terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

O Tempo e a Política: Entre a Travessia e a Ascensão

----------
---------- O tempo e a travessia Byvaleon --------- Análise: as perguntas sem respostas no discurso de Hugo Motta após ser eleito presidente da Câmara ----------- " - Meus amigos e minhas amigas, a vida pública é o exercício permanente do transitório, é a compreensão de que todos passamos, mas as instituições ficam, e, para além delas — mais importante —, ficam as transformações históricas e sociais de cada era, ficam a coragem e as posições, ficam os princípios, e não as conveniências, ficam as convergências que constroem, e não as divergências, que paralisam e destroem a compreensão de que podemos pensar diferente, mas somos todos iguais no que é indiscutível. Somos todos brasileiros e brasileiras, e, seja qual for a visão de mundo, o Brasil nos une e nunca pode nos separar, pois somos o povo brasileiro, e o Brasil é o nosso único país. (Palmas.) As glórias são efêmeras, mas os propósitos e os avanços o tempo nunca apaga. As paixões são radicais, mas são o equilíbrio e a razão que conduzem as horas mais difíceis. O SR. PRESIDENTE (Hugo Motta. Bloco/REPUBLICANOS - PB) SESSÃO PREPARATÓRIA ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA PARA O BIÊNIO 2025-2027 Em 1º de fevereiro de 2025 Discurso do Presidente Hugo Motta (REPUBLICANOS/PB) ---------- ----------- Milton Nascimento & esperanza spalding: Tiny Desk (Home) Concert NPR Music _________________________________________________________________________________________________________ ----------
----------- Grammy 2025: cantora diz que prêmio recusou dar cadeira a Milton Nascimento Esperanza Spalding compartilhou um post em uma rede social em que dizia que produção do Grammy não deixou que ele se sentasse entre os VIPs Felipe Carvalhoda CNN 03/02/2025 às 00:55 | Atualizado 03/02/2025 às 01:01 Milton Nascimento, 82, foi a Los Angeles, nos Estados Unidos, para disputar um Grammy neste domingo (2) com a cantora norte-americana Esperanza Spalding, mas ela revelou em um post no Instagram que a produção recusou dar uma cadeira ao brasileiro nos VIPs. Então, foi recusado a Milton um lugar nas mesas para a cerimônia deste ano. Isso não me agradou. Não estou falando de uma vitória no Grammy… estamos comemorando a gloriosa vitória de Samara Joy, estou falando de uma cadeira física, aqui nesta mesa em que estou sentada. Estou brava por essa lenda viva não ter sido considerada importante o suficiente para sentar entre as pessoas da lista A”, disse. Leia mais ------------ ----------- Beco do Mota Milton Nascimento Clareira na noite, na noite Procissão deserta, deserta Nas portas da arquidiocese desse meu país Profissão deserta, deserta Homens e mulheres na noite Homens e mulheres na noite desse meu país Nessa praça não me esqueço E onde era o novo fez-se o velho Colonial vazio Nessas tardes não me esqueço E onde era o vivo fez-se o morto Aviso pedra fria Acabaram com o beco Mas ninguém lá vai morar Cheio de lembranças vem o povo Do fundo escuro o beco Nessa clara praça se dissolver Pedra, padre, ponte, muro E um som cortando a noite escura Colonial vazia Pelas sombras da cidade No dia estranha romaria Lamento água viva Acabaram com o beco Mas ninguém lá vai morar Cheio de lembranças vem o povo Do fundo escuro o beco Nessa clara praça se dissolver Profissão deserta, deserta Homens e mulheres na noite Homens e mulheres na noite desse meu país Na porta do beco estamos Procissão deserta, deserta Nas portas da arquidiocese desse meu país Diamantina é o Beco do Mota Minas é o Beco do Mota Brasil é o Beco do Mota Viva o meu país Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento. ---------
--------- questões epistolares As cartas que a ditadura escondeu Em 2021, recebi um lote de correspondências escritas por exilados que nunca chegaram aos destinatários – entre eles, Rubens Paiva. Desde então, venho tentando entregá-las Lucas Figueiredo, de Lisboa | 04 fev 2025_08h44 ----------
----------- O Tempo e a Política: Entre a Travessia e a Ascensão A política brasileira é um palco de transições permanentes, onde trajetórias individuais se entrelaçam ao destino de instituições e tradições. A ascensão meteórica do novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ecoa padrões que a história já registrou antes. Entre os paralelos possíveis, emerge a figura de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (1870-1946), político mineiro de inteligência precoce e articulação hábil, que, assim como Motta, percorreu com destreza os corredores do poder. O jovem Hugo Motta, aos 35 anos, tornou-se o mais novo presidente da Câmara na história recente do Brasil. A precocidade, no entanto, não é uma novidade absoluta na política nacional. Andrada, bisneto do "Patriarca da Independência", José Bonifácio, formou-se em Direito aos 17 anos e, antes dos 25, já exercia a vice-presidência da Câmara de Vereadores de Juiz de Fora. Em sua trajetória, ocupou cargos de grande relevo, incluindo a Prefeitura de Belo Horizonte e a liderança do governo na Câmara dos Deputados durante o regime varguista. Embora separados por mais de um século, ambos encarnam a figura do político que compreende as nuances do jogo institucional e a necessidade de adaptação às circunstâncias. Motta e Andrada compartilham um senso estratégico aguçado e um pragmatismo que os distingue. O jovem