‘Convém evocar mais uma vez Ulysses Guimarães, que
disse: "Nós vamos, a Constituição fica".’ 20 ANOS DE CONSTITUIÇÃO
José Afonso da Silva
"Tem ainda o Ministério Público, que hoje é um
órgão importante no combate à corrupção. Foi a Constituição de 1988 que deu
essa autonomia à instituição", afirmou Cabral.
“Quase 30 anos depois da Carta de 1988, a esquerda
brasileira ainda não tirou de sua história os recursos para construir uma forte
social-democracia, cujo compromisso essencial seja, além dos objetivos de
reforma, a defesa da legalidade democrática e suas instituições, que dão vida e
densidade a tais objetivos. Não consegue estabelecer parâmetros altos para a
ação de um reformismo latino-americano mais unitário, generoso e integrador. A
vertente democrática fraca termina por abrir o flanco para a vertente
autoritária e personalista. Condena-se, assim, a recomeçar em condições piores
– e sempre depois de tempestades que, como na Venezuela, caudilhos
meticulosamente semeiam e, agora, colhem.” “As duas esquerdas”
- O Estado de S. Paulo
Luiz Sérgio Henriques
*TRADUTOR E ENSAÍSTA, É UM DOS ORGANIZADORES DAS
OBRAS DE GRAMSCI NO BRASIL. SITE: WWW.GRAMSCI.ORG
A
carta de 2018
Jornal do Povão
11 de janeiro às 21:09 ·
O
PT CONVIDA JUIZ PARA LANÇAMENTO DA CANDIDATURA LULA 2018.
Dr Hélio Martins da comarca de São João del Rei
recebe um convite do deputado Reginaldo Lopes do PT para o lançamento de Lula
2018 e diz o que todos deveriam dizer.
Exmo. Senhor Deputado Reginaldo Lopes, em que pese o
profundo respeito que tenho pela atuação parlamentar de V. Exa., não é hora de
lutar para salvar pessoas, mas sim o País, atolado no caos econômico, na
recessão, no desemprego, na violência e na vergonha internacional onde agentes
políticos e públicos protagonizam o maior caso de corrupção de que se tem
notícia na história da humanidade.
Quero, como tantos outros brasileiros com capacidade de discernimento e compreensão, que se faça justiça!!!
Que todos aqueles que se apropriaram de recursos públicos paguem por tão grave crime, além de devolver o que indevida e criminosamente levaram, privando o cidadão de saúde, educação, segurança, infraestrutura dentre outros. Todos, indistintamente, como republicanamente deve ocorrer, sejam do PT, do PMDB, do PSDB ou de qualquer outro partido político devem responder pelos crimes cometidos. Lugar de ladrão é na cadeia!!!
Lula foi processado, julgado e condenado no primeiro processo, sob a égide dos princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa.
Quero, como tantos outros brasileiros com capacidade de discernimento e compreensão, que se faça justiça!!!
Que todos aqueles que se apropriaram de recursos públicos paguem por tão grave crime, além de devolver o que indevida e criminosamente levaram, privando o cidadão de saúde, educação, segurança, infraestrutura dentre outros. Todos, indistintamente, como republicanamente deve ocorrer, sejam do PT, do PMDB, do PSDB ou de qualquer outro partido político devem responder pelos crimes cometidos. Lugar de ladrão é na cadeia!!!
Lula foi processado, julgado e condenado no primeiro processo, sob a égide dos princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa.
Sou juiz de primeira instância, ou de piso, como
gostam de dizer. Juiz de carreira, com muito orgulho! Submetido, como em todos
os concursos públicos para membros da Magistratura e do Ministério Público, a
provas de conhecimento de elevadíssimo nível de dificuldade, além de exames
psicológicos, e rigorosa investigação social. Aqui não tem princípio de
presunção de inocência não, senhor Deputado. Qualquer “ derrapada” na vida
social tira o candidato do certame. Não somos escolhidos por agentes políticos.
Somos independentes, como manda a Constituição. A Magistratura e o Ministério
Público brasileiro, a que me refiro, merece, pois, absoluto respeito!
