

“Boa intenção ajuda. Especialmente no convento. Na política, você tem que ter um certo grau de realismo”

Bernardo Mello Franco | O Globo

• Desde 1989, um candidato do PSDB não vai tão mal nas pesquisas. Por que Geraldo Alckmin não decola?

A mídia presta atenção em tudo o que é novo ou extravagante. Quando surgiu o Bolsonaro, eu disse: “Vai subir”. Até que o Geraldo ultrapasse a poeira, é difícil. Mas ele sempre ultrapassou.

Em abril de 1994, eu virei candidato. Em maio, falei com a Ruth: “Vou desistir”. Eu tinha 12%, o Lula tinha 40%. As pessoas não acreditavam. Em agosto, comecei a crescer. Em outubro, ganhei no primeiro turno. É claro que tinha o Plano Real. Mas não é só o que você faz. É o que você fala. Tem que cacarejar.

• Alckmin cacareja pouco?

Cada um tem um jeito de ser. O importante, em política, é não tentar ser o que não é. Este é o problema dos marqueteiros. O Geraldo ganhou várias vezes em São Paulo. Ele é médico, tem experiência, não enriqueceu na política, não é gastador. Tem que mostrar isso. Não basta ser simpático, tem que ser confiável.

• Em 2006, ele foi criticado por vestir um macacão com os logotipos das estatais...

Ele foi o chefe da privatização em São Paulo. Aquilo foi marquetagem, foi errado. O marqueteiro é indispensável, mas ele tem que ressaltar o jeitão do candidato, e não fazer o candidato do jeitão dele. As pessoas percebem quando é inautêntico.

• Alckmin se aliou ao centrão em troca de palanques regionais e tempo de TV. Isso ainda vai decidir eleição em 2018?

Não tenho certeza. Não é suficiente, mas é necessário. Embora a rede social tenha muita influência, a televisão tem peso. Todos os candidatos tentam ter o máximo de tempo. Quando um consegue, o outro acusa. Ele está apanhando porque fez o que todos ambicionavam e não conseguiram. Todos os presidentes tiveram que governar também com eles (os partidos do centrão): eu, Lula, Dilma.

• O PSDB ainda pode se recuperar do desgaste com a Lava-Jato?

Todos os partidos estão desgastados. O mensalão e o petrolão mostraram o dinheiro público sustentando partidos no poder. É outra natureza de corrupção, a corrupção da própria democracia. Não tem nenhum tesoureiro do PSDB na cadeia.

• O senador Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a um empresário. A polícia filmou as malas de dinheiro.

Isso prejudica, obviamente, a imagem do partido. Não dá para tapar o sol com a peneira.

Por que o PSDB não o expulsou?

Ele não foi condenado ainda. Tem que respeitar a Justiça.

• Um colaborador próximo de Alckmin, Laurence Casagrande, foi preso sob suspeita de desviar dinheiro do Rodoanel.

São Paulo faz muita obra. É possível que funcionários tenham ganhado alguma coisa. Mas não vi nada indo para o Alckmin. Nada que possa prejudicar a imagem dele.

No passado, caixa dois era uma coisa banal. É errado? É. É crime eleitoral. A Justiça vai ter que separar bem as coisas. Tudo é crime, mas são crimes diferentes. Sou favorável à Lava-Jato. Pode haver exageros. Acho difícil aceitar prisão provisória por mais de um ano, por exemplo. Não é bom ver pessoas que você conhece indo para a cadeia, mas o processo era necessário. O Brasil não aguenta mais assalto ao cofre.

• O ministro Gilmar Mendes diz que há um Estado policial.

Há uma predisposição de acusar, é verdade. Faz parte da cultura do Ministério Público. Mas o processo legal está sendo seguido. Acho grave dizer que estamos vivendo um Estado policial. Não estamos. Você pode ter excessos. Mas eu vivi o Estado policial, sei o que é isso. Nós não vivemos isso aqui.

Há uma tentativa de desmoralizar o sistema. Quem sancionou a Lei da Ficha Limpa foi o Lula. Se você foi condenado em segunda instância, não está em condições de ser candidato. Tem que cumprir a lei.

• O PT diz que eleição sem Lula é fraude. O sr. concorda?

