...Tia Maravilha, faz mais um pra
gente ver
Ninguém manda nessa "nega aqui", afirma Tia Eron
Ninguém manda nessa "nega aqui", afirma Tia Eron
Maria Alcina fio maravilha
Enviado
em 18 de jan de 2009
Maria
Alcina cantando no Festival da canção da Rede Globo de 1972, a música Fio
Maravilha (que foi feita por Jorge Ben em homenagem ao jogador Fio Maravilha)
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Entretenimento
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Maria Alcina
Fio Maravilha
Violão:
Principal
Tom: A
F#m D E F#m
D E
E
novamente ele chegou com inspiração
F#m D E
F#m D E
Com
muito amor, com emoção, com explosão em gol, gol
F#m D E F#m D
E
Sacudindo
a torcida aos 32 minutos, do segundo tempo
F#m D E
F#m D E
Depois
de fazer uma jogada celestial em gol
F#m D E
F#m D E
Tabelou,
driblou dois zagueiros, deu um toque driblou o goleiro.
F#m D E
F#m D E
Só
não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol, gol
F#m D E
F#m D E
Foi
um gol de classe onde ele mostrou sua malícia e sua raça
F#m D E
Foi
um gol de anjo um verdadeiro gol de placa
F#m D E
Que
a galera agradecida assim cantava
F#m D E
Foi
um gol de anjo um verdadeiro gol de placa
F#m D
E
Que
a galera agradecida assim cantava
(refrão)
F#m Bm C#m
FIO
MARAVILHA, NÓS GOSTAMOS DE VOCÊ.
F#m
Bm C#m F#m Bm C#m
FIO
MARAVILHA, FAZ MAIS UM PRA GENTE VER
F#m Bm C#m
FIO
MARAVILHA, NÓS GOSTAMOS DE VOCÊ.
F#m
Bm C#m F#m Bm C#m
FIO
MARAVILHA, FAZ MAIS UM PRA GENTE VER
Composição: Jorge
Ben
Ninguém
manda nessa ‘nega aqui’, diz Tia Eron
Josias
de Souza
14/06/2016 22:55
Empurrada
para dentro do Conselho de Ética como uma espécie de coelho que Eduardo Cunha
tiraria da cartola na última hora, Tia Eron (PRB-BA) subverteu a expectativa do
mentor da manobra. Ao votar, a deputada disse “sim” à cassação de Cunha como
quem tira uma cartola de dentro do coelho. Antes, afirmara que ninguém manda
“na nega aqui”.
Ao
farejar a derrota do aliado, o deputado Wladimir Costa (SD-PA), que acabara de
discursar sobre a falta de provas contra Cunha, traiu a própria
(in)consciência. Deve ter sentido o hálito da Opinião Pública. E Cunha, que
esperava prevalecer por 11 a 9, perdeu pelo mesmo placar.
Tia Eron vota pela cassação de
Cunha: "Ninguém manda nessa nega aqui!"
Publicado
em 14 de jun de 2016
Tia
Eron tira sarro com os deputados "homens".
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Notícias
e política
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Tia Eron na Cassação de Cunha:
“NINGUÉM MANDA NESSA NEGA AQUI”
Publicado
em 14 de jun de 2016
14/06/2016
- Antes da votação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, nesta terça-feira
(14), deputados e líderes se manifestaram sobre o voto do relatório do deputado
Marcos Rogério (DEM-RO). Uma das manifestações mais aguardadas era a da
deputada Tia Eron (PRB-BA): "Ninguém manda nessa nega aqui. Quero olhar
nos olhos de cada um. Os olhos refletem o que a boca não tem coragem de dizer.
Eu não fui abduzida", disse, se referindo às criticas recebidas pela sua
ausência na última reunião do conselho.
“Chamaram Tia Eron para resolver o problema que os homens desse conselho não conseguiram resolver. Não era para resolver? Tia Eron vai resolver!", disse a parlamentar.
“Chamaram Tia Eron para resolver o problema que os homens desse conselho não conseguiram resolver. Não era para resolver? Tia Eron vai resolver!", disse a parlamentar.
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Esportes
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Fio Maravilha Jorge Bem
Enviado
em 27 de jan de 2010
"Fio
Maravilha" (também conhecida por "Filho Maravilha") é uma canção
do compositor brasileiro Jorge Ben, lançada no álbum Ben, de 1972. Seu título é
uma homenagem ao futebolista João Batista de Sales, que era conhecido pelo
apelido . Anos mais tarde o compositor teve de mudar a letra para "Filho
Maravilha", depois de uma série de questões jurídicas sobre os seus
direitos autorais. Em 2007, em uma entrevista à Rede Globo, Fio Maravilha,
então ex-jogador de futebol, autorizou Jorge Ben a usar novamente o famoso
pseudônimo "Fio Maravilha", nome original.