Desta forma, falar em “golpe” e envolver o judiciário nesta trama é, no mínimo menosprezar inteligência das pessoas.
Me causa total estranheza ver V. Exa. se referir às “elites” como posto em seu texto. Afinal o PT se aliou às “elites” para alcançar o poder. Foram integrantes da ala da “elite” mais elevada deste país que proporcionaram o desvio de dinheiro público em benéfico não só do partido, mas daqueles que já estão condenados ou sendo processado. Basta verificar as doações para campanhas eleitorais passadas. Então a “elite” que abastece de recursos, é a mesma elite “golpista”? Não há uma gritante incoerência na sua proposição? Não há uma incoerência ideológica por parte daqueles agentes políticos e públicos já condenados ou processados, que pregam distribuição de renda, mas se enriquecem às custas do trabalho alheio das “elites” através do achaque? Este comportamento é moralmente aceitável? Para mim isso tem uma definição: bandidagem!
Me desculpe a franqueza, senhor Deputado, mas Lula, assim como aqueles que já estão condenados e aqueles que estão sendo processados, não estão nem aí para o Estado Democrático! De fato querem poder. Só poder. Poder eterno sobre tudo e todos.
E poder a todo custo é sinônimo de tirania! Basta! Basta! Basta!
Quem conhece realmente história sabe muito bem que os criminosos anistiados do passado, não praticaram ações violentas em nome de democracia, mas para imporem o regime que entendiam ideologicamente adequado. Ditadura! Igualmente ditadura!
Desta forma, falar em “golpe” e envolver o judiciário nesta trama é, no mínimo menosprezar inteligência das pessoas.
Me causa total estranheza ver V. Exa. se referir às “elites” como posto em seu texto. Afinal o PT se aliou às “elites” para alcançar o poder. Foram integrantes da ala da “elite” mais elevada deste país que proporcionaram o desvio de dinheiro público em benéfico não só do partido, mas daqueles que já estão condenados ou sendo processado. Basta verificar as doações para campanhas eleitorais passadas. Então a “elite” que abastece de recursos, é a mesma elite “golpista”? Não há uma gritante incoerência na sua proposição? Não há uma incoerência ideológica por parte daqueles agentes políticos e públicos já condenados ou processados, que pregam distribuição de renda, mas se enriquecem às custas do trabalho alheio das “elites” através do achaque? Este comportamento é moralmente aceitável? Para mim isso tem uma definição: bandidagem!
Me desculpe a franqueza, senhor Deputado, mas Lula, assim como aqueles que já estão condenados e aqueles que estão sendo processados, não estão nem aí para o Estado Democrático! De fato querem poder. Só poder. Poder eterno sobre tudo e todos.
E poder a todo custo é sinônimo de tirania! Basta! Basta! Basta!
Quem conhece realmente história sabe muito bem que os criminosos anistiados do passado, não praticaram ações violentas em nome de democracia, mas para imporem o regime que entendiam ideologicamente adequado. Ditadura! Igualmente ditadura!
Ainda que compreenda seu alinhamento político
partidário, senhor Deputado, não se permita, em homenagem à sua história de
vida, descer ao nível da excrescência das mentiras deslavadas, como as
protagonizadas publicamente pelo ex-presidente Lula, e tantos outros, desprovidos
de dignidade e decoro, sustentando o insustentável.
Desejo ao senhor e sua família um Ano Novo abençoado.
Que sua luta seja de fato pelo povo e não por pessoas!
Desejo ao senhor e sua família um Ano Novo abençoado.
Que sua luta seja de fato pelo povo e não por pessoas!
Roberto
Freire: A desfaçatez criminosa do PT
- Blog do Noblat
Como se não bastassem todo o desmantelo moral e a
corrupção desenfreada que marcaram os governos de Lula e Dilma Rousseff, o
lulopetismo tem como algumas de suas principais características a desfaçatez e
o cinismo utilizados para a construção de narrativas falaciosas que distorcem a
realidade e pretendem confundir a opinião pública. Isso se deu mais uma vez a
partir do momento em que a Petrobras – vítima da roubalheira perpetrada nos 13
anos em que o PT governou o país – anunciou um acordo judicial com acionistas
norte-americanos que investiram na empresa brasileira e tiveram perdas
milionárias decorrentes do petrolão, o maior esquema de corrupção já praticado
no Brasil e, talvez, no mundo.
