quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Coletiva de Sergio Moro em 06/11/2018


Não deixando perguntas sem respostas

Portanto, a média do entrevistado, ponderadamente, foi de... 


Meio Termo


O meio-termo de Aristóteles é uma doutrina criada pelo filósofo grego. O meio-termo para o pensador seria o estado ideal de vida em sociedade, onde os extremos são condenáveis (são vícios), e deve-se viver para buscar o equilíbrio

Média Ponderada


Não posso pautar minha vida por uma fantasia de perseguição política, diz Moro





SÉRGIO MORO - Coletiva de Imprensa COMPLETA - Respondendo Todas Perguntas - 06/11/2018

A Primeira Entrevista de Sérgio Moro Após ser Nomeado Ministro da Justiça Durante a coletiva, Sérgio Moro agradeceu a imprensa pelo trabalho de cobertura realizado na operação Lava Jato. Moro falou sobre pedidos de entrevista e críticas que recebeu, e ponderou. "Parte das críticas não foram tão corretas, talvez injustas". Ao falar sobre o convite para assumir o ministério da Justiça, Moro disse que pretende adotar medidas específicas. "O objetivo é, no governo federal, realizar o que não foi feito nos últimos anos, implementar uma forte agenda anticorrupção e anti-crime organizado". "A ideia aqui não é projeto de poder", garantiu Moro. "Ainda que não haja concordância absoluta, mesmo nas divergências, me parece possível chegar ao meio termo", ressaltou. Moro Falou sobre Lula em alguns momentos Durante Coletiva, Moro ainda falou sobre alguns temas que pretende levar para debate no Legislativo, como: execução de pena em segunda instância; pena de crime de homicídio ser executada sem recurso; tratar os homicídios, que são epidemia; progressão de regime quando houver prova de envolvimento com organizações criminosas; entre outras. Moro ainda falou sobre a realização de forças-tarefa contra o crime organizado fora do âmbito Legislativo. O futuro ministro falou sobre a aplicação de modelos em Nova York onde resultados significativos foram obtidos. Ao falar sobre o cargo que vai ocupar, Moro reforçou alguns pontos dizendo "acho estranho" falar isso, mas "não há a menor chance do uso do ministério para perseguição política", disse. Moro ressaltou que o trabalho será realizado nos moldes da operação Lava Jato. Sérgio Moro cometeu uma gafe ao confundir os cargos ocupados pelo atual ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, demitido em fevereiro. Em seguida, Moro sorriu, disse que foi um "lapso" e brincou com a imprensa: "vai uma notinha". Ao ser questionado pelo repórter da Record TV, Marc Sousa, em relação ao cargo político e não técnico, Moro foi enfático que não pretende concorrer a cargos políticos no futuro. "Tomei a decisão, que pareceu a melhor para consolidar os avanços nos últimos anos em relação à corrupção", disse. "Na minha perspectiva, na minha visão, sigo para atuar em uma função técnica. Um juiz a cargo deste ministério específico, não tenho nenhuma pretensão de concorrer a cargos eleitorais, de subir em palanque", garantiu o novo ministro da Justiça.





Entrevista de Sérgio Moro
Juiz aceitou assumir o cargo de ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro

RESUMO
Sérgio Moro disse que, no ministério, pretende adotar modelo da Lava Jato no combate ao crime organizado
Juiz disse ser favorável à flexibilização de porte de armas e contra tratar movimentos sociais como 'terroristas'
Ele se declarou a favor também da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes graves
ACOMPANHE
Moro diz que usará modelo de Lava Jato para combater crime organizado
HÁ 15 HORAS
Está encerrada a entrevista coletiva
HÁ 15 HORAS
Sobre sistema prisional, Moro falou: "Regime semiaberto hoje é quase uma ficção. Quase não existem estabelecimentos hoje e, quando não há estabelecimentos, a pessoa se recolhe em casa"
HÁ 15 HORAS


