Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 28 de fevereiro de 2023
A nova ordem econômica global e o Brasil
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Rubens Barbosa* - A nova ordem econômica global e o Brasil
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O Estado de S. Paulo.
São muitas as suas consequências negativas sobre o País. Estarão elas sendo levadas em conta pelo atual governo com visão estratégica?
Em termos econômicos, desde o fim da 2.ª Guerra, em 1945, o liberalismo se impôs, com a redução do papel do Estado e a força do livre-comércio e com a criação do FMI, do Banco Mundial e do Gatt (depois Organização Mundial do Comércio – OMC). A globalização, que aproximou países, empresas e pessoas, possibilitou a proliferação de acordos comerciais e o estabelecimento de cadeias produtivas baseadas na eficiência. O fim da URSS, em 1991, com a nova ordem baseada numa única superpotência, a entrada da China na OMC, em 2001, e a realocação das cadeias produtivas para a China confirmaram a ordem liberal.
A volta da China como potência econômica e comercial global trouxe o elemento geopolítico à cena econômica. Com Donald Trump, em 2017, são introduzidas medidas restritivas dos EUA contra a China, começam o esvaziamento da OMC e a perda de força das regras multilaterais de comércio. Essa tendência é agravada pela pandemia e, mais recentemente, pelo conflito Rússia/Ucrânia e pelas tensões entre China e Taiwan, acelerando a configuração de uma nova ordem econômica.
A nova ordem econômica mostra que a eficiência na definição de políticas econômicas é substituída por objetivos de segurança, soberania e poder. Evidências disso são o ataque ao livre-comércio, a negociação de acordos comerciais regionais (não bilaterais), a realocação das cadeias produtivas, o crescente número de restrições comerciais por razões políticas e a busca de autossuficiência.
A globalização passa por importantes ajustes com a descentralização das cadeias de produção, o aumento dos subsídios e do custo do transporte e a desorganização e os altos preços nos mercados agrícola e energético. Considerações sobre meio ambiente e mudança de clima passaram a ter impacto sobre as negociações comerciais. O nacionalismo, representado pelo fortalecimento das economias domésticas para conseguir uma autonomia soberana em áreas consideradas estratégicas, e a definição de novas políticas industriais nos EUA afetaram diretamente o liberalismo e o livre-comércio, gerando tensões, com impactos globais. O populismo fortaleceu o intervencionismo protecionista. Considerações de poder com base na segurança nacional passaram a influir na aplicação de controle de exportações como arma política, a exemplo das sanções, que incluíram, entre outras coisas, a limitação do comércio dos semicondutores, a retirada de empresas chinesas da Bolsa de NY e o congelamento de reservas.
Assim, a emergência da China e da Ásia como eixos de poder econômico, a disputa com os EUA e a guerra na Ucrânia podem levar a uma nova guerra fria, em outras bases, com divisão do mundo (Ocidente/Eurásia) não em função de disputa ideológica ou militar, mas econômica, tecnológica e comercial.
Em resumo, a nova ordem econômica está baseada na segurança de abastecimento, e não no just in time; na realocação das cadeias produtivas; na segurança energética; no controle de investimentos; na formação de blocos regionais; na utilização da moeda como arma geopolítica; e no mundo com crescimento reduzido e alta inflação.
Qual o impacto da nova ordem sobre o Brasil? Colocando a casa em ordem, com políticas econômicas que respondam com eficiência aos desafios internos de aumento da produtividade e competitividade, e com uma visão pragmática em relação às transformações econômicas e políticas que estão ocorrendo, poderíamos ser um dos beneficiários das novas circunstâncias internacionais.
A emergência da China e da Ásia, sob o aspecto econômico, foi muito favorável aos produtos agrícolas brasileiros que encontraram novos mercado e preços elevados, tornando o Brasil um dos três maiores exportadores mundiais de alimentos. A realocação das cadeias de produção poderá abrir oportunidades para o Brasil em nível regional, com investimentos em áreas de nosso interesse. O mercado de carbono, com a adequada proteção do meio ambiente, em especial da Floresta Amazônica, poderá representar ganhos financeiros significativos para empresas e para o País.
Este é o pano de fundo quando se diz que o mundo mudou, coincidindo com o início do novo governo. São muitas as consequências negativas da nova ordem econômica sobre o Brasil. Estarão elas sendo levadas em conta pelo atual governo com visão estratégica? Como enfrentar o enfraquecimento do multilateralismo, com a perda de relevância da OMC, deixando países como o Brasil sem proteção jurídica para o desrespeito das regras internacionais? Como enfrentar as restrições comerciais políticas, os altos custos, as transformações tecnológicas com o 5G e a inteligência artificial? Como serão respondidas as restrições às exportações brasileiras, sobretudo pela política ambiental em relação à Amazônia, assim como aquelas em razão da aprovação de nova regulamentação europeia de desmatamento? Como reduzir a vulnerabilidade, representada pela concentração das exportações em poucos mercados e produtos, e pela dependência dos semicondutores, fertilizantes e insumos farmacêuticos? E a política para a reindustrialização?
Estamos voltados aos temas do século passado, como a conclusão das negociações do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, o ingresso na OCDE e o financiamento de projetos em países vizinhos. Acorde, Brasil!
*Presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), foi Embaixador em Londres e Washington
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Nas entrelinhas: Desmatamento internacionalizou a Amazônia
Publicado em 28/02/2023 - 12:11 Luiz Carlos AzedoBolívia, Brasília, Comunicação, Economia, EUA, França, Governo, Itamaraty, Macron, Meio ambiente, Memória, Partidos, Peru, Política, Política, Segurança, Venezuela, Violência
O desmatamento durante o governo Bolsonaro virou uma ameaça para o mundo. Seu impacto no aquecimento global é enorme, o que gera forte reação internacional
A visita ao Brasil do enviado especial do governo Biden, John Kerry, para tratar da participação dos Estados Unidos no Fundo Amazônia, coincidiu com o registro de recrudescimentos das queimadas na floresta. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados até 17 de fevereiro um recorde para o período. No encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Itamaraty, Kerry se comprometeu a buscar recursos “vultosos” para o Fundo. Na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Branca, o presidente Joe Biden havia anunciado essa intenção.
Estima-se que essa participação pode chegar a US$ 50 milhões. Segundo a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, o montante será definido numa negociação da Casa Branca com o Congresso americano. O Fundo ficou parado entre 2019 e 2022, no governo Bolsonaro. Depois da posse de Lula, foi reativado e seus recursos liberados pelos doadores, principalmente Noruega e Alemanha. A União Europeia (UE) também pretende colaborar.
O desmatamento da Amazônia durante o governo anterior virou uma ameaça para o mundo, que reage a isso fortemente. Na prática, Bolsonaro “internacionalizou” a Amazônia, cujo impacto no aquecimento global é enorme, por causa das queimadas e derrubadas de árvores. Zerar o desmatamento é a forma mais eficiente e barata de reduzir o aquecimento global e ganhar tempo para a conversão à economia verde. Por exemplo: o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, sábado passado, durante a Feira Internacional Agrícola de Paris, que o acordo entre o Mercosul e a UE pode subir no telhado em razão da questão ambiental.
Na COP27, no Egito, Macron fez dobradinha com Lula, então recém-eleito, com duras críticas ao ainda presidente Bolsonaro. Na verdade, a advertência é dirigida principalmente à Venezuela, que passa a ser pressionada também pelos vizinhos. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai têm interesse no acordo. A França, por causa da Guiana Francesa, se considera “uma potência amazônica”. Macron faz alusão ao centro espacial de Kourou, que hospeda a base de lançamento de foguetes e satélites da Agência Espacial Europeia (ESA). O empreendimento gera tecnologia de ponta e informática, além de empregos.
Situada na costa setentrional da América do Sul, como o Suriname e a República da Guiana, a Guiana Francesa parece mais um território caribenho do que sul-americano. Está isolada do resto do continente pela floresta amazônica, pois é essencialmente povoada na faixa atlântica. O idioma francês e o dialeto créole, também presentes nas Antilhas, não são falados nos países sul-americanos. Por ser uma província francesa, também foi excluída dos tratados entre os países da América do Sul, porém representa a França na Associação dos Estados do Caribe, junto com a Martinica e a ilha da Guadalupe. É um enclave europeu no subcontinente.
Garimpo ilegal
Com 200 mil habitantes, mercado de consumo pequeno e fronteira vulnerável, a Guiana Francesa se manteve isolada, mas agora sofre com os imigrantes ilegais, principalmente garimpeiros brasileiros e peruanos, traficantes colombianos e refugiados haitianos. O Brasil sempre deu mais importância estratégica à cooperação com a Guiana do que a própria França, da qual é um departamento, porque a fronteira de 760km entre os dois países nos torna também vizinhos da UE.
Entretanto, a ponte que ligaria a Guiana ao Amapá, o único estado brasileiro que não tem ligação terrestre com o resto do país, não saiu do papel. A estratégica ligação entre Manaus e Georgetown, sonhada pelos militares nos anos 1970, também não. A ligação com o Suriname, após a construção da estrada de Cayenne ao Oiapoque, porém, virou uma porta aberta para os traficantes colombianos e garimpeiros brasileiros — ou seja, um problema.
As fronteiras entre Brasil, Guiana, Suriname, Venezuela e Colômbia são praticamente virtuais, o que coloca em xeque a soberania efetiva entre esses países, ainda mais depois que a preservação da Amazônia se tornou um problema global. Várias operações foram realizadas pelo governo francês para combater o garimpo ilegal na Guiana Francesa. Entretanto, após cada operação os garimpeiros voltaram.
Em 12 de março de 2010, soldados franceses e policiais de fronteira foram atacados enquanto retornavam de uma operação bem-sucedida, durante a qual prenderam 15 mineiros, confiscaram três barcos e apreenderam 617 gramas de ouro. Os garimpeiros retornaram para recuperar seus saques e colegas perdidos. Os soldados dispararam tiros de advertência e balas de borracha, mas os garimpeiros conseguiram retomar um de seus barcos e cerca de 500 gramas de ouro. A cooperação com a França será fundamental para conter o garimpo ilegal e o tráfico de drogas na Amazônia.
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Moraes: STF tem competência para julgar militares envolvidos no 8 de janeiro | CNN ARENA
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CNN Brasil
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27 de fev. de 2023 #CNNBrasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que a Corte tem competência para julgar militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro. As informações são do analista de política da CNN Caio Junqueira.
ATOS DE 8 DE JANEIRO
MORAES: STF TEM COMPETÊNCIA PARA JULGAR MILITARES
PF pode investigar integrantes das Forças Armadas
28 de fevereiro de 2023
11:01
VIVO
Fonte: CNN BRASIL
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Moraes manda soltar mais 102 golpistas, mas todos terão de usar tornozeleiras
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Marcelo Rocha
Folha
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira que sejam libertados 102 pessoas presas por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Podem voltar a suas cidades de origem, mas terão que cumprir uma série de medidas cautelares, entre eles o uso de tornozeleira eletrônica. Os processos estão sob sigilo, e os nomes dos beneficiados não foram divulgados.
Também não podem se comunicar com outros investigados ou utilizar redes sociais. E têm de se apresentar semanalmente à Justiça.
ASSISTÊNCIA JURÍDICA – O MP-DFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) instaurou procedimento para acompanhar e fiscalizar a prestação de assistência jurídica aos internos nos presídios do DF após as prisões decorrentes dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Grande parte dos detentos, segundo os promotores de Justiça, não tem advogado constituído ou recebeu atendimento apenas em alguma fase da apuração.
A maioria dos acusados segue atrás das grades após 50 dias das primeiras prisões. De acordo com informações da VEP (Vara de Execuções Penais) do DF desta segunda-feira (27), são 910, sendo 605 homens e 305 mulheres.
OUTROS ACUSADOS – Existem 26 presos alocados em unidades prisionais especiais em razão de prerrogativas, caso do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, de ex-comandantes da PM e de advogados.
A Justiça informou ainda que 343 pessoas, liberadas mediante o uso tornozeleira eletrônica, são monitoradas pelas autoridades distritais. Para um grupo de 119 investigados, o acompanhamento foi transferido a outros estados, locais de origem dos manifestantes.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ao menos 1.420 pessoas foram presas em flagrante nos dias 8 e 9 de janeiro ou durante as operações deflagradas pela Polícia Federal nas semanas seguintes.
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Moraes determina que STF deve julgar militares por atos em Brasília
Ministro autorizou a instauração de investigação para apurar eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas
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ANNA JÚLIA LOPES
27.fev.2023 (segunda-feira) - 19h48
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta 2ª feira (27.fev.2023) que é competência da Corte processar e julgar os crimes durante os atos de vandalismo no 8 de Janeiro, independentemente se os investigados são civis ou militares.
Moraes também autorizou a instauração de uma investigação pela PF (Polícia Federal) para apurar eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas e da Polícia Militar do Distrito Federal. Eis a íntegra da decisão (180 KB).
O texto diz que operação realizada pela PF (Polícia Federal) mostrou possível participação e “omissão” dos militares do Exército Brasileiro, responsáveis pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e pelo Batalhão da Guarda Presidencial. Na decisão, Moraes reforça que “absolutamente todos” os envolvidos serão responsabilizados pelos atos de vandalismo que resultaram na invasão da Praça dos Três Poderes e afirma que a Justiça Militar é responsável por julgar “crimes militares”, e não “crimes de militares”, o que justifica o julgamento de integrantes das Forças Armadas ser de responsabilidade da Suprema Corte.
“O Código Penal Militar não tutela a pessoa do militar, mas sim a dignidade da própria instituição das Forças Armadas”, declarou o magistrado em sua decisão.
Segundo o ministro, a competência do Supremo Tribunal Federal para presidir os inquéritos que investigam os crimes do 8 de janeiro não diferencia funcionários públicos civis ou militares.
8 DE JANEIRO
Por volta das 15h do domingo de 8 de janeiro, bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
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Veja a depredação dentro do Congresso Nacional; Veja a depredação dentro do Palácio do Planalto; Veja a depredação dentro do Supremo Tribunal Federal.
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Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF. Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Assista pela 1ª vez vídeos dos ataques ao STF no 8 de janeiro..
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Poder360
autores Anna Júlia Lopes redatora
https://static.poder360.com.br/2023/02/decisao-alexandre-de-moraes-8-de-janeiro-militares.pdf
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Ao rechaçar eventual alegação de competência da Justiça Militar para processar os eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças em 8 de janeiro, o ministro afirma que o Código Penal Militar “não tutela a pessoa do militar, mas sim a dignidade da própria instituição das Forças Armadas”, conforme já decidido pelo STF ao definir que a Justiça Militar não julga “crimes de militares”, mas “crimes militares”.
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Moraes manda abrir investigação sobre os militares em atos golpistas de 8 de janeiro
Publicado em 27 de fevereiro de 2023 por Tribuna da Internet
Moraes, retratado por Cícero (Arquivo Google)
Mariana Muniz
O Globo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu nesta segunda-feira investigação sobre a participação de militares da Polícia Militar do Distrito Federal e das Forças Armadas nos ataques golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. O ministro também disse que cabe ao Supremo julgar militares eventualmente envolvidos.
Na avaliação do magistrado, o julgamento sobre integrantes das Forças Armadas eventualmente envolvidos nos atos golpistas não é da competência da Justiça Militar.
DISSE MORAES – “Fixo a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar os crimes ocorridos em 8/1/2023, independentemente de os investigados serem civis ou militares e defiro a representação da Polícia Federal e autorizo a instauração de procedimento investigatório para apuração de autoria e materialidade de eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas e polícias militares relacionados aos atentados contra a democracia que culminaram com os atos criminosos e terroristas do dia 8 de janeiro de 2023”, diz Moraes na decisão.
Entre os nomes, há PMs da ativa e da reserva, além de integrantes das Forças Armadas e um bombeiro suspeito de financiar os ataques antidemocráticos
Segundo a Polícia Federal, os policiais militares ouvidos indicaram “possível participação/omissão dos militares do Exército Brasileiro, responsáveis pelo Gabinete de Segurança Institucional e pelo Batalhão da Guarda Presidencial”.
COMPETÊNCIA DO STF – Na decisão, Moraes afirma que a competência do STF para a condução dos inquéritos sobre a apuração de crimes contra o Estado Democrático de Direito, atos terroristas, golpe de Estado e ameaça “não distingue servidores públicos civis ou militares, sejam das Forças Armadas, sejam dos Estados (policiais militares)”.
Ao rechaçar eventual alegação de competência da Justiça Militar para processar os eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças em 8 de janeiro, o ministro afirma que o Código Penal Militar “não tutela a pessoa do militar, mas sim a dignidade da própria instituição das Forças Armadas”, conforme já decidido pelo STF ao definir que a Justiça Militar não julga “crimes de militares”, mas “crimes militares”.
“Nenhuma das hipóteses definidoras da competência da Justiça Militar da União está presente nessa investigação, pois os citados artigos do Código Penal Militar não se confundem com a responsabilidade penal prevista pela Lei 13.260/16 ou pelos tipos penais anteriormente citados e tipificados no Código Penal, em especial aqueles atentatórios ao regime Democrático, notadamente porque os crimes investigados não dizem respeito à bem jurídico tipicamente associado à função castrense”, aponta.
FORA DA JUSTIÇA MILITAR – Por isso, segundo o ministro Alexandre de Moraes, inexiste competência da Justiça Militar da União para processar e julgar militares das Forças Armadas ou dos Estados pela prática dos crimes ocorridos em 8 de janeiro.
Entre os crimes apontados por Moraes como eventualmente cometidos pelos militares estão atos terroristas, ameaça, perseguição, dano, incitação ao crime, incêndio majorado, associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O ministro tomou a decisão em um requerimento feito pela Polícia Federal, que ouviu policiais militares durante as investigações sobre os atos golpistas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Alexandre de Moraes está certíssimo. Os militares envolvidos, não importa a patente ou a função, têm de ser julgados pelo Supremo, porque se trata de crimes contra o Estado de Direito e não de crimes meramente militares. Essa diferenciação já tinha sido feita pela ministra Maria Elizabeth Rocha, do Superior Tribunal Militar. Ou seja, não há controvérsias jurídicas a esse respeito, mas os militares vão protestar e resistir muito. Podem apostar. (C.N.)
Tribuna da Internet
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
POLÍTICA, A COISA QUE É
"Bronca é livre. Queixa política é livre. Bronca é uma coisa. Queixa é outra."
Política
A palavra “política” faz menção a tudo que está vinculado ao Estado e sua administração, mas definições modernas defendem que política é meramente o exercício do poder.
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Uma prática comum de políticos é o ato de discursar em público, buscando, principalmente, conquistar eleitores.
https://brasilescola.uol.com.br/politica
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Queixa é livre, mas ameaçar ministro do STF de morte, não, diz Barroso
Fevereiro 23, 2023
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Ministro afirma que a "naturalização da mentira" tem sido usada como arma política e defende regulamentação das redes sociais
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As cenas que a TV mostra agora superam em horror a própria maldade.
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Flávio Tavares* - Quando o passado chega ao presente
O Estado de S. Paulo
Nunca é demais relembrar o golpe militar de 1964, apontando diferenças e semelhanças em relação ao 8 de janeiro de 2023
Passado mais de um mês dos atos de terror vandálico de 8 de janeiro em Brasília, é necessário voltar àqueles acontecimentos para que a memória histórica não se apague. Somos um país desmemoriado e, por isso, volto às profundezas dos atos que buscavam criar o caos para propiciar uma “intervenção militar”, como os baderneiros apelidaram o golpe de Estado.
Assim, nunca é demais relembrar o golpe militar de 1964, que instituiu uma ditadura que durou 21 anos no Brasil, apontando diferenças e semelhanças.
Comecemos pelas diferenças. Em 1964, o golpe foi produto da “guerra fria”, instigado pelo governo dos Estados Unidos, como se comprova com a documentação que apresento em meu livro 1964 – O Golpe. Agora, o governo Biden foi o primeiro a pronunciar-se contra as intenções do vandalismo de 8 de janeiro.
Como um todo, o Brasil em 1964 era mais atrasado em pensamento e visão de mundo. As desigualdades sociais eram tidas como “invenção comunista”, ainda que milhões de nordestinos famintos rumassem a São Paulo e ao Sudeste em busca de emprego.
Hoje, a insistência de Jair Bolsonaro sobre o “perigo” de que o atual governo “implante o comunismo” soa como anedota de bêbado.
O espírito e as ações derivadas da “guerra fria” dominavam o mundo naquele 1964 e se sobrepunham, em cada país, aos problemas e às soluções locais. Hoje, as mudanças climáticas são a grande ameaça e nenhum governo se atreve a negá-las.
Por que, então, o vandalismo em Brasília nos preocupa e faz relembrar 1964?
Será porque os baderneiros tiveram cobertura militar ao acamparem em frente ao QG do Exército em Brasília? Ou porque entraram livremente no Palácio do Planalto, sem que o Batalhão da Guarda Presidencial sequer tentasse impedir o assalto? Ou porque concentrar milhares de pessoas numa passeata recorda o desfile da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que em 1964 pedia o golpe?
A diferença é que nas marchas de 1964 todos desfilavam em paz, exercendo o direito de protesto. Até gritavam, no direito de berrar, mas sem o vandalismo que, em 2023, marcou a insânia terrorista do dia 8 de janeiro.
Existe, no entanto, uma diferença fundamental com 1964. Agora, todos os meios de comunicação – dos jornais às revistas, do rádio à televisão – rejeitam o golpe e criticam o terror dos baderneiros. As cenas de vandalismo apresentadas por diferentes redes de TV são algo a não esquecer como ameaça não apenas às instituições democráticas, mas ao próprio estilo de vida de cada um de nós. Até o dia 8 de janeiro, jamais havíamos visto no Brasil o ódio transformar-se em atitude política individual.
As cenas de destruição nas sedes dos Três Poderes em Brasília mostraram uma turba enfurecida, recrutada País afora por meio das invencionices e mentiras das redes sociais para destruir o que encontrasse à frente.
Em 1964, parte dos meios de comunicação acompanhou a posição dos partidos políticos que, no Congresso, se opunham ao governo e admitiam até a sua destituição. Alguns foram além dos limites da liberdade de expressão, como o jornal carioca Correio da Manhã, que chegou a dar a senha do golpe num furioso editorial de primeira página.
Agora, chama a atenção o fanatismo implantado em parte da população e que os bolsonaristas cultivam alimentando o ódio e nos dividindo em dois grupos em guerra. É normal que a política desperte paixões, mas é anormal que leve ao ódio destrutivo e ameaçador de 8 de janeiro.
Além disso, as cenas brutais, mostradas na TV, de milhares de indígenas Yanomamis envenenados pelo mercúrio dos garimpeiros ilegais buscando ouro nos rios amazônicos transforma-se na nova versão de um genocídio. Não importa sequer se genocídio implica plano prévio de extermínio de um grupo (como na Alemanha de Hitler contra os judeus), mas sim os efeitos e resultados. Tal qual os judeus na Alemanha, os Yanomamis não cometeram crime algum, mas são desprezados – num desprezo que se transforma em perseguição, unicamente por serem indígenas.
Os rios amazônicos continuarão envenenados pelo mercúrio dos garimpeiros por mais de um século. Não bastará que a sociedade brasileira, como um todo, derrote nas urnas os adeptos do horror, porque isso não limpará os rios da Amazônia do mercúrio que polui as águas nem devolverá cabelo às crianças indígenas escalpeladas pela contaminação.
As cenas que a TV mostra agora superam em horror a própria maldade.
O terror vandálico de 8 de janeiro em Brasília, por outro lado, desatou uma perigosa aceitação tácita de tudo o que venha do governo de Lula da Silva. O vandalismo bolsonarista foi tão horripilante que poderá, até mesmo, nos fazer perder a visão crítica do que faça o atual governo lulista, se repetir as fraudes do tempo passado em que nos governou.
Que cada um, portanto, esteja vigilante para que o horror não volte ao presente, mesmo disfarçado de benigno.
*Jornalista, escritor, Prêmio Jabuti de Literatura 2000 e 2005, Prêmio APCA 2004, é professor aposentado da Universidade de Brasília
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Observatório de Clima e Saúde - Fiocruz
Porto Velho | Observatório de Clima e Saúde
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Rondônia retoma medidas restritivas e decreta toque de recolher
Passa a valer no domingo e vai até dia 26
Visa conter colapso do sistema de saúde
29 cidades voltam para as fases 1 e 2...
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Capital de Rondônia, Porto Velho. O Estado já contabiliza 1.993 mortes por coronavírus Reprodução/Site/Governo de Rondônia PODER360 16.jan.2021 (sábado) - 13h51...
https://www.poder360.com.br/brasil/rondonia-retoma-medidas-restritivas-e-decreta-toque-de-recolher/
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Porto Velho, RO - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse, nesta quarta-feira (22), que a queixa política é livre, mas ameaçar ministros de morte não é liberdade de expressão. Barroso participa nesta semana de um evento que discute os rumos da era digital, promovido pela Unesco, braço de educação da ONU, em Paris.
Em entrevista exclusiva à CNN, Barroso falou que não é difícil separar o que é crime do que é opinião, questão que está no centro do debate sobre regulamentação.
“A bronca é livre, a queixa política é livre. Se alguém disser que o STF é muito ruim, que essa é a pior composição da história do STF, tem todo o direito. Mas se alguém disser ‘vamos invadir o Supremo e tirar aqueles ministros de lá à força e se possível matá-los’, isso evidentemente não é liberdade de expressão. Portanto, é relativamente fácil distinguir o que é uma opinião do que é uma ameaça, um crime”.
Barroso usou outros exemplos para ressaltar que em alguns casos a opinião deixa de ser ingênua e pode causar prejuízos.
“Se alguém quiser dizer na internet que querosene é bom para curar a Covid, essa não é uma desinformação neutra ou ingênua, ela pode matar as pessoas. […] Eu entendo que em situações concretas pode haver dificuldade de determinar o certo ou não, mas para isso existe o Poder Judiciário, para fazer uma ponderação das circunstâncias em jogo.”
O ministro afirmou que a democracia corre risco diante do surgimento de teorias da conspiração e da propagação de desinformação. Em sua visão, o mundo passa por um processo de “naturalização da mentira”, que é usada como arma política.
“Você não pode, por exemplo, dizer ‘eu tenho prova de que houve fraude nas eleições’ se não tiver. A naturalização da mentira não é algo aceitável em uma sociedade civilizada e não pode ser uma estratégia política. A mentira é simplesmente um comportamento antiético, o problema não é nem político, é moral”, frisou.
Regulamentação das redes
Barroso ressaltou que existe um consenso global de que é preciso regulamentar as grandes plataformas de redes sociais, que permitem que extremistas circulem mentiras e destruam reputações.
Sobre como realizar essa regulamentação na prática, ele disse que não há um papel para um único ator e que governo, empresas e sociedade civil devem trabalhar juntos.
O ministro também disse que as plataformas devem ter mecanismos, por meio de seus algoritmos, para remover de forma imediata certos conteúdos ilícitos. Mas que dependendo do tipo de conteúdo, medidas diferentes devem ser adotadas, sendo que os casos mais nebulosos devem ser definidos por decisão judicial.
“Eu acho que há situações em que as plataformas devem remover de ofício, independentemente de provocação; situações em que deve remover mediante mera notificação privada e há situações em que devem remover mediante decisão judicial”, disse.
Ele admitiu, porém, que a discussão deixa muitas dúvidas e existe uma “larga zona de penumbra” entre o que é claramente ilegal e legal.
8 de Janeiro
O ministro do STF já havia falado anteriormente que os ataques de 8 de Janeiro em Brasília não foram um fato isolado, em sua opinião, mas um processo construído anteriormente, a partir da disseminação de discursos de ódio.
Questionado se ele considera que as redes sociais tiveram alguma responsabilidade sobre os ataques, respondeu de forma afirmativa.
“Que elas [as grandes plataformas] serviram como veículo, não há dúvida. Tem que haver um comportamento mais proativo de plataformas para evitar que elas sejam veículos para circulação de crimes”, afirmou Barroso.
Fonte: CNN Brasil
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1
Que coisa é a Política
O termo “Política”, em qualquer de seus usos, na linguagem
comum ou na linguagem dos especialistas e profissionais, refere-se ao
exercício de alguma forma de poder e, naturalmente, às múltiplas
conseqüências desse exercício.
Toda maneira pela qual o poder é exercido se reveste de grande
complexidade, às vezes não aparente à primeira vista. Por exemplo, se
o governo decreta um novo imposto, esse ato não consiste numa
decisão que “vai e não volta”. Ao contrário, a criação de um novo
imposto, cuja decretação constitui obviamente um ato de poder, ou
seja, um ato político, é precedida, conforme o caso, por uma série de
outros atos em que tomam parte diversos detentores de alguma
espécie de poder, tais como governantes, técnicos, assessores,
grupos de interesse, indivíduos ou entidades influentes e assim por
diante. E também se desencadeia uma inter-relação entre a “fonte do
poder” (a que criou e implantou o imposto) e os submetidos a esse
poder (os que, direta ou indiretamente, são afetados pelo imposto).
Basta pensar um pouco para ver como qualquer ato de poder é
complexo e cheio de implicações. E é este o terreno da Política.
Definir a Política apenas como algo relacionado ao poder não
chega a ser satisfatório. Se pensarmos bem, veremos que a frase “a
Política tem a ver com o exercício do poder” não quer dizer muita coisa,
principalmente porque há inúmeras dificuldades para que se saiba o que é
“poder”. Que significa “ter poder”? Não pode ser simplesmente estar
investido em algum cargo, pois acontece com freqüência que os ocupantes
de um cargo qualquer se submetam à vontade de outras pessoas, não
ocupantes de cargo algum — as chamadas eminências pardas. Não basta,
também, usar expressões como “carisma” ou “magnetismo” ou “poder do dinheiro”, pois isto tampouco explica muita coisa, ou não explica coisa
alguma.
E, pior ainda, o poder só pode ser visto, sentido, avaliado, ao
exercer-se. Para usar uma comparação fácil, a situação é como a que
existe antes do jogo entre um grande time de futebol e um clubezinho do
interior. O time grande tem poder de sobra para vencer os desconhecidos
obscuros da cidade pequena. Não obstante, pode ocorrer que, num jogo
decisivo, o poderoso perca. Claro que não é uma coisa normal, é uma
exceção explicável de mil formas. Mas acontece, da mesma maneira que
em situações equivalentes na vida social, na coletividade, na
administração pública. Ou seja, é em ação que se analisa o poder. É no
processo, na inter-relação, não na elaboração intelectual abstrata. Antes,
tudo está sujeito a fatores no mais das vezes imprevisíveis. Assim é
também, em tudo, o jogo disso que chamamos vagamente de “poder”.
Portanto, devemos procurar outros elementos que tornem nosso
conceito de Política mais preciso. Os americanos, muito práticos,
costumam dizer que “o poder é a capacidade de influenciar o
comportamento das pessoas”. Isto ainda não explica o que vem a ser o
tal poder, pois apenas troca uma palavra ou outra — ficamos no ar sobre o
que seria essa “capacidade”. Mas ajuda a entender que, se a Política tem a
ver com o poder e se o poder visa a alterar o comportamento das pessoas,
é evidente que o ato político possui dois aspectos que aparecem de
pronto: a) um interesse; b) uma decisão. Raciocinemos da seguinte
forma:
a) se alguém deseja influenciar ou modificar o comportamento das
pessoas, esse alguém tem um interesse que deseja ver
implementado pela modificação pretendida, seja ele ditado por
conveniências pessoais, de grupo, religiosas, morais etc;
b) o objetivo configurado pelo interesse só pode ser conseguido por
uma decisão que efetivamente venha a alterar o comportamento
das pessoas — seja esta decisão imposta, consensual, de maioria
etc.
Podemos assim tornar mais confortável e manobrável nosso conceito de Política. Neste caso, a Política passa a ser entendida como um processo
através do qual interesses são transformados em objetivos e os objetivos
são conduzidos à formulação e tomada de decisões efetivas, decisões que
“vinguem”. O termo “poder” é claro, continua a ter utilidade, mas já
sabemos que ele é enganoso e vago. O que interessa é o desenrolar do
jogo, acompanhado de seu resultado. Em linguagem mais formal, o que
interessa é o processo de formulação e tomada de decisões.
Para trocar em miúdos tudo isto, pode-se afirmar que a Política
tem a ver com quem manda, por que manda, como manda. Afinal,
mandar é decidir, é conseguir aquiescência, apoio ou até submissão. Mas
é também persuadir. Não se trata, como já foi dito, de um processo
simples, e ninguém pode alegar compreendê-lo integralmente, apesar dos
esforços dos estudiosos, que há milhares de anos vêm tentando dissecá-lo,
analisá-lo e categorizá-lo. Em toda sociedade, desde que o mundo é
mundo, existem estruturas de mando. Alguém, de alguma forma, manda
em outrem; normalmente uma minoria mandando na maioria. Este fato
está no centro da Política.
Agora temos condição de arrumar mais claramente nossas
idéias. A Política fica então vista como o estudo e a prática da
canalização de interesses, com a finalidade de conseguir decisões. Isto
já foi chamado de arte, com razão. Pois a Política requer um talento
especial de quem a pratica, uma sensibilidade especial, um jeito
especial, uma vocação muito marcada. É, portanto, uma arte.
Isto já foi chamado de ciência, o que também é verdade. Pois é
possível sistematizar cientificamente o que se observa e infere a
respeito de como os homens se conduzem em relação ao poder. Não
deixa de ser, por outro lado, um departamento da filosofia, pois
haverá sempre lugar para indagações filosóficas como “por que
alguém tem que mandar e alguém tem que obedecer”, “o homem é
mau ou será a vida em sociedade que o faz assim”, “o homem
precisa de um governo forte ou não” e dezenas de outras, que podem
parecer banais, mas têm inenarrável importância para o destino da
humanidade.
A Política também é, naturalmente, uma profissão, pois afinal
é por meio dela que nos governamos, que ordenamos nossa vida em
coletividade. Nenhum homem pode assumir sua humanidade fora de
uma estrutura social, ainda que mínima. E nenhuma estrutura social
pode existir sem alguma forma de processo político. Assim, a Política
terminou por tornar-se uma profissão, a profissão dos que se
dedicam a influenciar, de diversas maneiras e em vários níveis, a
condução da sociedade em que vivem, seja por iniciativa própria, seja
representando outros interesses.
Enfim, a presença da Política em nossa existência desafia
qualquer tentativa de enumeração. Porque tudo pode — e deve, a
depender do caso — ser visto sob um ponto de vista político. É
impossível que fujamos da Política. E possível, obviamente, que
desliguemos a televisão, se nos aparecer algum político dizendo algo
que não estamos interessados em ouvir. Isto, porém, não nos torna
“apolíticos”, como tanta gente gosta de falar. Torna-nos, sim,
indiferentes e, em última análise, ajuda a que o homem que está na
televisão consiga o que quer, já que não nos opomos a ele. O
problema é que, por ignorância ou apatia, às vezes pensamos que
estamos sendo indiferentes, mas na verdade estamos fazendo o que
nos convém.
Vimos então que a Política se preocupa (nos diversos enfoques
que pode ter, venha ela como arte ou ciência, teoria ou prática) com o
encaminhamento de interesses para a formulação e tornada de
decisões. Mas esta seca afirmação abstrata, mesmo que bem
compreendida, será suficiente para que tenhamos uma boa idéia do
que é a Política?
https://www.profwilliam.com/2011/07/que-coisa-e-politica-joao-ubaldo.htm
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Under Pressure (feat. David Bowie)
Queen
Pressure, pushing down on me
Pressing down on you
No man ask for
Under pressure
That burns a building down
Splits a family in two
Puts people on streets
Um, ba, ba, be
Um, ba, ba, be
De, day, da
Ee, day, da
That's okay
It's the terror of knowing
What this world is about
Watching some good friends
Screaming: Let me out
Pray tomorrow gets me higher
Pressure on people, people on streets
Day, day, de, mm, hm
Da, da, da, ba, ba
Okay
Chipping around, kick my brains around the floor
These are the days it never rains but it pours
Ee, do, ba, be
Ee, da, ba, ba, ba
Um, bo, bo
Be, lap
People on streets
Ee, da, de, da, de
People on streets
Ee, da, de, da, de, da, de, da
It's the terror of knowing
What this world is about
Watching some good friends
Screaming: Let me out
Pray tomorrow gets me higher
Higher
High
Pressure on people, people on streets
Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
But it's so slashed and torn
Why, why, why?
Love, love, love, love, love
Insanity laughs, under pressure we're breaking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance
Why can't we give love?
Give love, give love, give love
Give love, give love, give love
Give love, give love
'Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care for
The people on the edge of the night
And loves dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Under pressure
Pressure
Composição: Roger Taylor / John Deacon / Freddie Mercury / David Bowie / Brian May
domingo, 26 de fevereiro de 2023
PULGA ATRÁS DA ORELHA
Já podeis, da Pátria filhos,
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Beethoven: String Trio in G major, Op. 9 No.1
https://www.youtube.com/watch?v=NxPBvrijuMQ
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Marco Aurélio Nogueira* - Uma montanha a escalar
O Estado de S. Paulo
O novo governo está forçado a escalá-la. Nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio
Já era para estar soprando um vento de otimismo e esperança, depois do inferno que foram os anos Bolsonaro. A vitória de Lula nas eleições do ano passado mostrou que parte importante da sociedade deseja experimentar outros caminhos. A expectativa de que se abriria uma nova era governamental impulsionou os votos recebidos por Lula, obtidos tanto por seu carisma quanto pela força do PT e pelo apoio de inúmeros democratas, cientes de que o País se arrastava numa inaceitável aventura reacionária.
Porém, em vez da bonança que se segue aos tempos ruins, uma onda de preocupação e decepção ameaça crescer, misturada com as calamidades deste início de 2023. O 8 de janeiro, a tragédia Yanomami e as chuvas catastróficas no litoral norte de São Paulo consumiram muitos esforços governamentais. O governo Lula mal se distanciou do tiro de largada, caminha em busca de um eixo que o estruture e lhe permita produzir resultados. Necessita de tempo, foco e determinação. O problema é que os cidadãos e o País estão com pressa, querem ingressar em outra etapa.
Não podemos perder o que tem havido de positivo. O aumento do salário mínimo, a correção do Imposto de Renda, o relançamento do programa habitacional, o ajuste das bolsas de estudo e pesquisa, a proteção aos Yanomamis, a nova atitude nas relações internacionais e na política ambiental, a valorização do pacto federativo são iniciativas que merecem elogios e fazem a diferença. Ocorre que não estão sendo assimiladas pela opinião pública.
A discrepância se vincula ao hiato que existe entre as instituições e os cidadãos. Há muita descrença na política, no governo, na gestão pública. Parte disso deriva do ambiente tóxico criado pelo bolsonarismo, outra parte decorre da reprodução de uma cultura antipolítica, que não é exclusividade nossa. A democracia se reafirma como valor no mundo todo, mas não há país que esteja a aplaudir o funcionamento do sistema democrático real. No Brasil em particular, a impressão é de que o Congresso, o Poder Executivo e o Judiciário estão desconectados da sociedade, distantes das pessoas e surdos às suas expectativas. A opinião social refratária à política se derrama por toda parte.
O governo, por sua vez, ainda não ajustou seus ponteiros. Não mostrou seus planos e diretrizes. Tem-se sustentado pela reiteração de uma nova narrativa, que não está sendo oferecida com um mínimo de conteúdo programático. Em vez de dizer o que pretende, o governo se consome em apontar os culpados pelas mazelas sociais do País. É uma manobra que tem limitações. Perdese tempo precioso em descobrir os infiltrados bolsonaristas, por exemplo, sem que se possa garantir que seus substitutos serão indicados por critérios técnicos razoáveis.
É preciso mesmo combater as toxinas bolsonaristas e os golpistas de plantão, mas é ainda mais indispensável que a voz governamental faça a devida distinção entre seus opositores. Reunir em um único bloco todos os adversários – os bolsonaristas-raiz, os democratas moderados, passando pelo mercado, pelas “elites” e pelos “ricos” – termina por reproduzir uma polarização que só provoca turbulência e agitação, empatando a ação político-administrativa.
O novo governo está forçado a escalar uma montanha. Ele nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio. Para poder atuar no Congresso, por exemplo, precisa se entregar à política miúda, às negociações, aos cálculos eleitorais e ao apetite voraz dos agentes políticos, quer dizer, precisamente àquilo que mais horroriza a opinião pública. A política miúda, embora seja indispensável, não costuma formar consensos consistentes, destes que oxigenam qualquer governo que pretenda inaugurar uma nova política. Não funciona como ferramenta de convencimento público.
A narrativa de combate – que aparece em falas do presidente e em manifestações formais do PT – é boa para vitaminar militantes partidários e apoiadores de primeira hora. Não promove, porém, o diálogo com os democratas e a pacificação do País, especialmente quando ecoa desconectada da apresentação do rumo buscado pelo governo. Funciona, sobretudo, como um expediente escapista, que cria obstáculos magnificados para explicar a deficiência de formulação programática.
Confrontar o Banco Central e os juros altos em nada contribuiu, por exemplo, nas últimas semanas, para dar densidade à discussão sobre a realidade econômica e fiscal do País. Ao contrário, criou atritos desnecessários, que só serviram para passar a sensação de que todo o problema nacional estaria na economia, o que é, evidentemente, uma bobagem.
Retóricas combativas fazem parte da política. Soltas no ar, porém, não ajudam a que se formem apoios que deem estabilidade e propulsão a governos reformadores. Palavras ardentes não substituem ações concretas, do mesmo modo que uma retórica de confrontação não dispensa a capitalização inteligente dos feitos e das possibilidades governamentais.
*Professor titular de Teoria Política da Unesp
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Thomas Mann mostrou como se deve tratar um fascista
https://www.revistabula.com/59164-thomas-mann-mostrou-como-se-deve-tratar-um-fascista/
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Josias de Souza - Caso Pazuello mostra que bordão 'sem anistia' precisa chegar aos militares
23.mai.2021
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Sabia-se que o Exército mentia quando enfiou o processo administrativo contra Eduardo Pazuello embaixo de um sigilo centenário sob a alegação de que precisava proteger informações de caráter pessoal do general.Está registrado nos noticiário da época.penitenciária brasileira ganhou contornos de um Fla-Flu.rras são as evitadas.
A quebra do segredo confirmou a suspeita de que a bolsonarização de Pazuello era apenas parte do detrito.O que se desejava esconder era o lixão da anarquização das"minhas Forças Armadas".Foi"bloqueado" pelos moradores de média e alta renda.Por uma emboscada da sorte, o plano de reeleição de Bolsonaro deu com os burros n'água.O que está em jogo não é apenas o futuro de Robinho.Ao optar por burros mais secos, o eleitor autorizou Lula a levantar os tapetes do antecessor.Alega-se até hoje que não haveria saneamento básico para recepcionar os moradores.Verificou-se que anarquia da participação de um general da ativa em manifestação política teve aval superior." A posição brasileira é certa e inócua.
Avisado sobre a indisciplina de Pazuello, o então comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, consentiu.O número de mortos da penúltima tragédia sobe em ritmo de conta gotas.O crime é gravíssimo.Foi promovido por Bolsonaro ao posto de ministro da Defesa.Colunistas do UOL A exposição da lambança com cem a nos de antecedência tem duas serventias: 1) A provável prole de Laurinha, a filha de Bolsonaro com Michelle, livrou-se do vexame de descobrir, num futuro remoto, que vovô reincorporou os militares brasileiros à idade da Pedra Lascada.Há carne e osso nessa estatística.2) O Brasil ganhou de presente a oportunidade transformar o futuro, esse espaço gasoso e impreciso do calendário, em algo mais concreto.A Constituição proíbe que brasileiros natos sejam extraditados.Isso só ocorrerá se o bordão"sem anistia" for estendido às fardas que flertaram com a fraude hermenêutica segundo a qual as Forças Armadas seriam instituições com poderes para moderar quase tudo na República, exceto o próprio tacape.Essas pessoas passaram a existir justamente quando não existem mais.Colunistas do UOL A Rússia se apoia na China, que prega a paz ao mesmo tempo que enxerga no conflito uma oportunidade para tentar separar governos europeus dos Estados Unidos, com quem Pequim trava uma guerra comercial.
Costuma-se dizer que Bolsonaro comprou generais no varejo, mas não conseguiu instrumentalizar as Forças Armadas no atacado.Admitindo-se essa hipótese como verdadeira, o pedaço isento das forças faria um favor a si mesmo se percebesse algo simples: ninguém fica bem passado apenas por ser empurrado para dentro do óleo quente, mas por permanecer na frigideira.O litoral norte de São Paulo é apenas mais um capítulo da tragédia que se repete a cada verão.Alheio à polêmica, Robinho exibe sua impunidade na Baixada Santista como se nada tivesse sido comprovado contra ele na Itália.Bolsonaro acedeu o fósforo.Mas os militares entraram em processo de autocombustão voluntariamente.Não vão se mudar do sopé dos morros para a praia.Acumularam-se evidências de que oficiais da ativa e da reserva tornaram-se cúmplices das delinquências de Bolsonaro.Nele, um jogador de futebol brasileiro que participou de três Copas do Mundo é retratado como um predador sexual, acusado de estupro.Visitará o líder chinês Xi Jinping no final de março.
Aconteceu na gestão cloroquínica da pandemia, na terceirização da soberania da Amazônia ao crime organizado, na deformação do feriado de 7 de Setembro, nas moticiatas, nos comícios, no questionamento ao sistema eleitoral e num inesgotável etcétera.A abundância garante a reposição.Foi nesse caldeirão de perversões institucionais que fervilharam as ideias gosmentas que levaram multidões às portas dos quarteis para pedir uma intervenção militar contra o resultados das urnas.A gosma escorreu até os prédios dos Três Poderes.Um país inteiro teria que fechar os olhos para salvar um estuprador da cadeia.No 8 de janeiro, militares negligenciaram a proteção da sede da Presidência.No dizer de Lula,"abriram as portas" do Planalto para o vandalismo.** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL As mais lidas agora.
Depois, acionaram blindados para impedir que a polícia prendesse em flagrante os responsáveis pelo quebra-quebra, que buscaram refúgio no portão do quartel-general.As detenções foram postergadas para o dia seguinte, quando parte da falange bolsonarista já havia escapado.Nesse contexto, o levantamento do sigilo que mantinha o caso Pazuello atrás de um véu diáfano de proteção é a parte mais fácil do trabalho.Para que o serviço seja completo, será necessário responder a duas perguntas singelas: 1) Quando e como serão punidos os militares que se acumpliciaram com Bolsonaro? 2) Que Forças Armadas a democracia brasileira deseja ter? Está claro que Bolsonaro não conseguiu virar a mesa.Mas ainda não está suficientemente esclarecido o que se pretende obter com os militares que Lula escolheu, junto com o ministro José Mucio (Defesa), para se sentar ao redor da nova mesa.
Pior: falta disposição parea retirar as fardas antidemocráticas que continuam embaixo da mesa.Desbolsonarizou-se o Planalto.Foram afastados dos arredores do novo presidente mais de uma centena de militares.Os suspeitos de negligência no 8 de janeiro saíram de fininho.Os civis da intentona estão submetidos aos rigores da caneta de Alexandre de Moraes.
Os fardados frequentam"investigações preliminares" do Ministério Público Militar.Para os paisanos, a cadeia preventiva.Sem anistia.Para as fardas, a transferência da vitrine para o fundo da loja.Sem esculacho.
- Receba os novos posts desta coluna O presidente Jair Bolsonaro discursa em um comício no Rio de Janeiro, Brasil, em 23 de maio de 2021, ao lado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Manifestação foi marcada pelo descumprimento do isolamento social e outras medidas de combate à covid-19. Imagem: ANDRE BORGES / AFP SÓ PARA ASSINANTES Josias de Souza Colunista do UOL 25/02/2023 10h44 no seu e-mail CADASTRAR Sabia-se que o Exército mentia quando enfiou o processo administrativo contra Eduardo Pazuello embaixo de um sigilo centenário sob a alegação de que precisava proteger informações de ca... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/02/25/caso-pazuello-mostra-que-bordao-sem-anistia-precisa-chegar-aos-militares.htm?cmpid=copiaecola
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“Pulga atrás da orelha “… burros n’água, burros mais secos, ‘trocando em miúdos’ “É simples assim: um manda o outro obedece.”
https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/02/25/caso-pazuello-mostra-que-bordao-sem-anistia-precisa-chegar-aos-militares.htm
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Trocando Em Miúdos
Francis Hime
Cifra: Principal (violão e guitarra) Favoritar Cifra
Ouça "Trocando Em Miúdos"
no Amazon Music Unlimited (ad)
Tom: A
[Intro] A7M A7 A7/6 D7M Dm7
A7M A7 A7/6 D6 Dm6
A7M A7 A7/6 D7M
Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Dm7
Não me valeu
A7M A7 A7/6 D6
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim?
Dm6
O resto é seu
Am9 Am/G F#m7(5-)
Trocando em miúdos, pode guardar
F7M Am
As sobras de tudo que chamam lar
Am/G F#m7
As sombras de tudo que fomos nós
B7 E7M
As marcas de amor nos nossos lençóis
E7(9-) A7M
As nossas melhores lembranças
A7 D7M
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Dm7
Pode esquecer
A7M A7 A7/6 D6
Aquela aliança, você pode empenhar
Dm6
Ou derreter
Am9 Am/G F#m7(5-)
Mas devo dizer que não vou lhe dar
F7M Am
O enorme prazer de me ver chorar
Am/G F#m7 B7
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
F#m7 B7 Bm7 E7 Bm7 E7
Meu pei__to tão dilacerado
A7M
Aliás
A7 A7/6 D7M
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Dm7
Pro aluguel
A7M A7 A7/6 D6
Devolva o Neruda que você me tomou
Dm6
E nunca leu
Am9 Am/G F#m7(5-)
Eu bato o portão sem fazer alarde
F7M Am
Eu levo a carteira de identidade
Am/G F#m7(5-)
Uma saideira, muita saudade
F7M Am9 Am
E a leve impressão de que já vou tarde
Composição de Chico Buarque / Francis Hime
https://www.cifraclub.com.br/francis-hime/trocando-em-miudos/
https://www.youtube.com/watch?v=LH1Q8gWMTnM
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Como se diz “Ficar com uma Pulga Atrás da Orelha” em inglês?
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A expressão que estudaremos hoje, aparece no primeiro livro sobre o personagem Sherlock Holmes, intitulado A Study in Scarlet. No trecho, o detetive Tobias Gregson diz o seguinte:
I began to smell a rat. You know the feeling, Mr. Sherlock Holmes, when you come upon the right scent — a kind of thrill in your nerves.
Eu comecei a ficar com uma pulga atrás da orelha. Você conhece a sensação, Sr. Sherlock Holmes, quando você encontra a pista certa — um tipo de adrenalina nos seus nervos.
A expressão é smell a rat (literalmente, “farejar um rato”), e quer dizer “suspeitar de alguma trapaça ou engano”. Smell a rat é, portanto, equivalente a “ficar com a pulga atrás da orelha”. Agora, para manter esse vocabulário, você deve ter contato regular com ele. Como fazer isso de maneira simples e fácil? Através das frases de exemplo abaixo, junto ao Anki. Veja o tutorial completo do Anki para saber em detalhes.
Abaixo seguem os exemplos da expressão smell a rat.
https://www.mairovergara.com/como-se-diz-ficar-com-uma-pulga-atras-da-orelha-em-ingles/
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Alunos colam cartazes informando a ocupação do prédio da Reitoria na Ilha do Fundão (Foto: Lívia Torres / G1)
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Gm A7 Dm
Depois que eu me chamar saudade
Dm7/C E7/B
Não preciso de vaidade
A7 Dm
Quero preces e nada mais
Composição de Guilherme de Brito / Nelson Cavaquinho
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Esse texto de 1998 pode ajudar Procuradores, Presidente da República e Ministros nas suas futuras escolhas. Poderão, quem saberá, ter em Fernando Henrique Cardoso, Roberto Freire, César Maia e Cristovam Buarque, Consultores contemporâneos e ainda vivos. Da parte de Paulo Renato, Aloísio Teixeira e Horácio Macedo só poderão esperar luzes, nada mais, com Nelson Cavaquinho. Sub-reitores na UFRJ passaram a se chamar Pro-reitores. Aviso aos navegantes. E que o chiste “com a pulga atrás da orelha” 👇 seja adotado por todos, se possível, com a ‘ética da responsabilidade’. Ab. 👇
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff18079825.htm
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EDUCAÇÃO
Movimento que quer renúncia do reitor da UFRJ diz ter 6.000 assinaturas incluindo a de 3 candidatos ao governo do Rio
Reitor não pode continuar, dizem diretores
da Sucursal do Rio
Decanos de cinco dos seis centros de ensino da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) disseram ontem no Rio que o novo reitor da universidade, José Henrique Vilhena, não tem condições políticas de ficar no cargo.
"Ele até pode não renunciar, mas não conseguirá governar. Está claro que a comunidade universitária não o apóia. Não entendemos a obstinação dele em insistir em ser reitor", disse Carlos Lessa, decano (diretor geral) do CCJE (Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas).
Apesar de o nome de Vilhena figurar em terceiro lugar na lista tríplice enviada pela universidade ao presidente Fernando Henrique Cardoso, ele foi nomeado como o novo reitor da UFRJ.
A decisão provocou uma crise na universidade, já que é tradição ser escolhido o candidato mais votado pelo colégio eleitoral -nesta eleição, o professor Aloísio Teixeira.
Nomeado há 11 dias, Vilhena ainda não conseguiu trabalhar na reitoria porque o prédio está ocupado por estudantes.
Dos seis decanos da UFRJ, apenas Carlos Alberto Messeder, decano do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas), não aderiu ao movimento que pede a renúncia de Vilhena. Segundo os decanos, das 47 unidades da UFRJ, 39 apóiam o movimento.
Para endossar o pedido de renúncia de Vilhena, os organizadores do movimento têm um documento com 6.000 assinaturas, entre elas a de três candidatos ao governo do Estado do Rio: Anthony Garotinho, do PDT, Lúcia Souto, do PPS, e Cyro Garcia, do PSTU.
Cesar Maia, candidato pelo PFL, também apóia o movimento.
Eles esperam ser convidados pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza, para levar o documento e discutir a solução da crise na universidade.
Anteontem, Vilhena foi recebido pelo ministro e, no encontro, conseguiu a liberação de R$ 4,8 milhões para a UFRJ. "Esse dinheiro não resolve o problema orçamentário da universidade. É um recurso ingênuo parecido com a cesta de alimentos oferecida aos flagelados", disse Lessa.
Vilhena anunciou que pretende usar o dinheiro liberado por Paulo Renato para pagar a conta de luz, atrasada há quase dois anos, e para obras nos hospitais universitários.
A dívida com a Light é de R$ 6 milhões, dos quais serão pagos R$ 2,7 milhões, o suficiente para tirar a UFRJ do Cadastro de Inadimplentes (Cadin) do governo.
"A possibilidade de pagar a conta de luz da universidade, que é uma das mais importantes do país, não pode depender de uma relação de confiança, que parece existir entre o ministro e Vilhena", disse Lessa.
Os decanos informaram que a forma de resistir à nomeação de Vilhena será manter as unidades funcionando, já que cada uma tem sua própria estrutura administrativa. Mas admitem que, "quando seus recursos orçamentários acabarem, haverá uma situação limite, que só poderá ser resolvida pelo ministro da Educação".
São Paulo, sábado, 18 de julho de 1998
FOLHA DE S.PAULO cotidiano
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Guilherme Amado
Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari
Lula mantém estratégia da “pulga atrás da orelha” em disputa pela PGR
Candidatos correm por fora, sem saber se Lula irá considerar lista tríplice
Natália Portinari
25/02/2023 6:00, atualizado 24/02/2023 20:27
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prédio da PGR/MPF em BrasíliaAntonio Augusto / Secom / PGR
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O presidente Lula tem mantido a estratégia de, como ele próprio afirmou, deixar uma “pulga atrás da orelha” sobre se irá respeitar a lista tríplice na sucessão na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Durante as gestões petistas, a lista tríplice de indicações elaborada por integrantes do Ministério Público Federal (MPF) foi respeitada na escolha do PGR. Lula, porém, não garante que vá fazer o mesmo agora.
Em conversas recentes com procuradores, integrantes do Executivo têm garantido que os nomes da lista serão levados em consideração pelo presidente. Eles dão a entender, porém, que se nenhum dos três indicados agradar, Lula deve optar por outra pessoa.
A estratégia é de não se comprometer a seguir as indicações, mas prometer que irá levá-las em conta como opções.
Na disputa pela lista, provavelmente estarão os subprocuradores Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e José Adonis Callou de Araújo. Há uma eleição interna entre procuradores do MPF para fechar os nomes.
Enquanto isso, outros procuram se tornar o candidato de Lula “por fora”. O subprocurador Antônio Carlos Bigonha, crítico da atuação do MPF na Lava Jato, tem procurado membros do Executivo para viabilizar seu nome.
O subprocurador Paulo Gonet, próximo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, também faz campanha.
Para escolher o atual PGR, Augusto Aras, Jair Bolsonaro quebrou a tradição da lista tríplice. Naquele ano, 2019, os escolhidos na lista foram Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.
https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/lula-mantem-pulga-atras-da-orelha-em-disputa-pela-pgr
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👆Deputado Chico Alencar, professor de História da UFRJ e Revisor Técnico Ildeu de Castro, professor do Instituto de Física, também da UFRJ, estão próximos ao poder e, igualmente, eram do movimento em 1998. Dos saudosos professores Luiz Pinguelli Rosa, e nosso Joel Teodósio, apenas luzes, da mesma forma!
***
'A expressão popular «estar/ficar/andar com a pulga atrás da orelha» (ou na orelha) significa «estar/ficar/andar com grande desconfiança ou preocupação; ter suspeitas de algo ou de alguém». Se o que entende por «ficar com dúvida» equivaler a «duvidar/desconfiar» de algo ou de alguém, o sentido é adequado.'
'Sandra Antunes Professora de Português Brasil '
in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa,
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I Think I Smell a Rat
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Oh I think I smell a rat
Oh I think I smell a rat
All you little kids
Seem to think you know
Just where it's at
Oh I think I smell a rat
Walking down the street
Carrying a baseball bat
Oh I think I smell a rat
Oh I think I smell a rat
Oh I think I smell a rat
All you little kids
Seem to think you know
Just where is at
Oh I think I smell a rat
Using your mother and father
For a welcome mat
Oh I think I smell a rat
https://www.youtube.com/watch?v=vZiJ1sXp0yc
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O palhaço e o psicanalista: Como escutar os outros pode transformar vidas Capa comum – 30 maio 2019
Edição Português por Christian Dunker (Autor), Cláudio Thebas (Autor)
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Se de médico e louco todo mundo tem um pouco, de psicanalista e palhaço todo mundo tem um pedaço. Christian Dunker e Cláudio Thebas abordam neste livro, com bom humor e profundidade, um tema comum para ambos os ofícios: como escutar os outros? Como escutar a si mesmo? E como a escuta pode transformar pessoas? Mesclando experiências, testemunhos, casos e reflexões filosóficas, os autores compartilham o que aprenderam sobre A ARTE DA ESCUTA, um tema tão urgente no mundo atual, onde ninguém mais se escuta. Alguns temas abordados: Sete regras para ser melhor escutado / Os quatro agás da escuta / A potência do silêncio / Simpatia não é empatia / Como construir para si um órgão de escuta / Cuidado ou controle / A arte cavalheiresca de escutar uma reunião / Educados para a solidão silenciosa / Competir ou cooperar? / Três perguntas mágicas A arte de perguntar / Fala que eu não te escuto / Maneiras práticas de domesticar o abominável que existe em você / Escutando classes, gêneros, raças e outras diversidades / A escuta em ambiente digital / Escutando chatos, fascistas e outros fanáticos / O líder escutador / A coragem e o desejo de escutar /
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Regulação das redes sociais deve ter três níveis, diz Barroso à CNN | CNN 360º
CNN Brasil
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23 de fev. de 2023 #CNNBrasil
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (23), em Paris, onde participa do fórum da Unesco, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que a discussão sobre regulação das redes sociais é “o oposto da censura” e tem como objetivo proteger a liberdade de expressão.
https://www.youtube.com/watch?v=8sjBmq22I4M
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Fala
Secos & Molhados
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O começo:
versão do palhaço
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Eu não sei dizer nada por dizer, então eu escuto…
SECOS E MOLHADOS, “Fala”, 1973.
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“Mário e o Mágico”.
Thomas Mann
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Pequena obra de arte do autor de A montanha mágica, a novela Mário e o mágico retrata – a partir das atitudes cruéis de um obscuro ilusionista – o gérmen do fascismo na Europa do século XX.
Apresentação
Mário e o mágico: Uma experiência trágica de viagem Capa dura – 16 fevereiro 2023
por Thomas Mann (Autor), José Marcos Macedo (Tradutor), & 2 mais
Pequena obra de arte do autor de A montanha mágica, a novela Mário e o mágico retrata ― a partir das atitudes cruéis de um obscuro ilusionista ― o gérmen do fascismo na Europa do século XX.
Irritabilidade, raiva e um humor peculiarmente malicioso caracterizam as férias em família do narrador de Mário e o mágico em Torre di Venere, na Itália. A inquietação dos personagens aumentará pela presença do infausto Cipolla, um ilusionista cuja performance é aterrorizar e humilhar seu público, subjugando-o à sua própria revelia. Em um ataque direto à dignidade humana, a apresentação encontra sua vítima perfeita no garçom Mário, que deve se submeter às vontades do mágico sem restrições ― até que uma tragédia se instaura.
Esta novela de Thomas Mann pode ser considerada como uma das primeiras obras da literatura mundial a captar com precisão aspectos fundamentais da mentalidade que propiciou o alastramento do fascismo no século XX, ecoando sua vigorosa advertência toda vez que se delineia, ainda hoje, a ameaça de um novo Cipolla.
https://www.amazon.com.br/M%C3%A1rio-m%C3%A1gico-experi%C3%AAncia-tr%C3%A1gica-viagem/dp/6559213994
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Cavaliere: ‘genopio’ ou ‘laracida’?
Com a pandemia se misturando ao pandemônio, com quase 700 mil mortes, a palavra genocida voltou à tona, somando-se ao sentimento popular de que a política é o espaço preferencial do larápio. Mesmo quando travestido de mágico e de palhaço.
Publicado em 27/09/2022 // 1 comentário
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Por Ricardo Antunes
Thomas Mann escreveu duas novelas italianas: a primeira, Morte em Veneza, e a segunda, Mario e o Mágico, ambas tendo como cenário a magnífica cidade italiana.
Ao discorrer sobre Mario e o Mágico, Mann afirmou que não lhe agradava ver sua “história ser considerada uma sátira política”, deixando de lado seu “plano artístico”. Foi perseguido, exilado e sua obra se tornou um libelo contra o nazifascismo (Círculo do Livro, de 1973).
Seu principal personagem, Cavaliere Cipolla, era uma “impressionante e nefasta figura”, um “virtuose ambulante”, misto de “artista cômico” e “bobo da corte” dotado de “alguma coisa de anormal em sua conformação”. Nessa criatura – “nem na atitude, nem nos gestos, nem na maneira de se comportar” – via-se a “menor tendência pessoal à brincadeira ou mesmo à palhaçada”. Ao contrário, “exprimia-se com uma gravidade severa, uma recusa de qualquer humor”. Algo estranho a um pretenso cômico, mas bem plausível para um protótipo fascista.
Além da “careta arrogante” e dos “lábios alongados”, o dito-cujo tinha um gestual nada usual que, entretanto, impactava a plateia. Quando fumava, devolvia as tragadas “em turbilhões cinzentos por entre seus dentes pontudos e estragados”. O que não o impedia de ter acolhida em tantos admiradores: “Parla benissimo… O homem ainda não havia feito nada, e seu discurso já era apreciado como um talento”. Um mito!
E em meio aos movimentos tensos que se sucediam em sua ação, ao ser interpelado por um “jovem de cabeleira africana”, vociferou: “Chega de brincadeiras… Não vamos admitir que se zombe da cidade diante de estrangeiros”.
Comandar e obedecer era seu lema: “um só princípio, uma unidade indissolúvel” entre a “ideia de povo e a de chefe”, sendo que a esse cabia “o papel supremo, a tarefa mais árdua e extenuante” de transformar a “vontade em obediência e a obediência em vontade”.
Quando Thomas Mann publicou sua novela (1930), o fascismo de Benito Mussolini já estava no poder, e o nazismo de Adolf Hitler seguia pelo mesmo caminho. Dois experimentos abjetos que estão entre as maiores atrocidades vividas pelo Ocidente. Quase cem anos depois de Mario e o Mágico, ameaça se esparramar como praga em diversas partes do mundo.
No Brasil, os saudosos da ditadura militar saíram dos seus armários putrefatos, difundindo diuturnamente o vírus do ódio. Vale recordar que Mussolini também cultuava as motocicletas. Mais um rude decalque, no qual os ricos brancos saem em debandada, cavalgando no lombo das moto(mili)ciatas, sob os olhares ressabiados de assalariados pobres a exarar uma sábia desconfiança de classe, que deverá decidir as eleições presidenciais.
Com a pandemia se misturando ao pandemônio, com quase 700 mil mortes, a palavra genocida voltou à tona, somando-se ao sentimento popular de que a política é o espaço preferencial do larápio. Mesmo quando travestido de mágico e de palhaço.
Aflora um dilema quase hamletiano: Cavaliere se forjou inicialmente como genocida ou larápio? Ao modo de Frankenstein, uma aglutinação esdrúxula nos ajuda a responder: trata-se de um “genopio” (misto de genocida com larápio) ou de seu inverso, um típico “laracida”?
Neste vídeo para o especial Brasil em disputa, Ricardo Antunes analisa a sucessão de devastações do mundo do trabalho nos últimos anos: a contrarreforma trabalhista, a liberação da terceirização total, a PEC do fim do mundo, a legalização do trabalho intermitente, a carteira verde e amarela e a contrarreforma da previdência. Antunes comenta os desafios para superar essa situação e qual o papel de uma candidatura e de um governo de esquerda.
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Ricardo Antunes é professor titular de sociologia do trabalho na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador da coleção Mundo do Trabalho, da Boitempo. Organizou os livros Riqueza e miséria do trabalho no Brasil (2007), Infoproletários: a degradação real do trabalho virtual (2009) e Uberização, trabalho digital e indústria 4.0 (2020), todos publicados pela Boitempo. É autor, entre outros, de Os sentidos do trabalho (1999, também publicado nos EUA, Inglaterra/Holanda, Itália, Portugal, Índia e Argentina), O caracol e sua concha (2005), O continente do labor, (2011), O privilégio da servidão (2020, edição revista e ampliada), Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado (2020, publicado também na Itália) e Capitalismo pandêmico (2022).
https://blogdaboitempo.com.br/2022/09/27/cavaliere-genopio-ou-laracida/
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sábado, 25 de fevereiro de 2023
AS TESTEMUNHAS
“Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço.” — Paulo.
(HEBREUS, CAPÍTULO 12, VERSÍCULO 1.)
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Beethoven: String Trio in G Major, Op. 9, No. 1 - 3. Scherzo. Allegro
Beethoven: String Trio in G Major, Op. 9, No. 1 - 3. Scherzo. Allegro · Anne-Sophie Mutter · Bruno Giuranna · Mstislav Rostropovich
Beethoven: The String Trios
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Este conceito de Paulo de Tarso merece considerações especiais, por
parte dos aprendizes do
Evangelho.
Cada existência humana é sempre valioso dia de luta — generoso degrau
para a ascensão infinita — e, em qualquer posição que permaneça, a criatura
estará cercada por enorme legião de testemunhas. Não nos reportamos tãosomente àquelas que constituem parte integrante do quadro doméstico, mas,
acima de tudo, aos amigos e benfeitores de cada homem, que o observam nos
diferentes ângulos da vida, dos altiplanos da espiritualidade superior.
Em toda parte da Terra, o discípulo respira rodeado de grande nuvem de
testemunhas espirituais, que lhe relacionam os passos e anotam as atitudes,
porque ninguém alcança a experiência terrestre, a esmo, sem razões sólidas
com bases no amor ou na justiça.
Antes da reencarnação, Espíritos generosos endossaram as súplicas da
alma arrependida, juizes funcionaram nos processos que lhe dizem respeito,
amigos interferiram nos serviços de auxílio, contribuindo na organização de
particularidades da luta redentora... Esses irmãos e educadores passam a ser
testemunhas permanentes do tutelado, enquanto perdura a nova tarefa e lhe
falam sem palavras, nos refolhos da consciência. Filhos e pais, esposos e
esposas, irmãos e parentes consangüíneos do mundo são protagonistas do
drama evolutivo. Os observadores, em geral, permanecem no outro lado da
vida.
Faze, pois, o bem possível aos teus associados de luta, no dia de hoje, e
não te esqueças dos que te acompanham, em espírito, cheios de preocupação
e amor.
76
AS TESTEMUNHAS
http://limiarespirita.com.br/livros/pao_nosso.pdf
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Artigos | Geografia da Palestina: Época de Jesus
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"Também vós Marcos tendes participado dos movimentos decisivos da evolução humana, colaborando paralelamente, na obra ascensional do mundo e na própria iluminação." A Grande Estrela, O Jovem, O Adolescente ('Títulos dados a Jesus, Capítulo 36 nesta obra')
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Eurípedes Barsanulfo - Artur Valadares
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NEPE Paulo de Tarso
13.471 visualizações 27 de jun. de 2020
Palestra online realizada para a Associação Eurípedes Barsanulfo, de Porto Salvo - Portugal, no dia 27/06/2020.
Créditos do vídeo: Associação Eurípedes Barsanulfo
https://www.youtube.com/watch?v=oOdSlZXurD8
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Um avô que ensina um neto
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20 - NOVAS PERSPECTIVAS SOB NUVENS DE INQUIETAÇÕES
Ninguém melhor que Eurípeds compreendeu a posição de humildade, que Jesus escolheu para apoiar o seu ministério de Amor.
EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO CORINA NOVELINO pp. 220-223
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Pelas pessoas a quem tivemos afeição
62. Prefácio. Que horrenda é a ideia do nada! Quão de lastimar são
os que acreditam que no vácuo se perde, sem encontrar eco que lhe responda, a voz do amigo que chora o seu amigo! Jamais conheceram as puras e
santas afeições os que pensam que tudo morre com o corpo; que o gênio,
que com a sua vasta inteligência iluminou o mundo, é uma combinação
de matéria, que, qual sopro, se extingue para sempre; que do mais querido
ente, de um pai, de uma mãe, ou de um filho adorado não restará senão
um pouco de pó que o vento irremediavelmente dispersará.
Como pode um homem de coração conservar-se frio a essa ideia?
Como não o gela de terror a ideia de um aniquilamento absoluto e não
lhe faz, ao menos, desejar que não seja assim? Se até hoje não lhe foi
suficiente a razão para afastar de seu espírito quaisquer dúvidas, aí está
o Espiritismo a dissipar toda incerteza com relação ao futuro, por meio
das provas materiais que dá da sobrevivência da alma e da existência dos
seres de além-túmulo. Tanto assim é que por toda parte essas provas são
acolhidas com júbilo; a confiança renasce, pois que o homem doravante
sabe que a vida terrestre é apenas uma breve passagem conducente a melhor vida; que seus trabalhos neste mundo não lhe ficam perdidos e que
as mais santas afeições não se despedaçam sem mais esperanças. (Cap. IV,
item 18; cap. V, item 21.)
63. Prece. – Digna-te, ó meu Deus, de acolher, benévolo, a prece
que te dirijo pelo Espírito N... Faze-lhe entrever as claridades divinas e
torna-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permite que os bons Espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento.
Tu, que tão caro me eras neste mundo, escuta a minha voz, que te
chama para te oferecer novo penhor da minha afeição. Permitiu Deus que
te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo, porquanto fora querer-te sujeito ainda às penas e sofrimentos da vida.
Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo
mais venturoso no qual me precedeste.
Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa
que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade
que Deus promete aos seus escolhidos. Que a sua bondade me preserve de
fazer o que quer que retarde esse desejado instante e me poupe assim à dor
de te não encontrar, ao sair do meu cativeiro terreno.
Oh! quão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós
mais do que um véu material que te oculta às minhas vistas! de que podes
estar aqui, ao meu lado, a me ver e ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora; de que não me esqueces, do mesmo modo que eu te
não esqueço; de que os nossos pensamentos constantemente se entrecruzam e que o teu sempre me acompanha e ampara.
Que a paz do Senhor seja contigo.
https://febnet.org.br/wp-content/themes/portalfeb-grid/obras/evangelho-guillon.pdf
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O bom humor, a risada, o lazer, a... Drauzio Varella - Pensador
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.Drauzio Varella
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Segure o bom humor.
O seu bom humor é a sua
proteção.
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22. Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos.
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Afaste a tristeza.
A alegria do seu coração
mostra o seu pensar positivo.
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TRIO EM SOL MAIOR
"Naquela noite, fui convidado a tocar música de câmara na casa dos Bucking. Meu anfitrião, editor, era violoncelista; Jacobi, jurista da Universidade de Leipzig e amigo dileto, era um excelente violinista; juntos pretendíamos tocar o Trio em sol maior, de Bethoveen, que eu conhecia bem de minha juventude - em 1920, tocara seu movimento lento nas festas do vestibular de Munique. Mas, desta vez, em meu estado mental delicado, eu sentia medo da música e de conhecer gente nova, de modo que fiquei contente de ver que nossa platéia era pequena. Entretanto, uma das jovens convidadas, em sua primeira visita aos Bucking, conseguiu lançar uma ponte até mim já em nossa primeira conversa e me trouxe de volta da infinita distância em que eu me recolhera. Senti-me novamente pisando em solo firme, e essa sensação fortaleceu-se enquanto continuávamos nossa conversa após a execução do trio. Casamo-nos alguns meses depois e, nos anos que se seguiram, Elisabeth Schumacher iria partilhar de todas as minhas dificuldades e perigos com grande firmeza e coragem. Deu-se um novo início, e pudemos nos organizar para resistir à forte tempestade que se aproximava."
14
A AÇÃO DE CADA UM FRENTE AO DESASTRE POLÍTICO
1937-1941
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
pp.195-210
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Beethoven: String Trio in G Major, Op. 9, Nº.1 — Huang, Coletti, Aznavoorian, Camerata Pacifica
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Camerata Pacifica
14.561 visualizações 6 de jul. de 2020
April 19th, 2019, recorded live in performance at the Music Academy of the West, Santa Barbara CA. Paul Huang, Paul Coletti & Ani Aznavoorian present Beethoven's G Major String Trio, Op. 9, Nº. 1.
http://www.cameratapacifica.org. Camerata Pacifica is a chamber music ensemble based in Santa Barbara that performs a monthly series of concerts in Santa Barbara, Ventura, San Marino, and Zipper Hall in Downtown Los Angeles. Founded by Adrian Spence in 1990, the group is composed of the finest performers of chamber music from around the world. The ensemble is distinctive for artistic excellence, an innovative approach to classical music and a repertoire that ranges from baroque to brand new, from familiar masterworks to works that have yet to become favorites.
https://www.youtube.com/watch?v=9aVX7hD-6Q4
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