Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Uma expectativa, a Democracia
Em casa de armeiro, vendeta de paz.
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CANAL LIVRE - PAULO AUTRAN
18.078 visualizações Transmissão ao vivo realizada há 12 horas O Canal Livre deste domingo é uma homenagem ao centenário do grande ator brasileiro, Paulo Autran. Um dos nomes mais importantes do teatro e do cinema brasileiro, o ator teria completado 100 anos em setembro. O programa dessa semana recupera uma entrevista histórica dele, realizada em 2006 para os jornalistas Joelmir Beting, Fernando Mitre, Antonio Telles e Marcelo Parada.
https://www.youtube.com/watch?v=mfsyifqUdA0
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a Democracia é considerada a menos boa das formas boas e a menos má das formas más de Governo:
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domingo, 9 de outubro de 2022
Pedro S. Malan* - Uma decisão, uma expectativa
O Estado de S. Paulo
Se vitorioso, Lula terá de tentar unir o Brasil. Terá de ampliar, em muito, sua base de apoio na sociedade, contrariar muitos seguidores.
Há quase 20 anos escrevo neste espaço. No artigo inaugural (Falsos dilemas, difíceis escolhas..., 8/6/2003, A2), dizia: “Ao longo dos últimos 12 meses o Brasil mostrou ao mundo que continua avançando em termos de maturidade político-institucional e de racionalidade no debate econômico”. Gostaria de começar um artigo futuro, talvez repetindo essa mensagem. Esse desejo me veio à mente nessa semana que passou ao subscrever, com Arminio Fraga, Edmar Bacha e Persio Arida, uma singela nota que continha uma decisão e uma expectativa. A decisão: votaremos no segundo turno na chapa Lula-Alckmin. A expectativa: por uma condução responsável da economia num eventual novo governo. Cabe, talvez, tentar explicar a decisão e a expectativa.
O segundo turno será decidido, como apontou Marcus André Melo, por aquela parte do eleitorado que “vai votar em quem não aprova muito para evitar quem rejeita ainda mais”. Não é uma situação ideal, mas para o eleitor que não pretende se abster ou votar branco ou nulo restam apenas as duas opções: Lula ou Bolsonaro.
Por que descartamos a abstenção e o voto nulo ou branco? Em boa parte, pelo sentimento de que mais quatro anos de Bolsonaro representariam importante risco político-institucional, uma ameaça real de erosão dos mecanismos de pesos e contrapesos, filtros e freios da democracia no País. Deve ser o mesmo receio de quem quer que se tenha informado sobre a surreal reunião ministerial de abril de 2020; assistido às manifestações promovidas pelo Planalto em frente ao QG do Exército em Brasília, ou ao desfile de tanques na Esplanada no dia de votação, no Congresso, sobre voto impresso; ou, ainda, quem tenha acompanhado os discursos do presidente nos dois últimos 7 de Setembro.
É grave o que ocorre no mundo hoje: inflação global inédita desde os anos 70, baixíssimo crescimento da economia e do comércio globais, crise geopolítica severa, guerra na Ucrânia, com suas consequências globais, desencanto e ressentimento em mercados de trabalho não qualificados e crescimento de regimes autocráticos. Não convém acentuar esses riscos e incertezas, que são crescentes, com ingredientes do nosso contexto doméstico. Isso é o que decorreria de mais quatro anos do mesmo estilo de governar, que tantos problemas vem causando à imagem do Brasil, aqui e no exterior; de mais quatro anos de um governo que mostra incapacidade para adotar políticas públicas minimamente consistentes em áreas cruciais para nosso futuro – educação, ciência e tecnologia e meio ambiente.
Comento, agora, a expectativa, ou esperança. É verdade que qualquer que seja o resultado das urnas no segundo turno, o governo eleito terá de lidar com um contexto internacional adverso. Não há muito a esperar de Bolsonaro, pelo que já demonstrou. É de esperar que Lula e sua equipe estejam se preparando para o contexto internacional muito distinto daquele, extraordinariamente favorável, do qual Lula tanto se beneficiou. Sempre reconheci que havia interlocutores possíveis no PT, para quem o que receberam em 2003 não foi uma herança maldita, como sustentou Lula repetidas vezes, de forma equivocada. Volto ao artigo citado no primeiro parágrafo deste texto. Em sua essência, ele se referia ao fato de a alternância no poder, própria dos regimes democráticos, não ter naquele momento resultado em grandes rupturas, nem tampouco envolvido experimentos nocivos na condução da economia.
