quarta-feira, 28 de março de 2018

Fraseador


Manoel de Barros: em que acreditar senão no riso?


Heitor Gomes / Fraseador (Manoel de Barros)

FRASEADOR
Manoel de Barros
in, Memórias Inventadas (VII)
Editora Planeta
São Paulo, 2003


Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceu de treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que já decidira o que queria ser no meu futuro. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar, nem doutor de fazer casas, nem doutor de medir terras. Que eu queria ser fraseador.
Meu pai ficou meio vago depois de ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser fraseador e não doutor. Então, o meu irmão insistiu: - "Mas se fraseador não bota alimento em casa, nós temos de botar uma enxada na mão desse menino prá ele deixar de variar".
A mãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas não botou enxada.


Fraseador



Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceu de treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que eu já decidira o que queria ser no meu futuro. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras. Que eu queria era ser fraseador. Meu pai ficou meio vago depois de ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser fraseador e não doutor. Então, o meu irmão mais velho perguntou: Mas esse tal de fraseador bota mantimento em casa? Eu não queria ser doutor, eu só queria ser fraseador. Meu irmão insistiu: Mas se fraseador não bota mantimento em casa, nós temos que botar uma enxada na mão desse menino pra ele deixar de variar. A mãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas não botou enxada.

 Memórias inventadas: a Infância / Manoel Barros. São Paulo: Planeta, 2003.






"Fraseador", de Manoel de Barros #saraunarede

Fraseador




O Fraseador
teatro do bolhão De e com Pedro Lamares”



Bolhão

Bolhão e um substantivo.

O nome ou substantivo é o tipo de palavras cujo significado determina a realidade. Os substantivos denominam todas as coisas: pessoas, objetos, sensações, sentimentos, etc.

O QUE SIGNIFICA BOLHÃO EM PORTUGUÊS



Mercado do Bolhão

O Mercado do Bolhão é um dos mercados mais emblemáticos da cidade do Porto, em Portugal. A sua construção caracteriza-se pela sua monumentalidade, própria da arquitectura neoclássica. Os vendedores no mercado distribuem-se por dois pisos. Existem quatro entradas principais a diferentes cotas: a entrada sul dá acesso ao piso térreo é feito pela Rua Formosa, as entradas laterais pela Rua de Sá da Bandeira e pela Rua Alexandre Braga dão acesso a um patamar intermédio com escadarias que ligam ambos os pisos, e finalmente, a entrada norte pela Rua de Fernandes Tomás, que dá acesso directo ao piso superior. O Mercado do Bolhão é vocacionado sobretudo para produtos frescos, sobretudo alimentares. Os vendedores estão divididos em diferentes secções especializadas, designadamente: zona de peixarias, talhos, hortícolas e florais. Na parte exterior do edifício existem lojas de outras variedades, como vestuário, cafetaria, perfumarias, tecidos, etc. O edifício do mercado foi homologado como imóvel de interesse público em 22 de Fevereiro de 2006. Em 2013 foi classificado como monumentos de interesse público.




13 falas de Lula que revelam seu verdadeiro caráter

“O ex-presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), perdeu a chance de ficar calado em momentos de pura infelicidade.”




transverberar
verbo
1.
transitivo direto
deixar passar (cor, luz etc.); refletir.
"a vidraça transverberava a iluminação da rua"
2.
intransitivo
traspassar um meio; transluzir.
"através das árvores, a claridade solar transverberava na floresta"
3.
transitivo direto e pronominal
mostrar(-se) claramente; manifestar(-se), revelar(-se).
"seu rosto transverberava felicidade"
Origem
ETIM lat. transverbĕro,as,āvi,ātum,āre 'perfurar de lado a lado'





Manuel Bandeira - O Lutador [Poema] 

“Leitura de "O Lutador", poema de Manuel Bandeira, encontrado no livro "Belo belo", publicado pela Global Editora - @GlobalEditora


Buscou no amor o bálsamo da vida, 
Não encontrou senão veneno e morte. 
Levantou no deserto a roca-forte 
Do egoísmo, e a roca em mar foi submergida!


Depois de muita pena e muita lida, 
De espantoso caçar de toda sorte, 
Venceu o monstro de desmedido porte 
— A ululante Quimera espavorida!

Quando morreu, línguas de sangue ardente, 
Aleluias de fogo acometiam, 
Tomavam todo o céu de lado a lado,

E longamente, indefinidamente, 
Como um coro de ventos sacudiam 
Seu grande coração transverberado!







5º Ciclo de conferências | Os poetas pelos poetas: Manoel de Barros: em que acreditar senão no riso?

Referências

https://youtu.be/0p8KVxyYkpw
http://casaderafael.blogspot.com.br/2013/09/fraseador-manoel-de-barros-conto.html
https://youtu.be/TFHyiBsNrmM
https://natrodrigo.wordpress.com/category/manoel-de-barros/
https://youtu.be/rvQYGqUdgSY
https://www.youtube.com/watch?v=rvQYGqUdgSY
https://staticserver2.com/edu/static/pt/800/mercado-do-bolhao.jpg
https://educalingo.com/pt/dic-pt/bolhao
https://youtu.be/B6wN-1ZK17c
https://www.youtube.com/watch?v=B6wN-1ZK17c&feature=youtu.be
https://www.google.com.br/search?q=transverbera%C3%A7%C3%A3o+significado&oq=transverberado!&aqs=chrome.1.69i57j0l5.2838j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8#dobs=transverberar
https://youtu.be/odT-ksqGKoI
https://youtu.be/ryy9QPN8oOs
http://wp.clicrbs.com.br/aldobrasil/files/2010/10/memarias-inventadas-para-crianaas-capia.jpg

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