quinta-feira, 15 de março de 2018

"Por debaixo dos panos"


Apoio a Ciro Gomes na eleição para a Presidência está ganhando força no PT
Março 15, 2018 by Tribuna da Internet
Sérgio Roxo
O Globo



“Argumentam que o mais importante na eleição deste ano é impedir o triunfo de um adversário do outro campo político.”


Por debaixo dos Panos
Ney Matogrosso


 
O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Ou se vou perder
É por debaixo dos pano...(2x)

É debaixo dos pano
Que a gente não tem medo
Pode guardar segredo
De tudo que se vê
É debaixo dos pano
Que a gente fala do fulano
E diz o que convém...

É debaixo dos pano
Que eu me afogo
Que eu me dano
Sem perder o bem...(2x)

O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Ou se vou perder
É por debaixo dos pano...(2x)

É debaixo dos pano
Que a gente esconde tudo
E não se fica mudo
E tudo quer fazer
É debaixo dos pano
Que a gente comete um engano
Sem ninguém saber...

É debaixo dos pano
Que a gente
Entra pelo cano
Sem ninguém ver...(2x)

O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Ou se vou perder
É por debaixo dos pano...

É debaixo dos pano
Que a gente esconde tudo
E não se fica mudo
E tudo quer fazer
É debaixo dos pano
Que a gente comete um engano
Sem ninguém saber...

É debaixo dos pano
Que a gente
Entra pelo cano
Sem ninguém ver...(2x)
Composição: António Barros / Canta Por Debaixo Dos Panos / Cecéu São Os Autores / Ney Matogrosso




Desde tempos imemoriais



Balada do Amor através das Idades
Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigámos, morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos. 

Carlos Drummond de Andrade, in 'Alguma Poesia' 


Brasil
31 Out 1902 // 17 Ago 1987
Escritor/Poeta/Cronista 

Referências

https://youtu.be/QwsJOoBh0gQ
https://www.letras.mus.br/ney-matogrosso/339130/
http://www.tribunadainternet.com.br/apoio-a-ciro-gomes-na-eleicao-para-a-presidencia-esta-ganhando-forca-no-pt/
http://www.citador.pt/poemas/balada-do-amor-atraves-das-idades-carlos-drummond-de-andrade
http://ensinomediodigital.fgv.br/disciplinas/portugues/curso2/aula1/artigos/Balada_do_amor_atraves_das_idades.pdf
http://www.citador.pt/images/autorid00037.jpg

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