Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 30 de junho de 2023
"AZULZINHA"
" - De todo o que sucedeu hoje, saberemos a metade em 65 anos."
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"a noite sucede ao dia"
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"Vamos lá, acabou a moleza, vamos encher esses lindos de dores"
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Xandão, após o TSE sofrer a primeira dor do segundo ministro na votação do título eleitoral em 29 de junho de 2023
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All Star
Nando Reis
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Estava escrito na estrelinha, no escudo da CBF, em 29 de junho de 1958
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Bolsonaro inelegível: entenda o que acontece com o ex-presidente após a condenação no TSE
Ex-presidente fica impedido de disputar eleições até 2030. Seus advogados ainda podem recorrer ao próprio TSE e ao STF.
Por Fernanda Vivas e Márcio Falcão, TV Globo — Brasília
30/06/2023 00h00 Atualizado há 4 horas
Julgamento de Bolsonaro no TSE: entenda a diferença entre inelegibilidade e perda de direitos políticos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu, nesta sexta-feira (30), o julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Com a decisão, a Corte declarou Bolsonaro inelegível por oito anos, até 2030.
Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em razão da reunião com embaixadores estrangeiros na qual ele atacou, sem provas, o sistema eleitoral.
Então presidente e pré-candidato à reeleição, Bolsonaro fez declarações sem provas que colocavam em dúvida a segurança das urnas e do processo eleitoral. A reunião foi transmitida pelo canal oficial do governo e nas redes sociais de Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro disse ao TSE que a reunião com embaixadores não teve caráter eleitoral.
Moraes mantém prisão de Mauro Cid, que terá de prestar novo depoimento à Polícia Federal
Moraes mantém prisão de Mauro Cid, que terá de prestar novo depoimento à Polícia Federal
Saiba mais
O que acontece agora
Com a decisão, Bolsonaro fica impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028. Em tese, estará apto a concorrer em 2030, por uma diferença de 4 dias. Isso porque a inelegibilidade será contada a partir de 2 de outubro do ano passado.
O TSE determinou a execução imediata da decisão, ou seja, a aplicação da inelegibilidade não precisa aguardar a publicação oficial do chamado acórdão, que consolida a decisão colegiada dos ministros.
Isso é possível no âmbito eleitoral por entendimento fixado pelo TSE. A Corte entende que, como os prováveis recursos dentro da seara eleitoral não têm efeito suspensivo, é possível já colocar em prática a medida.
O efeito suspensivo é um mecanismo que impede a aplicação imediata de uma decisão judicial. Ele pode ser obtido, por exemplo, a pedido da defesa, no Supremo Tribunal Federal (STF).
A inelegibilidade é aplicada por meios administrativos – no Cadastro Eleitoral, passará a constar um código, o chamado Código de Atualização de Situação de Eleitor (ASE) – que indica a restrição dos direitos políticos de Bolsonaro.
A informação fica gravada no banco de dados da Justiça Eleitoral e, se eventualmente houver uma tentativa de candidatura a cargo político, o eventual registro pode ser contestado por outros candidatos, o Ministério Público Eleitoral (MPE) e partidos.
O ex-presidente não será preso, porque essa ação no TSE não é do âmbito penal.
Recursos
Mesmo sendo condenado no TSE, Bolsonaro pode recorrer ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa do ex-presidente já sinalizou que pretende recorrer de uma eventual condenação.
Há duas possibilidades de recursos:
Embargos de declaração
Recurso que seria enviado ao próprio TSE. Nesse instrumento, a defesa aponta obscuridades e contradições, na tentativa de reverter um eventual resultado pela inelegibilidade e preparar terreno para outro recurso ao STF.
Recurso extraordinário
Esse seria enviado ao STF. O documento precisa apontar que uma eventual decisão do TSE pela inelegibilidade feriu princípios constitucionais. O advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira, afirmou que já vê elementos para esse recurso, seguindo na linha à restrição do direito de defesa.
Os dois recursos têm prazo de três dias. Mas, se for apresentado primeiro o embargo de declaração, o prazo para o recurso extraordinário deixa de contar.
Antes de chegar ao STF, o recurso é apresentado ao próprio TSE, onde caberá o presidente Alexandre de Moraes verificar se os requisitos formais foram preenchidos.
Uma vez que o caso chegue à Suprema Corte, os ministros que atuaram no julgamento no TSE não participam do sorteio para a relatoria, mas não estão impedidos de votar no caso quando for a plenário.
Efeito da divergência nos recursos
A divergência aberta no julgamento da ação (os dois votos a favor de Bolsonaro) traz elementos que podem servir de base para recursos da defesa do ex-presidente ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal.
Para apresentar o recurso, os advogados vão precisar analisar o chamado acórdão, ou seja, os detalhes da decisão colegiada da Corte Eleitoral.
A partir desta análise, para questionar a decisão no próprio TSE, terão que demonstrar, por exemplo, contradições no que foi julgado. Já no recurso ao Supremo, entre os requisitos estão a necessidade de o tema envolver questão constitucional.
Para levar o caso ao Supremo, os advogados de Bolsonaro devem alegar que houve cerceamento de defesa. Isso porque dizem que não teriam conseguido se manifestar sobre todas as provas inseridas no processo.
No acórdão vão constar as diferentes visões de ministros em relação a pontos centrais da estratégia de defesa do ex-presidente. Entre eles:
a discussão sobre se foi regular ou não a inclusão, no processo, da chamada "minuta do golpe";
o debate sobre a gravidade da reunião, ou seja, se a conduta do ex-presidente teve potencial para macular o resultado das eleições;
a discussão sobre a ocorrência de abuso de finalidade e desvio de poder no ato de Bolsonaro.
JAIR BOLSONARO
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
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Camisa de Pelé na final da Copa de 1958 salvou museu em Alagoas
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Estocolmo, 1958, final da Copa do Mundo. No estádio Rasunda, o Brasil iria enfrentar a anfitriã Suécia. Em campo um time especial: Garrincha, Didi, Nilton Santos, Zagallo e... Pelé. Em seu primeiro Mundial, com apenas 17 anos, o rei estava na decisão.
Veio a partida e Pelé marcou dois gols. Um deles até com direito a chapéu. A vitória por 5 a 2 deu ao Brasil a sua primeira taça na Copa. Pelé se tornou o mais jovem campeão mundial da história do futebol e deu um novo sentido à camisa 10 da Seleção.
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Brasil 5x2 Suécia (29/06/1958) - Final Copa de 1958 (Brasil campeão)
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Futebol Clássico Seleções
Jogo que o Brasil conquistou o mundo pela 1a vez ao golear a Suécia na final da Copa de 58 por 5x2.
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"Vamos lá, acabou a moleza, vamos encher esses gringos de gols"
Didi, após o Brasil sofrer o primeiro gol da seleção sueca na final
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/copa58/frases/
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Seleção azulzinha vence a Copa e decreta fim do "complexo de vira-latas"
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Nunes Marques vota pela absolvição de Bolsonaro; placar vai a 4×2
Ministro concorda com a tese defensiva que alega que a reunião com embaixadores foi usada para provocar debate público sobre as urnas
POR MARINA VERENICZ | 30.06.2023 13H46
https://www.cartacapital.com.br/justica/nunes-marques-vota-pela-absolvicao-de-bolsonaro-placar-vai-a-4x2/
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Presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes vota pela inelegibilidade de Bolsonaro / Crédito: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
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14h14 – “Não há aqui nada de liberdade de expressão”, diz Alexandre de Moraes
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No final, Moraes consolida a inegebilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro com o placar de 5 X 2.
Foi o tri 5 X 2 na sequência do 5 X 2 :
24/06/1958 Semifinal Brasil Brasil - Bandeira 5 x 2 França - Bandeira França
29/06/1958 Final Suécia Suécia - Bandeira 2 x 5 Brasil - Bandeira Brasil
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Brasil 5 x 2 Suécia Final Da Copa 58 Rádio Bandeirantes
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FUTNÁTICO
Narração - Pedro Luiz e Edson Leite
Copa 1958
Final
Brasil 5 x 2 Suécia
29/06/58
Gols - Liedholm, Vavá, Vavá, Pelé, Zagalo, Simonsson e Pelé.
https://www.youtube.com/watch?v=C7DzjeErJO0
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PASSO A PASSO
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Dedo de Prosa: 65 anos do 1º título mundial
A Seleção Brasileira de Futebol Masculino é a única do planeta a ter cinco estrelas de cinco títulos mundiais na camisa. Mas a legendária "amarelinha” não tem tido um resultado bom ultimamente. Mas a data de hoje é uma boa oportunidade de relembrar as glórias do passado, pois o 29 de junho marca os 65 anos do primeiro título mundial da seleção brasileira, na Copa de 1958, na Suécia. No bate-papo, Jeziel Carvalho e Adriano Faria comentam os detalhes e as Copas de 1970, 1994 e 2002.
Adriano FariaJeziel Carvalho
29/06/2023, 08h36 - ATUALIZADO EM 29/06/2023, 08h36
Duração de áudio: 07:21
https://www12.senado.leg.br/radio/1/conexao-senado/2023/06/29/dedo-de-prosa-65-anos-do-1o-titulo-mundial
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sexta-feira, 30 de junho de 2023
Ruy Castro - O bandido perderá no fim
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Folha de S. Paulo
Mas, se os Poderes tivessem feito seu papel, Bolsonaro custaria muito menos dinheiro ao Brasil
O julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro é só a primeira das séries a que vamos assistir, não pela Netflix, mas pela TV Justiça. Em todas, o bandido perde no fim e, em algumas, puxará cadeia, com direito, por deferência do carcereiro, a ração diária de pão com leite condensado. O que isso nos custará aos cofres é irrelevante e não se compara ao que poderia ter sido poupado se os Poderes tivessem cumprido seu papel quando solicitados. Exemplos?
Durante seu império de quatro anos, Bolsonaro foi alvo de 158 pedidos de impeachment —o referente à reunião com os embaixadores foi apenas o 145°—, 66 dos quais sob Rodrigo Maia na presidência da Câmara e 92 sob Arthur Lira. Todos foram arquivados, desconsiderados ou postos em "análise", a qual nunca foi feita e agora é desnecessária. Já o relatório da CPI da Covid, que custou seis meses de audiências e acusou Bolsonaro de crimes contra a administração pública, a paz pública e a saúde pública foi dirigido ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a quem competia avaliar as acusações. Mas Aras o mandou para uma gaveta na PGR reservada ao parto de ratos.
Diz-se que Bolsonaro tem 600 processos contra ele, além de 16 acusações tão graves quanto esta em curso. E sabe-se agora que o Judiciário o advertiu 31 vezes por seus ataques ao sistema eleitoral. Não seria mais econômico tê-lo barrado na quinta, 12ª ou 21ª advertência?
Imagine o quanto as ações contra Bolsonaro já nos custaram em clipes, papel timbrado, carga de impressora, leitura de atas, busca em compêndios, serões nos tribunais, horas extras remuneradas e lavagem de togas. Só porque o deixaram ir longe demais.