O acordo foi feito justamente para que se encerrasse
a ação coletiva movida pelos investidores americanos lesados pela patifaria
petista. Ao todo, a estatal pagará US$ 2,95 bilhões (o equivalente a quase R$
10 bilhões) em três parcelas, que terão início após a aprovação preliminar do
juízo da Corte Federal de Nova York, onde tramita o processo. É evidente que se
trata de um montante significativo, mas o acordo talvez possa ser até benéfico
para a Petrobras diante da possibilidade de que um júri popular nos Estados
Unidos arbitrasse uma soma ainda maior como indenização. Nesse caso, o prejuízo
aos cofres da empresa, que já foi tão vilipendiada pela quadrilha que a
assaltou nos últimos anos, certamente seria ainda maior.
O mais estupefaciente é a reação indecorosa e cínica
de alguns próceres do lulopetismo, como a presidente nacional do PT e o líder
do partido na Câmara dos Deputados, que vieram a público para atacar o acordo
firmado pela Petrobras nos EUA e acusaram a Operação Lava Jato, vejam só, de
praticar “o maior assalto da história da humanidade”. Seria cômico se não fosse
trágico. Foi durante os governos petistas que a nossa maior empresa sofreu nas
mãos de criminosos que a saquearam para atender aos objetivos políticos do PT e
partidos aliados. Sob o comando de Pedro Parente, atual presidente da empresa,
a Petrobras iniciou um caminho virtuoso de recuperação econômica, moral e da
credibilidade perdida. Justamente aqueles que foram responsáveis por tamanho
desmantelo agora vituperam contra as medidas necessárias levadas a cabo pela
administração da estatal no sentido de superar o desastre provocado nos tempos
de Lula.
O assalto ao patrimônio público e a série de
escândalos de corrupção que permearam, sobretudo, os governos de Lula e
prosseguiram sob Dilma indicam o grau de promiscuidade e a complexidade da
cadeia criminosa enredada pelo PT em nome de um projeto de perpetuação no
poder. As negociatas que envolveram inúmeros financiamentos suspeitos por meio
do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), por exemplo, chegaram a vários
outros países, especialmente da América Latina, expandindo os tentáculos do
esquema delituoso para além de nossas fronteiras. Basta acompanharmos o que tem
acontecido em alguns países da região, com ex-presidentes presos e tantos
outros processados e acusados de atos de corrupção. A delicada e constrangedora
situação criminal de Lula, condenado em primeira instância a 9 anos e 6 meses
de prisão, não é um fato isolado.
Também não podemos nos esquecer de casos como a
famigerada compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, o que
levou ao recente bloqueio dos bens de Dilma Rousseff determinado pelo Tribunal
de Contas da União (TCU). À época, a então presidente fazia parte do Conselho
de Administração da Petrobras, que aprovou a aquisição da unidade – houve um
prejuízo aos cofres da estatal de mais de US$ 580 milhões. O TCU também
bloqueou os bens do ex-ministro Antonio Palocci (hoje preso) e de José Sérgio
Gabrielli, ex-presidente da estatal. Além disso, em dezembro do ano passado, a
força-tarefa da Lava Jato denunciou uma dezena de pessoas, entre políticos e
ex-funcionários da empresa, por corrupção e lavagem de dinheiro nesse episódio
de triste memória.
Diante de tanta corrupção e das mais variadas e
abrangentes denúncias e investigações em curso, é inconcebível que os áulicos
do lulopetismo e defensores dos governos de Lula e Dilma tenham a coragem de se
manifestar contra o necessário acordo da Petrobras com os investidores
americanos. O roubo aos cofres públicos praticado pelos petistas e seus aliados
é gravíssimo e indignou a sociedade brasileira, mas a audácia e o descaramento
de se colocarem como vítimas é algo tão ou ainda mais revoltante. Que fiquem
bem longe e não voltem a pôr as mãos na Petrobras. O Brasil não suporta mais
tamanha imoralidade.
Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e
presidente nacional do PPS
São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008
FOLHA DE SÃO PAULO brasil
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20 ANOS DE CONSTITUIÇÃO
"Quando foi aprovado, existiam os profetas da
catástrofe que diziam que essa Constituição não duraria seis meses ou que
deixaria o país ingovernável. Só o tempo para mostrar que essa afirmação não
tem como se manter em pé."
Texto da Constituição não é imutável, afirma Jobim
Folha organiza debate sobre os 20 anos da
promulgação, completados no domingo
O ministro Nelson Jobim (Defesa), 62, que há 20 anos participou do processo de elaboração da Constituição Federal, disse ontem que o texto aprovado não é eterno e deve ser atualizado para acompanhar a realidade do país. Jobim, que foi deputado constituinte, defendeu a PEC, que é um instrumento do Poder Legislativo destinado a alterar o texto constitucional. Essa foi uma das idéias discutidas ontem durante o debate organizado pela Folha sobre os 20 anos da Constituição Federal. Além do ministro Jobim, participaram do evento o ex-senador e ex-relator-geral da Assembléia Nacional Constituinte, Bernardo Cabral, 76, o advogado José Afonso da Silva, 83, que foi assessor jurídico durante a Constituinte, e o constitucionalista Ives Gandra da Silva Martins, 73. DA REPORTAGEM LOCAL
Jobim disse que a Carta precisa sofrer alterações
para se ajustar aos tempos recentes.
"Não posso pensar que aquele trabalho do qual participamos há 20 anos deve ser mantido porque é considerado um texto eterno. Isso quem vai decidir é o processo democrático. Não podemos querer ter um texto eterno, porque texto eterno não diz nada. Vamos respeitar o processo democrático." O constitucionalista Ives Gandra concordou com a necessidade de mudança. "Em 20 anos de Constituição, foram feitas 62 emendas ao texto original", disse, sem considerar um exagero. Para ele, a preocupação são as cerca de 1.600 propostas de emenda à Constituição que estão no Congresso. Mais radical, Bernardo Cabral, que foi deputado constituinte, disse que as emendas transformaram a Carta num "canteiro de obras". O mais grave, afirmou, é que a maior parte das alterações está atrelada a interesses circunstanciais. "Se refletirmos sobre o número enorme de emendas vamos verificar que alguns autores estão querendo mais uma homenagem a seu arraial eleitoral." BASTIDORES Durante o evento, os quatro debatedores relembraram as circunstâncias da aprovação da Carta, em 1988. Da platéia, acompanharam a discussão os ex-deputados federais Egídio Ferreira Lima e Cunha Bueno, que também fizeram parte do grupo que estudou e votou o texto constitucional. O professor José Afonso da Silva relembrou que a discussão da Constituinte surgiu porque o Brasil vivia um momento de ilegitimidade constitucional, decorrente de um longo período de presidentes do regime militar (1964-1985). "Toda vez que se tem um sistema ilegítimo, há uma postulação de legitimação que se faz por uma nova Constituinte", afirmou Silva. À época, o próprio Tancredo Neves, alçado à Presidência da República pelo Colégio Eleitoral, havia prometido durante a campanha que convocaria uma comissão para elaborar um projeto constituinte. "Essa comissão, que ficou conhecida como Afonso Arinos, era o fórum de discussão e tinha uma repercussão importante em toda a imprensa", disse Silva. Com a morte de Tancredo e a posse de José Sarney o cenário mudou, disse Jobim. "Sarney não tinha a força política de Tancredo para enviar para o Congresso um projeto de Constituição. Então Ulysses Guimarães pediu à assessoria da Câmara que criasse uma comissão que elaborasse um anteprojeto para ser votado no plenário." Ulysses Guimarães (1916-1992) era o presidente da Câmara dos Deputados e da Assembléia Nacional Constituinte (1987-1988). Com o texto do anteprojeto pronto, o Centrão -grupo conservador e pluripartidário- entrou em cena e defendeu um modelo de elaboração próprio. Como tinha a maioria na Assembléia, prevaleceu o modelo do Centrão, mas o anteprojeto feito a pedido de Ulysses foi incorporado ao texto por meio da aprovação de destaques. POLÊMICA A versão final da Constituinte seguiu para a Comissão de Redação. Em 2003, Jobim revelou que, quando o texto chegou à comissão, foram acrescentados pontos que não passaram pelos dois turnos de votação no Congresso. "Quando disse isso, a esquerda constitucionalista da avenida Paulista pediu o impeachment contra mim", disse ontem Jobim. Segundo ele, na comissão foram encontradas várias contradições. Então, disse, os líderes da época discutiram as mudanças necessárias, que foram aprovadas pelo plenário, como se fosse um terceiro turno. O professor José Afonso da Silva disse que estudou todas essas mudanças e não localizou nenhuma alteração fundamental, que pudesse modificar o significado do texto que foi votado pelos deputados constituintes nos dois turnos. "Eu queria lembrar uma coisa interessante e que agora os cientistas políticos começam a examinar, que é como uma Constituinte majoritariamente conservadora produziu uma obra razoavelmente progressista", disse o professor. Para Silva, a Carta promulgada em 1988 é inquestionável do ponto de vista político. "Vivemos um regime de liberdades amplas, com eleições livres. Todos os problemas que temos tido estão sendo resolvidos com base na Constituição. Convém evocar mais uma vez Ulysses Guimarães, que disse: "Nós vamos, a Constituição fica"." Como exemplo da contemporaneidade da Constituição, Bernardo Cabral destacou alguns mandamentos da Carta, como acesso à informação, sigilo da fonte e fim da censura. Para ele, trata-se de um dos textos mais avançados do mundo. "Tem ainda o Ministério Público, que hoje é um órgão importante no combate à corrupção. Foi a Constituição de 1988 que deu essa autonomia à instituição", afirmou Cabral. EQUILÍBRIO O advogado Ives Gandra apontou uma "aparente falha" do texto constitucional, que, num primeiro momento, visava um regime parlamentarista e, depois, no meio do caminho, ficou presidencialista. "O curioso é que essa conformação levou a um equilíbrio de poderes que considero o elemento mais importante da atual Constituição. Tivemos o impeachment do presidente Collor, tivemos recentemente parlamentares afastados, tivemos ainda o escândalo do mensalão, e a Constituição de 1988 regeu democraticamente todos esses processos", disse. Para Cabral, "nada tira a beleza do texto constitucional". "Quando foi aprovado, existiam os profetas da catástrofe que diziam que essa Constituição não duraria seis meses ou que deixaria o país ingovernável. Só o tempo para mostrar que essa afirmação não tem como se manter em pé."
Assista a vídeo do debate sobre a
Constituição
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São Paulo, sábado, 3 de outubro de 1998 FOLHA DE
SÃO PAULO especial
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CONSTITUIÇÃO 10 ANOS Alteração da ordem econômica reviu intervencionismo e provocou maior impacto Nova ordem mundial envelheceu a Carta
Na promulgação da Carta, o PT, principal força de
esquerda do Congresso, recusou-se a subscrevê-la, por questionar sua
legitimidade. Dez anos depois, a esquerda vê na Constituição a garantia de
direitos sociais e é sua principal defensora contra as reformas.
CLÁUDIA TREVISAN
da Reportagem Local A Constituição brasileira, que completa dez anos depois de amanhã, não resistiu às mudanças econômicas ocorridas no país e no mundo nesse período. Seu caráter nacionalista foi amenizado, e as possibilidades de intervenção do Estado no mercado, limitadas. Entre os nove títulos que compõem a Constituição, o "Da Ordem Econômica e Financeira" recebeu as emendas que tiveram maior impacto na mudança da face do país. A maioria delas foi aprovada em 1995, primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso, e abriram o caminho para o modelo econômico neoliberal. "Sem as modificações da Constituição, não haveria espaço para o Plano Real, que é muito dependente de investimentos estrangeiros", afirma Celso Bastos, professor de direito constitucional da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Bastaram cinco emendas constitucionais para pôr fim ao monopólio estatal nas telecomunicações e nos serviços de gás, forçar a Petrobrás a encarar a concorrência privada, acabar com diferenças entre empresas de capital nacional e estrangeiro e permitir que embarcações de outros países façam o transporte entre portos nacionais. Muro de Berlim Promulgada no ano que antecedeu a queda do Muro de Berlim -marco na derrocada dos países socialistas-, a Constituição trazia preceitos econômicos que rapidamente passaram a se chocar com as exigências da globalização. "A Constituição é prisioneira da data em que nasceu e trouxe uma noção de soberania nacional muito pronunciada", observa Clèmerson Merlin Clève, professor de direito constitucional da Universidade Federal do Paraná. Para Clève, a Constituição reflete as aspirações da sociedade brasileira, que é multifacetada. O que poderia ser uma de suas maiores virtudes, é também a origem das principais críticas a ela. "Ninguém se reconhece integralmente na Constituição", afirma o professor paranaense. Reeleição As alterações aprovadas nos últimos dez anos não se limitaram à área econômica. Individualmente, o capítulo político foi o que concentrou o maior número de emendas: 9 das 25 promulgadas. Sem dúvida, a mudança de maior impacto foi a aprovação da reeleição que, pela primeira vez em 109 anos de República, passou a integrar o texto constitucional. As outras emendas políticas tiveram alcance mais limitado. Algumas foram aprovadas em resposta a escândalos, como a que suspendeu os efeitos da renúncia de parlamentar sujeito a investigação que possa levar à sua cassação, aprovada em 1994, depois da renúncia de deputados acusados pela CPI do Orçamento. Reforma administrativa Fora da área econômica, a emenda da reforma administrativa foi a única das propostas do governo aprovada pelo Congresso. Entre as novidades que ela introduz estão a possibilidade de demissão de servidor público estável por desempenho insuficiente e a fixação de teto de vencimentos para todo o funcionalismo público. Também foi ampliado de 2 para 3 anos o período de estágio probatório após o qual o servidor adquire estabilidade. As crescentes dificuldades do governo federal para controlar o déficit fiscal também estão refletidas nas emendas aprovadas. Das 25, 5 tinham o objetivo de aumentar a arrecadação ou a parcela do Orçamento da qual o governo pode dispor livremente. A primeira emenda aprovada na fracassada revisão constitucional de 1994 tinha o objetivo de resolver problemas de caixa do governo com a criação do Fundo Social de Emergência, depois transformado em Fundo de Estabilização Fiscal (FEF). O fundo é formado por parte das receitas vinculadas a áreas específicas. Criado inicialmente para vigorar até 1995, ele já foi prorrogado duas vezes e deve acabar em dezembro de 1999. Para aumentar a arrecadação, o governo também propôs, em 93, a criação do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira), substituído pela CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) em 96. As mudanças da última década levaram também à troca de papéis dos agentes envolvidos na elaboração da Constituição. Na promulgação da Carta, o PT, principal força de esquerda do Congresso, recusou-se a subscrevê-la, por questionar sua legitimidade. Dez anos depois, a esquerda vê na Constituição a garantia de direitos sociais e é sua principal defensora contra as reformas. |
30
anos da Constituição Cidadã
Senado e Câmara fazem a partir de hoje contagem regressiva
para o aniversário da Carta de 1988
Guilherme Oliveira, da Agência Senado
Publicado em 5/10/2017
Constituinte iniciada em 1987 foi a primeira a
contar com propostas e a presença física do povo
No vocabulário político do Brasil, o rótulo “Constituição
cidadã” incorporou-se à Constituição Federal de 1988, não apenas como uma
divisa utilizada solenemente nas referências ao texto promulgado para marcar
aquele que foi um dos grandes passos da redemocratização. O lema associou-se à
Carta Magna como um sobrenome, dado logo no seu nascimento e confirmado por
ocasião do batismo, na convicção de que se vinculava à própria essência e
trajetória da Carta.
Compreensível, portanto, que o aposto tenha se
popularizado. O Brasil contabiliza oito constituições em sua história de país
independente, já que à autoritária emenda constitucional de 1969 é conferido o
status de arcabouço constitucional próprio. Com tantas “irmãs mais velhas”, a
Constituição de 1988 necessitava mesmo de uma qualificação que a distinguisse.
A
Carta
Jefferson
- “Boa carta comunica, que há um ser de infinito
poder Que restaura modifica, e enriquece e faz florescer E o impossível faz
acontecer”
Vejo a pluma as folhas, a mão do destro escritor
Vejo vidas e decretos, escritas pelo criador Vejo homens alterando, os
parágrafos que ele pensou Vejo Deus sendo traído, pelo bichinho que criou Nossa
vida é a carta, que o gentio para pra ler Comunica a mensagem, que na terra se
vem a trazer Nossa história é feita punho, escrita por Deus senhor Testifica
bom testemunho,se cheia de luz em meio ao labor Não queira ditar ao destro
escritor, ele sabe o que escrever Não queira mudar o tema do autor, com final que
você não quer ler Não queira ditar ao destro escritor, ele sabe o que escrever
Não queira mudar o tema do autor, com final que você não quer ler Com um final
que você não quer ler É relato mais é carta, é preciso paz interior A história
fica mais linda, escrita por Deus escritor Boa carta comunica, que há um ser de
infinito poder Que restaura modifica, e enriquece e faz florescer E o
impossível faz acontecer o testemunho o entrar e sair O ir e vir é a carta que
comunica aos homens de onde se vem Pra onde se vai o preço a pagar e o fim a se
ter Ei você ai a sua carta comunica o que? Céu ou o abismo? É notório nossa
carta, as almas sedentas do bem O final é você quem escolhe, mas só Deus
escritor pode ir além Deus escrito pode ir além Não queira ditar ao destro
escritor, ele sabe o que escrever Não queira mudar o tema do autor, com final
que você não quer ler Não queira ditar ao destro escritor, ele sabe o que
escrever Não queira mudar o tema do autor, com final que você não quer ler Com
um final que você não quer ler
Thomas
Jefferson
- "A aplicação das leis é mais importante que a
sua criação."
Quem foi Thomas Jefferson, nome completo, nascimento
e morte, presidente dos EUA, Independência dos Estados Unidos, História, frases
Thomas Jefferson: o 3º presidente dos EUA
Nome Completo
Thomas Jefferson
Quem foi
Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos
Estados Unidos. Ele foi o autor principal da Declaração de Independência dos
Estados Unidos. Sua profissão era advogado. Seu mandato como presidente foi de
4 de março de 1801 a 4 de março de 1809.
Nascimento
Thomas Jefferson nasceu na cidade de Shadwell
(Estados Unidos) em 13 de abril de 1743.
Morte
Thomas Jefferson morreu na cidade de Monticello
(Estados Unidos) em 4 de julho de 1826.
Principais realizações e atividades
- Foi o principal criador da Declaração de
Independência dos Estados Unidos.
- Foi governador do estado da Virginia entre os anos de 1779 e 1781.
- Foi embaixador dos Estados Unidos na França entre os anos de 1785 e 1789.
Principais realizações como presidente dos Estados
Unidos
- Compra da Louisiana da França;
- Revogou vários impostos federais.
Frases
- "Cuidar da vida humana e da felicidade, e não
de sua destruição, é a primeira e única meta do bom governo."
- "Vivemos mais dos sonhos do futuro do que dos planos do passado."
- "A aplicação das leis é mais importante que a sua criação."
Thomas
Jefferson
Político norte-americano
‘Grande defensor da Independência, em 1774 escreveu
“A Summary View of the Rights of British America”
Foi escolhido para redigir a Declaração da
Independência, que foi assinada no dia 4 de julho de 1776.’
Por Dilva Frazão
Biografia de Thomas Jefferson
Thomas Jefferson (1743-1826) foi o terceiro
presidente dos Estados Unidos, exercendo dois mandatos entre 1801 e 1809. Foi o
redator do texto da Declaração da Independência.
Tomás Jefferson (1743-1826) nasceu em Shadwell,
Virgínia, Estados Unidos, no dia 13 de abril de 1743. Filho de Peter Jefferson
e Jane Randolph ficou órfão de pai aos 14 anos de idade, herdando uma vasta
extensão de terras. Formou-se em Direito em 1767, exercendo a advocacia durante
sete anos. Nessa época casou-se com a viúva Martha Wayles Skelton.
Iniciou-se na política colonial em 1769, quando foi
eleito para a Câmara dos Burgueses. Nessa mesma época iniciou a construção de
“Monticello”, uma residência em estilo palladiano, que hoje é Patrimônio
Mundial da Humanidade.
Grande defensor da Independência, em 1774 escreveu
“A Summary View of the Rights of British America”, onde defendeu que o
Parlamento britânico não tinha qualquer direito de governar as colônias,
alegando que eram independentes desde sua fundação.
Em 1775, foi nomeado delegado da Virgínia, para o
segundo Congresso Continental. Foi escolhido para redigir a Declaração da
Independência, que foi assinada no dia 4 de julho de 1776. Durante a Guerra da
Independência, voltou para Virgínia, onde foi eleito governador para a
legislatura de 1779 e 1781.
Thomas Jefferson exerceu a carreira diplomática na
França, em 1784, como assessor do embaixador Benjamin Franklin. No ano seguinte
assumiu o cargo de Embaixador, permanecendo na França, entre 1785 e 1789. De
volta aos Estados Unidos, em 1790, foi nomeado Ministro do Exterior na
presidência de George Washington.
Com sérias divergência em política econômica e
exterior com o Ministro da Fazenda, Alexander Hamilton, fez surgir duas correntes
partidárias: o Partido Federalista e o Partido Democrático Republicano.
Em 1796, Thomas Jefferson candidatou-se à
presidência da república, perdendo para Johm Adams, passando então a exercer a
vice-presidência, conforme a lei em vigor. Em 1780 foi novamente candidato,
sendo eleito o terceiro presidente dos Estados Unidos, exercendo dois mandatos
seguidos, entre 1801 e 1809. Foi o primeiro presidente do partido
Democrata-Republicano.
A prioridade de seu governo foi o desenvolvimento do
país. A principal realização foi a aquisição do vasto território da Louisiana,
comprado à França em 1803, duplicando a área dos Estados Unidos. Reeleito em
1804, procurou evitar que o país fosse envolvido nas guerras napoleônicas e
defendeu os direitos marítimos, como uma nação neutra. Após cumprir o segundo
mandato, retirou-se da vida pública indo morar em Monticello. Seu último grande
feito foi a fundação da Universidade da Virgínia, onde foi o primeiro reitor.
Thomas Jefferson faleceu em Monticello, Virgínia,
Estados Unidos, no dia 4 de julho de 1826, no quinquagésimo aniversário da
Declaração da Independência dos Estados Unidos.
Referências
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0810200826.htm
http://mundovelhomundonovo.blogspot.com.br/2016/06/as-duas-esquerdas.html
https://www.facebook.com/jornaldopovao.sjdr/posts/1181567965308121
https://www.facebook.com/jornaldopovao.sjdr/posts/1181567965308121
http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2018/01/roberto-freire-desfacatez-criminosa-do.html?m=1
www.folha.com.br/082811
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0810200826.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj03109801.htm
https://www12.senado.leg.br/noticias/infograficos/2017/10/30-anos-da-constituicao-cidada
https://youtu.be/_wXUjRNJeno
https://www.suapesquisa.com/quemfoi/thomas_jefferson.htm
https://www.ebiografia.com/thomas_jefferson/
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