domingo, 28 de janeiro de 2024

"BURACO NEGRO"

Capo desuniu Capi reuniu Capo desune ------------- -----------
----------- Um buraco negro é uma região do espaço com um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar de dentro dele. A intensa gravidade comprime a matéria até que não haja mais espaço entre os átomos. Corpos celestes dessa natureza podem surgir em decorrência da morte de estrelas supermassivas. ----------- "Imagem real do buraco negro localizado na galáxia M87 Crédito: Event Horizon Telescope collaboration et al" Veja mais sobre "O que são buracos negros?" em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-sao-buracos-negros.htm _____________________________________________________________________________________ ------
----------- 'O pessimismo da razão - Há, pois, uma aparência de retomada dos anos 1930, mas também dos que se seguiram a 1945' http://estadao.com/opiniao/luiz-sergio-henriques/o-pessimismo-da-razao/ 📷GREG BAKER/AFP _____________________________________________________________________________________ ----------- _____________________________________________________________________________________ "O pessimismo da razão nos leva a refletir, Sobre os rumos incertos que o mundo pode seguir. Olhamos para o passado em busca de clareza, Mas encontramos sombras, incertezas e surpresas. Nos anos 1930 e pós-1945, vemos ecos do passado, Enquanto debatemos se o fascismo ressurgirá, renovado. A China, com seu dinamismo, desafia a tradição, Magnetizando o mundo com sua ascensão. Gramsci, observador atento, via na civilização americana, Uma força hegemônica que nascia da fábrica, soberana. Mas a bipolaridade da Guerra Fria logo se desfaz, E a China emerge, mudando o jogo, trazendo paz. A modernização chinesa ocorre em marcha forçada, No contexto da globalização, uma era transformada. Mas o partido único se mantém, monopolista e zeloso, Desafiando as promessas de um mundo mais harmonioso. A ascensão da China nos leva a um mundo multipolar, Onde autocratas surgem, desafiando o liberalizar. O pessimismo da razão nos envolve neste cenário, Mas ainda há esperança no horizonte, um vislumbre necessário. Tradições como o liberalismo e o socialismo democrático, Nos lembram que há valores além do poder autocrático. Então, mesmo diante das incertezas do presente, Mantemos viva a chama da esperança, resiliente." _____________________________________________________________________________________ ---------- Esse trecho ressalta a importância da separação dos poderes como um dos pilares fundamentais do Estado de Direito, garantindo o equilíbrio e a estabilidade do sistema político. --------- domingo, 28 de janeiro de 2024 Luiz Sérgio Henriques* - O pessimismo da razão O Estado de S. Paulo Há, pois, uma aparência de retomada dos anos 1930, mas também dos que se seguiram a 1945 Acostumamo-nos, não de todo arbitrariamente, a olhar para personagens, fatos e processos de um século atrás em busca de alguma luz que nos guie em meio à enorme obscuridade ao redor. Discutimos se o fascismo pode voltar, ainda que com roupagem nova, ou se a República Popular da China reatualiza o velho comunismo, agora singularmente dotado de dinamismo econômico e capaz de magnetizar, por causa da mobilidade social exitosa, o que antes se considerava o “Terceiro Mundo”. E as sociedades que, cada qual a seu modo, experimentaram a difícil combinação de capitalismo e democracia política voltam a caminhar na corda bamba, ameaçadas pelos seus próprios demagogos e o séquito de massas que arrastam em rodadas eleitorais sucessivas. Há, pois, uma aparência de retomada dos anos 1930, mas também dos que se seguiram a 1945. Um observador marxista daquela década, pouco propenso ao sono dogmático, viu no surgimento e na imposição do americanismo e do fordismo não uma ardilosa maquinação imperialista, mas sim uma inédita tentativa de racionalização progressista da economia e da sociedade. Não é certo – referimo-nos a Antonio Gramsci – que deixasse de apostar inteiramente no socialismo soviético, mas é fato que admirava na civilização americana, em contraste com a europeia, uma capacidade hegemônica que “nascia diretamente da fábrica”. Por isso, ela dispensava mediações ideológicas excessivas bem como limitava vigorosamente setores parasitários, rentistas e outros dissipadores da riqueza socialmente produzida. Processos históricos costumam se arrastar por muito tempo e evidentemente não estão determinados de antemão. No entanto, pode-se buscar no argumento gramsciano pelo menos o germe de uma explicação para o desfecho do confronto que se seguiria no segundo pós-guerra. A potência produtiva e a forte hegemonia implícitas no americanismo não teriam nada equivalente no comunismo soviético. E os reformadores deste último tipo de sociedade fracassaram ou chegaram tarde demais, quando estava tudo perdido e até mesmo uma retirada em ordem parecia impossível. É sagaz a observação de que a ordem bipolar da guerra