Coletiva de Sérgio Moro, em Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
HÁ 15 HORAS
"Tenho plena convicção de que a partir de janeiro de 2019 essas minorias vão poder exercer sua liberdade normalmente, sem risco para elas", diz Moro. Violações serão apuradas, afirma. A pergunta havia sido sobre a possibilidade de endurecimento de leis contra minorias por parte do Congresso.
HÁ 15 HORAS
Moro diz ver um "caminhar de moderação" nas declarações de Bolsonaro
HÁ 15 HORAS
Perguntado a respeito, Moro não opina sobre o Escola sem Partido, defendido por Bolsonaro, sob o argumento de que é um tema da área de educação. "O governo nem começou, não existe uma proposta concreta sobre este tema"
HÁ 15 HORAS
Moro disse ter tido divergências "razoáveis" com Bolsonaro, que tentará convencê-lo a tomar a melhor decisão e que a palavra final será do presidente eleito
HÁ 15 HORAS
O futuro ministro entende ser "razoável" a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos em casos de crimes mais graves. "Adolescente de 16 anos tem plenas condições de responder por seus atos." O tratamento atual da Justiça dado a este tipo de crime hoje é "insatisfatório". Moro reforça ser posição pessoal, a ser discutida pelo governo
HÁ 16 HORAS
Moro afirma que o Fundo Nacional de Segurança Pública pode ser usado para financiar os projetos. "Se existe dinheiro disponível, tem que se extrair o máximo daquele recurso para se obter o melhor resultado."
HÁ 16 HORAS
"Acho que se barateia a vida quando se tem progressão [de pena] muito generosa", diz Moro. Ele afirma que regime tem de ser mais rigoroso em alguns casos, e que o tema requer discussão
HÁ 16 HORAS
Em relação à situação na fronteira do Brasil com a Venezuela, Moro afirma que "princípios de solidariedade devem ser preservados"
HÁ 16 HORAS
Questionado, Moro desconversa sobre possível interesse em uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. A próxima vaga será aberta em 2020, com a aposentadoria do ministro Celso de Mello. "Não existe uma vaga no momento. Não acho apropriado [discutir agora]. Quando no futuro existir vagas, isso tem que ser discutido nesse novo contexto."
HÁ 16 HORAS
"Tenho muita ciência de que estou numa posição subordinada", diz Moro, sobre o cargo que ocupará em relação ao presidente eleito Jair Bolsonaro
HÁ 16 HORAS
Não é "consistente" tratar movimentos sociais como "terroristas", o que não significa que sejam "inimputáveis", disse Moro. O presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu na campanha tipificar como ações terroristas invasões de propriedades privadas.
HÁ 16 HORAS
Questionado a respeito, Moro sinaliza ser favorável à flexibilização da legislação sobre armas, bandeira defendida na campanha por Bolsonaro. Mas pondera que "uma flexibilização excessiva pode ser utilizada como armamento para organizações criminosas. Tem que pensar quantas armas o indivíduo poderá ter em sua casa".
HÁ 16 HORAS
Moro volta a falar sobre confronto entre policiais e criminiosos. "Embora a estratégia policial não seja o confronto, temos que entender que o confronto é uma possibilidade". Ele dá exemplo de pessoas que vivem em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. "A estratégia tem que [ser] evitar qualquer espécie de confronto. Havendo confronto, tem que discutir". Ele entende que a lei já contempla essas situações, mas abre possibilidade de discussão. "Tem que ser avaliado se é necessário uma regulação melhor".