E não vai parar. Condenado nas várias instâncias, Bolsonaro recorrerá em cada uma ao Supremo. Perderá em todas, mas continuará a dar baita despesa e a ocupar o tempo que o Brasil deveria estar destinando a consertar seu estrago.
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"- De todo o que sucedeu hoxe, saberemos a metade en 50 anos".
A SEMANA EM CHIOS, INTERNACIONAL
A semana em chios: crise na Rússia
galizalivre.com, 3 dias ago
https://www.galizalivre.com/2023/06/27/a-semana-em-chios-crise-na-russia/
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A SEMANA EM CHIOS, INTERNACIONAL
A semana em chios: crise na Rússia
galizalivre.com, 3 dias ago 2 min read
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ENSAIO
Gramsci, os intelectuais e as suas funçons científico-filosófica, educativo-cultural e política
Eduardo Fellix, 3 anos ago
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A conclusão apresentada destaca a importância da concepção gramsciana de intelectual e sua relação com a teoria marxiana. A leitura gramsciana dos intelectuais expande a compreensão além da dicotomia entre "trabalho manual" e "trabalho intelectual", enfatizando a importância das relações sociais e das classes na definição dos intelectuais. Gramsci argumenta que todos os seres humanos são intelectuais, mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele reconhece que as ideias da classe dominante são as ideias dominantes na sociedade capitalista.
A conclusão destaca a convergência entre as visões de Marx e Gramsci, ambos sendo intelectuais orgânicos às classes subalternas. Ambos compreendem a necessidade de forças sociais e culturais autônomas no processo revolucionário, além de reconhecerem a importância das classes sociais na dinâmica da sociedade capitalista.
Embora Marx não tenha discutido o conceito de intelectual de maneira sistemática, Gramsci contribui com reflexões interessantes sobre o papel dos intelectuais, superando as limitações de sua época mesmo enquanto estava na prisão. Gramsci argumenta que todos os homens são intelectuais, mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele destaca a impossibilidade de separar o trabalho intelectual do trabalho manual, afirmando que toda atividade humana envolve intervenção intelectual.
A conclusão ressalta a importância de reinterpretar os textos de Gramsci sobre os intelectuais, considerando sua função na transformação ou conservação da sociedade capitalista. Também destaca a relevância dos escritos gramscianos para aqueles comprometidos com a transformação das relações sociais e a construção de uma nova realidade societária, especialmente aqueles que trabalham com a educação em uma perspectiva classista.
Em suma, a conclusão reafirma a importância da concepção gramsciana de intelectual, ressalta suas semelhanças com a teoria marxiana e encoraja uma releitura dos escritos gramscianos para obter interpretações adicionais e orientações para a ação política.
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A opinião de Antonio Gramsci sobre intelectuais e não intelectuais refere-se à distinção entre as diferentes funções sociais desempenhadas pelos indivíduos. Ele argumenta que, na realidade, apenas se faz referência à função imediata dos intelectuais, ou seja, se a atividade profissional se concentra mais na elaboração intelectual ou no esforço muscular-nervoso. No entanto, Gramsci afirma que não existem "não-intelectuais" porque toda atividade humana envolve algum grau de intervenção intelectual.
Gramsci argumenta que cada indivíduo, além de sua profissão, desenvolve alguma forma de atividade intelectual, seja como filósofo, artista, apreciador de arte ou participante de uma concepção do mundo. Ele acredita que todos os homens contribuem para manter ou modificar uma concepção do mundo e, assim, suscitam novas maneiras de pensar.
No contexto da luta pela hegemonia entre as classes na sociedade capitalista, Gramsci destaca a importância dos intelectuais. Ele discute suas funções científico-filosóficas, educativo-culturais e políticas nessa disputa pela direção das relações sociais. Para Gramsci, os intelectuais desempenham um papel crucial na disseminação de ideias, na formação de consensos e na construção da hegemonia de determinada classe.
O texto menciona que o engajamento político dos intelectuais é fundamental para entender sua função na sociedade. O conceito de "intelectual" é complexo e pode ser abordado de várias maneiras, incluindo a produção e socialização do conhecimento, a produção cultural e a distinção entre trabalho concreto e trabalho abstrato, relacionada à categoria de classe social.
Em resumo, a concepção de Gramsci sobre os intelectuais destaca sua importância na disputa pela hegemonia e na transformação das relações sociais. Ele argumenta que todos os indivíduos têm algum envolvimento intelectual em suas atividades e que os intelectuais desempenham papéis fundamentais na produção e disseminação de ideias, na educação e na formação de consensos. O engajamento político dos intelectuais é considerado um aspecto crucial para entender seu papel na sociedade.
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sexta-feira, 30 de junho de 2023
Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Intelectuais e não intelectuais)
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“Quando se distingue entre intelectuais e não-intelectuais, faz-se referência, na realidade, somente à imediata função social da categoria profissional dos intelectuais, isto é, leva-se em conta a direção sobre a qual incide o peso maior da atividade profissional específica, se na elaboração intelectual ou se no esforço muscular-nervoso. Isto significa que, se se pode falar de intelectuais, é impossível falar de não-intelectuais, porque não existem não-intelectuais. Mas a própria relação entre o esforço de elaboração intelectual-cerebral e o esforço muscular-nervoso não é sempre igual; por isso, existem graus diversos de atividade especificamente intelectual. Não há atividade humana da qual se possa excluir toda intervenção intelectual, não se pode separar o homo faber do homo sapiens. Em suma, todo homem, fora de sua profissão, desenvolve uma atividade intelectual qualquer, ou seja, é um “filósofo”, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção do mundo, possui uma linha consciente de conduta moral, contribui assim para manter ou para modificar uma concepção do mundo, isto é, para suscitar novas maneiras de pensar.”
*Antonio Gramsci (1891-1937). Cadernos do Cárcere, v.2. p.52-3. Civilização Brasileira, 2006.
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ARTIGOS
Marcos Francisco Martins
Professor adjunto da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - campus Sorocaba, SP, Brasil. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). marcosfranciscomartins@gmail.com
RESUMO
À luz da concepção gramsciana de intelectual, vista sob o prisma do engajamento político, o texto apresenta uma leitura de suas funções científico-filosófica, educativo-cultural e política, na disputa pela hegemonia que se trava entre as classes na realidade capitalista. Destaca-se a dificuldade de conceituar o termo "intelectual", pois ele suscita significados variados e é utilizado de diferentes formas para identificar indivíduos e/ou grupos sociais na ação sociopolítica e educativa; e apresenta-se a concepção gramsciana de intelectual, orientada pela marxiana categoria de classe.
Palavras-chave: Antônio Gramsci; educação; engajamento; hegemonia; intelectuais.
ABSTRACT
Based on the Gramscian concept of intellectuals, seen through the political engagement perspective, the text presents a reflection on their scientific-philosophical, educational-cultural and political roles in the struggle for hegemony among the classes in a capitalist environment. It is here highlighted the difficulty in conceptualizing "intellectual", because the term generates various meanings and is used in different ways to identify individuals and/or social groups in social-political and educational actions, and we present the Gramscian conception of intellectual, driven by the Marxian class category.
Key words: Antonio Gramsci, education, engagement, hegemony, intellectuals.
Introdução
O objetivo deste texto é apresentar a concepção de Gramsci sobre os intelectuais e refletir sobre o papel que eles podem desempenhar na disputa pela hegemonia, quando engajados organicamente às classes sociais fundamentais: o científico-filosófico, o educativo-cultural e o político.
Em especial, é discutida a função educativo-cultural dos intelectuais na disputa entre as classes pela dominação e direção das relações sociais. Todavia, não é objetivo do presente texto esmiuçar o conceito de educação formulado por Gramsci, mas identificá-lo ao ponto de ter clareza em relação ao papel educativo-cultural que este autor atribuiu aos intelectuais, o qual deve ser desenvolvido de forma articulada com as funções científico-filosófica e política.
Dada a amplitude das abordagens existentes sobre os intelectuais e seu papel, adota-se como fio condutor da exposição a relação entre intelectual e engajamento político, perspectiva consoante ao paradigma teórico-metodológico gramsciano, que a ela acrescenta a categoria marxiana de classe social.
O engajamento político dos intelectuais como fio condutor da exposição
"Intelectual" é palavra amplamente utilizada no ambiente acadêmico-científico e na seara sociocultural das sociedades atuais. A amplitude de seu uso resulta em enorme dificuldade aos que pretendem investigá-lo e conceituá-lo, pois o termo "intelectual" pode ser abordado por diferentes enfoques, sustentados em variadas referências heurísticas.
Dentre as formas de tomar os intelectuais com vista à conceituação, destacam-se três: a) o enfoque da produção e da socialização do conhecimento por um grupo social especializado; b) o enfoque da produção cultural, que pode resultar na clássica distinção entre "cultura erudita" e "cultura popular"; c) e o enfoque da diferença entre "trabalho concreto" (produtor de valor-de-uso) e "trabalho abstrato" (produtor de valor-de-troca), como faz Marx (1999), por exemplo, a partir da referência à categoria de classe social.
Desses possíveis enfoques, resultam diferentes sentidos ao uso do termo "intelectual", mas principalmente dois:
Ao substantivo Intelectuais podem ser atribuídos dois sentidos principais, aparentemente semelhantes mas substancialmente diferentes. Em primeiro lugar, ele designa uma categoria ou classe social particular, que se distingue pela instrução e competência, científica, técnica ou administrativa, superior à média, e que compreende aqueles que exercem atividades ou profissões especializadas [...] uma segunda acepção, mais vulgar na publicidade de atualidade literária e política, para a qual Intelectuais são os escritores "engajados". Por extensão, o termo se aplica também a artistas, estudiosos, cientistas e, em geral, a quem tem adquirido, com o exercício da cultura, uma autoridade e uma influência nos debates públicos. (Bobbio; Matteucci; Pasquino, 1992, p. 637)
https://www.scielo.br/j/pp/a/FKsBMn3N4njmwQvYW6C3Z5k/?lang=pt
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À GUISA DE CONCLUSÃO: MARX E GRAMSCI COMO INTELECTUAIS ORGÂNICOS ÀS CLASSES SUBALTERNAS
Considerando o posicionamento gramsciano sobre a questão dos intelectuais, pode-se afirmar que ele é interessante sob três aspectos: primeiro porque dá seqüência aos esforços da teoria marxiana para entender qual foi o papel desempenhado pelos intelectuais ao longo da história, seguindo as pistas deixadas por Marx principalmente em sua famosa XI Tese sobre Feuerbach26; segundo porque o ponto de vista gramsciano projeta a discussão sobre os intelectuais para além da relação entre “trabalho manual” e “trabalho intelectual”, mas sem desconsiderá-la, até mesmo porque esse é um debate clássico no interior do marxismo; terceiro porque ajuda a compreender melhor a relação entre os intelectuais e a dinâmica da vida social em uma formação econômica e social específica, como a presente realidade brasileira.
