Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
"Valor, Identidade e o Peso do Reconhecimento"
"Somos, na maioria das vezes, o que os outros decidem que somos."
-----------
------------
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
Emendas estressam a relação entre Congresso e Supremo – Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
Estava escrito nas estrelas que as emendas parlamentares, sem transparência e rastreabilidade, se tornariam caso de polícia. Mas são como pasta fora do tubo
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de fevereiro o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), acusados de desviar recursos das emendas parlamentares. Os três pediram propina aos prefeitos dos municípios beneficiados pelas emendas. Dezenas de parlamentares estão sendo investigados em sigilo de Justiça por causa de suspeitas de irregularidades das chamadas emendas secretas.
Esse julgamento deve aumentar a tensão já latente no Congresso entre os caciques da Câmara e do Senado e o STF, em razão da suspensão da execução de emendas parlamentares pelo ministro Flávio Dino, por falta de transparência. Os presidentes de Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pretendem se reunir com o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, para buscar uma solução para o impasse envolvendo as emendas parlamentares.
No caso dos deputados do PL, o sigilo da investigação foi retirado pelo relator, Cristiano Zanin, que encaminhou o caso para julgamento. Como presidente da 1ª Turma, é o responsável pela pauta. Segundo a denúncia, os três parlamentares pediram, "de modo consciente e voluntário", propina de R$ 1,6 milhão ao prefeito de São José do Ribamar (MA), José Eudes Sampaio Nunes. O valor seria dado em contrapartida à destinação de recursos públicos federais ao município. A PGR pede que os deputados sejam condenados pelos crimes de corrupção passiva e de pertencimento a organização criminosa. Requer também a perda da função pública.
Outro caso que eleva a tensão entre os Poderes é a investigação sobre as emendas de comissão suspensas por Dino. O caso envolve diretamente o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que transferiu a responsabilidade de indicação das emendas para o colégio de líderes. O deputado José Rocha (União-BA), que foi presidente da Comissão de Integração Nacional da Câmara, há duas semanas prestou depoimento à Polícia Federal como testemunha do caso, a pedido de Dino.
"Formalizei aquilo que já vinha dizendo publicamente: o Arthur Lira impediu que eu cumprisse determinação do ministro Flávio Dino de apresentar os nomes dos autores de todas as emendas propostas pela minha comissão", disse Rocha, após o depoimento. Lira teria determinado que R$ 320 milhões em emendas fossem destinadas para Alagoas, sua base eleitoral.
Segundo Rocha, o fato de ter se recusado a liberar as emendas sem que as determinações de Dino fossem cumpridas é que levou Lira a suspender as sessões das comissões e atribuir ao colégio de líderes a responsabilidade de indicar as emendas de comissão, cujos autores não tiveram os nomes revelados, ou seja, que substituíram o chamado orçamento secreto.
Tensão entre Poderes
Estava escrito nas estrelas que as emendas parlamentares, sem transparência e rastreabilidade, se tornariam caso de polícia. Mas também que são como pasta de dente fora do tubo: não tem volta. Desde o governo Dilma Rousseff, mas também no governo de Michel Temer e no governo Bolsonaro, o Congresso avançou de forma gradativa sobre o Orçamento da União; neste ano, o equivalente a R$ 38, 9 bilhões. Assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o novo presidente da Câmara não pretende abrir mão dessa fatia do Orçamento. Quando fala em independência e harmonia entre os Poderes, o discurso subliminar de Motta é de que o Supremo avança sobre as prerrogativas do Congresso, quando manda sustar as emendas.
"O que nós temos de discutir com o Supremo, que não vejo como um embate, mas, sim, como um processo em que temos que diminuir a tensão, é sobre quais critérios devem ser adotados. Nós não temos dificuldade em discutir transparência e rastreabilidade. Temos confiança de que esse diálogo, que se dará agora durante o mês de fevereiro, irá apresentar, sim, uma solução e um modelo em relação ao Orçamento, para que essa página possa ser virada", disse Motta, a propósito do contencioso sobre as emendas parlamentares.
Acontece que Dino suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em repasses feitos pelos parlamentares que descumpriram regras de transparência e rastreabilidade. Somente uma parte dos recursos, destinados à Saúde, foi liberada pelo ministro, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Emendas destinadas a 13 organizações não governamentais (ONGs) e entidades que não atendiam aos requisitos de rastreabilidade também foram suspensas, em janeiro deste ano.