fria, cujo equilíbrio se limitava ao terreno militar e à possibilidade de mútua destruição, desde o começo estivesse de certo modo viciada pela relativa exclusão de gigantes asiáticos, como Índia e China. Onde antes havia uma secular “estagnação histórica”, comparada à expansão febril do mundo americano, cedo ou tarde se colheriam os frutos tanto da descolonização quanto de uma revolução jacobina, como a que se deu na China em 1949. Esta passaria por trilhas que desafiam os manuais de filosofia da História, bastando mencionar a surpreendente mudança estratégica patrocinada por Mao, Nixon e Kissinger. A partir de início dos anos 1970, o mundo comunista se partiria de vez, cimentandose gradativamente a aliança entre americanos e chineses em chave antissoviética. Os chineses obtiveram amplo sucesso no ponto em que os soviéticos falharam. A modernização da economia ocorreu em marcha forçada nas décadas que se seguiram ao colapso da URSS e que são geralmente reconhecidas como o período de máximo poder do polo vencedor da guerra fria. A globalização neoliberal constituiu o terreno propício para a expansão chinesa, e esse não é de modo algum o menor dos paradoxos que experimentamos até chegar à atual “interdependência armada”. Há muito mais coisas entre o céu e a terra além das relações de mercado, que não acarretaram automaticamente nada que se aproximasse de uma democratização efetiva. O partido único se manteve especialmente zeloso da condição monopolista. Mais do que isso, especialmente com a crise financeira de 2007 e a posterior ascensão de Xi Jinping, ficaria claro que não era estranho aos chineses um conceito particularmente caro a Vladimir Putin, aliado “sem limites” e sócio minoritário. Em extrema síntese, a derrota da URSS terá sido o maior desastre geopolítico do século 20 – e destino semelhante deve ser evitado por uma China elevada à condição de superpotência, ainda mais que agora, segundo essa mesma visão, o Ocidente declina e está fadado a ruir sob o peso das suas próprias contradições. A afirmação da China e, mais em geral, da Ásia é um fato da vida e define a inevitabilidade de um mundo multipolar, hoje recheado de autocratas ou aspirantes a tal. Nele, as sociedades do capitalismo democrático, em crise agora como há cem anos, estão severamente desafiadas a renovar muitas das suas promessas não cumpridas tanto interna quanto externamente. É forte e variada, na parte mais dura das suas elites e mesmo em amplas parcelas da população, a tentação “corporativa” de se fecharem em si mesmas e se deixarem guiar pelos interesses mais brutos e imediatos, agravando insuportavelmente conflitos e desigualdades. Mas há também tradições, como o liberalismo político e o socialismo democrático, cujo horizonte intrinsecamente universal convém valorizar e enriquecer, mesmo que a hora presente nos convide a exercer impiedosamente o pessimismo da razão. *Tradutor, ensaísta, é um dos organizadores das Obras de Gramsci no Brasil _____________________________________________________________________________________ ----------
----------- _____________________________________________________________________________________ "A ascensão dos populistas, um cenário em transformação, Yascha Mounk analisa, traz luz à discussão. Em seu novo livro, ele explora com precisão, O caminho incerto da democracia em expansão. Nos EUA, uma crise política divide a nação, Mas há avanços nos direitos, uma nova direção. Mulheres, minorias, em posição de liderança, Um sinal de progresso, uma nova esperança. Políticas identitárias, um terreno delicado, Podem levar à extrema direita, alerta o estudado. Ao dividir, segregamos, criamos divisões, E alimentamos a ascensão de extremas posições. Bolsonaro, figura singular na direita global, Conquistou apoio diverso, um fenômeno sem igual. Trump, outro exemplo, cresce entre minorias, Um alerta para o mundo, novas estratégias. No Brasil, a fragmentação política, um desafio, Mas a democracia resiste, sem confronto sombrio. A força está nas urnas, na escolha do povo, Um lembrete constante do poder que nos move. O retorno dos populistas, um perigo sempre à espreita, Mas a resposta está na política, na voz que grita. Evitar o isolamento, sair de nossas bolhas, Dialogar, compreender, quebrar as barreiras, sem escolha. As redes sociais, um duplo fio, entre nós, Conectam e isolam, revelam e ocultam voz. É tempo de equilíbrio, de olhar além das telas, E reconhecer a humanidade em cada parcela. O futuro da democracia, uma jornada incerta, Mas com diálogo e compreensão, encontraremos a porta aberta. Que cada voz seja ouvida, cada passo seja dado, Pois é na diversidade que encontramos o caminho traçado." _____________________________________________________________________________________ --------- domingo, 28 de janeiro de 2024 Entrevista | Yascha Mounk: Bolsonaro mostra para onde estão indo os populistas Yascha Mounk, que lança novo livro, minimiza desinformação nas redes sociais, aponta