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Música
"Fio
Maravilha (Ao Vivo)" por Jorge Ben Jor ( • )
filho maravilha-jorge Benjor
Enviado
em 3 de dez de 2007
a
cancion do filho maravilha pelo gran jorge
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Música
"Filho
Maravilha (Club Dance Version)" por Jorge
Ben Jor ( • )
Admirador
de Machado de Assis desde adolescente, o crítico marxista Astrojildo Pereira
deixou alguns dos estudos mais argutos, originais e reveladores sobre a obra do
escritor
Hélio de Lena Júnior
9/9/2007
os
dias 30 de setembro e 1º de outubro de 1908, o Jornal do Commercio, do Rio de
Janeiro, publicou uma crônica de Euclides da Cunha intitulada “A última
visita”, sobre a agonia e morte de um dos maiores romancistas brasileiros de
todos os tempos, Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908). O texto de
Euclides, também ele um de nossos grandes escritores, não seria tão instigante
se não mencionasse a visita misteriosa que o autor de Dom Casmurro recebeu nos
seus momentos derradeiros.
Tratava-se
de um rapaz de 18 anos que, no meio da noite, foi à casa de Machado, no bairro
carioca do Cosme Velho, e pediu licença para ver o velho mestre. A residência
estava repleta de figuras importantes do meio literário da época, silenciosas e
consternadas, enquanto Machado, no quarto, agonizava. Mesmo assim, o jovem e
desconhecido visitante não se inibiu diante de todos aqueles medalhões e
conseguiu ser conduzido até o leito do escritor. “Chegou. Não disse uma
palavra. Ajoelhou-se. Tomou a mão do mestre; beijou-a num belo gesto de carinho
filial. Aconchegou-o depois por algum tempo ao peito. Levantou-se e, sem dizer
palavra, saiu.”
Na
sua crônica, Euclides não diz o nome do “anônimo juvenil”, porque, segundo ele,
isso importava pouco. “Qualquer que seja o destino dessa criança, ela nunca
mais subirá tanto na vida. Naquele momento, o seu coração bateu sozinho pela
alma de uma nacionalidade. Naquele meio segundo – no meio segundo em que ele
estreitou o peito moribundo de Machado de Assis –, aquele menino foi o maior
homem de sua Terra”. A identidade do admirador precoce do “Bruxo do Cosme
Velho” permaneceria envolta em mistério por muitos anos, até ser revelada pela
grande biógrafa de Machado, Lúcia Miguel Pereira. Quanto ao prognóstico de
Euclides, de que o jovem visitante noturno “nunca mais subirá tanto na vida”,
este revelou-se equivocado. Astrojildo Pereira Duarte da Silva, o rapaz que
reverenciou Machado no seu leito de morte, se tornaria na maturidade um
importante intelectual, além de respeitado propagador do pensamento marxista no
Brasil.
Astrojildo
Pereira nasceu em Rio Bonito, no interior fluminense, em 1890. Muito jovem,
tornou-se ativista político, freqüentando organizações operárias de orientação
anarquista. Em 1918, redigiu, publicou e distribuiu, praticamente sozinho, o
jornal Crônica Subversiva. Nesse mesmo ano, participou ativamente dos
preparativos de uma frustrada insurreição anarquista e, por conta disso, foi
preso pela primeira vez. Libertado em 1919, distanciou-se do anarquismo e,
influenciado pelas idéias bolcheviques, passou a defender aqui os rumos tomados
pela Revolução Russa.
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Na
noite em que faleceu Machado de Assis, quem penetrasse na vivenda do poeta, em
Laranjeiras, não acreditaria que estivesse tão próximo o triste desenlace da
sua enfermidade. Na sala de jantar, para onde dava o quarto do querido mestre,
um grupo de senhoras ontem meninas que ele carregava nos braços carinhosos,
hoje nobilíssimas mães de famílias comentavam lhe os lances encantadores da
vida e reliam lhe antigos versos, ainda inéditos, avaramente guardados nos
álbuns caprichosos. As vozes eram discretas, as mágoas apenas rebrilhavam nos
olhos marejados de lágrimas, e a palidez completa no recinto onde a saudade
glorificava uma existência, além da morte.
No
salão de visitas viam se alguns discípulos dedicados, também
aparentemente tranqüilos.