HÁ 16 HORAS
"Corrupção nunca vai se encerrar, nem os crimes. Mas os níveis de corrupção e de crimes no Brasil são muito altos", diz Moro. "Nos acostumamos às vezes a ver esses índices de criminalidade com naturalidade".
HÁ 16 HORAS
Moro encerra a introdução. Começam as perguntas dos repórteres.
HÁ 16 HORAS
Ele diz manter contato com os atuais ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Torquato Jardim (Justiça), do governo Temer, para a transição.
HÁ 16 HORAS
Sérgio Moro (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)
Moro diz que pretende chamar nomes que trabalham ou trabalharam na Operação Lava Jato
HÁ 16 HORAS
"É um pouco estranho dizer isso, mas não existe a menor chance de usar o ministério para perseguição política", afirma Moro. Ele diz que crimes de ódio são "intoleráveis".
HÁ 17 HORAS
Substituir cargos de comissão por cargos concursados é outro plano citado por Moro
HÁ 17 HORAS
A ideia é replicar no ministério as forças-tarefas adotadas na Operação Lava Jato. Ele cita como exemplo a atuação do FBI no combate às máfias em Nova York.
HÁ 17 HORAS
Entre as propostas está a possibilidade de os procuradores negociarem a pena ("plea bargain"), o que, afirma Moro, ajudaria a aliviar a Justiça, proteção de denunciantes anônimos, entre outras. A ideia é avançar no combate ao crime organizado, diz o futuro ministro.
HÁ 17 HORAS
Sérgio Moro em coletiva em Curitiba (Foto: Reprodução/RPC)
HÁ 17 HORAS
Sem dar detalhes, Moro afirma que apresentará uma série de propostas de combate ao crime organizado. A ideia, diz, é resgatar parte das "dez medidas contra a corrupção", proposta encabeçada pelo Ministério Público Federal.
HÁ 17 HORAS
Moro fala sobre o processo do ex-presidente Lula. Diz que a condenação do ex-presidente à prisão não teve nenhuma relação com as eleições. "O que existe um crime que foi descoberto, investigado e provado e as cortes apenas cumpriram a lei. Não posso pautar minha vida num álibi falso de perseguição política."
HÁ 17 HORAS
O juiz afirma ter sido procurado em 23 de outubro, antes do segundo turno, por Paulo Guedes (futuro ministro da Fazenda), para uma sondagem sobre uma participação no governo. E que em 1º de novembro se encontrou com Bolsonaro.
HÁ 17 HORAS
O juiz dá um histórico da Operação Lava Jato e diz ter aceitado o convite de Bolsonaro para buscar implantar no "governo federal uma forte agenda anticorrupção" e uma forte agenda contra o crime organizado
HÁ 17 HORAS
Moro começa falando que decidiu fazer uma entrevista coletiva para atender à demanda da imprensa depois que ele anunciou a ida para o governo de Bolsonaro
HÁ 17 HORAS
Na noite de segunda-feira, em uma palestra, o juiz disse que ainda não se vê como político e que cargo de ministro é "técnico"
HÁ 17 HORAS
Começa em instantes, no auditório da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, entrevista coletiva do juiz Sérgio Moro. Moro está em férias e, a partir do ano que vem, será ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
HÁ 17 HORAS