Os escritos publicados neste espaço entre 2003 e 2018 foram reunidos em livro (Uma certa ideia de Brasil: Entre passado e futuro). Muito escrevi sobre as heranças (benditas) com que o PT chegou ao poder, como começou a se dar conta da diferença entre disputar uma eleição e efetivamente governar um país da complexidade do Brasil. De que há falsos dilemas, escolhas difíceis, necessidade de definir prioridades, fazer escolhas, de reconhecer que a miríade de demandas e aspirações legítimas excede em muito a capacidade de atendê-las.
Lula disputou seis eleições presidenciais. Escrevi sobre a sexta campanha neste espaço (12/9/2010) e, no mês seguinte, no dia 10 de outubro, como agora, comentei o resultado do primeiro turno. Expressei, então, minha discordância com a estratégia da campanha petista. Mesmo no auge de seu prestígio e popularidade, com a economia crescendo a 7,5% ao ano, cerca de 52% dos eleitores haviam votado em José Serra e Marina Silva, negando a Lula, mais uma vez, a tão esperada vitória plebiscitária no primeiro turno. A porcentagem de votos nulos, brancos e de abstenções foi, então, de 26,7%.
No próximo dia 30, o País, ou, melhor, seus eleitores tomarão uma decisão coletiva da maior importância. Lula é maior que o partido que fundou e do qual sempre foi o indispensável amálgama e única inquestionável liderança. Se vitorioso, terá uma responsabilidade histórica: tentar unir um país profundamente dividido. Terá de ampliar, em muito, sua base de apoio na sociedade, contrariar muitos seguidores. Afinal, se Lula é maior que o PT, já se disse que o bolsonarismo é maior que Bolsonaro; veio para ficar, como governo ou como renhida oposição. Não será nada fácil a vida de um eventual novo governo.
*Economista, foi ministro da Fazenda no governo FHC.
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domingo, 9 de outubro de 2022
Rolf Kuntz* - Primeiro, a democracia
O Estado de S. Paulo
Fala-se muito em teto de gastos, em âncora fiscal e em programa econômico, mas o mais importante, neste momento, é garantir para o País uma forte âncora institucional.
Democracia é o principal valor político em jogo nesta eleição. Valores fundamentais, como a vida e as condições de sobrevivência, também estão em jogo, mas dependem, há milênios, das formas de cooperação social e da organização do poder. Programas de governo foram cobrados de alguns candidatos. Compromissos com o teto de gastos ou com alguma âncora fiscal foram apontados como essenciais. Todos esses pontos são relevantes, mas os compromissos e limites mais preciosos, no Brasil de hoje, são de outra natureza. Ao anunciar apoio a um dos candidatos, grandes economistas destacaram a defesa da democracia, dando muito menos atenção a detalhes econômicos. Nem precisaram justificar essa prioridade. O ritual democrático funcionou até agora, mesmo com o presidente insistindo no uso de meios públicos para sua campanha. Mas ninguém deveria esquecer os perigos, quando autoridades se mostram saudosas do período militar, elogiam torturadores e já convocaram multidões para pressionar o Legislativo e o Judiciário.
O presidente da República pôs em dúvida, em vários momentos, o sistema eleitoral e as instituições. Militares assumiram, até com a tolerância do Judiciário, o papel de fiscais das urnas eletrônicas. Meteram-se em política interna, destoando de seus colegas do mundo avançado, onde generais, comandando grandes forças, cuidam essencialmente de segurança externa. Só se voltam para questões internas quando convocados, no limite da Constituição, por um Poder constitucional. Muito mais do que uma âncora fiscal, é preciso garantir, agora, uma âncora institucional.