E
compreendia se desde logo a antilogia de corações tão ao parecer tranqüilos na
iminência de uma catástrofe. Era o contágio da própria serenidade incompatível
e emocionante em que ia a pouco e pouco extingüindo-se o extraordinário
escritor. Realmente, na fase aguda de sua moléstia, Machado de Assis, se por
acaso traía com um gemido e uma contração mais viva o sofrimento, apressava se
em pedir desculpas aos que o assistiam, na ânsia e no apuro gentilíssimo de
quem corrige um descuido ou involuntário deslize. Timbravam em sua primeira e
última dissimulação: a dissimulação da própria agonia, para não
nos magoar com o reflexo de sua
dor. A sua infinita delicadeza de pensar, de sentir, e
de agir, que no trato vulgar dos homens se exteriorizava em timidez
embaraçadora e recatado retraimento, transfigurava se em fortaleza tranqüila e
soberana.
E
gentilissimamente bom durante a vida, ele se tornava gentilmente heróico
na morte...
Desapontamento.
Mas aquela placidez augusta despertava na sala principal, onde se reuniam Coelho
Neto, Graça Aranha, Mário de Alencar, José Veríssimo, Raimundo Correia e
Rodrigo Octavio, comentários divergentes. Resumia-os um amargo desapontamento.
De um modo geral, não se compreendia que uma vida que tanto viveu as outras
vidas, assimilando-as através de análises sutilíssimas, para no-las
transfigurar e ampliar, aformoseadas em sínteses radiosas –, que uma vida de
tal porte desaparecesse no meio de tamanha indiferença, num círculo
limitadíssimo de corações amigos. Um escritor da estatura de Machado de Assis
só devera extinguirse dentro de uma grande e nobilitadora
comoção nacional.
Era
pelo menos desanimador tanto descaso – a cidade inteira, sem a vibração de um
abalo, derivando imperturbavelmente na normalidade de uma existência complexa –
quando faltavam poucos minutos para que se cerrassem 40
anos de literatura gloriosa...
Neste
momento, precisamente ao anunciar-se esse juízo desalentado, ouviram-se
umas tímidas pancadas na porta principal da entrada.
Abriram-na.
Apareceu um desconhecido: um adolescente, de 16 ou 18 anos, no máximo. Perguntaram-lhe
o nome. Declarou ser desnecessário dizê-lo: ninguém ali o conhecia; não
conhecia por sua vez ninguém; não conhecia o próprio dono da casa, a não ser
pela leitura de seus Livros, que o encantavam. Por isso, ao ler nos jornais da
tarde que o escritor se achava em estado gravíssimo, tivera o pensamento de visitá-lo.
Relutara contra essa idéia, não tendo quem o apresentasse: mas não lograva vencê-la.
Que o desculpassem, portanto. Se lhe não era
dado ver o enfermo, dessem-lhe ao menos notícias
certas de seu estado.
E
o anônimo juvenil – vindo da noite – foi conduzido ao quarto do doente. Chegou.
Não disse uma palavra. Ajoelhou-se. Tomou a mão do mestre, beijou-a num belo
gesto de carinho filial. Aconchegou-o depois por algum tempo ao peito. Levantou-se e, sem dizer palavra, saiu.
A porta, José Veríssimo perguntou-lhe o nome. Disse-lho.
Mas
deve ficar anônimo. Qualquer que seja o destino desta criança, ela nunca mais
subirá tanto na vida.2
Naquele
momento o seu coração bateu sozinho pela alma de uma nacionalidade. Naquele
meio segundo – no meio segundo em que ele estreitou o peito moribundo de
Machado de Assis, aquele menino foi o
maior homem de sua terra.
Ele
saiu – e houve na sala, há pouco invadida de desalentos, uma
transfiguração.
No
fastígio de certos estados morais concretizam-se às vezes as maiores
idealizações.
Pelos nossos olhos passara a impressão
visual da Posteridade...
1.
Publicado no Jornal do Commercio em 30 de setembro de 1908.
2.
Lúcia Miguel Pereira, na obra Machado de Assis, de 1936, identificou o jovem
visitante como sendo Astrojildo Pereira (18901965), autor que posteriormente
dedicaria uma série de estudos críticos à obra de Machado de Assis. Em que pese
a qualidade desses estudos reconhecida pela crítica machadiana, Astrojildo
tornar-se-ia mais conhecido por sua militância política, como militante
comunista e membro fundador do PCB.
Alexandre Rodrigues Alves
Quebrando,
de certa forma, seu compromisso com a imortalidade, Machado de Assis morreu em
29 de setembro de 1908, quando a Academia Brasileira de Letras ainda tomava
fôlego para alcançar o futuro. Segundo diziam, morreu em consequência das
saudades que sentia de Carolina, sua mulher, morta quatro anos antes, cuja
ausência fizera muito mal à saúde do escritor. Dia 1° de agosto ele comparecera
a uma última reunião da ABL, e ainda na véspera de seu desaparecimento passeou
pela cidade com José Veríssimo. Mas nem o convívio com os amigos nem o trabalho
intelectual foram capazes de reverter o triste rumo dos acontecimentos.
O
velório teve lugar primeiro em sua casa, no Cosme Velho. Euclides da Cunha,
jornalista e romancista, eleito para a ABL em 1903, conta em seu artigo A
última visita como foram os momentos finais em volta do mestre.
Mas
aquela placidez augusta [de Machado no leito de morte] despertava na sala
principal, onde se reuniam Coelho Neto, Graça Aranha, Mário de Alencar, José
Veríssimo, Raimundo Correia e Rodrigo Octavio, comentários divergentes.
Resumia-os um amargo desapontamento. De um modo geral, não se compreendia que
uma vida que tanto viveu as outras vidas, assimilando-as através de análises
sutilíssimas, para no-las transfigurar e ampliar, amorfoseadas em sínteses
radiosas –, que uma vida de tal porte desaparecesse no meio de tamanha
indiferença, num círculo limitadíssimo de corações amigos. [...] Nesse momento,
precisamente ao enunciar-se esse juízo desalentado, ouviram-se umas tímidas
pancadas na porta principal da entrada. Abriram-na. Apareceu um desconhecido,
um adolescente de dezesseis ou dezoito anos no máximo. [...] Não disse uma
palavra. Ajoelhou-se. Tomou a mão do mestre; beijou-a num belo gesto de carinho
filial. Aconchegou-o depois por algum tempo ao peito. Levantou-se e, sem dizer
palavra, saiu. [...] Pelos nossos olhos passara a impressão visual da
Posteridade.
A
partir das 19h30min, o velório passou para o Silogeu, a então sede da Academia.
Admiradores, autoridades políticas e acadêmicos juntaram-se para as homenagens,
que seguiram até as 16h do dia seguinte, quando começou o enterro.
Junto
ao caixão, Rui Barbosa, o orador supremo da época, escalado como porta-voz da
ABL, deu sua definição de Machado de Assis:
Eu
quase não sei dizer mais. [...] Não é o clássico da língua; não é o mestre da
frase; não é o árbitro das letras; não é o filósofo do romance; não é o mágico
do conto; não é o joalheiro do verso, o exemplar sem rival entre os
contemporâneos da elegância e da graça, do aticismo e da singeleza no conceber
e no dizer; é o que soube viver intensamente da arte, sem deixar de ser bom.
Trecho
elaborado a partir do livro 110 anos da Academia Brasileira de Letras, com
texto de Rodrigo Lacerda.
Publicado
em 30 de setembro de 2008.
Após
uma longa batalha dos abolicionistas para acabar com a escravidão
no Brasil no século XIX, no dia 13 de maio de 1888
finalmente é sancionada a Lei Áurea, que tinha por finalidade libertar
todos os escravos que dependiam dos senhores de engenho e da elite cafeeira.
Até
a promulgação definitiva da abolição
da escravatura, muitas leis foram criadas no sentido
de ‘libertar lentamente’ os trabalhadores forçados. Em setembro de 1871 foi
criada a Lei do Ventre Livre,
que proibia o trabalho de negros escravizados que não haviam atingido a
maioridade; e a Lei
dos Sexagenários, favorável aos escravos de mais de 60
anos.
Como
regente do Brasil na época, a Princesa
Isabel foi a responsável por assinar a Lei Áurea,
depois de diversas tentativas empenhadas pelos integrantes da Campanha
Abolicionista, que se desenvolvia desde 1870.
Também
houve grande envolvimento com a liberdade dos escravos da própria Princesa
Isabel. Ela votou a favor à Lei do Ventre Livre como senadora do Parlamento e
financiou quilombos e refúgios de escravos com o fim de libertá-los.
O
projeto da Lei Áurea foi apresentado pela primeira vez uma semana antes de ser
aprovado pelo ministro Rodrigo Augusto da Silva. Passou pela Câmara e foi
rapidamente avançado pelo Senado, para sanção da princesa regente. Foi uma
medida estratégica, porque os deputados e alguns senadores queriam que o
projeto de lei fosse aprovado de qualquer maneira enquanto o rei D.
Pedro II viajava para o exterior.
A
aprovação da lei acabou se tornando uma faca de dois gumes para a princesa. Se
por um lado ela pretendia alavancar sua carreira política, acabou arruinando
todas as possibilidades ao assinar a Lei Áurea. De fato, a sanção foi um enorme
passo dado pelos liberais, que um ano mais tarde iriam derrubar o sistema
monárquico em favor da Proclamação
da República.
Por
mais que a libertação dos escravos representasse a vitória de uma árdua batalha
contra as elites, os negros não foram absolvidos em sua totalidade.
Primeiramente, não houve um projeto efetivo de integração que permitisse que os
antigos escravos se sustentassem de forma independente. Assim, muitos
continuaram prestando serviços aos seus senhores para garantir moradia e
alimentação.
De
todos os países do continente americano, o Brasil foi o último a abolir a
escravidão. Ainda hoje, mais de um século depois de aprovada a Lei Áurea, o regime
escravocrata ainda resiste em lavouras e grandes pedaços de terra.
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Tia Eron pela RAÇA BRASIL
TIA ERON
POR MAURÍCIO PESTANA | FOTOS TICIANA BITENCOURT/DIVULGAÇÃO
Ela
nasceu em Salvador, em 1972 e, contrariando o destino marcado pela maioria das
jovens negras de sua cidade, Eronildes Vasconcellos Carvalho - mais conhecida
como Tia Eron - foi a primeira mulher negra filiada a um partido de direita, o
(DEM), a tornar-se vereadora por três legislaturas na história da capital
baiana.
Mas
não parou por aí: embora nascida e criada em Salvador, local de maior
concentração de templos de religiões de matrizes africanas, principalmente o
cadomblé, Eron é membro ativa da Igreja Universal do Reino de Deus, cujos
atritos com religiões de matrizes africanas são muitos. Seu trabalho em prol de
crianças carentes ganhou bairros, como os de Saramandaia, despertando nos
dirigentes da Universal, o desejo em investir em seu projeto político. Saiba o
que pensa a jovem liderança negra do DEM e da IURD, que também preside a
comissão de direitos da mulher da Câmara Municipal de Salvador
Mulher,
negra, evangélica e de direita, em uma cidade como Salvador. A discriminação em
seu caso ultrapassa os limites da cor?
Sem
dúvida nenhuma e tem várias questões: a de ser mulher, depois a de ser negra e,
por último, a fé, porque sou evangélica. Nesse aspecto existem questionamentos
de como eu me visto e me adapto nesses lugares onde a questão racial é
discutida. A tendência é sempre sofrer este tipo de violação, que é um direito
que eu tenho. Mas não tem jeito, a gente vai ter que passar por este vale.
Como
começou seu interesse pela política?
Eu
fazia um trabalho social e isso começou mais especificamente com crianças em
escolas públicas em bairros humildes, onde pais, mães ou as próprias crianças
estão nas entranhas desses bairros. Elas vinham na igreja para comer, não
tinham comida em casa, não tinham café da manhã, lanche, não tinham nada, e nós
tínhamos um lugar para acolher esses meninos e meninas.
Esse
trabalho foi crescendo, também acompanhando essa tendência de dentro da
comunidade que é formada por muitas crianças pobres, que não tinham
oportunidade de educação, saúde, de nada. Lá elas tomavam banho, comiam,
assistiam TV e ouviam histórias. Várias crianças iam até sem seus pais. O
trabalho cresceu tanto que passamos a fazê-lo nas ruas, pois no local não cabia
tanta gente. Diziam que isso tudo tinha a ver com política, mas não sei onde
havia política. Para mim havia mesmo era vontade e disposição de trabalhar e
servir o outro, uma causa humanística. Esse trabalho foi o pontapé inicial para
a vida pública e política.
Como
evangélica da Universal do Reino de Deus, qual é a sua relação com as
lideranças e os adeptos das religiões de matrizes africanas de Salvador?
Bastante
pacífica, até porque não olho a convicção de fé desses líderes religiosos.
Desde espírita, candomblecista, umbanda, quimbanda, eu não olho. Eu olho para o
ser humano. E foi com esse olhar que a gente começou a fazer o trabalho dentro
do terreiro.
Trabalho
dentro de terreiro?
Sim!
Fui convidada pela comunidade no Cabula, Comunidade de Vila Nova, que é uma
cidade, um submundo de pobreza, de miserabilidade, de sofrimento. A melhor casa
que tinha dentro da comunidade era um terreiro, minha primeira reação foi:
"Caramba! Me trouxeram para o lugar errado." Mas fiquei quetinha e
até mesmo confiando em quem estava me recomendando. Eu não fui lá bater na
porta, me mandaram até pela forma que vinha me propondo a trabalhar. Imagine
que coisa louca, havia acreditado em mim e eu, no primeiro momento, estava
assustada? Nossas reuniões eram e são feitas até hoje com a mãe de santo do
local, de forma harmoniosa.. Ali começamos a bancar um trabalho com sopa e pão.
Eu brincava com ela: "Acho que você vai ser reprimida." E a mãe de
santo respondia: "Quem manda aqui sou eu e quem decide aqui sou eu, você é
minha filha." Essa palavra de sentido duplo confundiu muita gente.
É
um caso bastante inusitado...
Quando
falávamos sobre isso, ninguém acreditava, até que um grande amigo - que hoje é
secretário municipal da reparação - contou que viu uma foto minha dentro do
terreiro, a gente fazendo alguns trabalhos sociais. "A vereadora Eron
frequenta aqui?" "A Eron é minha filha." Ele tomou um susto!
"Ela é da igreja ou do candomblé? Eu tinha uma desconfiança."
Tia Eron pela Sensacionalista
isenta de verdade
Onde
está Tia Eron? Hoje, ela diz se Eduardo Cunha terá ou não o mandato
cassado. A deputada federal baiana pode empatar a votação do Conselho de
Ética e deixar Cunha nas mãos do relator, que já disse que é à favor do
afastamento definitivo do deputado.
Na
semana passada, Tia Eron sumiu. Foi comer frutas trancadas na sede do PRB.
Hoje, só Deus sabe.
Como
não somos Deus, vamos conhecer um pouco da história da deputada
baiana para tentar descobrir o que ela fará – se vota contra ou a favor de
Cunha, se finge que a bisavó morreu e diz que tem que ir ao enterro, se
muda de nome para não votar, se é abduzida por alienígenas, etc.
Só
temos certeza de uma coisa: depois de ler, você vai achar que qualquer uma
dessas coisas pode acontecer.
(M Zorzanelli)
Tratava-se de uma jovem de 44 anos
que, no meio da tarde, foi à casa legislativa de Cunha, na Comissão de Ética da
Câmara dos Deputados Federais, em Brasília, e pediu licença para tratar do tema
do velho mestre. A sala de reuniões estava repleta de figuras importantes do
meio político da época, silenciosas e consternadas, enquanto Cunha, na casa,
agonizava. Mesmo assim, a jovem e desconhecida oradora não se inibiu diante de
todos aqueles medalhões e conseguiu ser conduzida até o cadafalso do
representado. “Chegou. Não disse poucas palavras. Sentou-se. Tomou do microfone
para tratar do mestre; respeitou-o num belo gesto de carinho filial.
Aconchegou-o depois por algum tempo ao peito. Levantou-se, após dizer muitas palavras,
e saiu.”
Na sua crônica, Jornalista não diz
o nome completo da “anônima jovem”, porque, segundo ela, isso importava pouco.
“Qualquer que seja o destino dessa mulher, ela nunca mais subirá tanto na vida.
Naquele momento, o seu coração bateu sozinho pela alma de uma nacionalidade.
Naquela meia hora – na meia hora em que ela estreitou figurativamente o peito
moribundo de Eduardo da Cunha –, aquela menina foi o maior homem de sua Terra”.
A identidade da admiradora precoce do “Bruxo da Guanabara” permaneceria envolta
em mistério por muitos anos, até ser revelada pela grande biógrafa de Cunha,
Célia Cruz. Quanto ao prognóstico de Euclides, de que o jovem visitante noturno
“nunca mais subirá tanto na vida”, este revelou-se equivocado.
Deputada
rebate colegas: 'Chama a Tia Eron para decidir o que vocês, homens, não
conseguiram'
POR ISABEL BRAGA E MARIA LIMA /
14/06/2016
14:28 / atualizado 14/06/2016 18:25
Tia
Eron (PRB-BA) chega ao plenário e é recebida pelo relator, deputado Marcos
Rogério - Jorge William / Agência O Globo
BRASÍLIA
— A deputada Tia Eron (PRB-BA) pediu a palavra para falar, mas manteve o
suspense e não declarou abertamente seu voto.Sua fala, no entanto, foi recheada
de ironia e até um certo deboche, ela criticou os colegas do conselho que na
semana passada cobraram sua presença na reunião do Conselho de Ética. Ela foi
levemente aplaudida quando disse que estava sendo chamada a resolver “o que os
homens não resolveram” até agora.
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também
—
Estamos aqui como julgadores e como tais, a primeira função que esse conselho
precisa ter é a capacidade de olhar para dentro de si. E se a perdermos, esse
conselho precisa ser ressignificado. Eu não compreendo como é que depois de
sete meses, claro, os senhores todos homense não sabem o que é gestar, como é
parir esse processo depois de sete meses, então chama "cadê Tia Eron?"
para decidir o que vocês, homens, não conseguiram resolver. Então eu vou
resolver — afirmou Tia Eron.
A
deputada chegou às 14h23m para a reunião do Conselho de Ética. Tia Eron afirmou
que votará "com sua consciência", mas disse que o colegiado precisa
levar em conta que o Brasil fala com o Parlamento e que políticos cassados
voltar ao Parlamento com o apoio de votos da sociedade.
—
Fui tão citada, tripudiada, requisitada. Aqui estou, como sempre me comprometi
com esse Brasil. Este conselho precisa ser ressignificado porque o Brasil está
conosco, Podemos cassar sim, mas essa sociedade devolverá à essa Casa. Vimos
isso várias vezes no Nordeste — disse Tia Eron.
A
deputada começou sua fala afirmando que os deputados que ironizaram sua
ausência, esta semana não agiram da mesma forma:
—
Entenderam que, de fato, não mandam nessa nega aqui, nenhum dos senhores
mandam.
Segundo
a deputada, na semana passada ela não compareceu porque estava acompanhando da
TV a fala de cada um dos conselheiros. Ela citou nominalmente o deputado Nelson
Marchezan Júnior (PSDB-RS), que, na semana passada, perguntou se ela tinha sido
abduzida. Disse que se o pai do deputado estivesse aqui, não agiria dessa forma
com ela. A deputada saiu em defesa do presidente licenciado de seu partido,
Marcos Pereira, que hoje é ministro da Indústria e Comércio, mas protestou
contra as cobranças, citando os candidatos do seu partido às eleições
municipais, Celso Russomano (São Paulo) e Marcelo Crivella ( Rio)
—
Marcos Pereira, professor, deveriam ter uma aula com ele. Me deu a livre
tranquilidade para eu fazer esse julgamento. Marcos Pereira teve essa
capacidade. Chegou a ser ministro, não precisou negociar cargos. Vossas
excelência julgam pelo que são! — acusou Tia Eron.
Na
discussão no Conselho de Ética, o deputado Nélson Marchezan Júnior (PSDB-RS)
rechaçou a possibilidade de um “acordão” para salvar o mandato de Cunha, em
troca de sua renúncia a presidência da Casa.
—
O acordão para dar a Cunha uma pena mais branda em troca da renúncia a
presidência é uma afronta ao Parlamento. Se não cumprirmos nossa tarefa de
cassar o mandato de Cunha, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a
Justiça Federal vão tirar sua liberdade decretando sua prisão. Se a Justiça,
que já o afastou do mandato, pode passar novamente na nossa frente, e isso será
uma vergonha — discursou Marchezan.
Um
dos alvos da ira de Tia Eron foi o deputado José Geraldo (PT-PA) apelara,
antes, para que seu voto seja pela cassação de Eduardo Cunha, pois, do
contrário, o PRB irá “sofrer um grande revés” nas eleições em outubro.
—
Há uma grande expectativa pelo voto do PRB. Não acredito que a Igreja Universal
vá influenciar para que um membro de seu partido vá contribuir com o reino do
diabo aqui no Conselho — apelou José Geraldo.
Irritada,
Tia Eron disse que José Geraldo deveria "higienizar a boca" para
falar de nomes do PRB e da Igreja Universal
O
líder do PSOL, deputado Ivan Valente(SP), disse que se o relatório de Marcos
Rogério, pela cassação, não for aprovado, seu partido irá entrar com um mandado
de segurança no Supremo Tribunal Federal para restabelecer a soberania do
plenário de mudar a pena na votação final
DEPUTADOS
TENTAM CONVENCER TIA ERON
Durante
a discussão no Conselho de Ética, os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e o líder
do DEM, Pauderney Avelino (AM), tentam convencer Tia Eron a votar a favor da
aprovação da cassação de Eduardo Cunha. Nas conversas, ela reclamou que está
sofrendo pressão de todo lado, mas ficou irritada especialmente com a cobrança
dos deputados do colegiado. Confidente da deputada baiana, Júlio disse que
subiram de 5% para 15% as chances de um voto contra Cunha.
—
Mas a marcação dos aliados de Cunha em cima de Tia Eron está violenta. Mandaram
o Nélson Meurer se sentar do lado dela para me tirar do seu lado. Ela está
dizendo que vai seguir o conselho que meu irmão me deu quando fui votar o
impeachment de Dilma. Vai votar com sua consciência, a única coisa que nos
acompanha quando todos nos abandonam — disse Júlio Delgado.
—
A Tia Eron fez mistério do seu voto no discurso, mas está se comportando como
quem vai votar a favor da aprovação do pedido de cassação. Estou achando que
ela vai votar pela cassação — disse o líder Pauderney Avelino.
