Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 11 de janeiro de 2025
LUZ, MAIS LUZ
VIGÁRIO - O juiz pode requisitar força estadual para fazer cumprir a ordem.
ODORICO - Que mande, que mande um batalhão. Melhor até, porque isso vai ferir os brios da população. E aí, com o povo do meu lado, eu vou enterrar o defunto na marra.
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A Sucupira de Odorico e o Brasil contemporâneo
A saga de Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, uma cidade fictícia concebida pela imaginação do dramaturgo Dias Gomes, em busca de um defunto para inaugurar o cemitério da cidade, é o tema central de “O Bem-Amado”. Lançada em 1973, a novela foi a primeira com transmissão colorida na história da televisão brasileira. Em janeiro, essa obra marcante completou cinquenta anos, e é tema de artigo assinado pelo consultor jurídico Mário Montanha Teixeira Filho. Confira a seguir.
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Construção da Usina Cajuru, meados do ano de 1912. Coleção Particular José Afonso Borges.
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Usina Cajuru no ano de 2000. Foto: Carlos Alberto Cerchi, 11 de novembro de 2000. In CERCHI, Carlos Alberto. 2004.
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“Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes.” — Paulo. (1 CORÍNTIOS, 15.33)
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1 A conversação menos digna deixa sempre o traço da inferioridade por onde passou. A atmosfera de desconfiança substitui, imediatamente, o clima da serenidade. 2 O veneno de investigações doentias espalha-se com rapidez. Depois da conversação indigna, há sempre menos sinceridade e menor expressão de força fraterna. 3 Em seu berço ignominioso, nascem os fantasmas da calúnia que escorregam por entre criaturas santamente intencionadas, tentando a destruição de lares honestos; surgem as preocupações inferiores que espiam de longe, enegrecendo atitudes respeitáveis; emerge a curiosidade criminosa, que comparece onde não é chamada, emitindo opiniões desabridas, induzindo os que a ouvem à mentira e à demência.
4 A má conversação corrompe os pensamentos mais dignos. As palestras proveitosas sofrem-lhe, em todos os lugares, a perseguição implacável, e imprescindível se torna manter-se o homem em guarda contra o seu assédio insistente e destruidor.
5 Quando o coração se entregou a Jesus, é muito fácil controlar os assuntos e eliminar as palavras aviltantes.
6 Examina sempre as sugestões verbais que te cercam no caminho diário. Trouxeram-te denúncias, más noticias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia? Observa como ages. Em todas as ocasiões, há recurso para retificares amorosamente, porquanto podes renovar todo esse material, em Jesus-Cristo.
Emmanuel
Texto extraído da 1ª edição desse livro.
74
Más palestras
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Pão Nosso #074 - Más palestras
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NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 20 de dez. de 2022
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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Memorial a Eurípedes em Sacramento
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Nome completo Eurípedes Barsanulfo
Nascimento 1 de maio de 1880
Sacramento, MG
Morte 1 de novembro de 1918 (38 anos)
Sacramento, MG
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Educador, político, jornalista e médium
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A GAZETA DE SACRAMENTO
A dinâmica de trabalho não conhecia cansaços no roteiro do jovem Eurípedes.
Conhecido nos circuitos culturais da cidade por sua participação conscienciosa no Grêmio Dramático Sacramentano, Eurípedes amplia suas atividades no campo da comunicação, criando com a colaboração de José Martins Borges, Leão de Almeida e Prof. Inácio G. Melo a Gazeta de Sacramento, que circulou, provavelmente até 1918.
Esse periódico - o primeiro de Sacramento - era conhecido também nas cidades vizinhas.
O Lavoura e Comércio, de Uberaba, em tiragem especial dedicada ao Município de Sacramento, em 1918, transcreve bem lançado artigo (editorial) inserto na Gazeta de Sacramento.
Corina Novelino
Eurípedes - o Homem e a Missão
p. 46
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O jugo leve</b>.
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1. Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. Mateus, 11:28 a 30.)
2. Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer:
“Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei.”
Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2263/capitulo-vi-o-cristo-consolador/o-jugo-leve
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Palestra ESE - Capítulo VI - Itens 1 e 2 - O Jugo Leve
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Lutar, esforçar-se e nunca se
acomodar é sinal de que sabe
do que é capaz.
