«O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de
morrer!»
e·pís·to·la
(grego epistolé, -és, ordem transmitida por um mensageiro, carta, missiva)
(grego epistolé, -és, ordem transmitida por um mensageiro, carta, missiva)
substantivo
feminino
1. Carta, missiva.
2. Composição poética em forma de carta.
3. Carta dedicatória de obra literária.
4. [Liturgia] Parte da missa em que se leem alguns versículos de uma epístola dos apóstolos.
(Geralmente com inicial maiúscula.)
5. [Liturgia] Lado do altar que fica à direita dos assistentes.
(Geralmente com inicial maiúscula.)
Segunda
epístola de Palocci
Segunda
epístola de Paulo
Publicado em Julho-Agosto de 2003 (pp. 17-21)
A
Segunda Carta de Pedro e os falsos mestres
Por Shigeyuki Nakanose, svd
A
segunda carta de Palocci aos brasileiros
27/09/2017 - 02h51
Antonio
Palocci (Foto: Wilson Pedrosa / Estadão Conteúdo)
Ricardo Noblat
Falta o último prego no caixão de Lula, esse a ser
batido pela segunda instância da justiça quando confirmar a sentença do juiz
Sérgio Moro que o condenou a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
O penúltimo prego foi batido ontem pelo ex-ministro
Antonio Palocci, preso há um ano em Curitiba, com sua carta de desfiliação ao
PT. Palocci foi um dos coordenadores da campanha de Lula à presidência da
República em 2002, ministro do primeiro governo dele e do primeiro de Dilma.
Foi tudo isso e muito mais. Como confessou, foi
responsável por arrecadar propina de empresas para o ex-presidente. E autor,
como se sabe, da Carta aos Brasileiros, documento que em 2002 derrubou a
resistência de bancos e de empresas à chegada ao poder do primeiro operário.
Na carta, concebida e escrita por Palocci, Lula se
comprometia a manter os fundamentos da política econômica do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, de quem foi cabo eleitoral quando FHC disputou e
perdeu em 1985 a prefeitura de São Paulo para o ex-presidente Jânio Quadros.
A carta de desfiliação de Palocci ao PT é a segunda
carta dele aos brasileiros, dessa vez assinada com o próprio nome. Não só a
banqueiros e empresários, mas aos brasileiros em geral que acreditaram na
lisura e nas boas intenções de quem assumiu pobre a presidência e dela saiu
rico.
Palocci antecipou-se à sua expulsão do PT, decidida
por Lula que, ali, decide tudo. E ao fazê-lo, renovou acima de qualquer margem
de dúvida sua disposição de morrer atirando. Até poderá cumprir anos de cadeia.
Mas com ele arrastará Lula, seu ex-patrão. E, se der, Dilma também.
No momento, o ex-ministro da Fazenda de Lula, e
ex-ministro da Casa Civil de Dilma, acerta com a Lava Jato sua delação
premiada. Guarda munição suficiente para confirmar o que já revelou e o que
ainda esconde. Banqueiros e empresários que negociaram com ele estão em pânico.
Leia a íntegra da carta
A carta de Palocci ao PT
“Carta
a Josefa, minha avó” (1968)
30 Julho, 2014 0
No ano de 1968, José Saramago publicou no
jornal A Capital, de Lisboa, a crónica Carta a Josefa, minha
avó. Anos mais tarde, ela seria publicada no livro Deste Mundo e do
Outro. Abaixo segue a reprodução da página do jornal A Capital em
que foi originalmente publicado o texto.
Carta para Josefa, minha avó
Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que
foste a mais bela rapariga do teu tempo — e eu acredito. Não sabes ler. Tens as
mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas
de restolho e lenha, albufeiras de água.
Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que
amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os
bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me
histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de
morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira — sete vezes engravidaste, sete
vezes deste à luz.
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política,
nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste
umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto
viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua,
aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes
ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assentam
em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro
que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma
coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja.(Contaste-mo tu, ou
terei sonhado que o contavas?)
Transportas contigo o teu pequeno casulo de
interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como
um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém. Estou diante de ti, e não
entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo
e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda
é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério
inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras,
um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de
barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrugada e
pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos — e continuo a não
entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então
que te roubaram o mundo? Quem to roubou? Mas disto talvez entenda eu, e
dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis
palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará
sem ti — e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava. Não
teremos, realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as
tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas — e
isso ainda é pior. Mas porquê, avó, por que te sentas tu na soleira da tua
porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e
por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas,
e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua
adolescência nunca perdida: «O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de
morrer!»
É isto que eu não entendo — mas a culpa não é tua.
A
carta mais linda do mundo escrita por José Saramago para sua avó
August 7, 2017Luiz
Antonio RibeiroBiografia, Destaque, Matérias Literárias, Notícias
[Via Somos Livros]
No ano de 1968, José Saramago publicou no jornal A
Capital, de Lisboa, a crônica Carta a Josefa, minha avó. Anos mais tarde,
ela seria publicada no livro Deste Mundo e do Outro. Abaixo segue a
reprodução da página do jornal A Capital em que foi originalmente
publicado o texto. Confira a carta na íntegra:
*Optamos por manter a grafia do português de
Portugal*
“Carta a Josefa, minha avó” (1968)
Referências
https://www.priberam.pt/dlpo/ep%C3%ADstola
https://d37iydjzbdkvr9.cloudfront.net/arquivos/2017/09/26/nota_palocci.pdf
https://d37iydjzbdkvr9.cloudfront.net/arquivos/2017/09/26/nota_palocci.pdf
http://www.lideranca.org/amtb/downloads/sil/2corintios.pdf
http://www.vidapastoral.com.br/artigos/temas-biblicos/a-segunda-carta-de-pedro-e-os-falsos-mestres/
https://www.josesaramago.org/wp-content/uploads/2014/07/carta2.jpg
https://s2.glbimg.com/AhMOl6eoyvHGarmI0td4AqDLs3g=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2017/09/27/palocci_sqq7qbw.jpg
http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2017/09/segunda-carta-de-palocci-aos-brasileiros.html
https://www.josesaramago.org/carta-josefa-minha-avo-1978/
https://www.josesaramago.org/wp-content/uploads/2014/07/memoria_header-1-1024x451.png
https://www.josesaramago.org/carta-josefa-minha-avo-1978/
http://notaterapia.com.br/2017/08/07/carta-mais-linda-mundo-escrita-por-jose-saramago-para-sua-avo/
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