terça-feira, 24 de março de 2020

Os números que governam o mundo












Música | Fantasía Flamenca (Claro de Luna. Beethoven)







LIMITE




UMA VIAGEM INFORMAL AO
TEOREMA DE GÖDEL

Ou

(O preço da matemática é o eterno matemático) Ricardo S. Kubrusly
IM/UFRJ




“Eu tenho certeza do que eu tô falando porque é matemática. É gráfico. E disso não tem como fugir.”




“A gente não faz o dever de casa...”




“A gente ainda pode minimizar.”




“Olá, o estudo do limite é a base do Cálculo Diferencial e Integral.”




“Quando a gente não souber limite a gente vai ter muita dificuldade – vai ser quase impossível aprender Derivadas, aprender Integral e etc. “




“E todo o resto do Cálculo.”







CÁLCULO I #0 - Apresentação do Curso de Cálculo Diferencial e Integral | Matemática Rio











CÁLCULO I #1 - INTRODUÇÃO AO CÁLCULO, LIMITES E HISTÓRIA





Matemática Rio com Prof. Rafael Procopio









Math Game: uma estratégia lúdica para o ensino de cálculo diferencial e integral em cursos de engenharia


Tatiane da Silva Evangelista1 , Tais Calliero Tognetti² , Ronni Geraldo Gomes de Amorim³ , Antonio Fernandes Soares Netto£
Universidade de Brasília, Faculdade Gama, Gama, Brasília, DF.

Resumo

Apresentamos neste trabalho um jogo denominado Math Game. Este jogo foi idealizado com o objetivo de melhorar o aprendizado dos estudantes da Faculdade Gama da Universidade de Brasília nas disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral. A fim de fomentar a confecção do jogo, foram discutidos aspectos de gamificação e aprendizagem colaborativa. Também foi apresentado todo o percurso metodológico que conduziu ao formato final do jogo. Por fim, este trabalho traz um tutorial sobre o jogo construído, desde as suas regras até sugestões de uso.

Palavras-chave: gamificação; aprendizagem colaborativa; cálculo.

Abstract

In this work we show a game called Math Game. This game was designed with the goal of improving the learning of Differential and Integral Calculus students from Faculdade Gama of Universidade de Brasília. In order to encourage the making of the game, were discussed aspects of gamification and collaborative learning. It was also presented whole methodological path that led to the game end format. Finally, this work brings a tutorial about a game built, including rules and suggestions to use.

Keyword: gamification; collaborative learning; calculus.










Os números que governam o mundo










O construtor de Paradoxos




Introdução


O teorema de Gödel é talvez o mais surpreendente e o mais comentado resultado matemático do século. Com certeza, é o mais incompreendido e um dos únicos teoremas que se presta a discussões filosóficas acaloradas e imediatas. Não é preciso estudá-lo a fundo para notar a semelhança entre suas conseqüências e a de algumas máximas da física moderna ou mesmo da metafísica, onde, diferentemente da matemática, a liberdade interpretativa empresta um delicioso sabor de trapaça a qualquer verdade enunciada. Da mesma maneira que um cidadão educado é capaz de lançar mão dos resultados da mecânica quântica e/ou relativística para inferir, logicamente é claro, quase que qualquer extravagância, transformando as árduas noites de Dirac, Schröedinger, Bohr, Einstein entre outros, numa comédia esotérica de fazer frente a qualquer ilusionista do interior, o teorema de Gödel, ou melhor, suas conseqüências, também permitem interpretações, quanto às possíveis, ou quem sabe prováveis, incertezas que eventualmente desestabilizem a sempre certa e poderosa matemática. Então, a matemática também erra e gera falsidades de suas tão eternas verdades? E 2+2, continua a ser igual a 4 depois do teorema de Gödel, ou, dando razão aos poetas, não poderia ser reinterpretado sob um novo olhar pós-modernista? A incompletude e a consistência não seriam provas irrefutáveis do poder de influência dos cristais & florais no psique dos adolescentes? E por aí vai...

Brincadeiras a parte, é interessante observar as semelhanças entre matemática e outros conhecimentos mais, digamos, maleáveis, que este famoso teorema permite estabelecer. É raro ver o cidadão educado curioso a respeito de algum teorema matemático. Nem mesmo o famosíssimo "último teorema de Fermat" que passou mais de trezentos anos desafiando o talento e a engenhosidade do raciocínio abstrato da humanidade, desperta, a não ser entre os especialistas, tanta curiosidade e suscita tanta fantasia quanto os resultados de Gödel. Cabe a nós, matemáticos de todos os credos, aproveitar o momento e a deixa, para iniciar um trabalho de divulgação dos nossos resultados e principalmente, das nossas metodologias da razão, estabelecendo um canal de comunicação entre a matemática e a sociedade e, a exemplo dos físicos, nos tornarmos conhecidos e desejados abrindo um pouco mão das nossas intoleráveis idiossincrasias. Que mal há em brincar e/ou mesmo distorcer o saber para popularizá-lo? Que benefícios reais alcançamos em nos manter, e à nossa matemática, sempre distantes de todos e de tudo? Nenhum e nenhum. Não há mal em brincar e nada ganhamos em não brincar e em nos afastar sempre do saber e da cultura vigente, além da ilusão infantil, típica do século XVIII, de sermos seres superiores e sérios. E sérios não brincam. A Física brinca e nós a criticamos e a menosprezamos como se o seu saber ficasse impregnado pelo uso popular que deles possam fazer. E se ficar, qual o grande problema? Será que a Mecânica Qüântica passa a ser a brincadeira incerta que com ela se faz? Não, com certeza, mas ganha sim, uma posição de destaque na mente do cidadão educado, que mesmo sem a capacidade de compreendê-la totalmente (por ter-se voltado para outras atividades) passa, por obra do desejo a contrabandear suas verdades, se enriquecendo e enriquecendo de volta a todos nós e à própria fisica. Que mal há nisso? "Pour delicatesse j'ai perdu ma vie" e por arrogância, também se perde, muitas vezes, a chance de aparecer, de ser e de realizar o verdadeiro destino matemático, que é mais o de dançar à luz do mundo que transforma, do que o de espreitar, entre paredes, as parcas sombras que se perdem.

O objetivo destas notas é o de visitar a prova, mais do que o teorema, de Gödel, numa tentativa de apresentar e discutir suas principais idéias e conseqüências para a matemática e para a sociedade. Acreditamos que o nosso século se tornará conhecido intelectualmente pelas verdades descobertas por Gödel, que nos marcam muito além do sentimento de fracasso que suas considerações finais possam gerar, resgatando a condição humana, há muito perdida dentro da matemática, que por se pensar divina, fabricou o sonho ingênuo de ser completa, consistente e capaz de desvendar o infinito.








Referências



https://youtu.be/iMZzpO54yY0?list=PL83s8LGM84J7Xgfq4t-IEHcg3fGSZkS9H
https://www.youtube.com/watch?v=iMZzpO54yY0&list=PL83s8LGM84J7Xgfq4t-IEHcg3fGSZkS9H
https://youtu.be/dNHAgYyCpTY
https://www.youtube.com/watch?v=dNHAgYyCpTY
http://jogodecontratacoes.com.br/wp-content/uploads/2016/07/Math-Game-formatado-1.pdf
http://www.im.ufrj.br/waldecir/calculo1/calculo1pdf/capitulo_01.pdf
http://im.ufrj.br/~risk/diversos/godel.html

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