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Allan Kardec: quem foi o homem que 'inventou' o espiritismo
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Allan KardecCrédito,Domínio Público
Legenda da foto,Hippolyte Rivail nasceu em família católica e, desde muito jovem, dedicou-se aos estudos, sobretudo de filosofia e ciências
Article information
Author,Edison Veiga
Role,De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
30 setembro 2022
Da maneira como ele entendia, não se tratava de ter "inventado" o espiritismo. Allan Kardec (1804-1869) considerava-se o "codificador" da ideia. Que, para ele, também não era uma religião — mas, sim, uma doutrina, compatível com a religiosidade cristã e, principalmente, com a ciência e a filosofia então preponderantes na Europa do século 19.
Kardec foi o pseudônimo adotado pelo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, notável pedagogo, professor e tradutor, quando resolveu sistematizar as pesquisas — consideradas científicas por ele — sobre fenômenos paranormais e a mediunidade.
Chico Xavier: o médium filho de analfabetos que vendeu 50 milhões de livros
Como Allan Kardec popularizou o espiritismo no Brasil, o maior país católico do mundo
Ele escolheu o nome depois de uma experiência em que um suposto espírito familiar havia lhe revelado uma vida anterior dele entre druidas celtas da região da Gália.
No Brasil, a doutrina espírita kardecista encontrou solo fértil, sobretudo ao longo do século 20. A ponto de, segundo os dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados em 2010, o espiritismo ser considerado a terceira religião com mais adeptos no país, depois do catolicismo e das denominações evangélicas — e, também, dos que declaram não seguir nenhuma religião.
Oficialmente, são mais de 3,8 milhões de praticantes da doutrina em território nacional. "Deu certo por aqui porque o espiritismo, no Brasil, desenvolveu mais o seu lado espiritual, religioso, e aqui já existia, por conta das religiões afro-brasileiras e afro-indígenas e o sincretismo que se fez no ambiente religioso, uma propensão à crença em espíritos, em entidades e seres que interferem cotidianamente na realidade, produzindo infortúnios, curas, bem-estar na população", argumenta o historiador, sociólogo e cientista da religião Marcelo Ayres Camurça, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e autor do livro Espiritismo em Sete Lições.
Em outras palavras, como salienta o pesquisador, no Brasil já hávia uma crença em espíritos anterior à própria chegada do kardecismo. E isso estava presente "em orixás, caboclos e no próprio catolicismo popular". "Quando o espiritismo chega, acontece uma adequação", afirma.
"O espiritismo kardecista encontra solo fértil aqui no Brasil porque a nossa matriz cultural nunca foi eminentemente racionalista, sempre foi mais emotiva e isso desemboca em uma visão religiosa mais mágica", contextualiza o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie. "Nesse sentido, e não há nada pejorativo aqui, lidamos com as questões de uma maneira a partir do pensamento mágico, encantado."
"Somos adeptos de uma religiosidade do encantamento e isso de deve à nossa própria história, baseada na construção da identidade brasileira, com índios, negros e portugueses que viveram durante muito tempo aqui e foram também alimentando esses aspectos. Esse é o caldo de cultura", acrescenta ele.
Moraes acredita que o espiritismo acabou trazendo "uma resposta que agrada as pessoas", com "recompensas que não estão presentes em visões mais deterministas como o cristianismo". "Esse mix transformou de fato o kardecismo numa religião interessante para o universo brasileiro", analisa.
De curioso a teórico espírita
Hippolyte Rivail nasceu em família católica e, desde muito jovem, dedicou-se aos estudos, sobretudo de filosofia e ciências. Ao situar o percurso intelectual dele, é preciso ressaltar o contexto acadêmico, uma vez que eram de sua contemporaneidade o naturalista Charles Darwin (1809-1882), que apresentaria a teoria da evolução das espécies, e o filósofo Auguste Comte (1798-1857), formulador do positivismo.
Bacharelado em Ciências e Letras, Rivail passou a atuar como tradutor, professor e pedagogo. Foi entusiasta da democratização do ensino e chegou a oferecer aulas gratuitas em sua própria casa, em Paris.
Em 1854, ouviu falar pela primeira vez sobre as tais "mesas girantes", encontros mediúnicos que eram moda na França daquele tempo. Cético, atribuiu o fenômeno inicialmente não a uma força de supostos espíritos, mas a uma influência do magnetismo.
Quando começou a frequentar tais reuniões, como curioso, contudo, ele passou a se convencer de que algo a mais poderia haver ali. E passou a sistematizar um método científico para, no seu entendimento, comprovar se haveria fraude ou não nessas sessões — estabelecendo uma série de perguntas que eram feitas do mesmo modo em reuniões diferentes, a fim de buscar coerência naquilo que lhe era apresentado como obra de espíritos.
O pentateuco da nova doutrina
Já convencido de uma influência sobrenatural, ele publicou sua primeira obra, O Livro dos Espíritos, em 1857. O material é considerado o marco fundador do espiritismo kardecista. E ali ele passou a assumir o pseudônimo Allan Kardec, em referência a sua suposta vida passada mas também como forma de diferenciar a sua carreira espírita de seus trabalhos como pedagogo.
Fac-símile da edição de 1860 da obra 'O Livro dos Espíritos', principal livro escrito por Kardec e base da nova doutrinaCrédito,Reprodução
Legenda da foto,Fac-símile da edição de 1860 da obra 'O Livro dos Espíritos', principal livro escrito por Kardec e base da nova doutrina
E é por causa dessa fundamentação teórica que Kardec se tornou tão importante. Afinal, se manifestações espíritas já eram narradas e sessões com médiuns já ocorriam, ele não "inventou" nada de novo — mas colocou no papel um método e procurou, a seu modo, explicar o que via.
"Ao longo da história, ocorreram muitos fenômenos ditos mediúnicos, de comunicação com espíritos. E o próprio Kardec, que ficou conhecido como líder, quase fundador, ou 'codificador' do espiritismo, ele não era médium", comenta Camurça.
"Mas sua curiosidade fez com que ele se tornasse o primeiro a sistematizar, vamos dizer que do ponto de vista científico, o que faziam os médiuns", explica o professor.
Para escrever seus livros fundamentais do espiritismo, ele passou a frequentar sessões com médiuns diferentes, aplicando perguntas sistemáticas e as compilando.
"Eram questões ao pretenso mundo espiritual, de toda ordem, de cosmologia, do destino da Terra e dos homens", elenca Camurça.
Kardec seguiria fazendo pesquisas e escrevendo livros básicos da nova doutrina, tendo publicado cinco obras até 1868. São considerados "o pentateuco" do espiritismo.
"Ele foi aprofundando a doutrina. Seu mérito foi ter feito as perguntas e as sistematizado", aponta Camurça.
Quando ele morreu, vítima de um aneurisma aos 64 anos, no ano de 1869, ele trabalhava em uma obra que procurava explicar as relações entre o magnetismo e o espiritismo. Na época, estima-se que sua doutrina já era seguida por cerca de 8 milhões de adeptos.
Allan KardecCrédito,Domínio público
Legenda da foto,Kardec não via o espiritismo como uma religião, mas sim como uma doutrina 'que combinava ciência, filosofia e espiritualidade'
Cientificismo e teologia
Camurça situa o kardecismo dentro do contexto cientificista do século 19. "Ele chama o espiritismo de terceira revelação, sendo a primeira Moisés, a segunda Jesus Cristo. Esta terceira seria a revelação da modernidade, com a Terra já evoluída para receber essa doutrina que explicaria a humanidade", afirma.
Nesse sentido, ele mesclava ideias como a do evolucionismo — com a teoria de que a humanidade evolui porque a cada reencarnação os seres têm a chance de retornar melhores — e o sentido de justiça.
"Ele conseguiu produzir uma doutrina que estava no espírito do seu tempo, ou seja, a modernidade que negava as religiões enquanto dogmas e acabava adequando a mentalidade religiosa a uma mentalidade científica e filosófica. Essa era a sua pretensão", explica Camurça.
Conforme esclarece o pesquisador, Kardec não via o espiritismo como uma religião, mas sim como uma doutrina "que combinava ciência, filosofia e espiritualidade".
Camurça diz que, para Kardec, "o espiritismo visava superar dois impasses da modernidade: a religião dogmática que caia no fatalismo, na ideia de que 'as coisas acontecem porque Deus quis assim', sem buscar explicações lógicas e racionais; e a ciência ateia e utilitarista que não percebia os valores mais aprofundados da humanidade."
Na sua proposição, Kardec acabou trazendo uma doutrina baseada na crença dos fenômenos da vida pós-morte. "E isso é significativo, porque, a princípio, a ciência não se interessa por isso", enfatiza Camurça.
"Ele quis estender a ciência da época, muito positivista, a uma compreensão do mundo inefável. O que era científico mas também filosófico, porque existia uma moral por trás disso", acrescenta.
No kardecismo, enfatiza Camurça, "Deus é o princípio de todas as coisas, uma força vital que organiza o cosmos e tem uma moral que implica em valores de justiça".
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63087981
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