segunda-feira, 10 de outubro de 2022

MINHA GENTE

*** Chico Buarque lê "Essa gente" Manuel Duarte, protagonista do novo romance de Chico Buarque, é o autor de um romance histórico que se tornou best-seller nos anos 1990. Agora, Duarte passa por um deserto criativo e emocional, tendo por pano de fundo um Rio de Janeiro que sangra e estrebucha sob o flagelo de feridas sociais finalmente supuradas, ostensivas. Com estrutura de diário, a reflexão sobre a linguagem ― marca da ficção do autor ― parte agora do apontamento rápido, artimanha para auxiliar a memória quando for possível dar sentido ao tumulto do presente. Ao seu melhor estilo, Chico Buarque borra as fronteiras entre vida, imaginação, sonho e delírio, e constrói uma narrativa engenhosa, em cujas entrelinhas se descortinam as contradições de um país fraturado. ***
*** OPAS O Que Causa Vermelhidão na Pele e Como Evitar o Rubor em Excesso? ***
*** segunda-feira, 10 de outubro de 2022 Marcus André Melo* - O mito do Nordeste vermelho revisitado Folha de S. Paulo O que explica o abismo entre o voto para o Legislativo e Executivo? O mito do Nordeste vermelho retornou à opinião pública; mas, como já discuti na coluna, não resiste às evidências. Vejamos: na região, o núcleo duro do chamado centrão (PL, PP, Republicanos), somado ao PSC e Patriotas, elegeu 35% dos deputados federais. As legendas de esquerda —PT, PSB, PC DO B, Verde, Rede, PSOL, Solidariedade— lograram eleger 33%. O percentual regional de eleitos pelo PL, PP e Republicanos é similar ao nacional (36%). Assim, dois terços dos representantes do Nordeste na Câmara pertencem a legendas do núcleo duro do centrão, de centro ou centro direita, em uma classificação convencional. Em Sergipe, no primeiro turno da eleição presidencial, Lula obteve quase dois terços dos votos. Mas nenhum candidato dos partidos de esquerda foi eleito; metade é do núcleo duro do centrão. Em Alagoas, a esquerda elegeu apenas 1/5 dos deputados, mesmo percentual encontrado no Rio Grande do Norte e no Maranhão. Em Pernambuco, o núcleo do centrão elegeu 1/3 dos deputados; a esquerda, 40%. O que explica a incongruência de voto legislativo e nacional? Controlado por renda e lealdades identitárias ("Lula é nordestino"), o efeito ideológico do voto se dilui. A chave é o chamado "efeito incumbente" no nível federal e estadual. A força centrípeta dos governadores nos estados pobres é o "fator confundidor", que tem dado margem a interpretações de que teria havido realinhamento partidário à esquerda na região. O governador controla a máquina que alimenta as redes políticas locais. Para o eleitor pobre, a estratégia dominante é votar nos candidatos dessas redes, por sua capacidade de atrair investimentos e também pelo receio de ser excluído dos benefícios gerados por elas. O caso do Maranhão é exemplar, mas a Bahia, pelo peso, é mais relevante —ver Jorge Alves e Wendy Hunter. Os governadores da oposição beneficiaram-se por estar no cargo, mas chegaram ao poder através de alianças (derrotadas) nas eleições presidenciais de 2018, e agora, competem com o executivo federal e sua coalizão legislativa. O pesquisador Fernando Meireles mostrou como, entre 2009 e 2016, os convênios federais com municípios beneficiavam o partido do presidente, o PT (mas não de sua coalizão de apoio). Mas, atualmente, o efeito incumbente federal foi anabolizado pelo orçamento secreto, entre outros fatores. O mapa do voto reflete incentivos múltiplos —e não se reduz às identidades partidárias ou ideológicas. O eleitor é o árbitro de trade offs entre ganhos "federais" e "locais". O argumento acima explica por que Bolsonaro teve, em relação a 2018, ganhos muito maiores no Nordeste (16.5% na média) que em outras regiões. *Professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor visitante do MIT e da Universidade Yale (EUA "VERMELHIDÃO Quem é vermelho já vota em Lula. Ele precisa conquistar o voto de quem não é vermelho. Há dois dias nos jornais da TV, vejo Lula de boné vermelho com a estrela do PT. Ele deveria usar um boné com a bandeira do Brasil. Em seus comícios deveria haver mais bandeiras do Brasil e de outras cores, representando a frente ampla." *** *** Simone Tebet em mensagens: 'Alguém tem que colocar juízo na campanha do Lula' 26.534 visualizações 10 de out. de 2022 Simone Tebet enviou mensagens no fim de semana para apoiadores de Lula afirmando que "alguém tem que colocar juízo na campanha" petista. Ela acha um erro, por exemplo, que militantes gritem o refrão "Vai dar PT, vai dar, vai dar PT", como ocorreu ontem em um comício em Belo Horizonte. Tales Faria comenta