Além disso, deve-se dizer, ainda, que a presente leitura da concepção gramsciana de intelectual instiga a aproximá-la da marxiana, com a qual mantém muito mais proximidades do que distanciamentos, mesmo que Marx tenha prioritariamente se dedicado a perscrutar a dinâmica concreta de funcionamento do modo de produção capitalista no século XIX e Gramsci, por sua vez, as formas objetivas e subjetivas de sua efetivação pelos indivíduos, grupos e classes sociais ao longo da primeira metade do século XX. E isso porque ambos adotam o mesmo referencial ontológico, epistemológico e axiológico, qual seja a categoria de classe, e compartilham do objetivo de superar a sociedade capitalista por meio da revolução socialista.
Assim, no que concerne ao conceito de intelectual, é possível observar que há muitas semelhanças entre Marx e Gramsci porque, indiscutivelmente, ambos foram intelectuais orgânicos às classes subalternas – na acepção gramsciana aqui enunciada do termo “intelectual orgânico” -, compreenderam a necessidade de o proletariado contar com forças sócio-culturais que mantêm relativa autonomia em relação a eles no processo de desencadeamento e efetivação da revolução social almejada, além do que entenderam que as idéias da classe dominante são as idéias dominantes na formação econômica e social capitalista.
Contudo, deve-se considerar que Marx não discutiu de forma sistemática e aprofundada o conceito de intelectual e o seu papel no processo revolucionário, do que podem resultar conclusões equivocadas sustentando que a concepção marxiana advoga a separação cabal entre “trabalho manual” e “trabalho intelectual”. Por sua vez, Gramsci produziu, com todas as limitações do cárcere, interessantes contribuições ao conceito de intelectual, que para ele não se define pela pelas diferentes posições que os indivíduos ocupam no mundo produtivo, esteja ele desempenhando um “trabalho manual” ou outro “não-manual”. A propósito disso, diz ele que
O erro metodológico mais difundido, ao que me parece, é ter buscado este critério de distinção no que é intrínseco às atividades intelectuais, em vez de buscá-lo no conjunto do sistema de relações no qual estas atividades (e, portanto, os grupos que as personificam) se encontram, no conjunto geral das relações sociais. Na verdade, o operário ou proletário, por exemplo, não se caracteriza especificamente pelo trabalho manual ou instrumental, mas por este trabalho em determinadas condições e em determinadas relações sociais […] E já se observou que o empresário, pela sua própria função, deve possuir em certa medida algumas qualificações de caráter intelectual, embora sua figura social seja determinada não por elas, mas pelas relações sociais gerais que caracterizam efetivamente a posição do empresário na indústria. (GRAMSCI, 2000, p. 18)
Na verdade, para Gramsci, “[…] todos os homens são intelectuais, mas nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais” (GRAMSCI, 2000, p. 7) e
Quando se distingue entre intelectuais e não-intelectuais, faz-se referência, na realidade, tão-somente à imediata função social da categoria profissional dos intelectuais, isto é, leva-se em conta a direção sobre a qual incide o peso maior da atividade profissional específica, se na elaboração intelectual ou se no esforço muscular-nervoso. Isso significa que, se se pode falar de intelectuais, é impossível falar de não-intelectuais, porque não existem não intelectuais. […] Não existe atividade humana da qual se possa excluir toda intervenção intelectual, não se pode separar o homo faber do homo sapiens. (GRAMSCI, 2000, p. 52 e 53)
Eis porque é válido adotar como eixo de interpretação dos textos gramscianos sobre os intelectuais a função que desempenharam e desempenham no complexo processo de transformação ou de conservação do modo pelo qual se desdobra a totalidade da vida social capitalista, fundada na contradição de classe.
Partindo desse pressuposto marxiano fundamental, a contradição de classe, Gramsci pôde dar mais clareza ao conceito de intelectual e identificar as articuladas funções científico-filosóficas, educativo-culturais e políticas que os intelectuais exerceram ao longo da história e as que devem exercer hodiernamente os que organicamente se vincularem às classes subalternas.
Resta, pois, aos que se interessam pela temática presente reler os textos gramscianos para lhes tirar outras interpretações, já que são escritos abertos. Àqueles que estão comprometidos com a transformação das relações sociais globais e, particularmente, com a construção de outra realidade societária no Brasil, também é importante retomar os escritos gramscianos, pois neles se encontram interessantes apontamentos que servem de guia para a ação política, sobretudo os que trabalham com a educação em uma perspectiva classista.
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"À GUISA DE CONCLUSÃO: MARX E GRAMSCI COMO INTELECTUAIS ORGÂNICOS ÀS CLASSES SUBALTERNAS
Considerando o posicionamento gramsciano sobre a questão dos intelectuais, pode-se afirmar que ele é interessante sob três aspectos: primeiro porque dá seqüência aos esforços da teoria marxiana para entender qual foi o papel desempenhado pelos intelectuais ao longo da história, seguindo as pistas deixadas por Marx principalmente em sua famosa XI Tese sobre Feuerbach26; segundo porque o ponto de vista gramsciano projeta a discussão sobre os intelectuais para além da relação entre “trabalho manual” e “trabalho intelectual”, mas sem desconsiderá-la, até mesmo porque esse é um debate clássico no interior do marxismo; terceiro porque ajuda a compreender melhor a relação entre os intelectuais e a dinâmica da vida social em uma formação econômica e social específica, como a presente realidade brasileira.
Além disso, deve-se dizer, ainda, que a presente leitura da concepção gramsciana de intelectual instiga a aproximá-la da marxiana, com a qual mantém muito mais proximidades do que distanciamentos, mesmo que Marx tenha prioritariamente se dedicado a perscrutar a dinâmica concreta de funcionamento do modo de produção capitalista no século XIX e Gramsci, por sua vez, as formas objetivas e subjetivas de sua efetivação pelos indivíduos, grupos e classes sociais ao longo da primeira metade do século XX. E isso porque ambos adotam o mesmo referencial ontológico, epistemológico e axiológico, qual seja a categoria de classe, e compartilham do objetivo de superar a sociedade capitalista por meio da revolução socialista.
Assim, no que concerne ao conceito de intelectual, é possível observar que há muitas semelhanças entre Marx e Gramsci porque, indiscutivelmente, ambos foram intelectuais orgânicos às classes subalternas – na acepção gramsciana aqui enunciada do termo “intelectual orgânico” -, compreenderam a necessidade de o proletariado contar com forças sócio-culturais que mantêm relativa autonomia em relação a eles no processo de desencadeamento e efetivação da revolução social almejada, além do que entenderam que as idéias da classe dominante são as idéias dominantes na formação econômica e social capitalista.
Contudo, deve-se considerar que Marx não discutiu de forma sistemática e aprofundada o conceito de intelectual e o seu papel no processo revolucionário, do que podem resultar conclusões equivocadas sustentando que a concepção marxiana advoga a separação cabal entre “trabalho manual” e “trabalho intelectual”. Por sua vez, Gramsci produziu, com todas as limitações do cárcere, interessantes contribuições ao conceito de intelectual, que para ele não se define pela pelas diferentes posições que os indivíduos ocupam no mundo produtivo, esteja ele desempenhando um “trabalho manual” ou outro “não-manual”. A propósito disso, diz ele que
O erro metodológico mais difundido, ao que me parece, é ter buscado este critério de distinção no que é intrínseco às atividades intelectuais, em vez de buscá-lo no conjunto do sistema de relações no qual estas atividades (e, portanto, os grupos que as personificam) se encontram, no conjunto geral das relações sociais. Na verdade, o operário ou proletário, por exemplo, não se caracteriza especificamente pelo trabalho manual ou instrumental, mas por este trabalho em determinadas condições e em determinadas relações sociais […] E já se observou que o empresário, pela sua própria função, deve possuir em certa medida algumas qualificações de caráter intelectual, embora sua figura social seja determinada não por elas, mas pelas relações sociais gerais que caracterizam efetivamente a posição do empresário na indústria. (GRAMSCI, 2000, p. 18)
Na verdade, para Gramsci, “[…] todos os homens são intelectuais, mas nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais” (GRAMSCI, 2000, p. 7) e
Quando se distingue entre intelectuais e não-intelectuais, faz-se referência, na realidade, tão-somente à imediata função social da categoria profissional dos intelectuais, isto é, leva-se em conta a direção sobre a qual incide o peso maior da atividade profissional específica, se na elaboração intelectual ou se no esforço muscular-nervoso. Isso significa que, se se pode falar de intelectuais, é impossível falar de não-intelectuais, porque não existem não intelectuais. […] Não existe atividade humana da qual se possa excluir toda intervenção intelectual, não se pode separar o homo faber do homo sapiens. (GRAMSCI, 2000, p. 52 e 53)
Eis porque é válido adotar como eixo de interpretação dos textos gramscianos sobre os intelectuais a função que desempenharam e desempenham no complexo processo de transformação ou de conservação do modo pelo qual se desdobra a totalidade da vida social capitalista, fundada na contradição de classe.
Partindo desse pressuposto marxiano fundamental, a contradição de classe, Gramsci pôde dar mais clareza ao conceito de intelectual e identificar as articuladas funções científico-filosóficas, educativo-culturais e políticas que os intelectuais exerceram ao longo da história e as que devem exercer hodiernamente os que organicamente se vincularem às classes subalternas.
Resta, pois, aos que se interessam pela temática presente reler os textos gramscianos para lhes tirar outras interpretações, já que são escritos abertos. Àqueles que estão comprometidos com a transformação das relações sociais globais e, particularmente, com a construção de outra realidade societária no Brasil, também é importante retomar os escritos gramscianos, pois neles se encontram interessantes apontamentos que servem de guia para a ação política, sobretudo os que trabalham com a educação em uma perspectiva classista."
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Ciro Gomes e Carlos Lupi, do PDT, comemoram inelegibilidade de Bolsonaro
Líderes do partido que acionou TSE contra o ex-presidente se manifestaram sobre a decisão da Justiça Eleitoral
Por Ramiro Brites Atualizado em 30 jun 2023, 15h17 - Publicado em 30 jun 2023, 13h51
Lideranças do PDT, partido que pediu a inelegibilidade de Jair Bolsonaro na Justiça Eleitoral, se manifestaram nesta sexta-feira após o TSE formar maioria para considerar o ex-presidente inelegível.
Candidato da sigla nas últimas eleições presidenciais, Ciro Gomes disse que a Justiça foi feita e que a medida do TSE deve extinguir o “oportunismo” do governo petista, que usa a possibilidade de volta de Bolsonaro ao poder como argumento contra críticas.
“Quando nós do PDT pedimos providências ao TSE , queríamos proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro”, disse Ciro Gomes.
“O que espero é que, de hoje em diante, tenhamos os brasileiros direito de cobrar de nosso governo mudanças profundas na vida política e econômica do Brasil , sem o oportunismo de a tudo termos que engolir porque senão…’Bolsonaro voltaria’”, seguiu Gomes.
Já o presidente do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que o pedido pela inelegibilidade é decorrente do “descaso com a democracia”, “desrespeito com a ciência” e “abuso de poder” que, segundo ele, o ex-presidente cometeu nos quatro anos que chefiou o Planalto.