Não. Vai haver eleição, e o PT vai concorrer. Hoje (sexta-feira) o Comitê de Direitos Humanos da ONU declarou que o Lula deve ser candidato. Qual a base para isso? Querem que desrespeite as leis brasileiras? A lei é clara. Ele não tem, pela lei, a qualificação para ser candidato. Como é que o tribunal vai registrar?

É preciso fortalecer as instituições. Nas democracias, sempre há o risco de eleger um personalista malucão. Ainda mais agora. Quando a s instituições são fortes, elas seguram. Quando não são fortes, o malucão as derruba. Eu vi isso na América Latina tantas vezes...

• Muitos especialistas dizem que haverá pouca renovação no Congresso. Por quê?

Reforçaram a oligarquia partidária. É difícil (renovar). Com essa legislação, que limitou recursos e pôs na mão dos oligarcas dos partidos, como é que faz? E quem se eleger presidente vai governar com quem? Com os que estão no Congresso.

• Marina Silva diz que é possível governar só com os melhores...

Tudo bem. Boa intenção ajuda. Especialmente no convento, na universidade... Na política, você tem que ter um certo grau de realismo.

Gosto da Marina, me dou com ela, mas não acho que vá para o segundo turno. Ela tem pouco tempo de TV. Há uma certa fragilidade na candidatura, nela mesma. O povo sente isso. Ela tem uma causa, é aberta, mas falta um pouco de malignidade.

Esse negócio de ser presidente da República não é fácil. Eu não sei por que tanta gente quer... (risos).

• Nos cenários sem Lula, o líder é Bolsonaro. O que explica isso?

As pessoas estão com ódio e com medo. No Brasil, além da incerteza, tem a violência e a corrupção. O apelo por uma solução forte e simplista é grande. O Leste europeu está todo indo para a direita. Em alguns casos, para um neofascismo. O Trump quebrou os partidos com essa linguagem forte. O Bolsonaro é um reflexo deste momento de incerteza.

O que ele fez como deputado? Eu não sei. Sei que ele queria me fuzilar numa certa altura. Queria matar 30 mil pessoas (o deputado já disse que o país precisava de uma guerra civil, mesmo que morressem 30 mil). É uma visão simplória da história.

• Ele se diz liberal na economia...

Vai acreditar nisso? A vida inteira ele não foi assim. Ele não deve ter uma convicção maior. Ele não sabe.

• Bolsonaro o assusta?

Assusta. Não creio que ele tenha a experiência e a visão democrática de aceitar o outro com facilidade. O pior, para mim, é que ele tem soluções simplistas e autoritárias. Eu não acredito nisso. Acredito que as coisas são complicadas e que você precisa convencer. Num país diverso como o nosso, como é que você governa sem capacidade de juntar?

• É possível que ele vá ao segundo turno.

O PT acha que o segundo turno vai ser Haddad e Alckmin. Eu acho que pode ser Bolsonaro e Alckmin.

• E se for Bolsonaro e Haddad? O PSDB pode apoiar o PT?

Não quero aliança com o PT. Somos diferentes. O PT virou um partido hegemônico. A história nos separou.

• PT e PSDB já se aliaram para evitar a eleição de quem julgavam ser um mal maior. Marta e Covas se juntaram duas vezes contra Maluf.

É verdade. O Covas era grande. Acho que precisamos evitar uma descambada para os extremos. Na hora da eleição, você tem que ter voto. Vai polarizar quem tiver voto.

• E se o PSDB ficar fora?

Não farei objeção a que o PT nos apoie. Naturalmente, isso significa também que não haveria objeção ao contrário. Mas nós pensamos de forma diferente. O que acho é que isso (um eventual acordo no segundo turno) deve se dar dentro de uma visão democrática.

• Se Lula for barrado, o PT deve lançar Fernando Haddad. O que acha dele?

Tenho uma boa relação pessoal com o Haddad. O que acho complicado é que ele está sendo visto como marionete do Lula. Um presidente tem que ter força própria para governar.



Wagner questiona 'substituto' de Lula
Por Andrea Jubé | Valor Econômico

SALVADOR - Amigo de Lula há 40 anos, em uma história que remonta à fundação do PT, o ex-governador da Bahia e ex-ministro de dois governos petistas Jaques Wagner explicou ao Valor por que não quis ser o vice na chapa presidencial. A ele caberia no futuro, em caso de impugnação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumir a candidatura principal: "A mim me incomoda ser o substituto imposto por uma farsa."