https://www.youtube.com/watch?v=t4rXAPI6RZ0 *********************************************** ‘Alguém tem que colocar juízo na campanha do Lula’ MÔNICA BERGAMO seg., 10 de outubro de 2022 10:03 AM Neste artigo: Simone Tebet Advogada, professora, escritora e política brasileira ***
*** ***ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 07.10.2022 - A ex-candidata do MDB a presidente, Simone Tebet. (Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress) ***ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 07.10.2022 - A ex-candidata do MDB a presidente, Simone Tebet. (Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress) SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-candidata do MDB a presidente, Simone Tebet, disparou mensagens no fim de semana a amigos e a interlocutores de partidos que apoiam Lula afirmando que "alguém tem que colocar juízo na campanha do Lula". Tebet declarou voto no petista na semana passada e seu apoio é considerado fundamental. A senadora, no entanto, está tensa com o que considera equívocos da campanha de Lula no segundo turno. Ela acha um erro, por exemplo, que militantes entoem no comício o refrão "Vai dar PT, vai dar, vai dar PT, vai dar". "Não é vai dar PT. O povo está votando contra [Jair] Bolsonaro, e não no PT", afirmou ela em uma das mensagens. Para Tebet, é preciso "tirar o vermelho da rua" pois as imagens assustariam eleitores do "interior de SP" e de "estados no CO [centro-este], sul e norte". Ela afirmou também que Lula precisa com urgência preparar "grandes eventos voltados para as mulheres", o que, segundo informou, já estaria sendo preparado pela campanha de Bolsonaro, com a senadora eleita Damares Alves e a primeira-dama Michelle Bolsonaro à frente. As ponderações de Simone Tebet tiveram eco entre os aliados, que acham que há petistas "cegos" no entorno de Lula, e que mesmo ele não percebe que, neste momento, além de emocionar seus próprios eleitores e manter apoios, tem que conquistar o percentual de pessoas que rejeitam Bolsonaro –mas que ainda não se convenceram a votar em Lula. Simone Tebet ficou em terceiro lugar no pleito presidencial. Ela partiu de uma candidatura praticamente desconhecida e cresceu durante a campanha e ultrapassou Ciro Gomes (PDT), conquistando 4,9 milhões de votos, ou 4,16% do total de votos válidos, quando são descontados os brancos e nulos. YAHOO Mônica Bergamo/Folhapress *******************************************************
*** segunda-feira, 10 de outubro de 2022 Entrevista | Joaquim Falcão: ’A proposta é sair da democracia para uma monocracia’ O Estado de S. Paulo Cientista político diz que ideias como ampliar colegiado do STF podem ‘neutralizar demais Poderes’ Declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) sobre possíveis interferências no Supremo Tribunal Federal (STF) levantaram questionamentos sobre a constitucionalidade de medidas como aumentar de 11 para 16 o número de cadeiras na Corte. Para Joaquim Falcão, cientista político e autor do livro O Supremo: Compreenda o poder, as razões e as consequências das decisões da mais alta Corte do Judiciário no Brasil, o problema não é a ampliação do colegiado do STF, mas, sim, o momento em que a ideia é cogitada. Mourão também defendeu o fim da PEC da Bengala, que adiou a aposentadoria compulsória de ministros de 70 para 75 anos, e citou a possibilidade de impeachment de integrantes da Corte. Ao Estadão, Falcão – que é professor de Direito Constitucional e foi o responsável pela coordenação jurídica da campanha de Sérgio Moro, quando ele tentava disputar o Planalto –, disse ver nas medidas riscos à democracia. Como avalia a ideia de aumentar o número de ministros do Supremo? Tem uma estratégia por trás da proposta que é sair da democracia, onde o povo tem a palavra final, para uma monocracia, onde o presidente, controlando os dois outros Poderes de forma aparentemente legal, detém as decisões. O risco é o monopólio das decisões estratégicas fundamentais do País. O risco, na opinião do sr., é a democracia em si... A democracia é um quebra-cabeça. É preciso saber se a estratégia do jogo, no final, é democrática ou não. O que está em perigo não é o número de ministros. Não existe número ideal. A França tem nove, a Alemanha tem 16, a Argentina tem cinco. Aqui, desde 1969, nós temos 11 ministros e criamos uma cultura de que isso é suficiente para a democracia. O problema é propor esse aumento agora. Qualquer mudança que altere o equilíbrio dos Poderes só deveria valer para as próximas eleições. Ninguém pode se beneficiar de decisões em causa própria. Por que acredita que essas