SUPLENTES
DISPUTAM PRESENÇA
Sem
saber se a deputada compareceria, deputados suplentes do bloco partidário do
PRB disputaram, segundo a segundo, o registro de presença na sessão desta
terça-feira. O deputado Mandetta (DEM-MS) — a favor da cassação — levou a
melhor por alguns milésimos de segundos.
Apesar
de o aliado mais enfático de Cunha no conselho, o deputado Carlos Marun
(PMDB-MS), ter se preparado para repetir a performance da semana passada,
quando ganhou a disputa e foi o primeiro a registrar presença, nesta
terça-feira, a briga ficou entre dois novatos no conselho: Mandettta e o
deputado Marcelo Aro (PHS-MG), também aliado próximo de Cunha.
Assim
que o painel de registro foi aberto, os suplentes marcaram presença. Mandetta e
Aro empataram, registrando a presença em 14 segundos. Os assessores do
conselho, então, foram verificar os milésimos de segundos. Mandetta marcou em
14,5 segundos; Aro, em 14,9 segundos.
—
Tem uma vantagem eu ter perdido. O presidente não precisará adiar, de forma
sorrateira, a sessão do conselho — disse Marun.
Na
chegada, Tia Eron cumprimentou deputados, entre eles o relator do Conselho de
Ética, Marcos Rogério (DEM-RO) e também conversou rapidamente com o advogado de
Cunha, Marcelo Nobre.
Ela
saiu da sala para ir ao banheiro e retocar a maquiagem, mas antes de sair da
sala respondeu, irritada, às perguntas dos jornalistas sobre o voto dela na
reunião de hoje do conselho. Os jornalistas perguntaram se ela já tinha
definido o voto.
—
Vou no toalete. Não acredito, vocês já puseram o voto por mim - respondeu de
forma irônica e bastante irritada.
Os
jornalistas insistiram em perguntar se ela ficaria até o final e se votaria.
—
Se vocês me derem paz!
Antes
de sair da sala, a deputada Tia Eron conversou rapidamente com o advogado de
Cunha, Marcelo Nobre, que estava próximo da saída.
Marcos
Rogério disse que ela apenas o cumprimentou, mas não revelou o voto
—
Eu abracei, desejei força a ela. Acho que ela vai surpreender. Pelo que
conversei com ela, lá atrás, estou confiante — disse Rogério.
Na
volta, a deputada sentou-se ao lado do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), aquele
que que "se lixa" para a opinião pública e vota a favor da absolvição
de Cunha. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), sentou-se do outro lado.
RELATÓRIO
DO BANCO CENTRAL
O
presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), abriu a reunião relatando
aos integrantes que o Banco Central entregou, na manhã desta
terça-feira, o relatório que afirma que Cunha e sua mulher, Cláudia Cruz,
mantinham contas não declaras no exterior entre 2007 e 2014.
O relatório concluiu que os dois cometeram irregularidades e cobra multa do
casal, sendo R$ 1 milhão do presidente afastado (pelo período de 2007 a 2014) e
outros R$ 132, 4 mil de Cláudia, por contas mantidas entre 2009 e 2011. (CONFIRA A ÍNTEGRA DO RELATÓRIO DO BANCO CENTRAL)
O
relator do processo, Marcos Rogério (DEM-RO), afirmou que em respeito ao Código
de Ética, não poderia acolher esse novo documento porque a fase de instrução de
provas já foi encerrada. Mas deixou claro que os integrantes podem nortear seu
votos pelo que está em seu parecer e também pelos acontecimentos dos últimos
dias, incluindo esse novo relatório.
—
Eu devolvo os documentos, por parte desse relator não constaram desse
relatório, em respeito às regras. Obviamente que o convencimento se dá pelo
conjunto das provas. Mas, pela natureza do processo nesse conselho ao formar
seu convencimento, os deputados tomam por base o que está nos autos e nos
acontecimentos — disse Rogério.
Apesar
do pedido do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), Araújo não quis debater o
documento do BC no colegiado. Ele justificou sua decisão dizendo que o
relatório não seria incluído no parecer de Marcos Rogério.
Por
meio de sua assessoria, o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, avisou que a defesa
vai questionar e recorrer da decisão do Banco Central. "Declarar o Trust
como gostaria o Banco Central é crime! A propriedade não é do deputado e
portanto declarar como dele seria crime de falsidade", diz Nobre, por meio
de torpedo.
Na
avaliação do Marcelo Nobre, a decisão do Banco Central será reformada com
certeza. O advogado destaca ainda que o documento do BC "só corrobora a
defesa no Conselho de Ética: em nenhum momento se fala da existência de conta
em nome do cliente no exterior."