paraibano, por exemplo, soube navegar pelas águas turvas da sucessão de Arthur Lira, consolidando alianças e se projetando como um novo polo de poder no Congresso. A ascensão de Hugo Motta também ilustra um fenômeno recorrente na política brasileira: o peso das dinastias familiares. Assim como os Andradas moldaram a política mineira por gerações, os Motta exercem influência na Paraíba há décadas. Francisca Motta, avó do novo presidente da Câmara, foi prefeita de Patos e deputada estadual por vários mandatos. A tradição familiar, longe de ser um elemento meramente simbólico, se traduz em capital político e em uma rede de relações que facilita a emergência de novas lideranças. Entretanto, a longevidade e o sucesso político não dependem apenas da herança familiar ou da precocidade. O que distingue os grandes articuladores é a capacidade de compreender os ventos da mudança e se posicionar diante deles. O aforismo atribuído a Giuseppe Tomasi di Lampedusa, “é preciso mudar tudo para que tudo permaneça como está”, pode ser lido como um alerta sobre a necessidade de renovação constante dentro das estruturas de poder. No caso de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, sua longevidade política se deveu à habilidade de transitar entre diferentes regimes e conjunturas, sem perder a capacidade de influência. Já Hugo Motta, em seu primeiro grande teste como líder de uma das casas do Legislativo, precisará demonstrar que sua ascensão não é apenas um feito circunstancial, mas o início de uma trajetória duradoura. Os desafios que se impõem ao novo presidente da Câmara são imensos. Em um cenário de forte polarização e de crescente protagonismo do Congresso na formulação do orçamento público, Motta terá que equilibrar a necessidade de diálogo com o Executivo e a pressão por maior transparência na alocação de recursos. O debate sobre as emendas parlamentares, incluindo o polêmico "orçamento secreto", continuará a testar sua capacidade de negociação e seu compromisso com práticas republicanas. Se por um lado sua ascensão representa continuidade dentro do jogo político, por outro, ele terá que demonstrar que não é apenas um operador de bastidores, mas um líder capaz de articular mudanças sem comprometer a governabilidade. A política, como bem lembraria um porteiro filósofo de Minas Gerais, é um moinho que nunca para e uma travessia sem fim. Aos que a ela se entregam, resta a sabedoria de entender seus ciclos e a coragem de atravessá-los sem se perder no meio do caminho. A consolidação do poder legislativo e o novo equilíbrio político Desde a redemocratização, o Brasil tem passado por mudanças significativas na distribuição do poder entre os três pilares da República. Nos anos 1990, o Executivo dominava amplamente a agenda nacional, fruto do presidencialismo de coalizão construído por Fernando Henrique Cardoso e consolidado por Lula nos anos 2000. O Congresso, apesar de influente, operava como um parceiro menor, negociando espaços no Orçamento em troca de apoio ao governo. A partir da Operação Lava Jato e do colapso do sistema tradicional de partidos, o Legislativo passou de coadjuvante a protagonista. O impeachment de Dilma Rousseff em 2016 mostrou a força de um Parlamento que já não aceitava a mera condição de aliado. O governo Temer fortaleceu esse protagonismo ao ampliar o poder das emendas parlamentares. Bolsonaro, por sua vez, consolidou essa dinâmica ao ceder ao Centrão o controle sobre fatias expressivas do Orçamento. Agora, com Hugo Motta e Davi Alcolumbre no comando do Congresso, esse processo atinge um novo patamar. O Legislativo controla diretamente 24% das despesas discricionárias do governo, uma cifra inimaginável há uma década. O Supremo Tribunal Federal, atento ao risco de captura institucional, tenta impor limites, mas enfrenta uma resistência feroz dos parlamentares. O Executivo de Lula, embora fortalecido pelo aparato estatal, enfrenta dificuldades crescentes para impor sua agenda sem ceder aos interesses do Congresso. A eleição de Motta e Alcolumbre, com apoio tanto do governo quanto da oposição, indica que a governabilidade dependerá mais do humor parlamentar do que de qualquer estratégia palaciana. A trajetória do poder no Brasil contemporâneo mostra que, se no passado o Executivo mandava e o Congresso obedecia, hoje os papéis se inverteram. O que antes era negociação virou subordinação. O maior desafio dos próximos anos será entender até onde vai esse novo equilíbrio antes que o pêndulo oscile novamente. ----------- ----------- Teresa Cristina feat. Criolo - O Mundo e um Moinho Jangada VOD 4 de jul. de 2016 Live au 18e festival du cinéma brésilien de Paris http://festivaldecinemabresilienparis... _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ----------- Hugo Motta faz 1º discurso como presidente da Câmara, cita Ulysses Guimarães e defende democracia ----------- UOL 1 de fev. de 2025 #UOLNewsNoite #corte O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) fez seu primeiro discurso como presidente da Câmara dos Deputado. Ele foi eleito neste sábado (1º) com apoio do governo e da oposição, e vai comandar a Casa pelos próximos dois anos. #UOLNewsNoite #corte Pessoas mencionadas 4 pessoas Marcos Pereira Arthur Lira Francisca Motta Hugo Motta _________________________________________________________________________________________________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário