sexta-feira, 2 de setembro de 2022

MENTINDO COM O CORPO

O corpo fala. E como falou o de Bolsonaro, Ciro, Lula e Simone na tv Perita em linguagem corporal analisa o desempenho dos principais candidatos a presidente nas entrevistas ao Jornal Nacional Guga Noblat 28/08/2022 8:00,atualizado 28/08/2022 0:04 ***
*** Bolsonaro no Jornal NacionalReprodução/TV Globo *** *** LULAJAIR BOLSONARO VER COMENTÁRIOS https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/o-corpo-fala-e-como-falou-o-de-bolsonaro-ciro-lula-e-simone-na-tv *************************************** *** Saiba quando alguém está mentindo pela LINGUAGEM CORPORAL - Mulheres (01/10/2019) 705.886 visualizações 1 de out. de 2019 Perito explica como identificar verdade ou mentira pela linguagem corporal. #SempreJuntas #SempreMulheres https://www.youtube.com/watch?v=NC_uG9b2ofQ *********************************************** *** Quem foi bem? Especialista em linguagem corporal analisa sabatinas ao Jornal Nacional 2.392 visualizações Estreou há 3 horas O psicanalista, especialista em linguagem silenciosa e criador do canal Não Minta Para Mim, foi o convidado do Papo Antagonista desta sexta-feira (26) com Claudio Dantas para analisar a postura dos candidatos nas sabatinas do Jornal Nacional da TV Globo. -- https://www.youtube.com/watch?v=y8_8IGB4_Z4 **************************************************
*** sexta-feira, 2 de setembro de 2022 Fernando Gabeira - O novo e o estável nas eleições O Estado de S. Paulo Sucessão de pesquisas reforça tendência à estabilidade, e, nelas, ressalto o fato de que 80% dos eleitores parecem já ter decidido seu voto A eleição começou para valer, nas ruas, nas redes, com propaganda e debates na TV. Há muito tempo que observo nela uma característica singular: a tendência à estabilidade nas opções de voto. Claro que coisas novas podem acontecer. Mas os dados que indicam estabilidade são abundantes. O primeiro deles é o fato de estarem em confronto dois nomes populares: Lula e Bolsonaro. Ambos têm um trabalho para mostrar: o de Lula realizado durante oito anos, o de Bolsonaro de 2019 para cá. A tendência é reforçada pela sucessão de pesquisas e, nelas, além da pontuação geral, ressalto o fato de que 80% dos eleitores parecem já ter decidido seu voto. Outro fator que, pela minha experiência, aponta para uma estabilidade: quem está no governo e começa mal tem chances reduzidas de reverter a situação. Quase sempre, nas eleições, candidatos da oposição crescem e ameaçam os governos, porque são ainda desconhecidos e trazem a esperança de fazer melhor. Bolsonaro tentou alterar o quadro: atropelou a lei eleitoral, o equilíbrio das contas públicas e até a própria Constituição. Até o momento, o auxílio emergencial não abalou a estabilidade, no sentido de que não alterou as chances de Bolsonaro ultrapassar seu adversário. Parte da ineficácia eleitoral do artifício parece ser a compreensão das pessoas de que o auxílio não foi realmente destinado a elas, mas sua função é garantir o êxito eleitoral de Bolsonaro. Foi decidido tardiamente e dura só até dezembro. Fatores de estabilidade parecem estar presentes também nas eleições para o Congresso. Aqui, a situação é um pouco diferente: os artifícios são mais eficazes para bloquear a renovação. O fundo eleitoral, de R$ 4,9 bilhões, é totalmente controlado pelas burocracias partidárias, o que deve favorecer os que já têm mandato. Mas talvez o fator mais importante para evitar mudanças seja o próprio orçamento secreto. A divisão de R$ 17 bilhões entre deputados e senadores deu a eles um instrumento poderoso para a vitória nas urnas. Os escândalos em torno dessa massa de dinheiro público espalhado pelo País começam a pipocar. Mas ainda acontecem muito longe dos olhos da grande imprensa: no Maranhão, em Alagoas. Não há tempo para usar este mecanismo como um instrumento eleitoral contra os assaltantes dos cofres oficiais. Apesar de tudo, algumas novidades acabarão abrindo caminho neste campo minado. Uma delas é a força da presença feminina. No debate na Band, as duas mulheres, Simone Tebet e Soraya Thronicke, se destacaram. Bolsonaro sempre se destacou por temer o socialismo. Mas tudo indica que ele teme mais ainda a ascensão das mulheres. Hoje, o eleitorado feminino já é maioria no Brasil. Os velhos hábitos que apontam para uma supremacia masculina já não têm mais espaço. O mais assustador, na cabeça de Bolsonaro, é o fato de que não é um perigo que ele possa rotular como comunista. As duas mulheres são de centro e centro-direita. O tema de combate ao machismo transcendeu aos limites da esquerda. Vou refletir sobre isso em outro momento, mas tudo indica que a sociedade patriarcal corre o risco de desaparecer sem que o próprio capitalismo seja ameaçado. É possível até que se enriqueça com uma utilização mais vasta do talento social disponível. Outras novidades já presentes na sociedade ainda não se apresentaram com força na campanha. A questão ambiental, se levarmos em conta que foi centro do programa de Joe Biden, aparece rapidamente – menções ainda de pé de página. Da mesma forma o racismo, tão presente no cotidiano do Brasil, não foi mencionado nos debates e nas entrevistas. Ainda há muito caminho pela frente. Uma das pesquisas qualitativas divulgadas na imprensa revela que o sentimento de tristeza foi muito comum entre os espectadores do debate. Infelizmente, não há mais dados sobre as causas. Creio, entretanto, que há razões para um certo desalento. A dimensão da crise brasileira parece muito ampla diante da modéstia das ideias apresentadas. Mas isso pode ser também uma decorrência do formato dos debates. Há pouco tempo, perguntas e respostas. A verdade é que as atenções começam a convergir para a escolha dos dirigentes e o Brasil, neste campo, tem razão para algum otimismo. As audiências para o tema político estão aumentando, foi assim com as entrevistas e com o debate, sem contar o fato de que mais de 2 milhões de jovens eleitores se alistaram, apesar de o voto ainda não ser obrigatório para eles. Estamos fazendo esta eleição ao mesmo tempo que comemoramos os 200 anos de independência. Muitos problemas que tentamos resolver na época ainda rondam o País. Um deles é o controle social do Orçamento, presente nas revoltas de fevereiro de 1821 no Rio. Os temas mais consultados no Google, depois do debate, foram orçamento secreto e sigilo de cem anos. Se acrescentarmos ao orçamento secreto e ao sigilo de cem anos o fato de que Bolsonaro não divulga seus gastos pessoais, veremos que as aspirações de transparência que já apareciam no nascimento do País independente ainda não foram resolvidas. Do grito do Ipiranga de Dom Pedro ao Posto Ipiranga de um presidente despreparado, foi um longo caminho ainda não concluído. ********************************************* *******************************************************
*** Nas entrelinhas: Mudança no cenário econômico favorece Bolsonaro Publicado em 02/09/2022 - 06:21 Luiz Carlos AzedoDesemprego, Economia, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Lava-Jato, Memória, Partidos, Política, Política, Religião, Trabalho O eixo da estratégia de Lula é a comparação do seu governo, que alcançou altas taxas de crescimento quando concluiu o segundo mandato, com o fracasso econômico do governo Bolsonaro Recentemente, o jornalista Paulo Markun e a socióloga Ângela Alonso lançaram o documentário Ecos de Junho, em exibição na Netflix, no qual tecem uma linha de continuidade entre as manifestações espontâneas dos jovens brasileiros de 2013 e o desfecho daquele processo antissistema, que levou à eleição de Jair Bolsonaro (PL), cinco anos depois. Havia uma disputa política cujo desfecho foi uma guinada à direita, em 2018, mas que ainda não terminou e, de certa forma, está presente nas eleições deste ano, como uma espécie de ajuste de contas. Grosso modo, essa disputa ocorreu nos quadrantes da ética, da política propriamente dita, da economia e da ideologia, simultaneamente, mas o peso relativo de cada uma dessas variáveis foi se alterando ao longo do processo. No plano da ética, a Operação Lava-Jato foi um fator determinante; na economia, o fracasso da nova matriz econômica; na política, a sua judicialização; e na ideologia, a reação religiosa à revolução de gênero. Bolsonaro se elegeu em 2018 porque conseguiu levar a melhor nessas quatro frentes, ainda que tenha sido favorecido pelo impacto do atentado que sofreu em Juiz de Fora, onde levou uma facada que o deixou entre a vida e a morte. Nas eleições deste ano, a conjuntura é outra, o peso relativo de cada um dos quadrantes se alterou, mas eles continuam sendo variáveis que precisam ser examinadas separadamente e, também, em interação. A Operação Lava-Jato acabou, seus protagonistas estão desgastados e sendo responsabilizados por eventuais abusos de autoridade, a ponto de o ex-juiz Sergio Moro, candidato ao Senado no Paraná, estar em risco de não se eleger. Entretanto, a questão da ética na política não morreu, continua sendo uma variável importante da eleição, que somente não está sendo mais explorada porque não se fala de corda em casa de enforcado. Líder inconteste nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem muita dificuldade de abordar esse tema, que evoca o mensalão, o escândalo da Petrobras, o tríplex de Guarujá e o sítio de Atibaia; Bolsonaro, por causa das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, dos escândalos da Educação e, mais recentemente, do estranho costume familiar de comprar imóveis com dinheiro vivo, também não fica à vontade para falar de corrupção. A tendência é os demais candidatos se beneficiarem do desgaste de petistas e bolsonaristas, que se digladiam nas redes sociais, e que deve ganhar mais peso no debate eleitoral, principalmente Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). A judicialização da política continua sendo um vetor do processo eleitoral, mas numa chave diferente de 2018. Àquela ocasião, o Supremo impediu a candidatura de Lula, que estava com a ficha-suja, por ter sido condenado em segunda instância, o que facilitou a eleição de Bolsonaro; agora, o jogo se inverteu, a condenação de Lula foi anulada e sua candidatura é favorita na disputa, enquanto se arma contra o Supremo uma coalização política interessada em reduzir seus poderes, da qual fazem parte o Executivo, o Legislativo, o Ministério Público Federal e as Forças Armadas. Bolsonaro protagoniza esse processo, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pode ser um interessado nesse projeto. Para quem? Até a semana passada, dizia-se que a economia derrotaria o projeto de reeleição de Bolsonaro, em razão da recessão, da inflação e do desemprego. O eixo da estratégia de Lula é a comparação do seu governo — que alcançou altas taxas de crescimento quando concluiu o segundo mandato, aumentou o salário real dos trabalhadores e transferiu renda às parcelas mais pobres da população — com o fracasso econômico do governo Bolsonaro. Os dados do IBGE desta semana, porém, mostram uma mudança significativa de cenário, com retomada da atividade econômica em torno de 1,2%, queda da inflação e redução da taxa de desemprego a 9%, o que pode dar ao projeto de reeleição de Bolsonaro um gás que até agora não tinha. A disputa de narrativas sobre a economia, obviamente, terá de ser politizada, na base do “melhorou pra quem, cara-pálida?”. Finalmente, a dimensão ideológica. Nas eleições deste, esse quadrante está sendo polarizado pela reafirmação da questão democrática pela sociedade civil, que se contrapôs ao projeto iliberal de Bolsonaro. Entretanto, no debate eleitoral, a questão dos costumes ainda tem muito protagonismo, principalmente em decorrência do alinhamento da maioria dos líderes evangélicos com Bolsonaro. O presidente da República capturou o sentimento de defesa da integridade da família unicelular patriarcal, desde 2018. Em contrapartida, Lula, que se identifica com o lugar de fala dos movimentos de gênero, indígena e negro, não pode assumir as pautas identitárias como principais bandeiras de campanha eleitoral, porque isso poderia lhe custar a eleição. As maiores vantagens estratégicas do ex-presidente são os votos do Nordeste e das mulheres. Bolsonaro trabalha para neutralizá-las. Compartilhe: ************************

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