terça-feira, 4 de outubro de 2016

Repeteco do mal dito! Ai, ai, ai...

E do mal feito!


“O mensalão constituiu comprovadamente a forma espúria pela qual o PT, partido de 50 deputados, sem partilhar o poder com os demais partidos, veio a formar uma maioria parlamentar.

A concentração de poder nas mãos do partido era sagrada. Podia-se contemplar outro partido com cargo de ministro, mas não com ministério, cujo controle a partir do secretário executivo era detido por apaniguados do PT. O aparelhamento do Estado foi absoluto. A administração, direta e indireta, agências reguladoras, fundos de pensão foram entregues a sequazes do PT.”

Miguel Reale Júnior é advogado. ‘A confissão de Lula’, O Estado de S. Paulo, 1/9/2016




Domingo, 2 de outubro de 2016



lula fala que político é honesto e concursado é vagabundo






Lula: funcionário concursado vs. político ladrão


Segue artigo de Miguel Reale Júnior, para o Jornal O Estado de São Paulo de 01 de outubro de 2016.


Aquele que propalou a sua ‘honestidade’ tem um futuro desolador pela frente

Miguel Reale Júnior*
01 Outubro 2016 | 05h00
O mensalão constituiu comprovadamente a forma espúria pela qual o PT, partido de 50 deputados, sem partilhar o poder com os demais partidos, veio a formar uma maioria parlamentar.

A concentração de poder nas mãos do partido era sagrada. Podia-se contemplar outro partido com cargo de ministro, mas não com ministério, cujo controle a partir do secretário executivo era detido por apaniguados do PT. O aparelhamento do Estado foi absoluto. A administração, direta e indireta, agências reguladoras, fundos de pensão foram entregues a sequazes do PT.

Com essa forma de governar se descontentavam os demais partidos e seus parlamentares, que passaram a ser cooptados por meio de envelopes com dinheiro entregues em hotéis de Brasília. José Dirceu, chefe desse esquema de propina, que destrói a democracia por dentro, tesoureiros do PT e líderes do PP e do PTB arquitetaram inteligente manobra financeira para alimentar a compra de deputados.

Denunciada a trama urdida com Marcos Valério & Cia., passou-se a recorrer a outra fonte pagadora: os sobrepreços em contratos da Petrobrás, visando exatamente ao mesmo fim: a governabilidade num presidencialismo de coalizão, desvirtuado, pela sede de poder, em presidencialismo de corrupção. Instalou-se nova ditadura da propina, envolvendo gravemente dois ministros da Fazenda, pessoas de alta confiança de Lula.

Diretores da Petrobrás foram indicados por partidos políticos para angariar fundos em contratos superfaturados. Empreiteiras amigas, partidos e alguns próceres políticos foram aquinhoados com fortunas. E assim se satisfazia a “base parlamentar”. A nomeação desses diretores sempre contou com a anuência de Lula e de Dilma, esta seja no Conselho de Administração, seja, depois na presidência, como atestou em delação Nestor Cerveró.

Consolidava-se a paz suja na democracia petista, com os ânimos serenados dos parlamentares de diversos partidos graças à divisão do butim. O PT era, sem dúvida, o mais beneficiado, com formação de um caixa fabuloso visando à perpetuação no poder.

Esse o pano de fundo que os procuradores da República desejaram desenhar, com exagero na forma, mas não no conteúdo. Desvelou-se um procedimento criminoso que nasceu para garantir a governabilidade, passou a visar à continuidade no poder, e – por que não? – ao proveito pessoal.

Mas o fator desencadeador e principal do mensalão e, logo em seguida, do petrolão foi a busca de governabilidade sem partilha de poder, sendo o PT minoria no Congresso Nacional.

À denúncia e à explanação dos procuradores Lula respondeu no dia seguinte em reunião do PT, na qual pretendeu acusar os seus acusadores. Sempre verborrágico e dramatizador, Lula não se ateve ao fulcro do fato delituoso que lhe é imputado, qual seja, a propriedade dissimulada do triplex com cozinha gourmet e elevador privativo patrocinado pela OAS, após visita ao apartamento em companhia do presidente da empreiteira.

No meio de choros e lamentos como perseguido por ser protetor dos pobres, declarou-se vítima de algozes tal como foram Jesus e Tiradentes. Lembrou-se de sua infância miserável e, ao defender sua família, chorou.

Todavia, no meio dessa algaravia de lamentações mal encenadas, havia um núcleo racional, no qual se tem a impressão de que Lula falava consigo mesmo, como para justificar por que os fatos assim se deram e não poderia ter sido diferente. Subliminarmente, ao atacar os concursados como analfabetos políticos, Lula confessou a prática dos malfeitos como forma inevitável da real política, ignorada pelos frequentadores de gabinetes.

Cabe relembrar as frases de Lula, extremamente reveladoras. Disse ele: “Eu, de vez em quando, falo que as pessoas achincalham muito a política. Mas a profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir para a rua encarar o povo, e pedir voto. O concursado, não. Se forma na universidade, faz um concurso e está com emprego garantido o resto da vida. O político, não. Ele é chamado de ladrão, é chamado de filho da mãe, é chamado de filho do pai, é chamado de tudo, mas ele tá lá, encarando, pedindo outra vez o seu emprego”.

“Ontem eu vi eles falarem dos partidos políticos, dos governos de coalizão, vocês sabem que muita gente que tem diploma universitário, que fez concurso, é analfabeto político. O cara não entende do mundo da política. Não tem noção do que é um governo de coalizão. Ele não tem noção do que é um partido ser eleito com 50 deputados de 513 e que tem que montar maioria.”

Lula tentou explicar ou se explicar falando do mundo da política, onde um partido com 50 deputados numa Câmara de 513 deve buscar ter maioria. Deixou subentendido que só os analfabetos políticos, ingênuos, não percebem que a cooptação a todo custo de deputados era uma via obrigatória, pois só assim se obteria a governabilidade.

E o político, nesse mundo de realidade nada ética, em busca da coalizão, pode ser ladrão que sempre será o profissional mais honesto, pois anualmente (sic) “tem que ir para a rua encarar o povo e pedir voto”. Assim, a caça ao voto purga os males, pois encarar o povo santifica e faz do político o mais honesto, por mais ladrão que tenha sido, enquanto o empertigado concursado descansa no seu mérito sem depender da aprovação popular a cada pouco.

São na visão de Lula dois mundos inconciliáveis: o da política, próprio da esperteza de a cada eleição ir ao povo buscar votos, numa catarse purificadora; e o mundo do esforço contínuo daqueles que pretendem vencer pelo merecimento.

Lula não é um analfabeto político; é, segundo o seu critério, um homem honesto, por mais acusado que seja de corrupção. Lula, que confessou sua “honestidade”, tem um futuro desolador pela frente.

*MIGUEL REALE JÚNIOR É ADVOGADO, PROFESSOR TITULAR SENIOR DA FACULDADE DE DIREITO DA USP, MEMBRO DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, FOI MINISTRO DA JUSTIÇA










Lula sobre a crise: diarréia do mercado e sifu



Segue trecho da reportagem de Fábio William, para o Jornal da Globo de 04/12/08.


"No Rio de Janeiro, o presidente Lula falou longamente sobre a crise. E de forma extravagante. “O que aconteceu com o famoso mercado onipotente? Quando o mercado teve a dor de barriga, e não foi uma dor de barriga simples, foi uma diarréia daquelas, beraba brabas, sabem? Insuportável. Quando o mercado teve essa diarréia, quem é que eles chamaram pra salvá-lo? O estado, que eles negaram durante 20 anos!”, fala Lula.

O presidente criticou os que defendem cortes de despesas e reiterou que o governo manterá os investimentos, mas que controlará os gastos com a máquina pública.

“Nós não vamos investir nenhum centavo em custeio enquanto tiver dificuldade. Nós vamos investir todos os centavos possíveis em coisas produtivas, em coisas que possam gerar emprego, possam gerar distribuição de renda, salário e poder de compra do povo brasileiro”, diz Lula.

O presidente Lula voltou a dizer que o Brasil não quebrou, nem vai quebrar, e explicou porque defende uma postura otimista diante da crise. “Imaginem vocês se um de vocês fosse médico e atendesse um paciente doente. O que quê vocês falariam pra ele? Olha, você tem um problema, mas a medicina já avançou demais, a ciência avançou demais, nós vamos dar tal remédio, você vai se recuperar. Ou você diria? "Meu... Sifu!". Vocês falariam isso, pra um paciente de vocês? Vocês não falariam”, afirma Lula.

Na página da presidência da República, na internet, onde são incluídos, na íntegra, os discursos do presidente, a expressão usada por ele não aparece.

A transcrição diz que o som estava inaudível neste momento."


*
Outras frases preciosas do Presidente, e igualmente inesquecíveis, retiradas do livro "Frases Mal Ditas. A divina comédia de políticos, esportistas, artistas, empresários e outras personalidades" (Legrand. Belo Horizonte: Soler Editora, 2004):

"Minha mãe era uma mulher que nasceu analfabeta" (em discurso no Dia da Mulher)

"A cabeça tem esse formato para que as idéias circulem" (em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros)

"Depois que comecei com a ginástica, meu maior prazer, ao fazer um check up, é humilhar o teste de esforço [sic] na esteira do Incor"
Postado por MC  às 16:54 





"Hoje foi publicada mais uma entrevista de Fernando Henrique Cardoso onde ele fala muito, e muitas bobagens, sobre Lula. FHC costuma a ser muito perguntado e falar muito de Lula em suas entrevistas. O contrário não acontece", disse o ex-presidente Lula, ao comentar a entrevista em que FHC prevê a prisão de Lula e diz que não compraria um carro usado dele;  em seu Facebook, setembro de 2016




Mal-dito
Supercombo


“Mal feito ou mau feito
A forma correta de escrita da expressão é mal feito. A expressão mau feito está errada. Devemos utilizar mal feito sempre que quisermos referir que alguma coisa não foi bem feita. A forma mais fácil e eficaz de usarmos corretamente mau e mal é pela oposição, ou seja, utilizando seus antônimos e vendo qual está correto na frase. Mal é antônimo de bem e mau é antônimo de bom.”






"Quem és tu que queres julgar,
com vista que só alcança um palmo,
coisas que estão a mil milhas?"
- Dante Alighieri 


‘(...) Seja o nosso falar “sim, sim” e “não, não” nos momentos graves da vida, mas nunca espezinhemos a bênção do estímulo nas lutas edificantes de cada dia. O grelo tenro é a promessa do fruto. A pretexto de acender a luz da verdade, que ninguém destrua a candeia da esperança’ Chico Xavier Pelo Espírito Neio Lúcio Jesus no Lar

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