Para isso será preciso revalorizar alguns padrões fundamentais para uma democracia moderna. Um deles é a laicidade do Estado e, mais que isso, o caráter laico da rotina política. Religião e distinções de caráter religioso passaram, neste período presidencial, a integrar a fala política e os debates eleitorais. O presidente da República indicou para o Supremo Tribunal Federal (STF) um cidadão “terrivelmente evangélico”. Adicionou e até sobrepôs a religiosidade aos predicados técnicos e morais – “notável saber jurídico e reputação ilibada” – normalmente exigidos de um membro da Corte Suprema.
Nunca, antes, alguém havia sido indicado para um alto posto do Judiciário por ser filiado a um grupo religioso. De fato, ninguém havia sido avaliado com base em sua crença numa divindade, em sua preferência por algum culto ou mesmo em seu possível ateísmo ou agnosticismo. Dificilmente se admitiria, antes do mandato bolsonariano, avaliar em público a filiação religiosa de algum membro de uma corte superior.
Explorada na disputa eleitoral, a religião foi convertida em bandeira de campanha por apoiadores do presidente, enquanto púlpitos e palcos de templos evangélicos eram usados como palanques. Nada semelhante se observa no Reino Unido, onde há uma religião oficial chefiada pelo rei ou pela rainha. Mas o Reino Unido é uma democracia sólida, construída com base em valores liberais consolidados durante séculos.
A reafirmação dos padrões democráticos, no Brasil, deverá envolver a reconstrução, nos centros de poder, de uma rotina de respeito a normas básicas. Se uma âncora fiscal for instituída, as autoridades deverão respeitá-la nos programas, no dia a dia da administração e nas ações legislativas. Na área financeira, como em todas as outras, limites legais deverão ser tão importantes quanto regras de trânsito. Não há ordem de fato quando as normas são contornadas com truques ou com emendas constitucionais. Qual a serventia de um teto de gastos ou de um precatório, quando o governo pode gastar além do limite ou impor calote a um credor reconhecido pela Justiça?
Todas essas violações de limites ocorreram nos últimos anos. A grande regra foi o desprezo a regras. Propostas de emendas à Constituição foram usadas de forma rotineira, como se esse fosse o meio normal de resolver problemas políticos e administrativos. O texto constitucional, já muito emendado em gestões anteriores, foi tratado como entrave à boa ação governamental.
Acusado de ativismo, o Supremo Tribunal Federal foi exortado, mais de uma vez, a se concentrar nas funções de interpretar e aplicar a Constituição. Mas qual Constituição: a atual ou aquela em vigor depois das próximas emendas? A pergunta parece razoável, num país onde o texto constitucional é alterável, a qualquer momento, segundo a conveniência de quem maneja a caneta do poder.
Manter uma âncora fiscal pode ser muito importante, especialmente quando falta consolidar a confiança do mercado. Mas é preciso cuidar também da eficiência da gestão pública, da qualidade das políticas e da articulação com o Congresso – uma articulação, convém acentuar, sem orçamentos secretos. Não basta optar pela democracia: é necessário continuar a construí-la por meio da modernização do País, do crescimento e da criação de oportunidades para todos. Esses objetivos foram desprezados a partir de 2019. Falou-se muito em Deus, mas quase nada se fez por seus filhos mais necessitados.
*Jornalista
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WW - Edição especial | A Ucrânia vai vencer a guerra? - 09/10/2022
94.346 visualizações Transmissão ao vivo realizada há 10 horas Assista ao programa WW deste domingo, 9 de outubro de 2022, apresentado por William Waack.
https://www.youtube.com/watch?v=Rx0-61a93M8
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Mundo
Rússia realiza bombardeios maciços na Ucrânia em retaliação a ataque contra ponte na Crimeia
Moscou tomará medidas 'severas' de dimensão 'correspondente ao nível de ameaça' à Federação Russa, ameaçou Putin
Por O Globo e agências internacionais — Kiev
10/10/2022 03h20 Atualizado há 6 minutos
Bombeiros tentam apagar incêndio em área atingida por mísseis em KievBombeiros tentam apagar incêndio em área atingida por mísseis em Kiev Reprodução / Twitter
A Rússia lançou nesta segunda-feira uma série de bombardeios contra importantes cidades ucranianas, como o centro da capital Kiev, distante da frente de batalha. Com estruturas de energia e comunicações como alvos principais, os ataques mais amplos desde os dias iniciais do conflito marcam uma escalada de Moscou em retaliação à maciça explosão que derrubou no sábado um trecho da ponte estratégica que liga a Península da Crimeia ao território continental russo, que o presidente Vladimir Putin classificou como um "ato terrorista" da Ucrânia.