“Milhares de pessoas morreram por causa da pandemia e ele negou a ciência o tempo todo. Senhor ex, a Terra não é quadrada. Senhor ex, a vacina cura. Senhor ex, a ciência ajuda. Senhor ex, agora ex durante muitos e muitos anos. Justiça foi feita, o PDT tem orgulho de trabalhar ao lado da Justiça brasileira”, disse Lupi.
O TSE julgou a inelegibilidade por causa de uma reunião com ex durante muitos e muitos anos. Justiça foi feita, o PDT tem orgulho de trabalhar ao lado da Justiça brasileira”, disse Lupi.
O TSE julgou a inelegibilidade por causa de uma reunião com embaixadores, transmitida pela TV Brasil, no qual o então presidente Bolsonaro questionava o sistema eleitoral. Nesta semana, após o voto do relator Benedito Gonçalves, Bolsonaro sugeriu falta de coerência do pedetista e publicou um vídeo em que Lupi relembra uma sugestão do fundador do PDT, Leonel Brizola, para evitar fraudes eleitorais.
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Giro VEJA - sexta, 30 de junho
A bala de prata de Bolsonaro e os possíveis candidatos ao Planalto em 2026
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quinta-feira, 29 de junho de 2023
MOINHO
O goonygoogles foi fazer um react de "o mundo é um moinho" na voz do Cartola e da pra ver o exato momento em que a alma dele deixa o corpo
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Reação a Cartola - O Mundo É Um Moinho - Com Legendas
GoonyGoogles
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ELEIÇÕES 2022
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TSE AO VIVO – Julgamento pode tornar Jair Bolsonaro inelegível
Tribunal retoma nesta quinta (29/6) julgamento da ação que examina reunião de ex-presidente com embaixadores
REDAÇÃO JOTA
BRASÍLIA, SÃO PAULO
29/06/2023 10:50
Atualizado em 29/06/2023 às 13:02
julgamento bolsonaro inelegível TSE ao vivo
Ministro Floriano de Azevedo Marques vota no julgamento do TSE que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível / Crédito: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta quinta-feira (27/6), a partir das 9h, o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) 0600814-85, protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que pede a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, parceiros de chapa na corrida presidencial nas eleições do ano passado. O JOTA fará a cobertura ao vivo do julgamento de Jair Bolsonaro no TSE que pode tornar o ex-presidente inelegível.
O partido acusa o ex-presidente de abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação por reunião realizada com embaixadores no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o então presidente atacou o sistema eleitoral brasileiro, falou de fraude em urnas eletrônicas, sem apresentar provas e defendeu o voto impresso. O evento foi transmitido pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e pelas redes sociais oficiais do governo.
Relator da ação no TSE, o ministro Benedito Gonçalves votou na última sessão de julgamento para tornar Jair Bolsonaro inelegível, mas não estendeu a penalidade a Braga Netto, candidato a vice na chapa, por entender que não tem como relacioná-lo aos fatos trazidos aos autos. Em seu voto, lido na sessão de terça-feira (27/6), Gonçalves considerou que houve desvio de finalidade no uso do “poder simbólico do presidente e da posição do chefe de Estado” para, com a reunião com embaixadores, “degradar o ambiente eleitoral”.
Na sessão desta quinta, os demais ministros devem proferir seus votos. O primeiro a se manifestar é o ministro Raul Araújo.
Acompanhe ao vivo a sessão de julgamento no TSE que pode tornar Bolsonaro inelegível
13h01- Com o voto de André Tavares, já há maioria para afastar a inelegibilidade de Braga Netto
13h – Julgamento de Jair Bolsonaro no TSE é interrompido
Os ministros retomam a análise amanhã (sexta-feira, 30/6) a partir das 12h. O placar está 3 a 1 para condenar Jair Bolsonaro à inelegibilidade pelos próximos 8 anos, contados a partir de outubro de 2022 – data das eleições. Braga Netto, candidato a vice na chapa, tem 4 votos pela não condenação. Faltam votar os ministros do STF: Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.
12h55- Ministro André Tavares vota pela inelegibilidade de Bolsonaro e libera Braga Netto, assim como o voto do relator. O placar está 3 a 1 contra Bolsonaro
12h46 – Tavares: “Com a roupagem de debate público, o investigado [Jair Bolsonaro], na realidade, proferiu sérias acusações sem estar amparado minimamente por um acervo comprobatório que sustentasse tais conjecturas, incorporando a seu discurso invenções, mentiras grosseiras, fatos forjados, distorções severas. Não é pouco, mais do que mentiras, forma-se um pool de perturbações severas à democracia e às instituições com intuito eleitoral.”
12h40 – Para Tavares, Bolsonaro propagou “invenções” sobre as urnas eletrônicas
Em seu voto, Tavares afirmou que que Bolsonaro usou a reunião para propagar “invenções, distorções severas da realidade, dos fatos e dos dados empíricos e técnicos”. A atitude do então chefe do Executivo federal, segundo o ministro, tem potencial para provocar “efeitos nefastos na democracia, no processo eleitoral, na crença popular em conspirações acerca do sistema de apuração dos votos”. Para ele, a estratégia incluia minar a confiança do eleitor, colpsando a relação entre experts e cidadãos. “Uma vez bem sucedida, [essa estratégia] torna a democracia disfuncional”, disse.
12h31 – André Ramos Tavares: “Houve, portanto, desvio de finalidade, caracterizando abuso de poder”
Em seu voto, o ministro André Ramos Tavares disse que a reunião de Bolsonaro com embaixadores teve apenas “roupagem diplomática”. Para ele, as “as conclusões [discursadas por Bolsonaro] são desviantes da realidade compondo uma versão fabricada estratégia de convencimento alarmista do falso”.
O ministro citou que, em depoimento, o ex-ministro das Relações Exteriores Carlos França afirmou que seu auxílio se deu apenas no aspecto logístico, o que, para Tavares, deixaria claro o desvio de função. “Houve, portanto, desvio de finalidade, caracterizando abuso de poder”, afirmou.
12h11 – Ministro André Ramos Tavares começa a votar
12h10 – Raul Araújo responde Floriano e diz que não cabe a comparação de direito eleitoral com direito penal
“Me parece imprópria a comparação”, disse Araújo. Segundo o ministro, no direito eleitoral o “incêndio” só é punível com inelegibilidade se escalonar. Antes, o ministro Floriano havia feito um paralelo sobre a conduta da Justiça Eleitoral ao tirar do ar os vídeos da reunião de Bolsonaro com embaixadores com a rapidez da ação de um bombeiro. “A eficiência do bombeiro não elide a aplicação do artigo 250 do Código Penal. (…) Se alguém põe fogo em um edifício e os bombeiros chegam prontamente, isso não quer retirar a tipicidade da conduta de quem pôs fogo”, disse Floriano.
12h09 – Ministro Floriano de Azevedo Marques vota pela inelegibilidade de Bolsonaro e libera Braga Netto, assim como o voto do relator. O placar está 2 a 1 contra Bolsonaro.
12h – “Tribunal eleitoral emite decisões que impactam no sistema político. É inevitável. É da sua essência”, diz Floriano de Azevedo.
11h57 – Ministro Floriano de Azevedo: “O que pode ser mais grave no comportamento de um homem público do que colocar os seus interesses eleitorais acima do dever maior como chefe maior de respeitar os símbolos da república”
11h54 – Floriano: “Se alguém põe fogo em um edifício e os bombeiros chegam prontamente, isso não quer retirar a tipicidade da conduta de quem pôs fogo”
Em seu voto, o ministro Floriano faz um aceno ao ministro Raul, ao dizer que toda construção do voto do magistrado está centrada no fato de que ainda que houvesse intenção, ela não produziu efeitos no resultado das eleições. “Ora ministro Raul, a eficiência do bombeiro não elide a aplicação do artigo 250 do Código Penal. Se alguém põe fogo em um edifício e os bombeiros chegam prontamente, isso não quer retirar a tipicidade da conduta de quem pôs fogo. Isso está claro do ponto de vista jurídico. Se a Justiça Eleitoral agiu bem, agiu rápido e coibiu os efeitos daquela tentativa, não é disso que nós estamos falando. Estamos falando da intenção e das circunstâncias que predizem umas gravidade, caracterizadora de abuso e de desvio”, disse.
11h44 – Leia a íntegra do voto do ministro Raul Araújo
11h33: Floriano cita o caso de Fernando Francischini (PSL-PR) como jurisprudência do TSE para justificar a inelegibilidade de Bolsonaro
Francischini foi alvo de investigação por uma live em suas redes sociais, durante o primeiro turno das eleições. No vídeo, ele afirmou — sem apresentar provas e antes do término das votações — que as urnas eletrônicas foram adulteradas para impedir a eleição de Bolsonaro. O ministro disse que se o TSE não considerar Bolsonaro inelegível, Francischini poderá, até mesmo, ajuizar uma ação rescisória.
Em seguida, o ministro afirmou que, para ele, estão claros o abuso do poder político e desvio de finalidade da reunião de Bolsonaro com embaixadores.
11h32 – Floriano: Discurso de Bolsonaro teve “claro objetivo” de se colocar dentro da estratégia eleitoral
Em direção ao ministro Raul Araújo, o ministro Floriano de Azevedo Marques enfatizou que a ação em questão trata do “evento enquanto tal e não do que aconteceu depois”. “É claro um objetivo de fazer um discurso desestimulador da participação [da população no pleito]”, disse. Para o ministro, o discurso do ex-presidente teve ainda “claro objetivo” de se colocar dentro da estratégia eleitoral, “o que já em si poderia caracterizar abuso [do poder político]”.
11h16 – Para Floriano de Azevedo Marques, postura de Bolsonaro na reunião com embaixadores é “típica de candidato”
Ao ler seu voto, o ministro Floriano Azevedo Marques afirmou que a postura de Bolsonaro na reunião com embaixadores é “distante da liturgia de cargo de presidente da República” e “típica de candidato”. Para ele, houve claro objetivo eleitoral, com objetivo de angariar proveitos eleitorais, se autopromovendo.
10h50 – Ministro Floriano de Azevedo Marques começa a votar
Na visão de Floriano de Azevedo Marques, se, para a defesa, os fatos trazidos depois dos autos não cabem, não faz sentido dizer que houve cerceamento de defesa ao não ouvir testemunha sobre esses fatos.
10h49 – Raul Araújo julga o pedido improcedente e vota pela absolvição de Bolsonaro
10h44 – Para Araújo, é função da EBC repercutir a agenda presidencial
Na visão de Araújo, o fato de a reunião convocada por Bolsonaro, na qual atacou as urnas eletrônicas, ter sido transmitida pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) “foi normal” por se tratar de um evento presidencial. Para ele, seja qual fosse o conteúdo da reunião e houvesse ou não realizada, a EBC iria naturalmente repercutir a agenda presidencial. Assim, para ele, debater a reprodução da reunião pela EBC como desvio de finalidade só tem sentido se considerada abusiva e grave a reunião, o que o ministro já havia afastado.
10h13 – Ministra Cármen Lúcia: “Pelo voto do relator, não tem responsabilidade do primeiro investigado sobre o documento [minuta do golpe]”
10h15 – Ministro Benedito Gonçalves interrompe Araújo e diz que “não se está julgando a minuta”
10h05 – Na visão de Araújo, em Aije não se pode usar fato posterior [minuta do golpe] ao pleito e, mesmo se pudesse, tinha que ter ligação. O que, segundo ele, não foi comprovado no caso concreto.
“O fato do ministro da Justiça ser subordinado ao presidente da República não torna o presidente da República imediatamente responsável por atos ilícitos praticados por aquele”, disse Araújo, ao ler seu voto no julgamento do TSE que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível.
9h59 – Raul Araújo: A minuta não se confunde com a discussão de mérito do alegado fato abusivo
Em seu voto, o ministro Raul Araújo ressaltou que, para ele, não há conexão entre a minuta do estado de defesa encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres. “A minuta de estado de defesa não se confunde com a discussão de mérito, relativo à identificação de quais fatos participam da aferição do requisito da gravidade elementar do alegado ato abusivo”, disse. Para Araújo, ainda que admitida a juntada do documento, não está clara a sua efetiva aptidão para motivar o julgador quanto à qualificação da reunião com os embaixadores.
9h21 – Ministro Raul Araújo inicia a leitura de seu voto; ele diverge da inclusão da minuta do golpe do processo
O ministro Raul Araújo inicia a leitura de seu voto, acompanhando o relator, ministro Benedito Gonçalves, nas preliminares, em que afasta a inelegibilidade do general Walter Braga Netto, mas diverge sobre as provas emprestada. Araújo diverge, por exemplo, da inclusão da minuta do golpe no processo. Para o ministro, inexiste, além de “ilação”, fato capaz de sustentar a existência de relação entre a reunião e a minuta do decreto “apócrifo” sobre estado de defesa. Na avaliação de Araújo, é preciso cortar referências “estranhas” aos fatos descritos na inicial – a fala de Bolsonaro a embaixadores.
9h15 – TSE inicia sessão que retoma o julgamento da ação contra Bolsonaro
Presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, declara aberta sessão do TSE que retoma julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. O primeiro a votar é o ministro Raul Araújo.
8h51 – Relator manteve minuta do golpe em seu voto
Ao votar pela inelegibilidade de Bolsonaro, o relator, ministro Benedito Gonçalves, manteve as provas posteriores à fase instrutória, como a minuta do golpe. Para o ministro, a minuta do golpe e a reunião com os embaixadores estão conectados, são fatos que criaram um “espiral de inverdades” e um “estado de paranoia coletiva”.
Bolsonaro, no entanto, vem argumentando que acolher provas posteriores à fase de instrução mostra que o TSE está mudando de postura em relação ao julgamento da chapa Dilma-Temer. Na ocasião, não foi aceita a inclusão de novas provas.
8h26 – Relator vota para tornar Bolsonaro inelegível, mas salva Braga Netto
O relator do julgamento que decide o futuro político de Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, votou na terça-feira (27/6) para que o ex-presidente se torne inelegível pelos próximos oito anos contados a partir das eleições de 2022. No entanto, Gonçalves não estendeu a penalidade a Braga Netto, candidato a vice na chapa, por entender que não tem como relacioná-lo aos fatos trazidos aos autos.
07h58 – TSE retoma nesta quinta o julgamento que pode deixar Jair Bolsonaro inelegível; entenda
O objeto principal da ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro é a reunião realizada com embaixadores estrangeiros em 18 de julho no Palácio da Alvorada, na qual atacou o sistema eleitoral brasileiro. No entanto, o julgamento ganhou uma abrangência maior e incluiu o contexto do período das eleições e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Veja aqui a linha do tempo do processo.
Veja como foi a sessão do TSE de terça-feira (27/6)
22h13– Alexandre de Moraes suspende o julgamento, que continuará na sessão da próxima quinta-feira (29/6), a partir das 9h
22h07 – No julgamento, o relator Benedito Gonçalves, do TSE, vota por tornar Bolsonaro inelegível, mas livra Braga Netto por falta de provas de sua relação com os fatos analisados
22h03 – Benedito Gonçalves: “O caos informacional e a grave crise de confiança institucional [criado por Bolsonaro] deve ser enfrentado em conjunto, não só por magistrados, mas por todos os cidadãos”
22h – De acordo com Benedito, as lives realizadas por Bolsonaro se conectam às reuniões de 18 de julho com os embaixadores em um “espiral de inverdades”.
21h56 – Benedito Gonçalves entende que houve abuso de poder político
O relator da ação contra Bolsonaro no TSE entende que ficou configurado abuso de poder político por parte do ex-presidente. Para ele, houve desvio de finalidade no uso do “poder simbólico do presidente e da posição do chefe de Estado” para, com a reunião com embaixadores, “degradar o ambiente eleitoral”. Ele também destacou que Bolsonaro agiu para manchar a biografia de três presidentes do TSE (Fachin, Barroso e Moraes). Por isso, o relator do julgamento no TSE, Benedito Gonçalves, votou para que Bolsonaro fique inelegível.
21h52 – Relator: “Ao falar para os embaixadores não mandarem missões internacionais para as eleições 2022, Bolsonaro deixou claro a rota de colisão evidente com o TSE, deixando explícito o curto-circuito institucional”.
21h45 – Benedito Gonçalves: Bolsonaro usou “símbolos da Presidência da República como arma institucional”, valendo-se de seu cargo, “com manifesto desvio de finalidade, para obter vantagens no processo eleitoral” e antagonizar com o TSE.
21h41 – Reunião com embaixadores serviu para estimular “estado de paranoia coletiva”, diz relator
Ao votar para que Jair Bolsonaro fique inelegível, o relator do julgamento no TSE, Benedito Gonçalves, afirmou que o ex-presidente utilizou a reunião com embaixadores, transmitida pelas redes sociais e pela TV Brasil, serviu para para estimular “estado de paranoia coletiva”.
21h32 De acordo com Benedito Gonçalves, a partir da análise da minuta do golpe, houve um “flerte perigoso” com o golpismo.
21h10 – Julgamento no TSE é retomado
20h58 – Esclarecimento: Benedito sempre usa “primeiro investigado” para se referir a Bolsonaro, indicando que deve separar a penalidade de Bolsonaro de seu vice, Braga Netto, conforme manifestação do MPE.
20h55 – Benedito Gonçalves diz que Bolsonaro se colocava como militar comandando uma tropa
Em outro momento de destaque de seu voto, Benedito Gonçalves relembrou que Bolsonaro se referia às Forças Armadas na primeira pessoa, como um chefe das tropa. “No ponto de maior tensionamento do discurso, o primeiro investigado [Bolsonaro], em leitura distorcida de sua competência privativa para exercer o comando supremo das Forças Armadas, enxerga-se como militar em exercício à frente das tropas. As passagens deixam entrever um preocupante descaso com uma conquista democrática de incomensurável importância simbólica no pós-ditadura que é a sujeição do poderio militar brasileiro a uma máxima autoridade civil democraticamente eleita”, disse o relator.
“O discurso em diversos momentos insinua uma perturbadora interpretação das ideias de autoridade suprema do presidente da República, da defesa da pátria, da defesa da lei e da ordem. O convite feito para as Forças Armadas significava a própria sujeição do tribunal aos militares”.
20h48 – Para relator, Bolsonaro agiu para desacreditar TSE
Ao longo da leitura do segundo bloco de seu voto, o relator Benedito Gonçalves fez um apanhado de algumas falas e posturas de Bolsonaro com relação ao processo eleitoral. O relator lembrou que, para Bolsonaro, “seu relato era mais importante do que os relatórios do TSE” e que o ex-presidente sempre tratou a Justiça Eleitoral como instituição opaca, com servidores capazes de manipular o processo eleitoral.
20h47 – Julgamento sobre a inelegibilidade de Bolsonaro no TSE é interrompido para intervalo de 20 minutos
20h40 – “Não houve participação do Itamaraty nesse evento”
Na leitura de seu voto, Benedito Gonçalves lembrou que o então chanceler Carlos França negou a participação do Itamaraty no evento com os embaixadores. Também destacou que a Chancelaria não revisou o material em inglês que iria entregar aos embaixadores. Para o relator, essa ausência de participação demonstra que o evento foi capitaneado pelo então presidente.
20h16: “Essa Corte já reconheceu o cunho eleitoral do evento [com os embaixadores]”
Benedito Gonçalves refutou o argumento dos advogados de Bolsonaro de que o evento com embaixadores não tinha caráter eleitoral, mas sim, uma agenda do chefe de estado e não de candidato. A defesa alega que os embaixadores não são eleitores. Contudo, para o relator, o evento foi transmitido não só pela EBC, que é um TV pública, como difundido em redes sociais. Para Benedito, fica claro o caráter eleitoreiro. “Essa Corte já reconheceu o cunho eleitoral do evento”, disse.
20h15 – Benedito Gonçalves: “Não é possível fechar os olhos para os efeitos dos discursos antidemocráticos e de mentiras”
19h53 – Relator vota para manter na ação a inclusão da minuta do golpe
Durante a leitura do voto, Benedito Gonçalves, relator da ação que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível, voltou a defender a inclusão da minuta do golpe na ação. O documento, apreendido pela Polícia Federal depois das eleições, mostrava um plano para decretar estado de defesa após a vitória de Lula. A defesa de Bolsonaro questiona a inclusão da minuta, uma vez que o TSE decidiu em 2017, ao absolver a chapa Dilma-Temer, não acatar provas trazidas durante o curso da ação. De acordo com Gonçalves, a inclusão da minuta golpista não contraria a tese firmada naquele julgamento. “A admissibilidade do decreto de estado de defesa não confronta, não revoga e não contraria a nossa jurisprudência”, afirmou.
19h22 – Relator da ação, ministro Benedito Gonçalves inicia leitura de seu voto
Ao iniciar a leitura de seu voto, o relator da ação no TSE que pode deixar Jair Bolsonaro inelegível, ministro Benedito Gonçalves, ressaltou a rejeição das preliminares que poderiam levar a extinção do processo. Como a minuta do voto que foi distribuída aos ministros tem 382 páginas, Gonçalves disse que vai sintetizar abordagem do que for possível, sem prejudicar didática.
19h17 – É aberta a sessão no TSE
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes abre a sessão que julga ação que pode deixar inelegíveis Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, candidatos a presidente e vice-presidente nas eleições de 2022. A chapa é acusada de abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação por reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada.
19h11 – “Não é de estranhar pedido de vista”, diz advogado de Bolsonaro
Minutos antes do julgamento iniciar, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro na ação, Tarcísio Vieira de Carvalho, afirmou que “não é de estranhar pedido de vista tampouco causa prejuízo (…) porque não há eleições este ano”. “Expectativa do pedido de vista sempre existe, nós tivemos audiências muito serenas e muito respeitosas com os ministros, nenhum deles antecipou voto, tampouco a defesa sugeriu [o pedido de vistas]”, completou.
