Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Cordial, atemporal e encantada
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
A garota do Arpoador - Ruy Castro
Folha de S. Paulo
Marina Colasanti não reprovava as mulheres atreladas ao fogão. Só exigia que lutassem por orgasmos
Marina Colasanti morreu nesta terça (28), aos 87 anos. Muita coisa deve estar saindo sobre ela como a mulher que, em veículos de grande circulação, revirou a cabeça das leitoras nos anos 1970 e 1980. Eu próprio escrevi um dia sobre a enorme influência de Marina sobre elas: "Não se tratava de arrancar as mulheres do fogão e plantá-las em escritórios. Mas, as que preferissem ficar no fogão deveriam exigir, pelo menos, grandes e regulares orgasmos —e, se não os tivessem, que tomassem providências". De onde tirei isso? De uma conversa com a própria Marina, com aquele seu misto de doçura e autoridade.
O que me fascinava nela era o background que a tornara quem era: "Marina fez parte da revolucionária geração de garotas da praia do Arpoador, no Rio, que, em fins dos anos 1950, varavam Ipanema na garupa das lambretas, pegavam jacaré com os rapazes (um deles, seu irmão Arduino) e desconfiavam do casamento tradicional. Queriam trabalhar fora, morar sozinhas, seguir carreiras modernas e não deixavam que a culpa imposta pelos padrões interferisse em sua vida amorosa. À sua maneira, já eram feministas —sem ideologia, sem rancor e sem saber."
Se hoje isso parece normal, transporte-se para aquele passado remoto e avalie a coragem da menina de pouco mais de 20 anos. Quem eram seus amigos naquele tempo? Millôr Fernandes, Rubem Braga, Tom Jobim, Lucio Cardoso, Paulo Francis, Otto Lara Resende, mil anos mais velhos.
Foi essa experiência que a levou a colaborar na histórica revista Senhor, ajudar Millôr a botar na rua os oito números do tabloide Pif-Paf, fechado pela ditadura em 1964, e passar onze anos como colunista do Jornal do Brasil. E, depois, sua longa carreira na revista Nova, respondendo às cartas das leitoras e lhes dizendo o que elas precisavam ouvir.
De ascendência europeia numa época difícil, a Segunda Guerra, Marina sabia também costurar, bordar, tricotar e cozinhar. E nunca se sentiu "menor" por isso. "Ao contrário", me falou. "Em emergências, frito até bolinhos."
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Marina Colasanti conversa com Afonso Borges no #SempreumPapoemCasa
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Sempre Um Papo - Ano 39
Transmitido ao vivo em 20 de out. de 2020
Afonso Borges recebe a escritora Marina Colasanti para o debate e lançamento de dois livros da autora “Mais Longa Vida” e “Mais Classificados e Nem Tanto” (Ed. Record). Essa será mais uma edição virtual do “Sempre um Papo” com transmissão ao vivo no Youtube, Instagram e Facebook do Projeto. O encontro vai acontecer no dia 20 de outubro, terça-feira, às 18h.
O evento integra as atividades do #SempreUmPapoEmCasa, sequência de eventos patrocinados pela Cemig, Itaú e Mater Dei, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo.
“Mais Longa Vida” é um dos livros mais fascinantes de Marina Colasanti, mesma autora de “Passageira em Trânsito”. Nesta obra em que impera a delicadeza, a autora transborda sua ampla cultura literária e sua intimidade com a poesia italiana e luso-brasileira. Ao escrever sobre temas como família, amor, perdas, viagens, saudade e tantos outros que perpassam uma vida plena, Marina reveste de simplicidade o que é altamente complexo e invoca um diálogo raro, nas tramas da alma, da terra e da língua.
“Mais Classificados e Nem Tanto” inclui prosa, poesia, crônicas e contos, vem repleta de imaginação e bom humor. No livro, Marina Colasanti retorna ao universo infantil trazendo poesia para os pequenos. “Há gente que percorre os anúncios classificados atrás de um apartamento bem localizado, um carro do ano, um cachorro com pedigree. Mas há pessoas que buscam um tapete voador, a chave para a qual já perderam a fechadura, o endereço do amigo imaginário, o rastro da estrela cadente. Para elas é este livro”, explica a autora. O livro reúne 82 poemas “curtinhos”, sendo cada um acompanhado de uma xilogravura, criada pelo premiado artista plástico Rubem Grilo, que dialoga de maneira muito divertida com o conteúdo do livro.
Marina Colasanti é escritora, jornalista, tradutora, artista plástica e ilustradora de alguns de seus livros. Nascida em Eritreia (país africano de origem colonial italiana), foi no Brasil que ela começou sua carreira como artista plástica, ingressando, mais tarde, no jornalismo. Sua renomada carreira como escritora recebe grande destaque na produção literária infantojuvenil, tendo sido declarada hors-concours pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, mas também premiada e muito prestigiada por sua poesia.
Pessoas mencionadas
1 pessoa
Marina Colasanti
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Estudante de Arte
Também conhecido como "À Tom Jobim, O Estudante".
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Desafinado
Tom Jobim
Quando eu vou cantar, você não deixa
E sempre vêm a mesma queixa
Diz que eu desafino, que eu não sei cantar
Você é tão bonita
Mas tanta beleza também pode se acabar
Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural
O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolleiflex
Revelou-se a sua enorme ingratidão
Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração
Composição: Newton Mendonça / Tom Jobim.
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Desafinado
Tom Jobim
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EUA e China têm conversas informais sobre armas nucleares
Record News
21 de jun. de 2024
Estados Unidos e China tiveram a primeira conversa nuclear informal dos últimos cinco anos. Quem traz os detalhes é o correspondente Eliseu Caetano, direto de Washington.
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China avança em corrida armamentista: As armas de alta tecnologia com as quais o país desafia poderio dos EUA e da Rússia
Desfile militar em PequimCrédito,Getty Images
Legenda da foto,O presidente chinês tem promovido um plano de modernização do Exército desde a sua chegada ao poder, em 2013
3 fevereiro 2019
China, Estados Unidos e Rússia estão em plena corrida armamentista, mas os chineses dão sinais de que poderão tomar a dianteira em algumas áreas em breve.
Nos últimos anos, Pequim fez investimentos em massa para modernizar seu Exército, o que levou os americanos a deixarem de lado comparações com russos e se voltarem para os chineses, afirmou o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos em um relatório do ano passado.
Como a China se tornou uma potência militar global
Como é o 'Satan 2', o míssil intercontinental 'invencível' testado pela Rússia
Transformar seu país em uma potência militar de primeira linha tem sido um dos grandes objetivos do atual presidente chinês, Xi Jinping, que impulsionou a reestruturação das Forças Armadas após tomar posse em 2013.
Parte do investimento do país asiático é direcionada à alta tecnologia, campo onde se encontram suas principais vantagens em relação aos países rivais.
As armas chinesas
Nos últimos anos, Pequim desenvolveu novas armas de alta tecnologia e renovou seu Exército a ponto de conseguir desafiar o poderio dos Estados Unidos ou da Rússia em alguns aspectos.
"O resultado da estratégia multidimensional de aquisição de tecnologia é um ELP (Exército de Libertação Popular da China) prestes colocar em campo alguns dos sistemas mais modernos do mundo", diz relatório da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA.
"Em algumas áreas, (o país) já é líder", indica o estudo, intitulado O poder militar da China, publicado neste mês.
Mas especialistas consultados pela BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, recomendam cautela sobre o tema.
A falta de transparência do regime chinês, e especialmente o sigilo em torno de seu Exército ou desenvolvimento militar, tornam impossível saber muitos detalhes de seus avanços nesse setor.
Aqui, apresentamos três novas armas recentemente anunciadas pelo país asiático:
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POTÊNCIA ORIENTAL
Anúncio rechaça acusação dos EUA de roubo de tecnologia e ocorre durante disputa com Taiwan
China admite ter bomba de nêutrons
das agências internacionais
A China anunciou ontem que possui a tecnologia para fabricar bombas de nêutrons e que a obteve por conta própria.
A revelação chinesa é parte de um relatório produzido para tentar refutar acusações do Congresso dos EUA de que Pequim roubou segredos nucleares -incluindo dados sobre a bomba de nêutrons- durante décadas de espionagem.
Mas diplomatas afirmam que o anúncio foi feito agora para intimidar a vizinha ilha de Taiwan, que esta semana declarou ter abandonado a política de "uma China".
"É o padrão chinês de ir aumentando lentamente o grau das ameaças", disse um diplomata ocidental em Pequim à agência de notícias "Reuters".
A China explodiu uma bomba de nêutrons em 1988, algo já conhecido internacionalmente. Mas o país nunca anunciou o fato, mantendo o caráter sigiloso de seu arsenal militar.
Zhao Qizheng, porta-voz do governo chinês, negou também a acusação de que a China roubou tecnologia para miniaturizar ogivas nucleares, dizendo que os cientistas chineses a desenvolveram por conta própria.
Zhao apresentou mais detalhes do que nunca sobre os programas chineses para desenvolver ogivas nucleares miniaturizadas, tecnologia anti-submarinos, técnicas de lançamento de mísseis sob condições adversas e bombas de nêutrons.
Guerra Fria
Ameaçada pela corrida armamentista dos EUA e da União Soviética durante a Guerra Fria, argumentou o porta-voz Zhao, "a China não teve alternativa a não ser pesquisar e desenvolver a tecnologia nuclear militar e aperfeiçoar sistemas de armas nucleares, dominando sucessivamente a tecnologia para a produção da bomba de nêutrons e para a miniaturização das ogivas nucleares".
Zhao disse que "seria natural (para a China) dominar a tecnologia da bomba de nêutrons em um curto período de tempo", já tendo dominado as tecnologias da bomba atômica e da bomba de hidrogênio.
O porta-voz chinês classificou o relatório do Congresso norte-americano que acusa Pequim de roubar segredos militares dos EUA (o Relatório Cox, divulgado em maio passado) de absurdo e racista, pois sugeriria que "os chineses não podem ser tão inteligentes quanto os norte-americanos, precisando roubar tecnologia".
O primeiro teste da bomba atômica chinesa ocorreu em 1964. A primeira bomba de hidrogênio chinesa foi testada em 1967.
Segundo o Relatório Cox, a China roubou dos EUA, no final dos anos 70, dados que possibilitaram o teste da bomba de nêutrons chinesa em 1988.
São Paulo, Sexta-feira, 16 de Julho de 1999 FOLHA DE S.PAULO mundo
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