Leia mais: Putin culpa 'terrorismo' da Ucrânia por ataque contra ponte na Crimeia, mas Kremlin rejeita retaliação nuclear
Confira: Veja antes e depois da ponte que liga Rússia à Crimeia após forte explosão
Na abertura de uma reunião do seu Conselho de Segurança, Putin disse que a Ucrânia "praticamente se pôs no mesmo patamar que formações internacionais terroristas" ao atacar a ponte na Crimeia. Como "deixar um crime desses sem resposta é simplesmente impossível", afirmou o presidente, Moscou fez um "ataque maciço com armas de amplo alcance e alta precisão" contra "infraestruturas de energia, comandos militares e comunicações" da Ucrânia:
— Se tentativas de realizar ataques terroristas contra o nosso território continuarem, as medidas tomadas pela Rússia serão severas e sua dimensão corresponderá ao nível de ameaça à Federação Russa. Ninguém deve ter dúvidas sobre isso — afirmou Putin, que ainda no sábado havia anunciado a troca do comandante de sua ofensiva na Ucrânia, nomeando o general do Exército Sergei Surovikin, que o serviço de Inteligência militar de Kiev disse no fim de semana ser um especialista em guerra aérea.
Rússia faz bombardeio em massa contra cidades na Ucrânia
No centro de Kiev, veículos ficaram destruídos após bombardeios — Foto: Arman SOLDIN / AFPTV / AFP
Prédio de escritórios teve as janelas destruídas pelo impacto dos bombardeios em Kiev — Foto: Sergei SUPINSKY/AFP
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Uma moradora é socorrida após os ataques em Kiev. Prédios residenciais foram alvo de mísseis russos — Foto: HANDOUT / State Emergency Service of Ukraine / AFP
Principais alvos eram civis e centrais elétricas. Sem energia, internet está fora do ar e aquecimento residencial fica comprometido
Os bombardeios russos mataram ao menos oito pessoas e feriram 36, números que os ucranianos afirmam poder aumentar, e derrubaram o abastecimento de energia e outros serviços essenciais pelo país. Em Kiev, foram os primeiros desde junho, atingindo um cruzamento movimento na hora do rush matinal. Foi também o ponto mais próximo do Parlamento e do escritório de Zelensky já bombardeado por Moscou desde que o conflito eclodiu, em 24 de fevereiro.
Ao todo, afirma a Presidência ucraniana, foram registrados ataques contra 12 regiões do país, entre eles em cidades como Lviv, no Oeste ucraniano, e Dniéper, no centro, além de regiões mais perto das frentes de guerra e bombardeadas com maior frequência — entre elas Zaporíjia e Mykolayiv, ambas no Sul. Também há relatos de explosões no porto de Odessa, no Mar Negro, e alarmes dispararam por todo o território ucraniano, exceto a Crimeia, ocupada pelos russos há oito anos.
Alerta: Zelensky diz que mundo deve agir agora para impedir a ameaça nuclear da Rússia
Pouco após a fala de Putin, o Ministério da Defesa russo disse que os ataques "atingiram seu objetivo" e que "todos os alvos foram atingidos".
Segundo o Estado-Maior ucraniano, foram disparados ao menos 77 mísseis entre 6h20 e 11h15 (0h20 e 5h15 no Brasil), com ataques aéreos vindos também da Bielorrússia, onde o regime é aliado de Moscou, da Crimeia e de barcos russos no Mar Negro, que supostamente cruzaram o espaço aéreo da Moldávia. Ao menos 41 projéteis foram abatidos pelos sistemas de defesa ucranianos.
— É uma manhã dura. Estamos lidando com terroristas. Dezenas de mísseis, drones iranianos. Eles têm dois alvos: infraestruturas de energia pelo país (...) e o povo. O timing e os alvos foram escolhidos a dedo para causar o máximo de dano possível — disse Zelensky, em um pronunciamento por vídeo, no lado de fora da sede do governo. — Eles querem pânico e caos, querem destruir nosso sistema de energia. Eles não tem esperança.
As armas nucleares pequenas da Rússia: Opção arriscada tanto para Putin quanto para a Ucrânia
Amplo ataque
A prefeitura de Kiev pediu a todos os moradores que ficassem em abrigos, e na internet circulam imagens de estações de metrô cheias, como a de Vystavkovyi Tsentr, no centro da cidade. Bombardeios foram registrados nos arredores de uma universidade e das residências de embaixadores ocidentais e perto do parque Shevchenko, onde um parque infantil e uma ponte para pedestres foram danificados. No Telegram, circulam também imagens de um arranha-céu parcialmente destruído.
Kiev sofreu bombardeios pesados no início da guerra, quando a estratégia russa era atingir e tomar as grandes cidades ucranianas, algo que se provou fracassado. Desde que Moscou recalculou sua rota, contudo, a capital estava em relativa calmaria, com a população vivendo uma rotina não muito diferente da vista em outras capitais da região. O alerta de bombardeios iminentes só foi suspenso na cidade por volta de 12h30 (6h30 no Brasil).
Em Dniéper, cidade no centro da Ucrânia que é vista como relativo porto-seguro para quem foge da frente dos conflitos, os bombardeios "maciços" deixaram "mortos e feridos", segundo o chefe militar local, Valentyn Reznichenko. De acordo com moradores, mais de dez explosões foram registradas durante a madrugada.
Em Kharkiv, no Leste, o prefeito disse que ataques às redes elétricas interromperam o abastecimento de energia, e o fornecimento de água também foi cessado. O cenário é similar ao de Ivano-Frankivsk, no Sudoeste do país, onde poucos ataques foram vistos nos oito meses de guerra. No domingo, um ataque com mísseis russos na cidade de Zaporíjia, no Sul, já havia matado ao menos 14 pessoas.
'Ele devia dar um tiro nele mesmo': Revés na Ucrânia eleva ataques da elite russa contra militares
Ataque na Crimeia
O ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, aliado de Putin que hoje é vice-presidente do Conselho de Segurança russo, disse que os ataques recentes "são o primeiro episódio" e que o objetivo é "desmantelar o regime político ucraniano". Já o líder checheno Ramzan Kadyrov elogiou os bombardeios pela Ucrânia, afirmando estar "100% contente" com a conduta militar apenas uma semana após criticá-la e pedir o uso de armas nucleares táticas.
Desde agosto, a contraofensiva ucraniana vinha impondo reveses significativos a Moscou, embora o Kremlin ainda mantenha o controle de cerca de 15% do território do país vizinho, equivalentes a cerca de 120 mil km². Kiev não assumiu diretamente a culpa pelo ataque contra a ponte da Crimeia, apesar de funcionários da alta cúpula de Zelensky, incluindo o próprio presidente, fazerem diversos comentários irônicos neste sentido.
A Península da Crimeia, sede da Frota do Mar Negro russa, foi cedida à Ucrânia nos anos 1950, no período soviético, e anexada à Rússia por Putin em 2014, depois da queda de um governo pró-Moscou em Kiev. Putin inaugurou pessoalmente a Ponte do Estreito de Kerch em 2018, quatro anos depois. A ponte é essencial para o transporte de pessoas e mercadorias, e agora também para abastecer as tropas russas enviadas à Ucrânia.
No domingo, em um vídeo divulgado pelo Kremlin, Putin culpou o serviço secreto ucraniano pelo ataque, descrevendo-o como um "ataque terrorista com o fim de destruir infraestruturas civis russas".
Em paralelo, a Bielorússia anunciou nesta segunda que montará um agrupamento de tropas junto com Moscou, disse o presidente Alexander Lukashenko, no poder initerruptamente desde 1994. Ele não especificou o tamanho ou a finalidade da iniciativa, mas afirmou que o Ocidente almeja "atrair" Minsk para uma guerra e que a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar comandada por Washington, cogita "uma possível agressão contra o nosso país".
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RÚSSIA
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VOLODYMYR ZELENSKY
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2022/10/explosoes-sacodem-kiev-enquanto-sirenes-de-ataque-aereo-soam-em-toda-a-ucrania.ghtml
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