Vieira também disse que Bolsonaro vai receber o resultado do julgamento com “serenidade” e que um eventual resultado de 5 a 2 – ou seja, com alguma divergência – pode ajudar na elaboração dos embargos de declaração.
18h30 – Inelegibilidade de Bolsonaro: 47% são favoráveis e 43% contrários, diz Genial/Quaest
No campo da opinião pública, a avaliação sobre a inelegibilidade de Bolsonaro é incerta. Dados da última pesquisa Genial/Quaest apontam que a condenação do ex-presidente pelos ataques às urnas eletrônicas divide opiniões: 47% são favoráveis e 43% contrários; outros 10% não opinaram sobre o tema. Leia mais sobre a pesquisa.
17h45 – No primeiro dia de julgamento, minuta do golpe e 8 de janeiro tomaram conta das sustentações orais. Veja como foi
A inclusão de provas relacionadas às investigações relativas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a minuta do golpe encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres deram a tônica das sustentações orais no primeiro dia de julgamento, na última quinta-feira (22/6). Veja aqui como foi.
16h45 – Entenda o andamento do processo no TSE
Em 18 de julho, Bolsonaro recebeu embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para falar sobre eleições. O evento todo foi transmitido pela TV Brasil e pelas redes sociais oficiais do governo. Além dos militares, parte da sociedade civil e autoridades ficaram incomodadas com o discurso do ex-presidente atacando as urnas eletrônicas e o processo eleitoral. Esse foi o contexto no qual o PDT ajuizou ação contra a fala do ex-presidente. O processo que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível, agora, será julgado pelo TSE nesta quinta-feira. Veja aqui a linha do tempo do processo.
15h50 – Atos antidemocráticos agilizaram julgamento sobre inelegibilidade de Bolsonaro
Os movimentos antidemocráticos do dia 8 de janeiro trouxeram um senso de urgência aos ministros do TSE quanto às ações que discutem a inelegibilidade de Bolsonaro. Em janeiro, o JOTA publicou um relatório especial, enviado inicialmente aos assinantes do JOTA PRO Poder, que mostrava o passo a passo da tramitação das ações. Clique aqui para baixar e entender todo o processo.
REDAÇÃO JOTA – Brasília
https://www.jota.info/justica/tse-ao-vivo-acompanhe-o-julgamento-que-pode-tornar-jair-bolsonaro-inelegivel-29062023
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Gino Severini (1883–1966), Sobrevoando Rheims, 1915.
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Por JALDES MENESES*
A importância do conceito de relações de força para a compreensão do conjunto teórico gramsciano
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Gramsci nunca se afasta dessa analítica (mesmo quando o assunto não é a política, mas filosofia e história) – é exatamente ela que tem o condão de dar sistematicidade à sua reflexão. Imitando o áspero vocabulário desse extraordinário marxista que foi Poulantzas: a analítica das relações de força é a ossatura da démarche gramsciana.
*Jaldes Meneses é professor titular do Departamento de História da UFPB.
Referência
As citações dos Cadernos do Cárcere de Gramsci são dos seis volumes da edição brasileira, publicada pela Editora Civilização Brasileira, traduzida por Carlos Nelson Coutinho, Marco Aurélio Nogueira e Luiz Sérgio Henriques.
https://aterraeredonda.com.br/o-conceito-de-relacoes-de-forcas-em-gramsci/
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Questão 524529 CPCON UEPB - 2016 - Professor (Gado Bravo)/Geografia
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A opinião do dia apresentada é uma citação de Antonio Gramsci, um renomado teórico político e filósofo marxista italiano. Nessa citação, Gramsci discute a importância de analisar as relações entre estrutura e superestrutura para compreender as forças que atuam na história de um determinado período.
Gramsci argumenta que uma sociedade só estabelece tarefas para as quais já existem ou estão surgindo as condições necessárias. Além disso, ele afirma que nenhuma formação social desaparece antes que todas as forças produtivas nela contidas se desenvolvam e antes que as condições materiais para uma nova forma de vida tenham amadurecido. Esses princípios são fundamentais para entender os objetivos alcançáveis em determinado momento histórico.
Gramsci também faz uma distinção entre movimentos orgânicos e movimentos de conjuntura. Os movimentos orgânicos são relativamente permanentes, enquanto os movimentos de conjuntura são ocasionais e imediatos. Os fenômenos de conjuntura levam a uma crítica política diária, envolvendo pequenos grupos dirigentes, enquanto os fenômenos orgânicos levam a uma crítica histórico-social que envolve os grandes agrupamentos.
O autor destaca a importância de compreender essa distinção ao estudar um período histórico, especialmente em tempos de crise. Ele argumenta que uma crise prolongada revela contradições insolúveis na estrutura social, e as forças políticas atuam para superá-las dentro de certos limites. Esses esforços formam o terreno para a emergência de forças antagonistas que buscam demonstrar a existência de condições necessárias e suficientes para resolver determinadas tarefas históricas.
Gramsci ressalta que o erro frequente nas análises histórico-políticas ocorre ao não encontrar a relação correta entre o que é orgânico e o que é ocasional. Isso pode levar a superestimar causas mecânicas ou a exaltar o elemento voluntarista e individual. Gramsci afirma que a distinção entre movimentos orgânicos e de conjuntura deve ser aplicada a todas as situações, sejam regressivas, progressistas ou de estagnação das forças produtivas.
Ele argumenta que estabelecer corretamente a relação dialética entre esses dois tipos de movimentos é difícil, mas fundamental tanto na historiografia quanto na política contemporânea. Gramsci adverte que o autoengano, substituindo a análise objetiva e imparcial pelos desejos e paixões imediatas, pode levar a erros tanto na reconstrução da história passada quanto na construção da história presente e futura.
Essa opinião de Antonio Gramsci destaca a necessidade de uma análise cuidadosa e abrangente das forças sociais e políticas em diferentes momentos históricos, levando em consideração tanto os aspectos estruturais como os contextuais para uma compreensão mais completa das relações de poder e mudança social.
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quinta-feira, 29 de junho de 2023
Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Análise das situações: relações de força.)
“É o problema das relações entre estrutura e superestrutura que deve ser posto com exatidão e resolvido para que se possa chegar a uma justa análise das forças que atuam na história de um determinado período e determinar a relação entre elas. É necessário mover-se no âmbito de dois princípios: 1) o de que nenhuma sociedade se põe tarefas para cuja solução ainda não existam as condições necessárias e suficientes, ou que pelo menos não estejam em via de aparecer e se desenvolver; 2) e o de que nenhuma sociedade se dissolve e pode ser substituída antes que se tenham desenvolvido todas as formas de vida implícitas em suas relações (verificar a exata enunciação destes princípios). [“Nenhuma formação social desaparece antes que se desenvolvam todas as forças produtivas que ela contém, e jamais aparecem relações de produção novas e mais altas antes de amadurecerem no seio da própria sociedade antiga as condições materiais para sua existência. Por isso, a humanidade se propõe sempre apenas os objetivos que pode alcançar, pois, bem vistas as coisas, vemos sempre que estes objetivos só brotam quando já existem ou, pelo menos, estão em gestação as condições materiais para sua realização” (Prefácio à Crítica da economia política). Da reflexão sobre estes dois cânones pode-se chegar ao desenvolvimento de toda uma série de outros princípios de metodologia histórica. Todavia, no estudo de uma estrutura, devem-se distinguir os movimentos orgânicos (relativamente permanentes) dos movimentos que podem ser chamados de conjuntura (e que se apresentam como ocasionais, imediatos, quase acidentais). Também os fenômenos de conjuntura dependem, certamente, de movimentos orgânicos, mas seu significado não tem um amplo alcance histórico: eles dão lugar a uma crítica política miúda, do dia a dia, que envolve os pequenos grupos dirigentes e as personalidades imediatamente responsáveis pelo poder. Os fenômenos orgânicos dão lugar à crítica histórico-social, que envolve os grandes agrupamentos, para além das pessoas imediatamente responsáveis e do pessoal dirigente. Quando se estuda um período histórico, revela-se a grande importância dessa distinção. Tem lugar uma crise que, às vezes, prolonga-se por dezenas de anos. Esta duração excepcional significa que se revelaram (chegaram à maturidade) contradições insanáveis na estrutura e que as forças políticas que atuam positivamente para conservar e defender a própria estrutura esforçam-se para saná-las dentro de certos limites e superá-las. Estes esforços incessantes e perseverantes (já que nenhuma forma social jamais confessará que foi superada) formam o terreno do “ocasional”, no qual se organizam as forças antagonistas que tendem a demonstrar (demonstração que, em última análise, só tem êxito e é “verdadeira” se se torna nova realidade, se as forças antagonistas triunfam, mas que imediatamente se explicita numa série de polêmicas ideológicas, religiosas, filosóficas, políticas, jurídicas, etc., cujo caráter concreto pode ser avaliado pela medida em que se tornam convincentes e deslocam o alinhamento preexistente das forças sociais) que já existem as condições necessárias e suficientes para que determinadas tarefas possam e, portanto, devam ser resolvidas historicamente (devam, já que a não realização do dever histórico aumenta a desordem necessária e prepara catástrofes mais graves). O erro em que se incorre frequentemente nas análises histórico[1]políticas consiste em não saber encontrar a justa relação entre o que é orgânico e o que é ocasional: chega-se assim ou a expor como imediatamente atuantes causas que, ao contrário, atuam mediatamente, ou a afirmar que as causas imediatas são as únicas causas eficientes. Num caso, tem-se excesso de “economicismo” ou de doutrinarismo pedante; no outro, excesso de “ideologismo”. Num caso, superestimam-se as causas mecânicas; no outro, exalta-se o elemento voluntarista e individual. (A distinção entre “movimentos” e fatos orgânicos e movimentos e fatos de “conjuntura” ou ocasionais deve ser aplicada a todos os tipos de situação, não só àquelas em que se verifica um processo regressivo ou de crise aguda, mas àquelas em que se verifica um processo progressista ou de prosperidade e àquelas em que se verifica uma estagnação das forças produtivas.) O nexo dialético entre as duas ordens de movimento e, portanto, de pesquisa dificilmente é estabelecido de modo correto; e, se o erro é grave na historiografia, mais grave ainda se torna na arte política, quando se trata não de reconstruir a história passada, mas de construir a história presente e futura: os próprios desejos e as próprias paixões baixas e imediatas constituem a causa do erro, na medida em que substituem a análise objetiva e imparcial e que isto se verifica não como “meio” consciente para estimular à ação, mas como autoengano. O feitiço, também neste caso, se volta contra o feiticeiro, ou seja, o demagogo é a primeira vítima de sua demagogia.”
*Antonio Gramsci (1891-1937). Cadernos do Cárcere, v.3. p.36-8. Civilização Brasileira, 2007.
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O Mundo É Um Moinho
Cartola
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Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
Composição: Cartola.
https://www.letras.mus.br/cartola/44901/
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quinta-feira, 29 de junho de 2023
Luiz Carlos Azedo - Por que será que nossos jovens não querem ter tantos filhos?