risco da ascensão de herdeiros da extrema-direita e compara ex-presidente, inelegível, a Trump, candidato: ‘Escolha dos brasileiros não estava disponível a americanos’ Paulo Celso Pereira / O Globo Autor de ‘O povo contra a democracia’, o cientista político Yascha Mounk, professor da Universidade Johns Hopkins, lança no Brasil em fevereiro ‘O grande experimento’ (Companhia das Letras), no qual discute como as democracias com ampla diversidade étnica podem triunfar. Nascido na Alemanha e naturalizado americano, Mounk tem uma visão mais otimista que muitos autores contemporâneos e aponta progressos significativos nos direitos de grupos menos favorecidos: “Precisamos analisar a situação de maneira equilibrada”, alerta. O senhor afirma no livro que há, tanto na direita quanto na esquerda, um “pessimismo que distorce a realidade” sobre a democracia. A situação é melhor do que os dois lados sugerem? Sim. Nos Estados Unidos, democratas e republicanos não conseguem concordar em quase nada. Mas uma coisa com a qual concordam é que há uma séria ameaça às instituições democráticas. Há uma crise política em muitos países decorrente da ascensão de populistas. Mas a tendência nas últimas décadas é positiva. Tivemos uma grande ascensão das mulheres, expansão da tolerância para gays e lésbicas, e há muito mais representação de minorias étnicas nos níveis mais altos da sociedade, dos negócios e da política. Então estamos em um dos melhores momentos da democracia? Ao avaliar como estamos construindo democracias profundamente diversas, as pessoas se desanimam. Mas quando você olha para a história da humanidade e para os conflitos atuais, vê que é muito comum formas extremas de discriminação, violência e guerra contra quem tem uma religião, cor de pele ou origem étnica diferentes. É claro que ainda há muita segregação racial nos EUA, e isso é um problema sério. Há muita discrepância socioeconômica entre brasileiros de pele mais clara e mais escura. Isso também é um problema real. Mas quando você compara com 50 anos atrás, podemos encontrar um pouco mais de consolo. O senhor afirma que políticas identitárias excessivas podem levar pessoas moderadas a aderirem à extrema direita. Como? Há uma crescente influência de uma ideologia que coloca coisas como raça, gênero e orientação sexual no centro de sua compreensão de quem as pessoas são, como elas devem pensar sobre si mesmas e como devem ser tratadas. Nos EUA, por exemplo, muitas escolas que se consideram progressistas acreditam que uma boa educação deve encorajar os alunos a se verem como “seres raciais”. Muitas vezes, separam as crianças, já aos 6 ou 7 anos, em salas de aula separadas para negros, latinos, asiáticos e brancos. A ideia de que isso vai criar uma grande geração de antirracistas vai contra tudo o que aprendemos com a história e com a ciência social. Por quê? O modo como nos identificamos varia enormemente. Alguém visto como negro nos EUA pode não ser visto como negro no Brasil. Mas, uma vez que você se define por algum grupo específico, é muito provável que você priorize os interesses desse grupo. Então, quando as escolas encorajam os alunos brancos a assumirem a identidade racial branca, a renunciarem aos privilégios, esses alunos têm muito mais probabilidade de se tornarem supremacistas brancos do que grandes antirracistas. O senhor afirma que a extrema direita no Brasil adota posições semelhantes à de seus pares no exterior, mas não em relação ao discurso étnico. O que o diferencia Bolsonaro de outros líderes da direita global? O eleitorado brasileiro é muito mais diversificado do que o da Hungria ou Estados Unidos. É possível nesses outros contextos construir uma maioria eleitoral com base em um forte apoio entre o maior grupo étnico, com pouco apoio entre os demais. No Brasil, essa estratégia eleitoral não funcionaria. Bolsonaro teve sucesso em conquistar uma parcela significativa do voto entre os brasileiros não-brancos, especialmente entre evangélicos. Isso faz de Bolsonaro um precursor sobre para onde estão indo outros partidos populistas. O fato notável sobre Donald Trump neste ano é que ele aumentou significativamente sua posição entre os eleitores não-brancos, especialmente entre latinos, mas também entre asiático-americanos e afro-americanos. Em algumas pesquisas, Trump está liderando entre os homens latinos, por exemplo. Os populistas que fazem a escolha de tentar mobilizar uma eleição demograficamente mais ampla têm se mostrado bem-sucedidos nisso. O senhor afirma que países com fragmentação política severa podem acabar tendo confrontos violentos.O senhor vê esse risco para o Brasil ou os EUA? O Brasil e os Estados Unidos tiveram confrontos violentos, com um número de pessoas sendo mortas em protestos políticos. Agora, o que você precisa para uma guerra civil real é uma crise constitucional ou uma divisão de lealdade entre o Exército e a cadeia de comando civil. Esse risco permanece extremamente baixo nos Estados Unidos. Mas há um pouco mais de motivo para se preocupar na América Latina, e no Brasil em particular, por causa do histórico de governos militares. É por isso que Bolsonaro tenta mobilizar os militares e coloca ex-generais em posições políticas de destaque. Por enquanto, o Exército brasileiro resistiu à tentação de se envolver na política dessa maneira, e isso é mérito da liderança militar e um tanto tranquilizador. No Brasil, Bolsonaro foi banido das eleições de 2026, enquanto Trump é um candidato competitivo neste ano. Qual país deu a melhor resposta para sua crise? As duas situações eram menos análogas do que parecem. No Brasil, você tem um sistema partidário fraco com muitas legendas. Muitas pessoas que eram aliadas de Bolsonaro puderam facilmente se distanciar quando sentiam que ele tinha ultrapassado os limites ou que não era mais útil. Isso tornou possível excluir Bolsonaro da cena política sem uma crise constitucional. Nos Estados Unidos, o sistema eleitoral leva a uma divisão entre dois partidos políticos que é muito difícil de superar. Trump tem apoio suficiente entre os eleitores republicanos nas primárias que pode levar ao fim da carreira de qualquer político de direita que não concorde com seus desejos. No Brasil, foi possível construir um consenso que ia desde a extrema esquerda até a direita robusta para excluir Bolsonaro de cena. A escolha dos brasileiros não estava disponível para os americanos. E como evitar que populistas retomem o poder? A única proteção real contra populistas está nas urnas. No entanto, quando se trata de políticos com enorme popularidade, seus filhos, cônjuges ou aliados políticos podem voltar e vencer de qualquer maneira. Portanto, a longo prazo, o que é necessário é reduzir o apoio a esses políticos. A força de Trump este ano é um alerta para a esquerda brasileira? Sim, na história do populismo, retornos improváveis são muito comuns. No Peru, a filha de Fujimori quase foi eleita há alguns anos. A Argentina foi destroçada por décadas de peronismo. É uma tarefa para todo o espectro político brasileiro evitar o retorno de um político no estilo de Bolsonaro. É um aviso para a esquerda não alienar o centro político, não se engajar em políticas que possam polarizar o país de uma maneira que crie essa abertura. Mas é também um aviso para a direita brasileira seguir em frente com seu caminho, baseado em princípios e valores, e não se curvar a demagogos perigosos como Bolsonaro. Qual papel a direita deve desempenhar? Deve ser genuinamente fiel às convicções políticas conservadoras. E é preciso falar com milhões que não são altamente educados, não estão nas grandes cidades, talvez queiram diminuir um pouco a velocidade das mudanças e têm reservas sobre a direção do mundo. Mas falar com eles com base em valores democráticos, em valores cristãos e humanistas, rejeitando a demagogia e o ódio racial. O senhor afirma que a melhor forma de consolidar a democracia é sair de nossas bolhas. As redes sociais estão no coração da nossa crise? A importância que se dá à desinformação é exagerada. A preocupação mais profunda deve ser com o fato de que as redes sociais podem nos isolar em câmaras de eco, quebrar normas de civilidade, só mostrar o pior do outro. Você passa a ser convencido de que quem está do outro lado do espectro político é extremamente estúpido, radical e perigoso. E nossa elite social é tão vulnerável quanto os cidadãos comuns. É um desafio convencer meus colegas de que o americano médio não é uma pessoa terrível. Ao perder o contato com a forma como as pessoas comuns realmente pensam, se torna fácil caricaturá-las como pessoas ruins. A maioria é de pessoas ponderadas e sensatas, que querem o melhor para o país, e que ficam irritadas quando sentem que a injustiça. E isso é parte do que me dá um pouco de esperança. _____________________________________________________________________________________ ----------
---------- Não há português que não tenha um familiar emigrante. É surpreendente e... https://www.facebook.com/reel/1076509283566794/ ----------
---------- _____________________________________________________________________________________"A situação em Portugal é alarmante, Com grupos extremistas promovendo ódio e atentados. Imigrantes, especialmente do sul da Ásia, São alvos de violência, uma situação que em nada gratia. As convocações para uma manifestação sinistra, Visam espalhar intolerância e ações drásticas. Chicotes, tochas e parafina são mencionados, Para atos que visam a exclusão dos imigrantes, de fato assustadores. Ativistas se mobilizam, pedindo ação, Contra a xenofobia e a violência, uma clara reação. Autoridades são instadas a intervir, Para impedir o incitamento ao ódio, antes que ele possa florir. Uma carta aberta é enviada aos chefes de todos os Poderes, Exigindo medidas para deter tais males, esses seres. A segurança dos imigrantes em Portugal está em jogo, E o silêncio das autoridades não é mais algo que se aguento. A negação e a inércia só fortalecem o racismo, É hora de agir, de forma firme e sem cinismo. A solidariedade para com as vítimas é essencial, Em uma luta contra o ódio, que deve ser fundamental." _____________________________________________________________________________________ A real de Portugal: extrema-direita promete “queimar” imigrantes Publicado em 22/01/2024 - 19:04 Vicente NunesEconomia Grupos de extrema-direita de Portugal prometem tocar o terror contra imigrantes em uma manifestação marcada para o próximo dia 3 de fevereiro. Em convocações pelas redes sociais, os neonazistas dizem querer “queimar”, sobretudo, estrangeiros islâmicos, indianos, paquistaneses, nepaleses e cidadãos oriundos de Bangladesh, que, em maioria, vivem no bairro de Martim Moniz e na Rua do Benformoso, em Lisboa. Nas convocações, os extremistas pedem que os defensores de uma “limpeza étnica” em Portugal e em toda a Europa levem chicotes, tochas e parafina para “expulsar” os invasores, que querem destruir os valores europeus e acabar com a raça branca por meio da miscigenação. O objetivo é espalhar o ódio, a xenofobia e a intolerância. Os brasileiros não estão livres desse movimento. Os grupos de extrema-direita estão cada vez mais presentes em Portugal. Estudo recente realizado pela professora Thaís França, doutora em sociologia pela Universidade de Coimbra, aponta que o país europeu, considerado um dos seis mais seguros do mundo, já entrou para o rol dos grupos anti-imigração, sob estímulo da extrema-direita, representada na política pelo partido Chega. Diante desse quadro assustador, ativistas contra a xenofobia publicaram uma carta aberta, que foi encaminhada aos chefes de todos os Poderes. Há um forte apelo para que impeçam a manifestação, sob o argumento de que o incitamento ao ódio e à violência não pode ser confundido com liberdade de expressão. O silêncio das autoridades, segundo os ativistas, será visto como cumplicidade. Veja a íntegra do documento ao qual o Blog teve acesso: “Em janeiro de 2023, Portugal foi confrontado com notícias relativas a ataques contra imigrantes, em Olhão, praticados por jovens portugueses que, durante um mês, terão agredido 15 imigrantes de origem asiática. Quando ainda se pensava estarmos perante um ato isolado, o Ministro da Administração Interna descreveu o ato como uma “agressão bárbara”, um “comportamento inadmissível e inaceitável” que deve ser “exemplarmente punido”. O Presidente da República (PR) deslocou-se a Olhão, manifestando “repúdio indignado” por agressões “xenófobas e intolerância inaceitáveis”, pedindo desculpa à vítima das agressões, declarou que “não há nada que justifique esse tipo de tratamento desumano, antidemocrático e criminoso, que não pode ser aceite na sociedade portuguesa”. No início de fevereiro de 2023, no Bairro da Mouraria em Lisboa, duas pessoas morreram e 14 ficaram feridas na sequência de um incêndio que deflagrou num prédio. Todas as vítimas eram de origem asiática, levando o PR a afirmar que “num momento em que a economia portuguesa apela à vinda de imigrantes por falta de mão-de-obra, tem de se ter noção que isso implica estruturas adequadas para acompanhar aqueles que chegam e para evitar situações extremas”. Nos últimos anos, foram sendo desmanteladas redes de associação criminosa, tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, angariação de mão-de-obra ilegal, extorsão, branqueamento de capitais, fraude fiscal, ofensas à integridade física, posse de arma de fogo e falsificação de documentos, ligadas ao aliciamento de imigrantes para trabalhar em explorações agrícolas, nomeadamente da zona do Alentejo. Os crimes praticados contra imigrantes chegaram às forças de segurança, levando sete militares da GNR a ser acusados de um total de 33 crimes relacionados com maus-tratos a imigrantes em Odemira. As imagens dos agentes que filmaram os atos humilhantes e as agressões das vítimas, trabalhadores imigrantes provenientes do sul da Ásia, revelaram, segundo o Ministério Público, um “ódio claramente dirigido às nacionalidades das vítimas e apenas por tal facto e por saberem que, por tal circunstância, eram alvos fáceis”. No dia 5 de novembro de 2023, Gurpreet Singh, de nacionalidade indiana, foi o alvo fácil, vítima de um ato de violência extrema em Setúbal, morto com um tiro de caçadeira no peito, que foi disparado através de uma janela, no rés do chão e virada para a rua. A vítima mortal estava no seu quarto, naquele domingo à noite, na casa partilhada com outros cinco imigrantes. Os dois suspeitos da execução do crime, de nacionalidade portuguesa, tentaram matar todos os ocupantes da casa por motivação racista. Os exemplos podiam continuar, porque há muitos. É manifesto que, nos últimos tempos, a comunidade de imigrantes em Portugal, em especial provenientes do sul da Ásia: Bangladesh, Nepal, Índia e Paquistão, tem sido objeto de uma campanha de desinformação e ódio, em especial nas redes sociais. Fala-se de invasão, insegurança, ódio religioso e da necessidade de mostrar que estão a mais e não são bem-vindos. As ruas de Portugal são cada vez menos seguras para as pessoas imigrantes. Sabemos hoje, pelos órgãos de comunicação e pelas redes sociais, que movimentos de extrema-direita estão a organizar uma ação criminosa contra os imigrantes de origem asiática, que elegeram como alvo, para o dia 3 de fevereiro, em Lisboa, na zona do Martim Moniz e Rua do Benformoso, precisamente por serem as “ruas com mais imigrantes do país, sobretudo de origem islâmica”, reivindicando o fim da “islamização da Europa”. Sabemos também que a organização anunciou a compra de archotes, tochas e parafina líquida, que tudo indica serão instrumentos usados para aterrorizar as pessoas imigrantes que por ali estiverem. Além de profundamente racista e xenófoba, esta ação põe em causa a segurança das pessoas imigrantes que vivem e trabalham nesta área de Lisboa. É por este motivo que vos dirigimos esta carta aberta, exigindo que todos os responsáveis políticos e institucionais façam cumprir o artigo 13.º da Constituição, o princípio da igualdade, e acionem os mecanismos processuais para que se aplique o artigo 240.º do Código Penal, relativo à discriminação e incitamento ao ódio e à violência. O objetivo é de travar a saída desta manifestação que, por se poder qualificar entre “atividades de propaganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião” se constitui como incitamento ao ódio e à violência e não mero exercício da liberdade de expressão. A moldura penal para este crime é de pena de prisão de um a oito anos. Com esta carta, pretendemos defender a segurança de todas as pessoas imigrantes em Portugal, combater o racismo, a xenofobia, a hostilidade religiosa e o crescimento do discurso de ódio a que temos vindo a assistir, particularmente vindo de partidos e movimentos de extrema-direita. Queremos dar um sinal inequívoco e público de que atos e organizações sociais, políticas e partidárias racistas e xenófobas são inaceitáveis e queremos demonstrar a nossa solidariedade para com as vítimas de todos os ataques de ódio em Portugal. A negação e inércia sistemáticas são o terreno fértil para a impunidade do racismo e da xenofobia, que têm vindo a escalar e devem ser absolutamente inaceitáveis em qualquer democracia. O silêncio das instituições é cúmplice. Não o acompanharemos nem o legitimaremos.” https://www.facebook.com/reel/1076509283566794 _________________________________________________________________________________________
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----------- Praça dos Três Poderes – Wikipédia, a enciclopédia livre ----------- Poder Legislativo 13 A separação dos Poderes foi necessária em virtude dos abusos cometidos pelos defensores do poder político. Foi estudada por diferentes autores, tais como Aristóteles, na obra Política; John Locke, em seu Tratado sobre o governo; Jean-Jacques Rousseau no Contrato Social; e Charles Louis de Secondat Montesquieu, em sua célebre obra O espírito das leis. A divisão dos poderes estabelecida por Montesquieu tenta impedir o arbítrio, estabelecendo um sistema de freios e contrapesos em que os três Poderes são independentes mas subordinados ao princípio da harmonia. Este não significa nem domínio de um pelo outro nem usurpação de atribuições, mas a consciente colaboração e o controle recíproco. É a separação clássica de poderes ou tripartite de Montesquieu: o Poder Legislativo elabora as leis, o Poder Executivo administra o Estado de acordo com as leis e o Poder Judiciário dirime as lides (conflitos de interesses resistidos) com fundamento nas normas e princípios estabelecidos. ERIVAL DA SILVA OLIVEIRA PRÁTICA CONSTITUCIONAL 10ª edição revista, atualizada e ampliada THOMSON REUTERS REVISTA DOS TRIBUANAIS ----------
----------- _____________________________________________________________________________________ O trecho citado explora a necessidade da separação dos poderes como forma de evitar abusos e garantir a harmonia entre as instituições políticas. Autores como Aristóteles, John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu foram fundamentais na discussão desse tema, cada um contribuindo com sua visão na busca por um sistema que evitasse o arbítrio. A divisão proposta por Montesquieu estabelece um sistema de freios e contrapesos, no qual os três poderes são independentes, porém subordinados ao princípio da harmonia. Essa colaboração consciente e controle recíproco entre os poderes evita a dominação de um sobre o outro e a usurpação de atribuições. O Poder Legislativo é responsável pela elaboração das leis, o Poder Executivo pela administração do Estado de acordo com essas leis, e o Poder Judiciário pela resolução de conflitos com base nas normas e princípios estabelecidos. Esse trecho ressalta a importância da separação dos poderes como um dos pilares fundamentais do Estado de Direito, garantindo o equilíbrio e a estabilidade do sistema político. _____________________________________________________________________________________ ------------ ---------- A Reza do Samba Moacyr Luz Segunda-feira é das almas É bom também de sambar Tem uma vela pro santo A outra é pra vadiar” A luz que vem de um clarão Chama que não se apaga Reflete a fé no coração E guia a minha estrada Intensa como devoção Divina como uma prece Abrindo os caminhos, meu pai, de quem merece É o patuá no meu cordão O sol quando alvorece A tempestade no sertão Pra que a vida recomece Um lampejo de inspiração Que de repente desce Cravando no peito um samba que não se esquece Ilumina o meu terreiro O canto pros Orixás A luta de um guerreiro Legado dos ancestrais O Ogan bate o tambor Firma o ponto batuqueiro Samba do Trabalhador Um quilombo brasileiro Composição: Gusttavo Clarão / Moacyr Luz. https://www.letras.mus.br/moacyr-luz/a-reza-do-samba/ __________________________________________________________________________________________ A Bênção, Barsanulpho A Bênção, Oliveira A Bênção, VPP CASAS DO PODER --------------
----------- Praça dos Três Poderes – Wikipédia, a enciclopédia livre Criador: Geraldo Magela | Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado Direitos autorais: Senado Federal do Brasil -----------
------------- Legenda: Donato termina a novela preso Foto: Divulgação Globo --------- O que acontece com Donato em Mulheres de Areia? Veja final do personagem na novela Personagem de Paulo Goulart comete diversas maldades na trama Escrito por Redação , 16:12 - 08 de Setembro de 2023 ------------ _____________________________________________________________________________________ Na 'parma' da minha mão. Tem gente que nasce pra mandar. Tem gente que nascer pra obedecer. Donato: Quer dizer dado, presenteado (de Deus, derivado do latim donatus. _____________________________________________________________________________________ -----------
-------- A prisão de Donato só ocorre porque Vanderlei (Paulo Betti), amante de Raquel (Gloria Pires), sabe a verdade sobre o passado do vilão e tenta chantageá-lo. Ele tem um negativo que mostra o momento exato em que Donato empurrou o pai de Tonho e Glorinha de um lugar alto e cheio de pedras, que resultou em sua morte. Ao descobrir sobre a prova, o pescador Marujo (Ricardo Blat) invade o quarto de Vanderlei e rouba o trunfo. Ao levar o negativo para sua casa, ele é surpreendido por Tonho da Lua, que vê as imagens e reconhece o momento do assassinato. O rapaz havia sido testemunha do crime na infância e recobrou a memória sobre a morte do pai. As provas são levadas até o delegado Rodrigo (Stepan Nercessian), que interroga Nonato e o prende. O vilão, no entanto, consegue fugir ao fazer um acordo com o carcereiro do local. FOGO NO BARCO DOS PESCADORES Enquanto está foragido, Donato coloca fogo nos barcos dos pescadores. Porém, ele comete o grande erro de voltar à casa em que vivia com os enteados. O personagem de Marcos Frota vê o padrasto e avisa o delegado, que consegue fazer uma emboscada para pegá-lo. Donato é preso novamente e, desta vez, não escapa mais da cadeia. Ele termina a novela Mulheres de Areia atrás das grades, respondendo pela morte do pai dos enteados e também pelo incêndio dos barcos, após as digitais do vilão serem encontradas no galão de querosene que usou para cometer o crime. https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/entretenimento/zoeira/o-que-acontece-com-donato-em-mulheres-de-areia-veja-final-do-personagem-na-novela-1.3415175 _____________________________________________________________________________________ Ivani Ribeiro Escrita por Ivani Ribeiro, a trama foi um remake mixado de duas novelas da própria autora – Mulheres de Areia (1973) e O Espantalho (1977), exibidas na Rede Tupi e Record, respectivamente. Contou com a colaboração de Solange Castro Neves e direção de Carlos Magalhães, Ignácio Coqueiro e Wolf Maya, também diretor geral. _____________________________________________________________________________________ --------- --------- --------- Veja COMO ESTÃO os atores da novela MULHERES DE AREIA atualmente Conexão Nostálgica _______________________________________________________________________________________ ------------ Mulheres de Areia Final de DONATO, Tonho da Lua se VINGA DE DONATO PROPOSIÇÃO IMPERATIVA é a que exerce as funções do imperativo, isto é, exorta, ordena, invoca, postula, convida. Exortação é dar uma ordem, convencendo. Exemplo: Dá-me um pedaço de pão, porque estou com fome. Ordenar é exprimir uma ordem. Exemplo: Olívia, vá pegar patativa. Invocar é chamar. Exemplo: Vem, criança, vem comigo. Postular é pedir com insistência. Exemplo: Levante-se, meninos, levantem-se, não é respeitoso sentar quando outros de pé estão. Convidar é pedir o comparecimento, motivando o interesse do convidado. Exemplo: Vem ao estudo, porque o estudo engrandece. EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO PÁG. 116 ___________________________________________________________________________________________ Invocar
---------- Realismo era uma “doutrina caduca” Machado de Assis romance-drama-jorge-amado-en-literatura-nacional-14285-MLB2804236717_062012-Y Machado de Assis fulmina, no final de sua arrasadora crítica publicada, em 1878, no jornal “O Cruzeiro” (não confundir com a revista): “Resta-me concluir, e concluir aconselhando aos jovens talentos de ambas as terras de nossa língua que não se deixem seduzir por uma doutrina caduca (o realismo/naturalismo de Émile Zola e Eça de Queirós), embora no verdor dos anos. Este messianismo literário não tem a força da universidade nem da vitalidade; traz consigo a decrepitude. (…) o seu (de Eça de Queirós) dom de observação, aliás pujante, é complacente em demasia; sobretudo, é exterior, é superficial. O fervor dos amigos pode estranhar este modo de sentir e a franqueza de o dizer. Mas então o que seria a crítica?” Curiosamente, Machado de Assis publicou seus livros mais importantes (fora os contos) depois de 1878: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, 1881; “Quincas Borba”, 1891; e “Dom Casmurro”, 1899. Todos plenos de realismo, de um realismo bem machadiano, irônico, nuançado e, às vezes, distanciado — com influência europeia e cariz tropical. Os críticos inseguros mordem e sopram quase ao mesmo tempo. Machado de Assis agia diferente: mordia com violência e não pedia desculpas. A intenção e arrancar pedaços, desclassificar o criticado e reduzir sua influência “nefasta” e “caduca”. O leitor decerto perdoa os exageros e o autoritarismo do genial escritor — que parecia não ter sangue nas veias, mas tinha, e fervente. Machado de Assis escrevia como um leão — um leão com a pata ferida. Sua crítica nada tinha de condescendente. _____________________________________________________________________________________ ----------- ---------- Por que votei em Lula, responde João Amoêdo | Cortes do Reconversa _____________________________________________________________________________________ Reinaldo Azevedo Mas o leitor perdoa Machado de Assis principalmente porque o comentário contra Eça de Queirós foi escrito no calor da hora. Isto é, “O Primo Basílio” foi publicado no dia 18 de fevereiro de 1878 em Portugal e a “demolição” do crítico patropi saiu em 16 de abril do mesmo ano. Com certeza, Machado de Assis não tinha informação suficiente — por certo, não lera outros críticos — e o distanciamento crítico necessário, naquele momento, para analisar o romance de Eça de Queirós com mais amplitude. Mas felizmente rejeitava a crítica do “por outro lado” e era corajoso e de rara perspicácia (reconhecida pelo próprio Eça de Queirós). Eça de Queirós assimilou a crítica e elogiou artigo de Machado de Assis _________________________________________________________________________________________ ---------- Por que votei em Lula, responde João Amoêdo | Cortes do Reconversa Reinaldo Azevedo 26 de jan. de 2024 SÃO PAULO O empresário João Amoêdo, fundador do partido Novo, foi entrevistado por Reinaldo Azevedo e Walfrido Warde no podcast Reconversa. Assista a íntegra aqui: • Amoêdo com Reinaldo e Walfrido: Liber... https://www.youtube.com/watch?v=D_CCMDrEiNM ------------
----------- CURTA TEMPORADA〰️CURTA TEMPORADA〰️CURTA TEMPORADA〰️CURTA TEMPORADA〰️CURTA TEMPORADA CURTA TEMPORADA 〰️ __________ TEATRO POEIRA 04 JAN a 04 FEV QUI a SAB 21h e DOM 19h INGRESSOS LADY TEMPESTADE: MONÓLOGO COM ANDRÉA BELTRÃO, DIRIGIDO POR YARA DE NOVAES, MERGULHA NO DIÁRIO DE ADVOGADA PERNAMBUCANA QUE SE DEDICOU A SALVAR PRESOS POLÍTICOS. Numa madrugada estranha, uma mulher atende a um telefonema que mudará sua rotina: a voz de um homem desconhecido avisa que ela receberá pelo correio os manuscritos do diário da advogada pernambucana Mércia Albuquerque, defensora de presos políticos durante a ditadura civil-militar brasileira. Uma mulher, aparentemente comum, que salvou a vida de muita gente. Numa jornada de reflexão e encontro com histórias escondidas da nossa própria história, a dramaturgia explora o espaço de invenção entre o documento e a ficção e a colisão entre o passado e o presente para pensar o futuro. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - com Andréa Beltrão Direção: Yara de Novaes Dramaturgia: Silvia Gomez Cenografia: Dina Salem Levy Desenho de luz: Sarah Salgado e Ricardo Vívian Figurinos: Marie Salles Criação e operação de trilha sonora: Chico BF Desenho de som: Arthur Ferreira Assistente de direção: Murillo Basso Assistente de cenografia: Alice Cruz Identidade visual: Fábio Arruda e Rodrigo Bleque | Cubículo Fotografia: Nana Moraes Assesoria de imprensa: Vanessa Cardoso | Factoria Comunicação Produção: Quintal Produções __________ DURAÇÃO: 70 minutos CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos CAPACIDADE: 171 espectadores ___________________________________________________________________________________

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