sábado, 12 de maio de 2018

Geral dos Carneiros & Azevedos


Cabral tece mar no sertão



Segredos do Rio Capibaribe

Sempre pensara em ir
caminho do mar.
Para os bichos e rios
nascer já é caminhar.
Eu não sei o que os rios
têm de homem do mar;
sei que se sente o mesmo
e exigente chamar.
Eu já nasci descendo
a serra que se diz do Jacarará,
entre caraibeiras
de que só sei por ouvir contar
(pois, também como gente,
não consigo me lembrar
dessas primeiras léguas
de meu caminhar). 
O Rio João Cabral de Melo Neto 1953



“(...) um milagre surgido do nada (...)”
António Lobo Antunes, no prefácio de O Rio



Geral dos Carneiros e Azevedos

De além mar à nascente

Meninos e carneiros




O Menino e Os Carneiros
Geraldo Azevedo



 
No tempo que eu era menino
Brincava tangendo
(chiqueirando) carneiros
Fim de tarde na rede sonhava
Belo dia seria um vaqueiro
Montaria de pelos castanhos
Enfeitados de prata os arreios
Minha vida hoje é pé no mundo
Sem temer a escuridão
Jogo laço quebro tudo
Meu amigo é meu irmão
Sou a sede de boa palavra
Sou a vida raios de sol
Tenho tudo não tenho nada
Tenho fé no coração
Só que isso tudo
Era no tempo que nós era menino
Composição: Carlos Fer / Geraldo Azevedo


Carneiros & Azevedos


Simão Pedro lançou-se ao mar

E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
João 21:7

Apascenta carneiros

Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
João 21:17



Carneiro (Pedro de Azevedo).

n.      [ c. 1660 ].
f.

Foi aluno muito aplicado e inteligente de geometria e fortificação na Aula Real, desde 1681 até 1685. Neste ano, por carta passada par D. Pedro II, a 15 de março, foi nomeado engenheiro do estado do Maranhão, para onde partiu com o respectivo governador Gomes Freire de Andrade. Em 1691 teve licença para vir ao reino, sendo nomeado para o substituir Custódio Pereira


quase soneto cheio de si
Geraldo Carneiro


ó minha amada, canto em teu louvor
como se fora nato noutras terras
mais adestradas nos bailes do amor,
em Franças, Alemanhas, Inglaterras;
canto-te assim com tal engenho e arte
que até Camões invejaria o fogo
com que me ardo, outrora degredado
entre mil musas lusas e andaluzas,
e agora regressado aos seus brasis,
ó minha ave, minha aventura
e sobretudo minha pátria amada
pra sempre idolatrada, salve, salve:
o resto é mar, silêncio ou literatura



Você se Lembra
Geraldo Azevedo



Entre as estrelas do meu drama
Você já foi meu anjo azul
Chegamos num final feliz
Na tela prateada da ilusão
Na realidade onde está você 
Em que cidade você mora
Em que paisagem em que país
Me diz em que lugar, cadê você
Você se lembra
Torrentes de paixão
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casablanca
E se perder no labirinto
De outra história
A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por você
Até os sete mares do sertão
Você se lembra...
Composição: Fausto Nilo / Geraldo Azevedo / Pippo Spera


Forasteiro
Thiago Pethit


 
É primavera
Curam tristezas
Tudo muda demais por aqui
Forasteiro
Tua distância
Se eu sentisse
Poderia mudar, mas não vou

Por onde é que andarás
Só me diga e eu prometo
Esse rio descansará

Você frio
Perto da noite
Longe de mim e eu mal sei
Onde estou
Cruzei vilas, me perdi
Além das ruas
Nossa história não mudou

E tanto eu tenho pra dizer
Se eu só pudesse te olhar
E se tens em mim o teu revólver
Hei de ti próprio disparar
Por onde é que andarás?
Composição: Helio Flanders / Thiago Pethit






L' étranger / Forasteiro - Thiago Pethit ft. Tiê | Velho Chico TEMA DE MIGUEL

LETRA: É primavera Curam tristezas Tudo muda demais Por aqui Forasteiro Tua distancia Se eu sentisse Poderia mudar Mas não vou Por onde é que andarás? (2x) Só me diga e eu prometo Esse rio descansará J’ai passé Toutes mes nuits à chercher où se cachait La fin du monde Éperdu fatigué je suis perdu notre histoire n’a pas changé Por onde é que andarás? (2x) Je te laisse à ton destin (2x) je n’ai qu’Une route à retenir je n’ai qu’Un chemin pour t’oublier Se tens em mim o teu revolver Hei de ti próprio disparar Por onde é que andarás? (4x) Je te laisse à ton destin (4x)



Referências

https://youtu.be/DHBlSI1OUWk
http://www.jornaldepoesia.jor.br/joao05.html
https://blog.saraiva.com.br/joao-cabral-de-melo-neto-um-riozinho-nao-tece-mar/
https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/21
https://youtu.be/2kMM4qLu5oc
http://www.arqnet.pt/dicionario/carneiropedroa.html
http://www.releituras.com/gcarneiro_menu.asp
https://youtu.be/orMfLm6F1Gk
https://m.letras.mus.br/geraldo-azevedo/81574/
https://youtu.be/VbVE1a7oEAY
https://www.letras.mus.br/thiago-pethit/1660189/
https://youtu.be/xMZnEIP4Ouo
https://www.youtube.com/watch?v=xMZnEIP4Ouo

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