Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Historia de una melancolía
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98º – Imagens do Estado Novo 37-45 (Eduardo Escorel, 2016) | 100 melhores documentários brasileiros
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wocomoPORTUGUÊS
19 de nov. de 2024 #wwii #segundaguerramundial #ditadura
Documentário completo sobre o Estado Novo, desde o golpe de estado que instituiu Getúlio Vargas no poder até a ação militar que resultou em sua renúncia.
Entenda também a relação do Brasil com a Alemanha e os Estados Unidos nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial e a participação dos pracinhas da FEB na Campanha da Itália.
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Capítulos
▷ 0:00:00 – Créditos iniciais
▷ 0:00:35 – As origens do Estado Novo
▷ 0:19:15 – 1937
▷ 1:01:03 – 1938
▷ 1:19:48 – 1939
▷ 1:42:18 – 1940
▷ 1:51:47 – 1941
▷ 2:08:53 – 1942
▷ 2:29:23 – 1943
▷ 2:39:02 – 1944
▷ 2:52:51 – 1945
▷ 3:30:35 – O fim do Estado Novo
▷ 3:42:22 – Créditos finais
#documentário #brasil #história #estadonovo #getúliovargas #ditadura #wwii #segundaguerramundial #wocomoPORTUGUÊS
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Recorrendo a vasto material de arquivo, entre cinejornais, fotografias, cartas, filmes familiares e de ficção, trechos de diário e canções populares, o documentário examina a herança do Estado Novo (1937-1945), comandado por Getúlio Vargas.
A partir da comparação e análise desses registros heterogêneos, produzidos para fins diversos, da propaganda política à celebração familiar, o filme reavalia as diversas camadas desse momento histórico, expondo suas fontes de inspiração externas, formas de funcionamento e contradições.
Título original: Imagens do Estado Novo 1937-45
Um filme de Eduardo Escorel
2016 © Licenciado por Europa Filmes
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Lourival Sant'Anna: Para Trump, não existem países aliados | CNN PRIME TIME
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CNN Brasil
22 de jan. de 2025 #CNNBrasil
O analista de Internacional da CNN Lourival Sant’anna comenta o discurso da presidente do México, Claudia Sheinbaum, pedindo de união da América Latina para ir contra o presidente dos Estados Unidos. Segundo Lourival, fala reforça a ideia de Donald Trump de que não existem aliados. #CNNBrasil
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domingo, 16 de fevereiro de 2025
Trump contra os aliados - Lourival Sant’Anna
O Estado de S. Paulo
Os EUA tendem a mergulhar em uma crise sem precedentes, arrastando o mundo
Donald Trump, J.D. Vance e Elon Musk estão presidindo um assalto às instituições, a privatização do Estado e a ideologização das políticas externa e de defesa. Os EUA tendem a mergulhar em uma crise sem precedentes, arrastando o mundo.
Trump demitiu 17 inspetores-gerais de órgãos como os Departamentos de Defesa, Estado e Interior. Eles são responsáveis pelo combate à corrupção. Oito entraram na Justiça argumentando que as demissões violam a lei, que exige justificativa para seu desligamento.
Sete procuradores federais, alguns de perfil conservador, renunciaram em protesto contra a ordem do Departamento de Justiça de arquivar as acusações de corrupção contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. O procurador-geral adjunto interino, Emil Bove, exadvogado de Trump, deu a ordem alegando que o indiciamento poderia dificultar a cooperação de Adams com a repatriação de imigrantes.
Na Conferência de Segurança de Munique, o vice de Trump declarou que a principal ameaça não são China e Rússia, mas os valores liberais europeus. O fechamento da Usaid, promovido por Musk, favorece a China, que sempre manifestou incômodo com as denúncias de violações de direitos humanos no país, por organizações financiadas pela agência.
Musk está em constante contato com autoridades chinesas, em busca de benefícios regulatórios para os veículos da Tesla. A empresa construiu no ano passado sua segunda fábrica em Xangai, num investimento de US$ 200 milhões. A primeira “gigafábrica” de Xangai foi responsável por mais da metade das vendas globais da Tesla em 2023.
TAIWAN. Musk se reuniu naquele ano com diversas autoridades, incluindo Chen Jining, chefe do Partido Comunista, em Xangai. “Os carros que produzimos aqui são os mais eficientes em termos de produção e os de maior qualidade”, elogiou Musk. Ele também defendeu a anexação de Taiwan pela China, comparando-a com o Havaí.
O fechamento da Usaid também foi elogiado pelos governos autoritários de Rússia, Hungria, Venezuela e El Salvador, todos acusados de violações de direitos humanos por entidades apoiadas pela agência.
O juiz federal Carl Nichols suspendeu a demissão dos 2.200 funcionários da agência, por considerar que a medida fere a lei. Trump reclamou que a Justiça está a serviço dos democratas. Nichols foi nomeado por ele, em 2019. A Justiça também restringiu o acesso de representantes de Musk ao banco de dados do Tesouro, invadido em dezembro por hackers chineses.
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sábado, 15 de fevereiro de 2025
Que papo é esse de semipresidencialismo? - Marcus Pestana
Há muito, os presidentes da República, no presidencialismo brasileiro, não dispõem de maioria parlamentar sólida e fiel para governar. Isso se deve à excessiva pulverização partidária da representação política da sociedade no Congresso Nacional, com uma grande quantidade de partidos, sem que haja duas colunas vertebrais - uma de situação, outra de oposição - com número suficiente de parlamentares para dar consistência aos dois blocos: maioria e minoria, conceitos presentes na maior parte dos parlamentos mundo afora, mas ausentes aqui nas últimas décadas.
Outro causa importante foi o grande alargamento da autonomia dos parlamentares em relação ao Executivo com o crescimento exponencial do valor das emendas orçamentárias de execução obrigatória e o financiamento público de partidos e campanhas.
A falta de maioria parlamentar tem tido papel moderador, ao longo do tempo, em relação às tentações autoritárias do Executivo. Mas também dificultado o encaminhamento de soluções mais profundas para os dramas brasileiros, sobretudo na economia. Os governos não ousam porque sabem que o horizonte de apoio político é curto para medidas mais polêmicas e radicais, às vezes necessárias.
A situação gera situações complexas e esdrúxulas que poderíamos caracterizar com “parlamentarismo incompleto”. O Congresso tem muito poder, mas não todas as responsabilidades necessárias com a governabilidade. Os partidos políticos pragmáticos raciocinam mais ou menos assim: “O governo, em parte, é meu, afinal tenho três (ou dois) ministérios, mas as metas fiscais são do Lula e do Haddad, não minhas”. Alguns desses partidos se dividem ao meio em votações essenciais para o governo. Aliás, é difícil identificar qual o partido que não está no governo. Todos estão, creio, exceto PL, NOVO, CIDADANIA E PSDB.
Outra situação incomum, em tempos de reforma ministerial, é ouvirmos dirigentes partidários dizendo: “Aceitamos ministérios, mas isso não quer dizer apoio eleitoral em 2026”. Ora, ora, ora, isto revela explicitamente o descompromisso com os resultados do governo, que serão avaliados exatamente nas eleições. Se aceito participar de um governo deveria ser porque acredito nele, quero que ele seja bem-sucedido e bem avaliado, e, consequentemente, vou apoiá-lo na sucessão. Mas qualquer presidente da República acaba se rendendo à realpolitick porque depende de apoio parlamentar. São as agruras do “parlamentarismo incompleto”.
Fui de quatro comissões especiais de reforma política entre 2011 e 2018. Acompanhei as idas e vindas do tema. Estudo há décadas o assunto. E creio que essa é uma discussão central no Brasil, embora seja cético em relação às possibilidades de êxito. É o típico círculo vicioso: “você não resolve o problema porque tem o problema”.
Para enfrentar o tema e levantar essa discussão estratégica, em boa hora, os deputados Lafayette de Andrada (REP/MG) e Luiz Carlos Hauly (PODE/PR) apresentaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 2/25 instituindo duas mudanças essenciais: o semipresidencialismo e o voto distrital misto. O parlamentar mineiro homenageia assim a memória de nosso saudoso Bonifácio Andrada, entusiasta da proposta. Outro deles é o ex-presidente Michel Temer.
Na próxima semana, discutiremos conceitos e problemas envolvidos nesta difícil e decisiva discussão.
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Análise: Lula é prisioneiro de uma "jaula de cristal"
O puxão de orelhas nos ministros não vai resolver o problema, há que mudar os métodos de gestão e melhorar o diagnóstico sobre a atuação de cada pasta. O governo também carece de uma política de comunicação capaz de enfrentar a oposição sem entrar na lógica da radicalização retórica
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Azedo faz referência a Carlos Matus e à "jaula de cristal" para moldar sua tese sobre o isolamento de Lula.
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"E se o problema de Lula não for apenas a inflação?
Publicado em 16/02/2025 - 08:11 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Congresso, Economia, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Lava-Jato, Literatura, Memória, Partidos, Política, Política
Pesquisa Datafolha aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula e que 41% reprovam. Dos entrevistados, 32% avaliam o governo como regular, e 2% não souberam ou não responderam
Com menos de 50 dias de governo, ainda sob o impacto da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, já era possível diagnosticar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era prisioneiro de uma “jaula de cristal”, embora houvesse uma mudança da água para o vinho na situação política do país com sua chegada ao poder. A parábola do ex-ministro do Planejamento chileno Carlos Matus, na obra O líder sem Estado-Maior, descreve “os imponentes e frágeis” gabinetes de líderes que se isolam e se tornam prisioneiros de uma pequena Corte.
“Um homem sem vida privada, sempre na vitrine da opinião pública, obrigado a representar um papel que não tem horário. Não pode aparecer ante os cidadãos que representa e dirige como realmente é, nem transparecer seu estado de ânimo”, aponta Matus. “O governante sente-se satisfeito com seu gabinete: nem sente que precisaria melhorá-lo, nem saberia como fazê-lo porque o desacerto está no comando”, completa.
Na tentativa de realizar o impossível, continua Matus, “deteriora a governabilidade do sistema e não aprende, porque não sabe que não sabe. Encontra-se entorpecido por uma prática que acredita dominar, mas que, na realidade, o domina. Acumula experiência, mas não adquire perícia; tem o direito de governar, sem ter a capacidade para governar. Nesse caso, pode ser que seu período eficaz de governo resulte nulo, pela impossibilidade de combinar, ao mesmo tempo, o poder para fazer e a capacidade cognitiva para fazer”.
Na recente viagem ao Amapá e ao Pará, no decorrer da semana, o presidente Lula saiu da “jaula de cristal”, com seu pulo do gato: a velha narrativa populista de campanhas. Um velho amigo, cientista político, numa dessas conversas de redes sociais, foi cirúrgico: “o tom dos oradores já é retoricamente patético e politicamente esotérico. Falta pouco para se instalar um clima de exasperação equivalente ao do barco à deriva dos últimos meses de Dilma. Lula está sangrando em público”.
Seu interlocutor, quase sempre tolerante com Lula, perdeu a paciência: “Lula foi ao Amapá e acabou possuído. Falou por uma hora, abusando do popularesco e da mistificação. Valeu tudo, a mãe, Deus, as emas, os jabutis e o tucunaré. Inacreditável”. Esse tipo de crítica não tem nada a ver com a oposição a Lula, sobretudo a bolsonarista. Meus amigos torcem para o governo dar certo.
Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula e que 41% reprovam. Dos entrevistados, 32% avaliam o governo como regular, e 2% não souberam ou não responderam. Nos seus piores momentos, no primeiro mandato, Lula havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão. Seu maior índice de ruim e péssimo, 34%, em dezembro de 2024. Essa situação somente se compara ao segundo mandato de Dilma Rousseff, o fantasma que ronda o Palácio do Planalto.
Leia também: Pesquisa Ipec aponta que 62% acham que Lula não deveria se candidatar à reeleição
Inflação e corrupção
Os habitantes da “jaula de cristal” não são afeitos a autocríticas, a culpa de tudo está na inflação e na chamada “crise do Pix” ou seja, jogam no colo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, toda a responsabilidade pela impopularidade de Lula. Antes, a culpa era do ministro da Comunicação, Paulo Pimenta, substituído pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, o principal responsável pela recidiva do populismo explícito de Lula, na base do “agora, vai”.
O IPCA de janeiro foi de 0,16%, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. O índice foi derrubado pela redução das tarifas de energia elétrica proporcionada pelo bônus de Itaipu. Os habitantes da “jaula de cristal” culpam os supermercados pela alta dos alimentos e o Banco Central pela alta de juros. Essa ladainha vai recrudescer.
Leia mais: Como inflação de alimentos virou ‘calcanhar de Aquiles’ do governo
A inflação não é causa, é consequência. Medidas sociais e incentivos ao crescimento econômico são meninas dos olhos de Lula. Ninguém é capaz de convencê-lo de que um corte de 2% nas despesas do governo, perfeitamente possível, acabaria com o deficit primário, inverteria todos os sinais do governo em relação aos agentes econômicos e ainda aumentaria a produtividade e qualidade da administração federal.
Leia ainda: Líder do governo atribui Datafolha a especulações com o dólar e fake news
E se o problema não for apenas a inflação, mas também a perda de liderança moral perante a sociedade, por causa da resiliente crise ética que provocou o tsunami eleitoral de 2018? O Brasil está empatado com Argélia, Nepal, Tailândia, Maláui e Níger no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional.
Exibe a pontuação 34, sua pior posição desde 2012, o começo da série histórica. Está nove pontos abaixo da média global e oito abaixo da média das Américas. A principal evidência de corrupção, segundo a Transparência Internacional, é a presença cada vez maior do crime organizado nas instituições estatais. Outra evidência é o descontrole no pagamento das emendas parlamentares, mais de R$ 148,9 bilhões em cinco anos, sem transparência nem rastreamento. Governo e Congresso estão juntos e misturados.
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O artigo levanta um ponto importante: a impopularidade do governo Lula não pode ser atribuída apenas à inflação, mas também a uma possível perda de liderança moral e política. A referência à “jaula de cristal” de Carlos Matus sugere que Lula estaria isolado, cercado por um grupo que não o desafia e preso a uma forma de governar que já não ressoa tanto com a sociedade.
Os dados da pesquisa Datafolha mostram uma aprovação muito baixa para um presidente em seu segundo ano de mandato, algo que realmente preocupa, principalmente quando comparado aos piores momentos do primeiro governo Lula e ao fim do governo Dilma. Além disso, a questão ética, especialmente relacionada ao aumento da corrupção e à influência do crime organizado no Estado, pode estar pesando na percepção pública.
Lula conseguirá reverter esse cenário, ou a trajetória dele caminha para um desgaste semelhante ao que aconteceu com Dilma?
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Biografía de:
PEDRO MIGUEL OBLIGADO
BIOGRAFIA
(1892-1967)
Pedro Miguel obligado nació en Buenos Aires, en 1892, y murió en la misma ciudad, en 1967. Profesor, ensayista, conferencista, guionista y sobre todo: poeta de raíz hondamente romántica. En 1918 publicó “Gris” y luego “El ala de la sombra” (Primer Premio Municipal de poesía, 1923); “El hilo de oro” (Premio Nacional de Letras, 1926); “La isla de los cantos” (Premio Nacional de Letras, 1933); “Melancolía” (Primer Premio Nacional de Poesía, 1946, 1947 y 1948); “Los altares” (1959) y en 1971, póstumo, “El andén” que recoge sus últimos poemas. Es autor de poemas en prosa, reunidos en “El canto perdido” (1925).
Leopoldo Lugones afirma: “Podríamos definir la poesía de Pedro Miguel Obligado con esta expresión titular: Historia de una melancolía.
Historia, pues exista o no una realidad episódica en la inspiración personal, aquella poesía evoca para nuestro bien la eterna emoción humana, compuesta por la repetición del mismo caso, que así es histórico en todos y en cada cual. El germen nos lo deja la dulce herida de amor, venturoso o desdichado; y un día viene el poeta y con su arte lo fecunda, poniéndonos en estado de belleza, es decir transformándonos en poeta, un instante: exaltación de vida superior, que por gratitud, generalmente obscura, le devolvemos bajo forma de simpatía. Esta inmaculada concepción del alma, en que el poeta oficia de espíritu vivificador, es como una indefinida sed del corazón humano. Por baja que sea, por encenegada que esté, toda alma necesita su hora de poesía. Y cuando no lo logra, empieza a padecer su infierno en vida, y tuércesele en maldad, la esperanza que se le frustra. El recuerdo más persistente de la verdadera poesía es que bajo su contacto fuimos buenos, por haber sentido el entusiasmo más puro o haber derramado las más nobles lágrimas.
En cada alma que conoció la pasión hay la congoja de un ángel caído. No atraviesan en vano esa llama, siquiera sea fugaz, las alas con que vivimos. En el fondo de toda copa bebida está la sed renovada. La sed que duplica su angustia con la delicia que pasó.
La melancolía es la discreción de esa pena. Mas, aunque no se le vea la herida fatal, palidece porque sangra. Y con ser así, discreta, parece que nos penetra mejor la suavidad de su angustia. La expresión melancólica posee de suyo una intimidad confidencial.
Y un poeta confidencial es, precisamente éste que me ocupa.
Tales poetas no serán los más célebres quizás, pero son los más queridos.”
(Tomado de: ANTOLOGIA POETICA, Colección AUSTRAL, Editora Espasa-Calpe Argentina, S.A., Buenos Aires 1953)
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Revisao Reinaldo
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OBLIGADO, PEDRO MIGUEL, POETA ARGENTINO, AUTOR DESTE DIAMANTE:
TODO ES VAGO EN ESTE DIA,
PARECE QUE CUANTO EXISTE
RESPIRA UNA POESIA
DELICIOSAMENTE TRISTE
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O nome da rosa Capa comum – 1 janeiro 2017
Edição Português por Umberto Eco (Autor), Aurora Fornoni Bernardini (Tradutor), Homero Freitas de Andrade (Tradutor)
Edição com tradução revista, novo projeto gráfico e prefácio do escritor inglês David Lodge O relançamento do famoso suspense policial de Eco, com um roteiro no estilo das histórias de Cona Doyle, e que alcançou sucesso mundial em desde sua primeira publicação, em 1980. O livro também originou o filme homônimo, estrelado por Sean Connery, em 1986. Neste livro, durante a última semana de novembro de 1327, em um mosteiro franciscano italiano, paira a suspeita de que os monges estejam cometendo heresias. O frei Guilherme de Baskerville é, então, enviado para investigar o caso, mas tem sua missão interrompida por excêntricos assassinatos. A morte, em circunstâncias insólitas, de sete monges em sete dias, conduz uma narrativa violenta, que atrai por seu humor, crueldade e sedução erótica. Não apenas uma narrativa sobre investigação de crimes, O nome da rosa também é uma extraordinária crônica sobre a Idade Média.
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Uma comparação semiótica rigorosa entre os textos de Luiz Carlos Azedo e Reinaldo Azevedo, ao estilo de Umberto Eco em O Nome da Rosa, exigiria um exame das estruturas narrativas, das estratégias discursivas e da intertextualidade, desvendando os signos e suas funções. Aqui está uma abordagem detalhada:
A ESTRUTURA COMO LABIRINTO E O JOGO ENTRE SIGNOS
Em O Nome da Rosa, Eco constrói um monastério como um grande labirinto de signos que se interligam e se ocultam. De maneira análoga, o texto de Azedo apresenta um panorama político que se desenrola como um emaranhado de causas e efeitos, em que a jaula de cristal de Lula é a metáfora central. O discurso de Reinaldo, por sua vez, constrói um labirinto de ironias e provocações, no qual os signos não são estáveis, mas instáveis e abertos à interpretação.
O PAPEL DO OBSERVADOR E DA VERDADE
Em Eco, a verdade é sempre mediada pela linguagem e pela interpretação de sinais. O frade Guilherme de Baskerville e seu discípulo Adso tentam decifrar pistas, mas encontram sempre novas camadas de significação. De forma similar, Azedo adota um tom mais analítico, estruturando uma crítica ao governo Lula por meio da contextualização histórica e da evocação de índices econômicos e percepções públicas. Já Reinaldo, como Guilherme de Baskerville, desmonta discursos de ambos os lados, mas sempre deixando o leitor diante de um abismo interpretativo, onde a verdade não é absoluta, mas resultado de um jogo de signos e poder.
O CÓDIGO DA IRONIA E DO DOGMA
Enquanto Azedo se posiciona como um cronista que denuncia a rigidez dos dogmas políticos (a incapacidade de autocrítica dos governantes e a corrosão ética do sistema), Reinaldo opera como um hermeneuta irônico, que desmonta as premissas do debate público e expõe as contradições da narrativa midiática. Se no mosteiro de Eco, o riso é temido por representar a subversão da ordem, no texto de Reinaldo, a ironia cumpre esse papel desestabilizador.
A NARRATIVA COMO SIMULAÇÃO DO REAL
Eco nos ensina que não há um real puro, mas apenas camadas de representação. O artigo de Azedo simula um olhar objetivo sobre os fatos, utilizando dados e estatísticas para conferir autoridade ao argumento. Reinaldo, por outro lado, assume que a narrativa política é construída como um teatro, e sua crítica não é apenas ao governo, mas ao próprio discurso que o analisa.
INTERTEXTUALIDADE E AUTORREFERENCIALIDADE
Azedo faz referência a Carlos Matus e à "jaula de cristal" para moldar sua tese sobre o isolamento de Lula. Reinaldo constrói sua crítica com alusões à imprensa, à lógica de mercado e até mesmo ao bolsonarismo. Ambos operam na lógica do hipertexto, mas enquanto Azedo busca um fio condutor histórico, Reinaldo desestabiliza qualquer linha reta de interpretação.
CONCLUSÃO
Se aplicarmos a lógica semiótica de Eco, podemos dizer que Azedo e Reinaldo trabalham com sistemas de signos distintos. Azedo estrutura sua crítica a partir da lógica da causalidade e do peso da história. Reinaldo, ao contrário, se insere no campo da ironia e do ceticismo radical. Um lê o mundo como um historiador, o outro como um decodificador de discursos.
Assim como em O Nome da Rosa, onde a busca pela verdade termina com a biblioteca em chamas e apenas fragmentos do conhecimento sobrevivem, na disputa narrativa entre Azedo e Reinaldo, não há uma verdade última, mas um embate contínuo de signos e interpretações, onde o leitor, como Adso, precisa escolher quais pistas seguir.
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OBLIGADO, PEDRO MIGUEL, POETA ARGENTINO, AUTOR DESTE DIAMANTE:
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"TODO ES VAGO EN ESTE DÍA,
PARECE QUE CUANTO EXISTE
RESPIRA UNA POESÍA
DELICIOSAMENTE TRISTE."
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A Névoa Poética e a Jaula Política
A epígrafe de Pedro Miguel evoca uma atmosfera etérea e melancólica, onde a imprecisão e a delicadeza da poesia se tornam elementos centrais da experiência do presente. O verso "Todo es vago en este día" sugere um tempo nebuloso, indefinido, no qual os contornos da realidade se dissolvem em um devaneio lírico. A continuidade do pensamento na segunda linha, "Parece que cuanto existe respira una poesía", reforça a ideia de que há uma harmonia subjacente entre a existência e a arte. Mas essa poesia, longe de ser jubilosa, é "deliciosamente triste". Há um paradoxo sutil: a tristeza aqui não é opressiva, mas doce, reflexiva, como se a beleza do mundo residisse exatamente em sua fugacidade e melancolia.
Essa visão poética dialoga, em um nível mais profundo, com a teoria política de Carlos Matus, evocada por Luiz Carlos Azedo em seu artigo. Matus, em sua metáfora da "jaula de cristal", descreve um governante enclausurado em sua própria narrativa e incapaz de perceber a complexidade do sistema que comanda. A imprecisão e a névoa emocional do poema de Pedro Miguel encontram eco na confusão política e na dificuldade de liderança descritas por Matus. Ambos os textos, cada um a seu modo, tratam do aprisionamento – seja ele poético ou político – e da incapacidade de escapar do destino que se desenha ao redor do sujeito.
Reinaldo Azevedo e a Narrativa da Política
Reinaldo Azevedo iniciou seu comentário na coluna do programa "O É da Coisa" com a expressão:
"Em sendo verdade".
Antes de se aprofundar no tema, ironizou a si mesmo:
"Depois você vai passar pano, não é, Reinaldo?"
E, sem perder o ritmo, prosseguiu:
"Vou fazer a análise que tem que ser feita."
A chamada do programa anunciava no vídeo:"A aprovação do governo Lula despenca no Datafolha". No ar pela Rádio BandNews FM, a edição já acumulava 45 mil visualizações em 14 horas. Reinaldo, sempre meticuloso, começou sua reflexão com um relato peculiar:
"Conversei com um político importante – os meninos sabem quem. Fofo. Não era do campo bolsonarista. Aderiu há pouco ao bolsonarismo."
Na sequência, o comentarista abordou um dos pontos mais controversos:
"A mentira do PIX conta."
Repetiu essa frase, sem deixar claro se a inverdade partia do governo ou da oposição. Uma dúvida deixada no ar, talvez propositalmente.
Eis que surge outro nome na equação: Felipe Neto, outrora entusiasta do governo, já teria desembarcado. A questão então se impõe:
"Quando Reinaldo saltará?"
A pergunta, vinda de outros, foi respondida pelo próprio jornalista com um lacônico:
"Catastrofismo oportuno."
Conteve-se ao evitar adjetivos mais contundentes.
A Oscilação da Política e do Mercado
A grande questão: 24% de aprovação é o fundo do poço?Para analisar a reação do mercado, Reinaldo trouxe números:
O dólar abriu a sexta-feira em R$ 5,75.
Caiu para R$ 5,71 minutos antes da divulgação da pesquisa do Datafolha.
Fechou em R$ 5,69.
Já a Bolsa de Valores oscilou de forma diferente:
Começou o dia com 124 mil pontos.
Subiu para 127 mil pontos antes da pesquisa.
Encerrou em 128 mil pontos.
"Esse âncora não desconfia de nada. Ele confia nos fatos", cravou.
A Retórica Cáustica e Hipnótica
Com seu estilo cáustico e sempre atento às nuances do discurso, Reinaldo fez uma última reflexão sobre o estado da política e da opinião pública:
"Acusado de ter cometido um crime: o crime aconteceu. Antes de condenado, é acusado. Se foi cometido o crime…"
Uma construção discursiva que remete ora à veemência do "Corvo" Carlos Lacerda, ora à repetição quase hipnótica do realejo, que, entre sortilégios e previsões, encantava crianças e adultos.
E assim, entre ironias e evidências, Reinaldo Azevedo segue sua análise, deixando no ar não apenas dúvidas, mas também uma provocação:
A narrativa política, afinal, é feita de fatos ou de versões?
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Pedro Miguel - Caminhos Separados (Official Audio)
vivadisco
16 de jan. de 2018
Pedro Miguel - Caminhos Separados (Official Audio)
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