Segundo a própria Controladoria-Geral da União (CGU), 33 entidades, entre 676 beneficiadas pelos repasses em dezembro de 2024, foram fiscalizadas por amostragem. Apenas 15% agiram com transparência. Das 13 que tiveram recursos bloqueados, apenas uma segue com os valores bloqueados. O restante das entidades teve os repasses restabelecidos após a CGU informar ao Supremo que as entidades promoveram ajustes e agora cumprem as exigências.
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
------------
Dino diz ter recebido “orientações” importantes de Rosa Weber
Futuro ministro do STF afirma “jamais” ter imaginado receber uma visita da ex-ministra “na condição de seu sucessor indicado”
------------
1. O Contexto das Emendas Parlamentares
O artigo aborda a crescente tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) devido à falta de transparência nas emendas parlamentares, especialmente as chamadas "emendas secretas" e as de comissão. Essas emendas vêm sendo usadas ao longo dos governos para fortalecer a base de apoio no Legislativo, mas sem rastreabilidade, o que abre brechas para corrupção.
2. Ações do STF e da PGR
A 1ª Turma do STF julgará deputados acusados de corrupção passiva por desviar dinheiro de emendas.
A PGR pede a condenação e a perda dos mandatos.
O ministro Flávio Dino suspendeu bilhões em emendas por falta de transparência.
A CGU identificou que apenas 15% das entidades analisadas agiram com transparência.
3. O Posicionamento do Congresso
Os parlamentares argumentam que o Supremo está interferindo no poder do Legislativo. O novo presidente da Câmara, Hugo Motta, quer um diálogo com o STF para estabelecer critérios, mas não abre mão do controle sobre o orçamento.
4. Impacto Político
O caso afeta líderes influentes como Arthur Lira, que teria manipulado emendas para favorecer sua base.
Há uma disputa de poder entre Legislativo e Judiciário, pois o STF busca regular as emendas, enquanto o Congresso tenta manter sua autonomia.
A transparência nas emendas se tornou um tema explosivo, afetando a relação entre os Poderes.
5. Metáforas Utilizadas
"Estava escrito nas estrelas" → Sugere que o problema era previsível.
"Pasta de dente fora do tubo" → Indica que a situação saiu do controle e não pode ser revertida facilmente.
Conclusão
O caso evidencia corrupção sistêmica e a necessidade de maior transparência no uso do dinheiro público. O embate entre o STF e o Congresso sobre as emendas parlamentares pode ter repercussões profundas no equilíbrio entre os Poderes.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
----------
"Sem ser,
valia cem patacas.
Sem patacas, já não valia cem necas.
0,1% era igual a zero."
----------
------------
Praça dos Heróis Capa comum – 3 junho 2020
---------------
No apartamento do falecido prof. Schuster, a governanta sra. Zittel e a empregada Herta preparam o jantar funerário para a família, rememorando a vida do patrão e lamentando a morte trágica que acabara de acontecer. Enquanto isso, as filhas de Schuster, Anna e Olga, tentam convencer seu tio a assinar uma petição em defesa de um território onde a família possui uma propriedade e a tratar de outros pormenores cotidianos. Entre lembranças e tentativas de compreensão das condições que levaram o professor a cometer suicídio, os personagens apresentam um panorama político da Áustria no fim da década de 1980, traçando um paralelo direto com o episódio de invasão de Hitler na Praça dos Heróis, que marcara não só o âmago da família protagonista, como toda a história ocidental. Escrita em 1988 por encomenda de Claus Peymann, então diretor do Burgtheater de Viena, por ocasião do centenário de abertura do teatro e, coincidentemente, pelos cinquenta anos do Anchluss (anexação da Áustria pela Alemanha nazista), "Praça dos Heróis" é uma reflexão crítica sobre o nacionalismo e o antissemitismo da Áustria moderna, além de uma denúncia da negação de seu passado por parte do povo austríaco. Polêmica por sua assertividade, como diversas outras obras de Bernhard, esta peça de linguagem límpida sensibiliza os leitores não só pela delicadeza da situação que representa, como por sua atualidade. Em Prefácio à edição brasileira, Alexandre Villibor Flory, doutor em literatura alemã pela USP e especialista na obra de Bernhard, aborda o contexto e a relevância da publicação de "Praça dos Heróis", até então inédita no Brasil, bem como disserta sobre a estética da peça e os ganhos desta tradução para o português, de autoria de Christine Röhrig. A edição da Temporal ainda conta com fotografias e ficha técnica da polêmica montagem de estreia de 1988 no Burgtheater e da montagem brasileira, dirigida por Luciano Alabarse em 2005.
por Thomas Bernhard (Autor), Temporal Editora (Autor), apoiado pela embaixada Austríaca (Autor), & 10 mais
_________________________________________________________________________________________________________
------------
-----------
"Havia três L:
L de Luiz,
L de Inácio,
L da Silva."
------------
------------
O Presidente (Volume 2) Capa comum – 15 setembro 2020
por Thomas Bernhard (Autor), Gisele Eberspacher (Tradutor), Paulo Rogerio Pacheco Junior (Tradutor), & 1 mais
-----------
Parte de: O Presidente (1 livros)
O que uma peça escrita nos anos 1970 numa distante Áustria pode dizer sobre o país de cá e de agora? A princípio, nada, é o que poderíamos pensar. Será?
Nesta peça até hoje inédita no Brasil, o escritor austríaco Thomas Bernhard nos proporciona uma visão privilegiada dos bastidores da vida oficial de um presidente e sua amante, uma primeira-dama de nariz empinado e seu capelão conselheiro.
Desafiando os limites entre trágico e cômico, as fronteiras se apagam. Para além do teatro, as divisões entre passado e presente e até mesmo entre Brasil e Áustria se confundem.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
-----------
"Quem tem eira, beira e tribeira não vive na Faixa de Gaza, nem fica jogado ao Deus dará, sem eira nem beira."
------------
"Sem L,
Luiz Inácio da Silva,
um homem comum,
quiçá um cidadão."
-------------
Sem Eira Nem Beira
Garotos de Ouro
-------------
Buscando tema na cultura da querência
Saí cantando e vejam só o que aconteceu
Neste compasso, fui gastando este balanço
Foi deste jeito que esse meu bugio nasceu
Ré maior, lá maior
Neste tranco segue a vida inteira
E o gaiteiro floreando a cordeona
Em primeira, segunda e primeira
Macanudo sem eira nem beira
Fandangueando pela noite a fora
Anoitece o bugio ta roncando
Amanhece o bugio vai embora
Ré maior, lá maior
Neste tranco segue a vida inteira
E o gaiteiro floreando a cordeona
Em primeira, segunda e primeira
Ao tranquito na volta da sala
Nesta sina de ser fandangueiro
Descobri no balanço do fole
Que o bugio tem a alma de campeiro
Ré maior, lá maior
Neste tranco segue a vida inteira
E o gaiteiro floreando a cordeona
Em primeira, segunda e primeira
Macanudo sem eira nem beira
Fandangueando pela noite a fora
Anoitece o bugio ta roncando
Amanhece o bugio vai embora
Ré maior, lá maior
Neste tranco segue a vida inteira
E o gaiteiro floreando a cordeona
Em primeira, segunda e primeira
Quem para pra escutar este toque
Leva em conta a alma galponeira
Entonado eu assumo meu canto
Meu bugio não tem eira nem beira
Ré maior, lá maior
Neste tranco segue a vida inteira
E o gaiteiro floreando a cordeona
Em primeira, segunda e primeira
Macanudo sem eira nem beira
Fandangueando pela noite a fora
Anoitece o bugio ta roncando
Amanhece o bugio vai embora
Ré maior, lá maior
Neste tranco segue a vida inteira
E o gaiteiro floreando a cordeona
Em primeira, segunda e primeira
Composição: Felipe Medeiros / Ivonir Machado.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
Sem Eira Nem Beira
Xutos & Pontapés
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um "passou bem"
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar, despedir
Ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar, enganar
O povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a fuder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a...
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Dê-me um pouco de atenção
Composição: Tim.
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
-----------
ORIGEM DA EXPRESSÃO "SEM EIRA NEM BEIRA" ESTÁ LIGADA A EXTREMIDADE DE TELHADOS
Conclusão
"Sem Eira Nem Beira" é um hino de contestação contra as desigualdades sociais e a corrupção, destacando a hipocrisia do sistema, onde os pobres sofrem e os ricos exploram impunemente. O uso da expressão popular reforça o contraste entre quem está na miséria e quem se beneficia dela.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário