sábado, 23 de abril de 2016

CIOS DO PODER

Fim do caminho, triunvirato, transações e transições
     

setembro 3, 2015

Um estudante de teologia caminha no campus da faculdade, rumo a um prédio onde ministrará uma palestra sobre a parábola do “Bom Samaritano”. No caminho ele se depara com uma pessoa que aparenta estar passando mal: ela está de cabeça baixa, tossindo, com o semblante assustado. Esse estudante não hesita em ajudar a pessoa em questão.
Outro estudante, também de teologia, segue o mesmo caminho, em outro dia, com a mesma missão do estudante anterior: ministrar a palestra “O Sermão do Bom Samaritano”. No caminho, ele também se depara com uma pessoa passando mal, mas ele não para. Ao contrário, segue em frente para ministrar sua palestra.
Será que o primeiro estudante é o exemplo de uma pessoa boa e solidária? E o segundo? Seria o exemplo de uma pessoa má e egoísta? Seria a disposição de cada um de agir de uma determinada forma a principal explicação para a diferença de comportamento dos estudantes? 
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Um CIO está liderando um importante projeto de inovação em sua empresa. Ele está prestes a conduzir uma reunião crítica, na qual irá apresentar algumas alternativas de solução para os diretores. Uma delas envolve grande risco, mas pode trazer enorme retorno à empresa e representa de fato uma inovação. O analista se expõe, mostra as alternativas e a empresa decide seguir no caminho verdadeiramente inovador.
Outro CIO se encontra em situação similar. Ele está prestes a conduzir uma reunião crítica, ele sabe que existe uma alternativa muito mais promissora do ponto de vista de inovação, mas muito mais desafiadora. Ele segue o caminho comum, apresenta a solução de mais fácil aceitação e a empresa segue em sua zona de conforto.
Será que o primeiro CIO é o perfeito exemplo de um líder virtuoso e arrojado? E o segundo? Seria o exemplo de um líder fraco e incapaz? Seria essa a principal explicação para diferença de comportamento dos CIOs: a disposição de cada um de agir de uma determinada forma?
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O erro fundamental de atribuição é conhecido pela psicologia social há muito tempo e refere-se à nossa tendência em explicar os comportamentos muito mais a partir das disposições pessoais de cada um do que a partir da situação específica em que o comportamento ocorreu.
Você está passeando com seu filho em um bairro calmo, onde várias crianças também passeiam. Um carro passa em alta velocidade, deixando todos assustados e irados com o comportamento do motorista. Ele certamente deve ser mau-caráter e irresponsável para ter uma atitude dessas, certo?
Mas, na verdade, o motorista estava apressado porque ele estava levando seu filho, que havia acabado de se acidentar e sangrava muito, para um posto de atendimento de urgência. 
O principal motivo de ele estar correndo em um lugar onde não deveria fazer isso não tem nenhuma relação com suas disposições pessoais, mas simplesmente com a situação específica pela qual passava.
Cometemos esse erro de atribuição rotineiramente sempre que julgamos as pessoas, em todo tipo de tarefas.
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Voltemos então aos nossos estudantes de teologia. Essa história é real e trata-se, na verdade, de um experimento realizado com vários estudantes, que foram divididos em dois grupos com uma única diferença: os estudantes do grupo 1 não tinham nenhuma objeção de tempo para chegar ao prédio onde ministrariam a palestra; os estudantes do grupo 2 foram colocados em uma situação de pressão e tinham poucos minutos para chegar ao devido local.
Ou seja, a principal diferença entre o primeiro e o segundo grupo era simplesmente a pressa: os estudantes do primeiro grupo não tinham pressa, os do segundo tinham. E esse fator fez com que o comportamento dos grupos fosse completamente diferente: 90% dos estudantes do grupo 1 prestaram ajuda, contra apenas 10% do grupo 2!
A situação foi, então, a principal responsável pelo comportamento diferente e não o caráter de cada estudante, como a maioria das pessoas poderia supor.
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E os CIOs? Continuaremos acreditando que a principal diferença entre eles é de caráter, de disposição?
E se o primeiro CIO estivesse conduzindo a reunião em uma organização com uma estrutura menos hierarquizada, com uma maior cultura de aceitação de erros e exposição a riscos?
E se o segundo CIO estivesse conduzindo a reunião em uma organização mais rígida, onde falhas e ousadias são punidas e criticadas severamente?
A principal explicação para diferença de comportamento estaria nas disposições pessoais de cada CIO ou na situação específica que enfrentaram?
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O poder da situação 
Estamos falando, portanto, de algo que podemos chamar de “o poder da situação“. A situação tem influência muito maior do que costumamos pensar e temos uma enorme tendência a subestimar isso em nosso dia a dia.
Não se trata de dizer que as disposições pessoais não importam, e sim, de saber avaliar essas disposições pessoais em diferentes situações, para que se tenha certeza de quais são as principais causas de uma meta não atingida.
Um CIO que deseja ter papel transformador em sua organização e que tenha como meta real tornar a TI relevante para o negócio de sua empresa, não pode fugir da responsabilidade de ser capaz de analisar as situações e, a partir dessa análise, conseguir realizar as transformações estruturais necessárias para se alcançar o caminho desejado. 
Um verdadeiro líder deve ser capaz de distinguir os problemas locais e pessoais dos problemas sistêmicos e estruturais – e agir de forma adequada.
Para isso, os CIOs devem incorporar ao seu arsenal de gestão “O poder da situação”.
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Nota do autor: esse post foi inspirado pelo livro “MINDWARE – Tools for Smart Thinking”, de Richard E. Nisbett. O objetivo do livro é fornecer um ferramental oriundo de diferentes escolas de pensamento – psicologia, estatística, economia, lógica – que nos ajude a aprimorar nosso raciocínio. Minha intenção é trazer alguns ferramentais para o dia a dia dos desafios que enfrentamos na gestão de TI. 
Por: Marcelo Szuster
Revisão: Jéssica Saliba




O GOVERNO SUMIU

O BRASIL ASSISTE ao reinado de dois presidentes. Com a viagem de Dilma Rousseff para os Estados Unidos, Michel assumiu interinamente o governo, como determina a Constituição. Mas, mesmo quando Dilma despachava em Brasília, a maior parte do tempo reclusa no Planalto, Temer recebia uma romaria de próceres da República em sua residência oficial, como conseqüência de um fato consumado. Com o avanço do processo do impeachment, o poder e a força gravitacional que ele exerce estão migrando da presidente para o vice. Essa transição, tudo leva a crer, será efetivada em meados de maio, quando o plenário do Senado votará a abertura de processo contra Dilma e o seu afastamento temporário do cargo. Até os petistas admitem que essas duas medidas passarão com folga. Será a formalização da morte precoce do governo.
São cada vez mais evidentes os sinais de que o ciclo petista no poder está perto do fim. Houve uma nova debandada de ministros, agora de peemedebistas leais a Dilma. Estão sem comando, ou sob as ordens de interinos, pastas como Cidades, Integração Nacional e Minas e Energia. A Casa Civil espera pela decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade de posse de Lula no cargo. A disputa da classe política agora é por espaços no ministério de Temer. Diante do enfraquecimento de Dilma, a gestão está interditada. A agenda da presidente se restringe à concessão de entrevistas, nas quais ela denuncia o que considera um golpe contra o seu mandato, a democracia e o primeiro governo popular da história. Na semana passada, Dilma desceu a rampa do Planalto para receber abraços de mulheres solidárias a ela. A confraternização, que rendeu belas fotos, foi usada nos esforços para convencer a opinião pública de que a presidente é vítima de um complô, e não da corrupção e dos erros que ela e seu partido cometeram.
Daniel Pereira Veja 27 de abril, 2016




A trajetória de Lula o levou da posição de “sindicalista combativo”, por meio da qual se projetou no país, a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem, no passado, representou uma esperança de grande parte do povo brasileiro
Por: Francisco Weffort*21/04/2016 às 22:07 - Atualizado em 21/04/2016 às 22:07




“O cara”, de que falou Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele... (Ilustração Alphadog/VEJA)
Luiz Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do caminho. Mesmo ele é capaz de perceber que está acabando o terreno à sua frente. Antes do petista, tivemos casos semelhantes desses meteoros da política que vêm não se sabe de onde, passam por grandes êxitos, alcançam rapidamente o topo e depois caem miseravelmente. Já nos esquecemos de Jânio Quadros? Lula é diferente de Jânio em um ponto: veio de mais baixo na escala social e conseguiu uma influência mais organizada e duradoura na política do país. Dilma Rousseff, embora pareça um meteoro, não é propriamente um caso político. O fato de ela ter chegado à Presidência da República foi apenas um enorme erro de Lula cometido em um dos seus acessos de personalismo. Erro, aliás, que o empurra com mais rapidez para o fim. "O cara", de que falou Barack Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...
Há algum tempo, muitos gostavam de ver em Lula um "filho do Brasil". Era o seu primeiro mandato, quando se pensava que surgia no país uma "nova classe média". Com a crise dos dias atuais, essa "nova classe" provavelmente desapareceu. Outra das veleidades grandiosas do petista, já no fim do seu governo, foi um suposto plano para terminar com a fome no mundo. Também naqueles tempos, alguns imaginavam que o Brasil avançava para uma posição internacional de grande prestígio.
Muitos desses sonhos deram em nada, mas, para o bem e para o mal, Lula foi um filho do Brasil. Aliás, também o foram os milhares, milhões de jovens fruto do "milagre econômico" dos anos Médici, assim como, antes deles, os filhos da democracia e do crescimento dos anos JK, ou, se quiserem, algumas décadas mais atrás, da expansão aluvional das cidades que assinala o nosso desenvolvimento social desde os anos 1930. No Brasil, temos a obsessão permanente do progresso, assim como uma certa vacilação, também permanente em nosso imaginário, entre a ditadura e a democracia. Lula foi uma variante desse estilo brasileiro de vida. Queria resolver as coisas, sempre que possível, com "jeitinho", ao mesmo tempo que sonhava com as benesses do "Primeiro Mundo" e da modernidade.
Na política brasileira, porque vinha de baixo, o petista tinha traços peculiares que se revelam em sua busca de reconhecimento como indivíduo. Nesse aspecto está o seu compromisso com a democracia, aliás muito aplaudido no início de sua vida como político. O sindicato foi seu primeiro degrau e, mais adiante, uma das raízes de seus problemas. É que, a partir desse ponto, Lula passou a buscar seu lugar como cidadão numa instituição aninhada nos amplos regaços do Estado. Ele começou em uma estrutura às vezes repressiva e muitas vezes permissiva, que dependia, sobretudo, como continua dependendo, dos recursos criados pelo Estado por meio do "imposto sindical". A permissividade maior vinha do fato de que tais recursos não passavam, e ainda não passam, pelo controle dos tribunais de contas.
O maior talento pessoal de Lula foi sair do anonimato, diferenciando-se dos parceiros de sua geração. No sindicalismo, falou sempre contra o "imposto". E talvez por isso mesmo tenha logrado tanto prestígio como sindicalista combativo e independente que não precisou fazer nada de concreto a respeito. Na época das lutas pelas eleições diretas e pelo fim do autoritarismo reinante sob o Ato Institucional nº 5, dizia que "o AI-5 dos trabalhadores é a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT". Mas em seu governo não só manteve o imposto e as leis sindicais corporativistas como foi além, generalizando para a CUT e demais centrais sindicais os benefícios do imposto.
O que tem sido chamado, em certos meios, de "carisma" de Lula foi sua habilidade de sentir o seu público. Chamar essa "empatia", uma qualidade que qualquer político tem, em grau maior ou menor - e que, aliás, sempre faltou a Dilma -, de "carisma" é uma impropriedade terminológica. Em sociologia, o fenômeno do "carisma" pertence ao universo das grandes religiões, raríssimo no mundo político, e, quando ocorre, é sempre muito desastroso. Os fascistas de Mussolini diziam que "il Duce non può errare" ("o Duce não pode errar"), para exaltar uma suposta sabedoria intrínseca ao ditador. Não era muito diferente das fórmulas típicas do "culto da personalidade" de raiz stalinista. Embora tais fórmulas estejam superadas na esquerda há tempos, os mais ingênuos entre os militantes do PT ainda se deixam levar por coisas parecidas. Consta que, no mundo de desilusões e confusões do "mensalão", um intelectual petista teria dito: "Quando Lula fala, tudo se esclarece". Não ajudou muito...
Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das expressões da complexa integração das massas populares à democracia moderna no Brasil. É da natureza da democracia moderna que incorpore, integre a classe trabalhadora. No Brasil, como em muitos países, isso sempre se fez por meio de caminhos acidentados, entre os quais o corporativismo criado em 1943, no fim da ditadura getuliana, e mantido pela democracia de 1946, como por todos os interregnos democráticos que tivemos desde então. O corporativismo se estende também às camadas empresariais, assim como a diversos órgãos de atividade administrativa do Estado brasileiro. Favoreceu a promiscuidade entre interesses privados e interesses públicos e certa medida de corrupção que, de origem muito antiga, mudou de escala nos tempos mais recentes com o crescimento industrial e a internacionalização da economia brasileira. Nessa mudança dos tempos, Lula passou de "sindicalista combativo" a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem foi no passado uma esperança de grande parte do povo brasileiro.
* Professor emérito do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Cultura (de 1995 a 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso). Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT)





Os Triunviratos de Roma
O Triunvirato, em suma, é um governo formado por 3 representantes. Existe o termo Troika, usado também para simbolizar uma aliança de três países, como foi a Rússia – União Européia – EUA.
Neste artigo, iremos tratar do 1º Triunvirato romano, e em um artigo separado, o 2º Triunvirato, ambos muito famosos na história.
O Primeiro Triunvirato
No ano de 59 a.C, Roma se via governada por Gaius Julius César, Pompeu e Marco Lucínio Crasso, que se juntaram para formar uma aliança forte.
Julio César era um cônsul que fora eleito por volta de 50 a.C, Pompeu foi um grande general, aclamado por suas conquistas e Crasso era reconhecido como o homem mais rico de Roma. Os motivos dessa junção era de puro interesse, onde Pompeu precisava de terras para distribuir à suas Legiões veteranas de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Julio César apoio para combater os Gauleses ao norte. De fato isto aconteceu, onde Julio César conseguiu terras para as legiões veteranas, Pompeu incentivou a batalha de César contra os Gauleses e Crasso fora beneficiado judicialmente a partir de tudo isso.
Gaius Julius César parte para o combate contra os Gauleses e nisso, Pompeu e Crasso são eleitos Cônsules, o que proporciona um apoio e prolongamento do comando de César no norte da Gália e fundos para a guerra “médica” de Crasso.
Em 53a.C , a filha de Gaius Julius César que se encontrava como esposa de Pompeu morre, enfraquecendo a aliança entre os dois. Nessa mesma época, Crasso é morto em uma batalha contra os Persas, na Síria, batalha de Carrae, um total desastre militar para Roma, assim enfraquecendo ainda mais as relações entre os líderes do Triunvirato, sendo que até hoje, o termo “erro Crasso” se deve ao desastre militar de Marco Lucinio Crasso.
Na Gália, César havia derrotado os Gauleses, subjugado Vercingetorix (o líder gaulês) e combatido nas escuras florestas negras da região Germânica, até mesmo navegando ás ilhas Britânicas, expandindo consideravelmente as fronteiras de Roma.
Pompeu, nesse tempo, aliara-se aos conservadores que temiam a ambição de César e, mesmo tendo sido-lhe proposto um casamento com a sobrinha de César, Pompeu recusou e casou-se com Cornélia Metélia (filha de Scipião Metellus, inimigo de César), o que preparou um cenário propício pra uma futura Guerra Civil. E isso ocorreu de fato, onde Pompeu ordena César à retornar à Roma, desformando suas legiões e conseqüentemente ser julgado em Roma por querer se re-candidatar a Cônsul. Desobedecendo as ordens de Pompeu, César que possuía apoio de suas fiéis legiões (por diversos motivos, como por exemplo, saber o nome de todos os Centuriões que formavam seu exército) cruzou o rio Rubicão e disse a famosa frase : Alea Jacta Est! (Que os dados estejam lançados), rumo á Roma.
Scipião Metelus e Cato fugiram para o sul da Itália, e após algumas batalhas e reorganização de Roma, César segue á Grécia em busca de Pompeu que havia fugido e, acompanhado de sua décima legião, César derrota Pompeu na batalha de Dyrrhachium e depois termina de vencer na batalha de Farsalo.
O primeiro Triunvirato, que já havia se dissolvido com a morte de Crasso, agora se tornava uma Ditadura (diferente dos conceitos atuais) comandada por Gaius Julius César, e com Marco Antônio como Magister equestris, que faria um papel importante depois no Segundo Triunvirato.




Gaius Julius César



Os Triunviratos de Roma
O Triunvirato, em suma, é um governo formado por 3 representantes. Existe o termo Troika, usado também para simbolizar uma aliança de três países, como foi a Rússia – União Européia – EUA.
Neste artigo, iremos tratar do 2º Triunvirato romano, e em um artigo separado, o 1º Triunvirato, ambos muito famosos na história.
Gostaria de ressaltar, que os nomes estão em sua forma completa para um aprofundamento maior no assunto, sendo que os nomes citados, são mais conhecidos pelo ultimo nome. Exemplo : Marcus Junius Brutus = Brutus
O Segundo Triunvirato
Diferentemente do primeiro Triunvirato Romano (Gaius Julius César, Gnaeus Pompeus Magnus e Marco Licínio Crasso), o segundo Triunvirato foi oficialmente reconhecido, recebendo o nome em latim: Triumviri Rei Publicae Constituendae Consulari Potestate ( Triunviros para a Organização do Povo ), sendo este formado em 43 a.C , aprovado pela Assembléia do Povo (Órgão equivalente ao Senado, podendo vetar leis, mas não podendo ter 2 Cônsules; não podendo apresentar leis) e constituído por Octavianus Augustus (Otávio Augusto), Emílio Lépido e Marco António, tendo estes o poder supremo por 5 Anos.
Fazia pouco tempo que Gaius Julius César, o pai adotivo de Octavius, fora assassinado e, a primeira atitude tomada pelos Triunviros (os 3 líderes) foi a de caçar todos os participantes da trama contra Gaius Julius César, principalmente Marcus Brutus, sobrinho de catão (Brutus que César se referiu quando disse : “Tu quoque, Bruti, fili mi” – “Até tu Brutus, filho meu”- Ressalto que Brutus não era seu filho) e Gaius Longinus Cassius, ambos os maiores conspiradores.
Como a maioria das vezes na história, três pessoas eram pessoas demais para dividir o poder e a relação entre os Triunviros não era boa. Após os cinco anos de poder, os três foram re-eleitos e Emílio Lépido, numa tentativa falha de tomar o poder, fora exilado e jogado pra fora do cenário político. Restavam Marco Antonio e Octavius, mas antes, podemos ressaltar dois amigos de Octavius, sendo eles Marcos Agripa e Caius Mecenas, sendo o primeiro um formidável militar que atingiu o cargo de General Máximo de Roma e o segundo um grande político e estudioso, financiador da arte de Virgílio e Horácio, tanto que até hoje nos referimos á Mecenas quando falamos de pessoas que financiam mentes brilhantes.
Marco Antonio, que se encontrava no Egito com seu exército, atacava Otávio com freqüência, até que o combate aberto aconteceu, retratado pela Batalha de Actium (Ácio) no mar da Grécia, onde a frota de Octavius (comandada pelo general Agripa) derrotou a frota de Marco Antonio (apoiada pelos Egípcios e Cleópatra). Era o fim do Triunvirato, com Marco Antonio e Cleópatra fugindo para o Egito e com a perseguição de Octavius, resultando no suicídio de Cleópatra e Marco Antonio.
Após esses eventos, Octavius, no mês de Agosto, foi consagrado com o título de Augustus (Divino) e o mês de Agosto foi justamente nomeado assim por esse motivo. Eis que Octavius se tornou o primeiro Imperator (imperador) Romano da história (Gaius Julius César não foi Imperador), um grande marco na história que trouxe mudanças decisivas em Roma, que agora se tornara Império Romano.
OBS: Augusto é um título recebido por Octavius, adquirido com o tempo sendo seu nome completo: Gaius Julius Caesar Octavianus Augustus e seu nome original de nascença Caio Octávio Turino (Gaius Octavius Thurinus).







Antonio Carlos Jobim – Sabiá







Elis Regina – Sabia




Sabiá
Tom Jobim
 
Vou voltar!
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir
Cantar uma Sabiá...

Vou voltar!
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De uma palmeira que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia...

Vou voltar!
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer...



Elis Regina & Tom Jobim - "Aguas de Março" – 1974







Elis Regina O Bebado e A Equilibrista




Maria Rita - O Bêbado E A Equilibrista




Elis Regina, Águas de Março



Águas de Março
Elis Regina
 
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol...

É peroba do campo
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...

É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...

É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da Cumieira...

É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...

É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...

Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão...

É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto o desgosto
É um pouco sozinho...

É um estrepe, é um prego
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto...

É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...

É a lenha, é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...

É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama...

É um passo é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É uma cobra, é um pau
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...

Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...

Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...

Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...

Pedra...
Caminho...
          É um Pouco.

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