mudanças estão sendo propostas neste momento? Porque querem monocracia. Querem neutralizar os demais Poderes. Se houver mudança na independência dos Poderes, ela não pode beneficiar quem propõe a mudança. Isso é regra decisiva para o conceito de separação de Poderes. Como isso influi na independência do Judiciário? Existe uma diferença entre respeitar a lei e respeitar o que a opinião pública defende. A independência é importante porque, senão, nós estamos na monocracia, que é prima do autoritarismo, que é irmã da ditadura. A crítica que é feita ao STF é de um certo “ativismo” do Judiciário. Uma maneira de evitar esse ativismo é o Supremo fazer as reformas por si próprio. Por exemplo: evitar decisões monocráticas e devolver pedidos de vista na mesma hora. Antes de chegar a discussões pouco democráticas, o Supremo poderia usar sua independência para se aperfeiçoar. “Democracia não é harmonia entre Poderes, é tensão permanente, o que é natural. Às vezes um manda, às vezes outro obedece. No momento em que só um mandar, não tem mais tensão. Aí você tem autoritarismo” Críticas do governo ao STF justificam uma possível interferência na Corte? Não acredito que isso (o aumento das cadeiras) vai ser realizado como se defende. Haverá resistência. A proposta é apenas campanha. É uma disputa de pauta aterrorizadora, mas é uma maneira de fazer com que a sociedade fique discutindo e não olhe para os problemas, como a censura orçamentária. O que nós temos visto com educação, cultura, é um novo tipo de censura que proíbe as instituições de funcionar. A realidade do eleitor é outra, é uma realidade que se pega com a mão e não com discussão verbal. E sobre impeachment de ministros. É possível? Acredito que não. Na história, existe apenas um caso de tentativa de impeachment e foi nos EUA. Essa é a estratégia do terror e não vai se realizar porque as forças políticas e instituições não permitem. A história mostra que é impossível, nunca houve no Brasil. É só campanha. “A proposta é apenas campanha. É uma disputa de pauta aterrorizadora, mas é uma maneira de fazer com que a sociedade fique discutindo e não olhe para os problemas” Levando-se em conta a relação conflituosa entre governo e STF, a situação pode arrefecer num eventual novo mandato de Bolsonaro ou ela tende a escalar? O STF tem navegado bem. Democracia não é harmonia entre Poderes, é tensão permanente, o que é natural. Às vezes um manda, às vezes outro obedece. No momento em que só um mandar, não tem mais tensão. Aí você tem autoritarismo. ************************************************************************* *** 24 CANTA, CANTA, MINHA GENTE 27.540.735 visualizações 28 de jul. de 2017 Spotify ► https://open.spotify.com/user/sambabook *** FICHA TÉCNICA Direção Artística: Afonso Carvalho Direção de Vídeo: Bruno Murtinho Direção Musical: Alceu Maia Produzido por Musickeria Canta, Canta, Minha Gente Canta, canta minha gente Deixa a tristeza pra lá Canta forte, canta alto Que a vida vai melhorar Cantem o samba de roda O samba-canção e o samba rasgado Cantem o samba de breque O samba moderno e o samba quadrado Cantem ciranda e frevo O coco, maxixe, baião e xaxado Mas não cantem essa moça bonita Porque ela está com o marido do lado Canta,canta minha gente Deixa tristeza pra lá Canta forte,canta alto Que vida vai melhorar Quem canta seus males espanta Lá em cima do morro ou sambando no asfalto Eu canto o samba-enredo Um sambinha lento ou um partido alto Há muito tempo não ouço O tal do samba sincopado Só não dá pra cantar mesmo É vendo o sol nascer quadrado Canta, canta minha gente Deixa a tristeza pra lá Canta forte, canta alto Que a vida vai melhorar Música MÚSICA Canta, Canta minha gente - Martinho da Vila e convidados (Sambabook Martinho da Vila) ARTISTA Sambabook https://www.youtube.com/watch?v=X4Tp_TmjHRs ****************************************************
*** "Também mais tarde, quando já fazia muito que a teoria quântica se tornara parte integrante da física moderna, Einstein não conseguiu mudar de atitude - quando muito, dispôs-se a aceitar a existência dessa teoria como um expediente temporário. "Deus não joga dados" era seu princípio inabalável, um princípio que ele não deixava ninguém contestar. Ao que Bohr só podia retrucar: "Não deve ser tarefa nossa descrever a Deus como Ele deve reger o mundo." p. 99, Capítulo 6 EXPLORANDO O NOVO CAMPO, 1926-1927, CONTRAPONTO A PARTE E O TODO HEISENBERG (1901-1976). Tradução cotejada com a edição alemã de 1971, cuja primeira edição da tradução, por Vera Ribeiro, em português é de 1996.

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