O QUE AS PESSOAS ACHAM DE SÉRGIO MORO COMO MINISTRO DA JUSTIÇA DO GOVERNO BOLSONARO?


Provavelmente a maior surpresa de todas as nomeações de ministérios do governo Bolsonaro até agora. O juiz Sérgio Moro decidiu aceitar o convite para ser o novo Ministro da Justiça do Brasil.




JORNAL NACIONAL
Moro fala sobre planos para combater corrupção e crime organizado
Numa longa entrevista coletiva, o juiz Sérgio Moro explicou por que aceitou o convite para ser ministro da Justiça. Ele refutou críticas de que a nomeação dele tenha alguma relação com a condenação do ex-presidente Lula.
Por Jornal Nacional
06/11/2018 22h44  Atualizado há 10 horas

Moro fala sobre planos para combater a corrupção e o crime organizado
O juiz Sérgio Moro, já indicado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para ser o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, deu nesta terça-feira (6) uma longa entrevista coletiva, em Curitiba, e começou explicando por que aceitou o convite.
Moro: O que mais me perturbava era essa sensação que um dia a minha sorte e a sorte da operação Lava Jato poderia ser encerrada. Não faltaram momentos de tensão ao longo dessa operação (...) Todas essas sensações de que um dia a sorte poderia acabar e que nós poderíamos retornar àquele padrão de impunidade da grande corrupção, o que é algo deletério para a democracia, me levou a aceitar esse convite que me foi feito pelo senhor presidente eleito. O objetivo é, no governo federal, realizar o que não foi feito, com todo o respeito, nos últimos anos, e buscar tentar uma forte agenda anticorrupção. E até eu agregaria, porque é uma ameaça nacional, forte agenda, também, anticrime organizado.
Moro disse que não tinha proximidade com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e que só recebeu uma sondagem para ser ministro cinco dias antes do segundo turno das eleições:
Moro: Eu conheci pessoalmente o presidente eleito em 1º de novembro. Foi a primeira vez que eu entabulei uma conversa pessoal com o presidente eleito. Eu o encontrei, por acaso, o presidente, então não era presidente, era deputado federal, por acidente, num aeroporto, não sei se em 2017, 2016, e eu não o reconheci na ocasião, e o cumprimentei rapidamente. Posteriormente, houve certa exploração de seus adversários políticos sobre esse encontro, como se eu tivesse o ignorado, e eu não tinha intenção de ser mal-educado. Tomei a liberdade de ligar para ele e pedir escusas por aquela interpretação que me pareceu equivocada. Neste ano, fui procurado pelo futuro ministro da Economia, senhor Paulo Guedes, no dia 23 de outubro, na semana antecedente ao segundo turno das eleições, que me trazia uma sondagem acerca do meu interesse de compor o governo. Eu adiantei para ele qual era o meu entendimento sobre esse tema. Disse que só poderia tratar disso depois das eleições, um eventual convite.
O juiz Sérgio Moro fez questão de refutar críticas de que a nomeação dele tenha alguma relação com a condenação do ex-presidente Lula:
Moro: Isso não tem nada a ver com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e preso porque ele cometeu um crime e não por causa das eleições. Embora eu tenha proferido a primeira decisão, essa decisão condenatória já foi confirmada pela corte de apelação. Ou seja, por um painel de outros três juízes, e foi o próprio tribunal que ordenou o início da execução e a prisão do ex-presidente. Eu apenas cumpri a decisão. Diga-se que essa ordem de prisão foi previamente autorizada e o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal de um habeas corpus preventivo. Então, o que houve aqui é uma pessoa que, lamentavelmente, cometeu um crime, esse crime foi investigado, provado e ela respondeu na Justiça por esse comportamento criminoso.
Sérgio Moro também repudiou a crítica de que persegue o PT e que a nomeação dele tenha sido uma espécie de recompensa. O juiz Moro Lembrou que a condenação de Lula ocorreu em 2017, quando ninguém imaginava que Jair Bolsonaro seria eleito, e salientou que condenou políticos de vários partidos, alguns inclusive adversários do PT:
Moro: Políticos de vários espectros partidários foram condenados. Do PP, do PMDB. Nós temos aqui condenado e preso já há dois anos o ex-presidente da Câmara que era considerado um adversário político do PT. Nós temos o ex-governador do Rio de Janeiro. Sei que alguns, eventualmente, interpretaram a minha ida como uma espécie de recompensa, algo absolutamente equivocado porque a minha decisão foi tomada em 2017, sem qualquer perspectiva de que o então deputado federal fosse eleito presidente da República.
O futuro ministro da Justiça do governo Bolsonaro também falou dos planos dele à frente do Ministério:
Moro: A ideia é apresentar uma série de propostas legislativas para aprimorar o quadro legal contra a corrupção e crime organizado. Essas propostas ainda estão sendo elaboradas. Eu não tenho condições de adiantá-las porque não é uma decisão apenas minha. A ideia geral é resgatar parte das propostas das dez medidas contra a corrupção do Ministério Público. Também utilizar, e já falei com o representante no Brasil da Transparência Internacional, o senhor Bruno Brandão, resgatar, utilizar em parte essas propostas que foram formuladas pela sociedade civil organizada, Transparência Internacional e FGV, principalmente, são as novas medidas contra a corrupção. A ideia é que essas reformas sejam propostas simples e que possam ser aprovadas em um breve tempo.
Sérgio Moro deu alguns exemplos do que pretende fazer:
Moro: Muito rapidamente exemplos que não são definitivos, como eu disse, há necessidade de discutir. Alteração de regra de prescrição dos crimes, avaliar a possibilidade de deixar mais claro na lei a execução em segunda instância. A previsão da execução das sentenças dos tribunais do júri. Já existe um precedente da Primeira Turma do STF admitindo que vereditos do tribunal do júri, ou seja, crimes de homicídio possam ser executados independentemente dos recursos. A proibição de progressão de regime prisional quando houver provas de ligação do preso com organizações criminosas. Uma regulação mais clara do que nós chamamos de operações policiais disfarçadas, isso se faz muito nos Estados Unidos com grande eficácia contra organizações criminosas, a utilização de policiais disfarçados para descobrir esses crimes. Então, por exemplo, policiais disfarçados comprando grandes carregamentos de drogas e armas. Necessário incrementar o controle das comunicações dos presos em presídios de segurança máxima, como no exterior. A prisão tem que realmente neutralizar a possibilidade dessas pessoas de comandar o crime de dentro. Precisa investir consideravelmente em tecnologia.
O juiz Moro fez questão de ressaltar que vai combater crimes de ódio contra minorias:
Moro: Todos têm direito a igual proteção da lei. Maiorias, minorias. Não existe qualquer possibilidade de, no âmbito da segurança pública, no âmbito da Justiça, políticas discriminatórias contra minorias, seja qual for o motivo. Na minha posição pessoal, crimes de ódios são intoleráveis. Isso tem que ser resolvido normalmente pelas polícias locais, mas se for necessário pode-se até mesmo movimentar o aparato da Polícia Federal para que crimes de ódio sejam solucionados.
Sérgio Moro disse que no, entender dele, ao aceitar o convite para ser ministro, não contrariou a promessa de não entrar para a política:
Moro: Na minha perspectiva, na minha visão, eu sigo para atuar numa função eminentemente técnica, para fazer um trabalho técnico, de um juiz a cargo desse ministério específico. Não tenho nenhuma pretensão de concorrer em qualquer momento da minha vida a cargos eleitorais, a subir em palanque. Agora, é claro, que dentro do Ministério é inevitável que se haja um diálogo com outras instituições e, em especial, com o Congresso Nacional. Isso é de certa maneira realização de política, mas não é essa visão que eu tenho desse cargo.
O futuro ministro da Justiça abordou temas defendidos, na campanha, pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como o excludente de ilicitude, uma legislação que evitaria que um policial fosse processado no caso da morte de um bandido durante um confronto:
Moro: Na questão do confronto, veja, embora a estratégia não seja a do confronto, nós temos que reconhecer que o confronto é uma possibilidade. Havendo, porém, o confronto, tem que discutir, e essa é a posição me parece do presidente eleito, tem que discutir a situação de um agente policial, ou muitas vezes de um militar fazendo as vezes de um agente policial, porque as Forças Armadas têm sido convocadas, que eventualmente alveja e leva ao óbito um desses traficantes armados. A nossa legislação, ao meu ver, já contempla essas situações de legitima defesa, estrito cumprimento de dever legal. Tem que ser avaliado, no entanto, se é necessária uma regulação melhor. Por exemplo, é necessário que o policial espere que um traficante armado atire contra ele de fuzil, para que ele possa reagir? Me parece que exigir isso de um agente policial é demais. O risco dele morrer numa diligência dessa espécie é muito grande. Agora, isso não significa que o confronto policial é uma estratégia a ser perseguida no enfrentamento ao crime organizado.
Sérgio Moro também falou sobre a ampliação da posse de armas:
Moro: Olha eu conversei a respeito com o presidente eleito e existe uma plataforma na qual ele se elegeu que prega a flexibilização da posse de armas, certo? Então dentro dessa plataforma eleitoral, me parece que seria inconsistente agir de maneira contrária. Quando nos falamos em posse de arma, nós estamos falando da arma mantida em casa. E de fato se houve uma reclamação geral para aqueles que desejam ter posse de arma e esse um desejo que não necessariamente pode ser considerado reprovável, que as regras atuais são muito restritivas. Então existe uma proposta, uma discussão de flexibilização da posse de armas. A questão a ser discutida, a forma como isso será realizado. Eu externei a minha preocupação a ele de que uma flexibilização excessiva possa ser muitas vezes utilizada como uma fonte de armamento para organizações criminosas.
O juiz falou ainda sobre a redução da maioridade penal, outro assunto apontado como prioritário pelo presidente eleito:
Moro: Quanto à maioridade, existe uma proposta de emenda constitucional que foi apresentada anos atrás, que prevê a redução dessa maioridade para 16 em caso de crimes graves, com resultado morte ou lesão corporal grave ou caso de estupro. Pessoas menor de 18 anos devem ser protegidas, o adolescente. Muitas vezes eles não têm uma compreensão completa das consequências dos seus atos. Mas um adolescente acima de 16 já tem condições de percepção de que, por exemplo, não pode matar. Então você ter um tratamento diferenciado para esse tipo de crime me parece algo assim bastante razoável.
O futuro ministro também disse como avalia o tratamento a ser dado aos movimentos sociais que infringem a lei. Sérgio Moro considerou inconsistente considerá-los como terroristas:
Moro: As pessoas têm liberdade de expressão, de manifestação e não é diferente com movimentos sociais. No entanto, quando existem situações relativas à lesão de direitos de terceiro, invasão de propriedade privada, às vezes nem com motivações sociais, mas com motivações político-partidárias. Quando existem danos ou lesões a pessoas, não se pode tratar esses movimentos como imputáveis. Então eles têm que responder por eventuais agressões de direitos a terceiros. Me parece, no entanto, que qualificá-los como uma espécie de organização terrorista é algo que não é consistente, certo?
Sérgio Moro declarou que saberá discutir as divergências com Bolsonaro, mas se disse ciente de que o presidente eleito será o chefe dele:
Moro: Na campanha eleitoral, todos os exageros possíveis foram cometidos até para descontruir a imagem dele. Mas, pessoalmente, me pareceu uma pessoa muito sensata. Eu acho que eu assumo a posição do governo e tenho muita ciência de que eu estou em uma posição subordinada. Fui conversar com ele de uma proposta de trabalho onde ia verificar se nós tínhamos convergência. O resultado da conversa foi positivo. Ainda que possa não haver uma convergência absoluta, nós podemos conversar e cada um ceder nas suas posições. Ou ele, evidentemente, dar a última palavra, a decisão final é dele. E eu vou tomar a minha decisão se para mim é, vamos dizer assim, continuo ou não continuo. Eu acho que as pessoas têm que ter tolerância com as opiniões alheias e saber sempre que não são os senhores da razão. Eu sou uma pessoa disposta a ouvir e eventualmente mudar os meus posicionamentos, certo? Tenho bem presente que há uma relação de subordinação aqui.
SÉRGIO MORO



Não posso pautar minha vida por uma fantasia de perseguição política, diz Moro

Folha de S.Paulo · 16 horas atrás

Juiz aceitou o convite para ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro


6.nov.2018 às 16h22

Atualizado: 6.nov.2018 às 19h34

Camila Mattoso
Estelita Hass Carazzai


CURITIBA



Meio Termo

Significado de Meio-termo
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O que é Meio-termo:
Meio-termo é o que está na metade do caminho, representa uma atitude moderada e com equilíbrio entre duas partes.
As duas palavras formam um substantivo composto, e este tipo de unidade semântica deve ser escrita com hífen. Portanto a grafia correta em português é meio-termo e não meio termo.
Se existem dois pólos opostos, dois extremos, o meio-termo seria aquilo que está situado no meio, entre um e outro.
É entendido como algo moderado, tem a ver com equilíbrio ou até mesmo com uma atitude comedida. Como por exemplo: "é preciso haver um meio-termo entre o comportamento formal e informal na rotina do ambiente de trabalho".
Chegar em um meio-termo é chegar a um consenso entre duas partes opostas.
Em inglês, no sentido de acordo, é traduzido por compromise. Nos demais usos, podem ser usados os termos middle course ou middle way, e ainda half term.
Indica também indecisão. Usar de meios-termos é não dizer uma coisa concreta, não querer se comprometer com nenhum dos lados. Expressão muito utilizada no ambiente da Política, por exemplo: "o discurso do vereador permaneceu no meio-termo. Nem concordou com a bancada, nem discordou do prefeito".
Alguns sinônimos para meio-termo são moderação, comedimento ou metade.
Plural de Meio-Termo
O plural de meio-termo é meios-termos. Pois a expressão é formada de um numeral, meio, e um substantivo, termo. Pela regra, este tipo de construção deve concordar com todos os elementos que a compõem.
Meio-termo de Aristóteles
O meio-termo de Aristóteles é uma doutrina criada pelo filósofo grego. O meio-termo para o pensador seria o estado ideal de vida em sociedade, onde os extremos são condenáveis (são vícios), e deve-se viver para buscar o equilíbrio.
Data de atualização: 30/09/2016.




Média Ponderada

Média ponderada
Nos cálculos envolvendo média aritmética simples, todas as ocorrências têm exatamente a mesma importância ou o mesmo peso. Dizemos então que elas têm o mesmo peso relativo.
No entanto, existem casos onde as ocorrências têm importância relativa diferente. Nestes casos, o cálculo da média deve levar em conta esta importância relativa ou peso relativo. Este tipo de média chama-se média aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do conjunto por seu "peso", isto é, sua importância relativa.
Definiçao de média aritmética ponderada
A média aritmética ponderada https://www.somatematica.com.br/fundam/media/Image32.gifp de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja importância relativa ("peso") é respectivamente p1, p2, p3, ..., pn é calculada da seguinte maneira:


https://www.somatematica.com.br/fundam/media/Image33.gifp = 


Ou seja, somamos os produtos dos valores pelos seus pesos e dividimos o resultado pela soma dos pesos.
Exemplo:
Alcebíades participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português, Matemática, Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que Alcebíades tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a média que ele obteve?


https://www.somatematica.com.br/fundam/media/Image33.gifp =   

Portanto, a média de Alcebíades foi de 6,45.




Referências

https://youtu.be/idavAUt5hiM
https://www.youtube.com/watch?v=idavAUt5hiM
https://s2.glbimg.com/8MXe6_CxxytiC2fW_w2GI3SLL4A=/0x0:1280x796/1080x0/smart/filters:quality(70)/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/z/A/lYbtzoQeAw32CWxfiOJA/moro-4.jpg
https://g1.globo.com/pr/parana/ao-vivo/entrevista-de-sergio-moro.ghtml
https://youtu.be/CswxY7jYmRw
https://www.youtube.com/watch?v=CswxY7jYmRw
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/11/06/moro-fala-sobre-planos-para-combater-corrupcao-e-crime-organizado.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/11/nao-posso-pautar-minha-vida-por-uma-fantasia-de-perseguicao-politica-diz-moro.shtml
https://www.significados.com.br/meio-termo/
https://www.somatematica.com.br/fundam/media/Image34.gif
https://www.somatematica.com.br/fundam/medias1.gif
https://www.somatematica.com.br/fundam/medias2.php

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