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Correio Braziliense
Os indicadores sociais precisam ser confrontados com os resultados do Censo 2022, principalmente na educação, na saúde, na habitação, nos transportes e na segurança pública
No Natal de 1989, a criminalidade nos Estados Unidos atingiu um de seus índices mais elevados. Nos 15 anos anteriores, havia aumentado 80%. A partir dos anos 1990, começou a cair repentinamente, até atingir patamares equivalentes ao imediato pós-Segunda Guerra Mundial. As explicações eram as mais diversas: estratégias inovadoras da polícia, prisões mais seguras, mudanças no mercado de drogas, controle de armas, mais polícia nas ruas e outras medidas associadas à segurança pública, além do envelhecimento da população.
O economista Steven D. Levitt, da Universidade de Chicago, e o jornalista novaiorquino Stephen J Dubner analisaram todas essas hipóteses, inclusive aquela que atribui a queda da criminalidade ao envelhecimento da população, no livro Freakonomics, o lado oculto e inesperado que nos afeta (Editora Campus), para concluir que nada disso foi o fator determinante da queda da criminalidade. Embora os velhinhos fossem menos violentos que os norte-americanos mais jovens, chegaram à conclusão de que o fator determinante da redução da criminalidade fora a legalização do aborto, porque reduziu drasticamente a população de jovens em situação de risco.
Esse direito das mulheres já vigorava em Nova York, Califórnia, Washington, Alasca e Havaí, porém, a Suprema Corte norte-americana, no processo Roe versus Wade, em 1973, legalizara o aborto em todo o território dos Estados Unidos. No primeiro ano da nova lei, 750 mil mulheres fizeram aborto nos EUA; em 1980, já eram 1,6 milhão, um patamar de um aborto para cada 2,25 nascidos vivos, que se manteve constante. Em um país que tinha 225 milhões de habitantes, isso representava um aborto para cada 140 habitantes. Até então, um aborto ilegal em segurança custava em torno de US$ 500. Com a legalização, o custo caiu para US$ 100.
Mulheres com menos de 20 anos, solteiras e pobres passaram a dominar as estatísticas. A pergunta chave que faziam era: “Que tipo de futuro essas crianças teriam?”. Com a legalização, caíram os casos de casamentos forçados, infanticídios e doação de crianças. Estudos sociológicos também mostravam que as crianças cujas mães tinham esse perfil teriam 50% de possibilidades de viver na miséria, 60% de serem criadas apenas pela mãe. Isso dobrava o risco de serem atraídas pela criminalidade, principalmente o tráfico de drogas.
A tese de Levit e Dubner é muito contestada, são heterodoxos, mas vinculados à Escola de Chicago e acusados de “darwinismo social”. Entretanto, merecem reflexão. Segundo o Censo 2022, a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, um aumento de apenas 12,3 milhões desde o Censo 2010. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento médio da população foi de 0,52%, o menor desde 1872, quando do primeiro Censo do país.
A vida banal
Com 84,8 milhões de habitantes, a Região Sudeste tem 41,8% da população do país. Na sequência, estão Nordeste (26,9%), Sul (14,7%) e Norte (8,5%). A região menos populosa é a Centro-Oeste, com 16,3 milhões de habitantes ou 8,02% da população do Brasil, porém cresce à taxa média de 1,2% ao ano, nos últimos 12 anos. Nordeste e Sudeste cresceram menos do que a média do Brasil, de 0,52% ao ano.
Esses dados surpreendem e já surgem questionamentos quanto à qualidade do Censo, que passou por adiamentos, uma séria crise de financiamento e uma pandemia. Mas refletem uma tendência que já havia sido observada em outros países: as novas gerações têm menos filhos do que as anteriores, sendo muito frequente a incidência de jovens que simplesmente não querem ter filhos.
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os três estados mais populosos do país e concentram 39,9% da população. Só o estado de São Paulo, com 44 milhões, 420 mil, 459 pessoas recenseadas, com 21%, representa um quinto da população. Na sequência, vêm Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. Os estados da fronteira norte são os menos populosos; Roraima tem a menor população (636.303 habitantes), seguido do Amapá e do Acre. O DF e 14 estados tiveram taxas médias de crescimento acima da média nacional (0,52%) entre 2010 e 2022. Brasília passou a ser a terceira cidade do país, com 2,8 milhão de habitantes, atrás apenas de São Paulo (11,4 milhões) e Rio de Janeiro (6,2 milhões).
Salvador (BA) foi a capital com a maior perda de habitantes: redução de 258 mil em 12 anos. Em seguida, Natal (RN), Belém (PA) e Porto Alegre (RS), com variação negativa de 7%, 6% e 5%, respectivamente. Mas, em números absolutos, o Rio de Janeiro vem em segundo, com queda de 109 mil habitantes. Esses dados são essenciais para as políticas públicas, cujos indicadores precisam ser confrontados com os resultados do Censo 2022, principalmente na educação, na saúde, na habitação, nos transportes e na segurança pública.
Por que nossos jovens não querem ter tantos filhos? Em que medida a degradação da “vida banal” das cidades brasileiras, para usar a expressão do falecido geógrafo e professor Milton Santos, com sua insegurança econômica e violência, e os 500 mil abortos/ano registrados pelo SUS (uma a cada sete mulheres, aos 40 anos, já fez pelo menos um aborto na vida; 52% com menos de 19 anos) estão por trás dessas estatísticas?
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Não parecia
"É um gosto."
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Sistema float – Vidro flutuante
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O sistema float surgiu nos anos 50, na Grã Bretanha. Foi criado por Alastair Pilkington e consiste no derramamento da massa do vidro em banhos de estanho derretido, de maneira que o vidro flutua no estanho. Daí o nome “float”, flutuador, traduzido do inglês.
A razão para se usar estanho é que ele derrete em baixa temperatura e tem um ponto de ebulição muito alto, e por ser mais denso que o vidro, os dois componentes podem usufruir do mesmo banho. O vidro flutua no estanho derretido de maneira similar ao óleo na água, pois não se misturam.
O sistema float, que no início produzia vidro com espessuras limitadas, atualmente é capaz de produzir vidros de espessuras variadas.
Essa espessura é controlada por cilindros que podem ser ajustados de diversas formas, para obter dimensões precisas. Quanto mais velocidade aplicada, o vidro fica mais estreito e mais fino.
A placa de vidro se solidifica com velocidade controlada. Após o resfriamento (também controlado), o processo final apresenta folhas de vidro cristalinas e uniformes.
O controle do resfriamento do vidro float é muito preciso. O vidro precisa ser resfriado vagarosamente. Geralmente, existem mecanismos de resfriamento instalados em espaços específicos. Isso por que se o vidro é resfriado muito rapidamente, ele ficará frágil e muito quebradiço.
Depois de aquecido, submetido ao banho de estanho, esticado, resfriado e lavado, o vidro float está quase pronto para ser utilizado nos mais diversos segmentos.
A partir de então ele será encaminhado para os cortadores automáticos e em seguida encaminhados para os galpões de armazenamento, de onde sairão para compor diversos artigos. Geralmente utiliza-se vidro float na construção civil, escritórios e casas.
Resumindo, o vidro float nada mais é do que o vidro reto, plano.
Servindo como base para todas as variações existentes no mercado: temperado, insulado, laminado, curvo, espelho, entre outros.
O sistema de vidro float é padrão mundial para a fabricação de vidros planos de alta qualidade.
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Papo Antagonista: A véspera da inelegibilidade
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"Na política, né Filipe, a gente precisa entender as coisas nas entrelinhas."
"Às vezes, o não dito é mais dito que o próprio dito."
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O Antagonista
Transmissão ao vivo realizada há 5 horas
https://www.youtube.com/watch?v=LDDWH78hDJg
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Ministro André Mendonça, do STF, compõe painel sobre "Sustentabilidade e o marco legal do saneamento básico no país"
Painel no XI Fórum Jurídico de Lisboa
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"Eu não acompanhei o julgamento. Vi, rapidamente, pela imprensa, eeé..., unnn voto numa direção prejudicial ao ex-presidente. O que eu espero é um julgamento justo. Assim como nós não queremos perseguição para um lado. Assim como se critica perseguição a certos atores, políticos ...Nós não podemos, por conveniência, ou por circunstância, compactuarmos(sic) com atitudes que não garantam os mesmos direitos de defesa e as mesmas justiça pra quem não pense ideologicamente como nós...."
André Mendonça - Um voto numa direção prejudicial ao ex-presidente
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Painel no XI Fórum Jurídico de Lisboa aborda Defesa da democracia e liberdades fundamentais
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XI Fórum Jurídico de Lisboa
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IDP
Transmissão iniciada há 6 horas
26, 27 e 28 de junho 2023
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Ontem à tarde um homem das cidades ("Alberto Caeiro"), de Fernando Pessoa
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poetico
ONTEM À TARDE UM HOMEM DAS CIDADES
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Proj-logo
Arquivo Pessoa
Obra AbertaOBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
pdf
Alberto Caeiro
XXXII - Ontem à tarde um homem das cidades
XXXII
Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu—não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)
Eu no que estava pensando
Quando o amigo de gente falava
(E isso me comoveu até às lágrimas),
Era em como o murmúrio longínquo dos chocalhos
A esse entardecer
Não parecia os sinos duma capela pequenina
A que fossem à missa as flores e os regatos
E as almas simples como a minha.
(Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com o florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa—existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso.)
E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e ama?
s.d.
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 56.
“O Guardador de Rebanhos”. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.
https://www.youtube.com/watch?v=lJEaH5umCc0
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23.02.2018 11:27
Entenda direito: quando se omitir é crimeCompartilhe
Você sabia que, de maneira geral, a população não está obrigada a comunicar a ocorrência de um crime que presenciou? No entanto, em algumas situações, a omissão pode ser tipificada como conduta criminosa. Dependendo da situação, a omissão pode trazer consequências penais a quem deixa de fazer algo que pode evitar o resultado da ação. Quem explica a questão no quadro “Entenda direito” desta semana é a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT) Jaqueline Cherulli.
De acordo com o Código Penal, no art. 13, § 2º, a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, mas não o faz. São três as situações previstas no código como dever de agir a quem: 1) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 2) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado e 3) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Os casos mais frequentes de omissão – que inclusive são pautas na mídia e em novelas – são da situação número 1, em que os pais que são responsáveis pelo cuidado, proteção e vigilância de crianças e adolescentes se omitem perante abusos sexuais, violência e outras transgressões de direitos infantis.
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“Quem tem dever e obrigação de cuidado, proteção e vigilância e não cumpre com esse dever está se omitindo, então a omissão passa a ser crime, com previsão legal. Se a mãe tem conhecimento de um ato de violência contra o filho e não faz nada, ela não deixa de ser co-autora dessa ação. Ela vai responder pelo mesmo crime que o agressor responderá também”, esclareceu a juíza.
Outro exemplo mencionado pela juíza - omissão de socorro - se enquadra na situação número 2, em que a pessoa assume a responsabilidade de impedir o resultado. Para isso, existe o reforço no art. 165 do CP, que prevê a responsabilização penal a quem deixa de prestar assistência à pessoa ferida, quando possível fazê-lo sem risco pessoal.
Nos casos de trânsito, a omissão de socorro também pode se encaixar na situação 3 do Código Penal, quando o motorista causa um acidente e deixa de prestar socorro à vítima, assumindo o comportamento que criou o risco da ocorrência.
“O que você deixou de fazer, na nossa lei penalista, tem relevância? Se você omite socorro a alguém, você assume o risco do resultado que virá adiante. Nós temos várias possibilidades em que a omissão vai trazer consequências penais”, pontua a magistrada.
https://www.tjmt.jus.br/noticias/51689
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Versículos sobre não ser cúmplice do Pecado
Não devemos ser cúmplices do pecado, nem desejar andar no caminho da perdição. Os padrões deste mundo seduzem e conduzem à morte eterna.Deixar-se influenciar pelo mundo é compactuar com o pecado:
"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as."
- Efésios 5:11 (ARA)
Nós somos o sal da terra! Se pertencemos a Cristo, quebramos o círculo vicioso do pecado. Se alguém vê o erro, deve falar, não consentir, deve fugir da aparência do mal.
Ao recebermos o perdão somos libertos pela Verdade. E ao termos consciência da Verdade as coisas erradas irão nos incomodar.
Devemos tolerar as pessoas, mas não somos obrigados a tolerar o pecado. Devemos influenciar o mundo com a Palavra de Cristo! Renove a sua mente, não se conforme com o pecado, santifique-se!
Deus não compactua com o pecado
Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.
Efésios 5:11
Mas agora estou escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer.
1 Coríntios 5:11
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2
Não siga pela vereda dos ímpios
nem ande no caminho dos maus. Evite-o, não passe por ele;
afaste-se e não se detenha.
Provérbios 4:14-15
"Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca."
Mateus 26:41
Aquele que anda corretamente
e fala o que é reto,
que recusa o lucro injusto,
cuja mão não aceita suborno,
que tapa os ouvidos
para as tramas de assassinatos
e fecha os olhos
para não contemplar o mal, é esse o homem que habitará nas alturas;
seu refúgio
será a fortaleza das rochas;
terá suprimento de pão
e água não lhe faltará.
Isaías 33:15-16
Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus.
Hebreus 10:26-27
Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus.
1 João 3:7-9
Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.
Efésios 4:22-24
Assim, eu digo a vocês, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na inutilidade dos seus pensamentos. Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao endurecimento do seu coração. Tendo perdido toda a sensibilidade, eles se entregaram à depravação, cometendo com avidez toda espécie de impureza.
Efésios 4:17-19
Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se". "Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez.
Apocalipse 22:11-12
Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.
1 Coríntios 6:9-11
Ai dos que chamam ao mal bem
e ao bem, mal,
que fazem das trevas luz
e da luz, trevas,
do amargo, doce
e do doce, amargo!
Isaías 5:20
Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".
1 Pedro 1:14-16
Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.
Tiago 4:7-10
Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.
1 Tessalonicenses 4:7
Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.
Romanos 6:11
Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar.
Colossenses 3:5-8
Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. Porque aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso. Mas, tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas.
Efésios 5:8-13
Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.
Gálatas 5:16
O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade.
1 Coríntios 5:6-8
Assim, Jesus também sofreu fora das portas da cidade, para santificar o povo por meio do seu próprio sangue.
Hebreus 13:12
Não se precipite em impor as mãos sobre ninguém e não participe dos pecados dos outros. Conserve-se puro.
1 Timóteo 5:22
Se alguém chegar a vocês e não trouxer esse ensino, não o recebam em casa nem o saúdem. Pois quem o saúda torna-se participante das suas obras malignas.
2 João 1:10-11
https://www.bibliaon.com/conformar_com_o_pecado/
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Fernando Graça interpreta poema "O Labirinto", de Jorge Luis Borges: "Não haverá nunca uma porta..."
Fernando Graça
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quarta-feira, 28 de junho de 2023
Luiz Carlos Azedo - O ex-presidente Bolsonaro em seu labirinto
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Correio Braziliense
As investigações sobre o 8 de janeiro estão complicando a situação do ex-presidente. Mesmo que novas provas não sejam incorporadas ao processo pelo TSE, sua inelegibilidade é dada como certa
Com perdão para a memória de Simón Bolívar, o Libertador, e parafraseando Gabriel García Márquez, a história do ex-presidente Jair Bolsonaro começará a ser contada a partir de seu julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve condená-lo à inelegibilidade até 2030. O ex-capitão, como o general de romance histórico da literatura latino-americana, construiu um labirinto do qual não consegue sair. Como o personagem fictício, cuja trajetória é fiel aos fatos históricos, Bolsonaro ingressa agora numa fase na qual toda glória se foi. Precisará de muita resiliência para enfrentar mais de uma dúzia de processos, sem a prostração e a angústia do mitológico caudilho de Gabo no final de sua vida.
Spoiler desse clássico da literatura universal: García Márquez, vencedor do prêmio Nobel de Literatura, ao contar a história de Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco, O Libertador, fala dos percalços da vida, do sofrimento e de sua sina cruel, que a realidade traz à tona sempre que pode, ao final da vida do caudilho.
O general em seu labirinto (Record), de 1989, começa de trás pra frente, nos últimos dias do caudilho venezuelano, durante sua derradeira viagem através do Rio Magdalena, quando rememora paixões, batalhas, derrotas e vitórias. Tecido pelas dores do declínio, seu labirinto é uma mente ambiciosa, muito inteligente e sagaz, que sonhou fazê-lo o chefe político e militar perpétuo de uma única grande nação, do México à Terra do Fogo, depois de conquistar a Venezuela, a Colômbia, o Equador e a Bolívia. O seu ocaso, porém, é cruel.
Voltemos a Bolsonaro. O ex-presidente da República é grosseiro e vulgar, mas não é burro. Inicialmente, não acreditava numa condenação, que agora é dada como certa por seus aliados e até por ele próprio. Nos últimos dias, já com a inelegibilidade dada como favas contadas, saiu da letargia e resolver mobilizar seus apoiadores pelas redes sociais para pressionar ministros do TSE. Seu objetivo é evitar uma condenação unânime e recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mantendo-se na mídia como vítima de suposta perseguição política. O general Braga Netto, vice na sua chapa, que também é réu no processo, tem chance de escapar da condenação.
A cúpula do PL já trabalha com o cenário de Bolsonaro fora da disputa eleitoral. Suas declarações de que pretende se candidatar a vereador no Rio de janeiro, nas eleições do próximo ano, são coisa de quem está fora da realidade, no labirinto mental em que se enroscou. Já Braga Netto, não; em abril, o Ministério Público Eleitoral defendeu a rejeição das acusações contra ele. Caso escape da condenação, o que é mais provável, pode ser lançado candidato a prefeito do Rio de Janeiro, onde certamente teria a mesma base de apoio de Bolsonaro, inclusive das milícias. O prefeito Eduardo Paes (PSD) apoiou Lula nas eleições passadas.
Como foi o caso? Bolsonaro reuniu os embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para denunciar a atuação do TSE, principalmente do seu presidente, ministro Alexandre de Moraes, acusando-o do propósito de fraudar as eleições nas urnas eletrônicas, sem apresentação de provas. Ocorre que as investigações sobre o 8 de janeiro também estão complicando a situação do ex-presidente. Mesmo que novas provas não sejam incorporadas ao processo, como a minuta do decreto de golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ou as gravações do celular do seu ex-ajudante de ordens, coronel Mauro Barbosa Cid, apreendido pela Polícia Federal.
Cenários
Além disso, a condenação de Bolsonaro pode criar jurisprudência para outros julgamentos de políticos acusados de crimes eleitorais, entre os quais as denúncias vazias contra as urnas eletrônicas. Nesse caso, haverá um strike nas bancadas bolsonaristas. Pode ser um revés ainda maior para o PL, de Valdemar Costa Neto, que trabalha para que Bolsonaro mantenha sua influência política, como o grande eleitor da legenda. Seu maior trunfo é a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas apenas para as eleições de 2026, em Brasília, porque não há eleições para vereador e prefeito na capital federal. Ela postularia uma vaga no Senado.
A inelegibilidade de Bolsonaro abre caminho para a reeleição de Lula, mas também para a despolarização política, com fragmentação da extrema direita ao centro político. É também um desafio para o presidente Lula, que precisa manter uma ampla coalizão de governo e uma maioria precária no Congresso, que até agora se estruturou graças à polarização política. Caso seu governo perca popularidade, alternativas surgirão na própria Esplanada dos Ministérios.
No momento, os principais candidatos ao espólio eleitoral de Bolsonaro não são homens da extrema direita, cultivam a imagem de políticos conservadores, porém esclarecidos: os governadores de Minas, Romeu Zema (Novo), que está no segundo mandato, e o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PR), que poderá optar pela reeleição. Nenhum dos dois é ligado a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que precisará ter um candidato competitivo que canalize os votos de Bolsonaro.
O cenário com Bolsonaro enfraquecido aponta também para um quadro de realinhamento de forças nas eleições municipais. Como na velha política de conciliação entre luzias (liberais) e saquaremas (conservadores) do Império, o fato de haver uma ampla coalizão de governo não significa que seus integrantes esqueçam suas disputas nas eleições locais. É aí que Bolsonaro pode testar sua força.
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JORGE LUIS BORGES/POEMA/POESIA EM LÍNGUA ESPANHOLA
Jorge Luis Borges – Labirinto
Não haverá nunca uma porta. Já estás dentro.
E o alcácer abarca o universo
E não tem anverso nem reverso
Não tem extremo muro nem secreto centro.
Não esperes que o rigor do teu caminho
Que fatalmente se bifurca em outro,
Que fatalmente se bifurca em outro,
Terá fim. É de ferro teu destino
Como o juiz. Não creias na investida
Do touro que é um homem cuja estranha
Forma plural dá horror a essa maranha
De interminável pedra entretecida.
Não virá. Nada esperes. Nem te espera
No negro crepúsculo uma fera.
Trad.: Augusto de Campos
Jorge Luis Borges – Laberinto
No habrá nunca una puerta. Estás adentro
Y el alcázar abarca el universo
Y no tiene ni anverso ni reverso
Ni externo muro ni secreto centro.
No esperes que el rigor de tu camino
Que tercamente se bifurca en otro,
Que tercamente se bifurca en otro,
Tendrá fin. Es de hierro tu destino
Como tu juez. No aguardes la embestida
Del toro que es un hombre y cuya extraña
Forma plural da horror a la maraña
De interminable piedra entretejida.
No existe. Nada esperes. Ni siquiera
En el negro crepúsculo la fiera.
BORGES, Jorge Luis. “Laberinto” / “Labirinto”. In: CAMPOS, Augusto de. Quase Borges. 20 transpoemas e uma entrevista (organização e tradução). São Paulo: Terracota, 2013.
https://singularidadepoetica.art/2018/06/18/jorge-luis-borges-labirinto-2/
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