Para Wagner, se o PT acusa a "interdição artificial" da candidatura do ex-presidente, indicar um substituto legitimaria a trama. Ele acrescenta que caberá a Lula decidir na "undécima hora" sobre a eventual substituição do candidato. "O patrimônio eleitoral é dele", ressalta.

Em caravana eleitoral pela Bahia para conquistar uma vaga ao Senado, Wagner se diz defensor da renovação na política. Ele define a futura chapa de Haddad e Manuela d'Ávila (PCdoB), que assumirá a vice se Lula for impugnado, como a "mais glamour" da eleição.

Questionado sobre o melhor adversário para o PT caso o partido vá ao segundo turno, ele diz que Jair Bolsonaro (PSL) faz "bravatas", e duvida que Geraldo Alckmin (PSDB) chegue lá.

A maioria do PT preferia ele no lugar de Haddad, pela semelhança com Lula: os trejeitos, a voz grossa, o carisma, o estilo conciliador. Já ouviu que é burrice deixar passar a "oportunidade", mas retruca: "Não é a minha."

Durante a caravana eleitoral, que visitou 16 municípios em três dias, Wagner ganhou um chapéu como o de Dominguinhos para se proteger do sol. Logo ouviu de um eleitor: "O senhor é o verdadeiro cangaceiro, acabou com o coronel!"

Uma referência à sua maior proeza eleitoral: vencer o grupo de Antonio Carlos Magalhães (ACM) na eleição para o governo da Bahia em 2006, após 40 anos de reinado do líder baiano.

A seguir os principais pontos da entrevista ao Valor:

• Valor: Por que o senhor não quis ser o vice de Lula?

Jaques Wagner: A mim me incomoda ser o substituto imposto por uma farsa. Por isso, defendi que a gente não deveria ter substituto, pra mim a gente levava a candidatura dele com outro partido. Outra estratégia era ter um vice que pudesse ampliar, por isso eu falei do Josué [Alencar]. A gente diz o tempo todo que [a prisão de Lula] é uma farsa, aí vai botar alguém pra fazer o jogo? Mas o Lula decidiu...

• Valor: Lula e a maior parte do PT não preferiam que fosse o senhor nesse papel?

Wagner: Eu não viajo nessa maionese, sou a favor da renovação, um rapaz de 55 anos me substituiu [Rui Costa, governador da Bahia]. Se é pra fazer uso da Presidência, tem que estar muito disposto. Não tenho coisa pessoal com isso, me perguntam como vou perder essa oportunidade... Não adianta, não é a minha.

• Valor: Quando o PT vai substituir Lula na cabeça de chapa?

Wagner: Se conheço bem o meu amigo Lula, ele vai até a undécima hora. Pra nós, acaba que também acumula [votos], porque ficamos falando o nome dele. Ainda não nos proibiram de falar o nome dele.

• Valor: Mas quando chegar o prazo final,17 de setembro, o que o PT vai fazer?

Wagner: É difícil falar porque o patrimônio eleitoral é dele. Quando fui falar com ele que achava um absurdo o pessoal falar em plano B, ele disse: "Galego, diga ao pessoal lá que eu tenho cinco vezes mais votos que qualquer plano B".

• Valor: O que o senhor achou da escolha de Fernando Haddad para a vaga de vice?

Wagner: Acho que o Haddad, numa hipótese de interdição, cumpre um papel importante. Primeiro do ponto de vista do número: qual o número do Lula? As pessoas irão pra urna votar no número do Lula.

• Valor: O PT está unido em torno do nome de Haddad?

Wagner: Tem reclamações do Haddad? Tem, como tem com outros, eu já sou mais dado, sou de juntar. Mas acho que é importante a jovialidade, a juventude dele. Ele e a Manuela formam disparado a chapa mais glamour.

• Valor: O que o senhor propunha como alternativa ao plano B?

Wagner: Se Lula fosse interditado, o PT não deveria ter substituto. Se a gente está denunciando toda a interdição dele como artificial, não tinha por que a gente legitimar isso indicando um outro nome. Minha tese é que ou se botava um vice de outro partido, e se o Lula fosse interditado, esse vice subiria [pra cabeça de chapa], e a gente botaria um vice do PT. Ou então a gente iria até o final, e se o Lula fosse interditado, a gente apoiaria alguém mais próximo do nosso campo de ideias. Hoje seria o Ciro Gomes, por isso saiu aquela história de que eu seria vice do Ciro.

• Valor: O que o Lula achava dessa tese?

Wagner: Quando fui falar isso com o Lula no dia 7 de junho [em Curitiba], na véspera do lançamento da candidatura do PT [em ato em Contagem, MG], e estávamos eu e o Wellington [Dias, governador do Piauí], ele achava que era muito cedo pra escolher o vice. Não fosse aquela posição - na minha opinião, duvidosa ou questionável do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] - de que tinha que inscrever a chapa completa, Lula queria inscrever só o nome dele, sem vice, pra depois montar a chapa.

• Valor: Por que mudaram a estratégia?

Wagner: Quando acharam [a Executiva do PT e os advogados] que a não existência do vice poderia ensejar e facilitar a interdição do Lula, por não ser a chapa completa, então se decidiu colocar um vice, e foi o Haddad. Eu acho que foi correto, porque ele era o coordenador do programa de governo, e a ideia de ter um vice era pra ele verbalizar o programa. Se Lula estivesse em vez de preso, acamado, o PT poderia mandar o vice para os debates, mas na verdade a montagem é pra tirar ele e o PT do ar.

• Valor: O Centrão deixou de ir com o PT porque alega que Lula não transfere votos preso, já que com Dilma Rousseff ele estava solto. O senhor concorda?

Wagner: Acho um raciocínio equivocado, porque mais do que no tempo da Dilma, Lula está cada vez mais vitimizado, próximo a ser beatificado. É o contrário, se ele estivesse solto, mas eventualmente sua candidatura fosse interditada, a sensação de perseguição seria muito menor. Ainda mais depois da liminar ao deputado preso [João Rodrigues, PSD-SC] para disputar. Está contaminando a ideia de perseguição, por isso aumenta a aderência ao nome dele.

• Valor: Então será possível transferir votos?

Wagner: Eu acho que sim, você viu que o Haddad já está com 15% [na pesquisa XP/Ipespe do dia 17]. Todo mundo sabe que é só apertar o 13.

• Valor: Mas o Haddad perdeu em São Paulo em 2016...

Wagner: A gente estava no olho do furacão, o PT tinha 70 prefeituras, ficou com 8, aí você querer que o cara ganhasse na capital do combate ao PT é litigância de má-fé.

• Valor: O senhor acha que a Justiça permitirá que Lula grave para o horário eleitoral?

Wagner: Acho que não, mas nós vamos falar dele o tempo todo. O cenário do meu programa tem a imagem, falo de Lula Livre o tempo todo.

• Valor: Analistas políticos afirmam que o PT estará no segundo turno, com qualquer candidato. Quem o senhor acha que será mais difícil enfrentar: Jair Bolsonaro (PSL) ou Geraldo Alckmin (PSDB) - os dois nomes mais prováveis de chegar lá?

Wagner: Eu não gosto de escolher adversário, acho arrogante, cada um tem uma característica. O Bolsonaro surge como o candidato da contestação, ou da reação, pra uma parte da população. Pra outra, é porque pensam igual a ele, que bandido bom é bandido morto. Acho incrível, ele foi mais de 20 anos deputado, e fez o quê pela segurança pública do Rio de Janeiro? Ele bravata muita coisa, mas não me consta que tenha feito algo. E fica falando que não é obrigado a saber de economia. Tudo bem, não precisa ser um expert, mas não pode ser governador, presidente, sem conhecer nada.

• Valor: E se for Alckmin?

Wagner: Na verdade, estou achando cada vez mais que Alckmin não chega [ao segundo turno]. Repare, o Centrão foi com ele, não foi? Mas e o Centrão do Nordeste, por acaso foi?



Referências

http://www.avozdapoesia.com.br/obras_ler.php?obra_id=4911&poeta_id=241
http://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2015/10/divida-o-que-o-psdb-nao-diz-e-o-pt-cala.html
http://gilvanmelo.blogspot.com/2018/08/fh-bolsonaro-assusta-com-solucoes.html
http://gilvanmelo.blogspot.com/2018/08/wagner-questiona-substituto-de-lula.html

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