Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 6 de abril de 2022
NATUREZA DO FASCISMO
"O mundo, ele é tão grande e largo, O céu é também tão alto e vasto;" Goethe
"Teorias são redes; somente aqueles que as lançam pescarão alguma coisa". Novalis
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Benito Mussolini
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Orban reforça poder na Hungria após vitória expressiva
O líder nacionalista Viktor Orban conseguiu a quarta vitória consecutiva nas urnas e pode acentuar o caráter autoritário de seu governo e dar continuidade ao confronto com a UE
AF
Agence France-Presse
postado em 04/04/2022 14:52
(crédito: AFP)
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(crédito: AFP)
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O líder nacionalista húngaro Viktor Orban, que conquistou no domingo a quarta vitória consecutiva nas urnas, com uma vantagem ainda maior que nas eleições anteriores, pode acentuar o caráter autoritário de seu governo e dar continuidade ao confronto com a UE, de acordo com analistas e ONGs.
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"Porque, convenhamos, democracia iliberal é nome disfarçado doutra coisa".
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E se Bolsonaro virar Orbán? | Ponto de Partida
22.751 visualizaçõesEstreou em 4 de abr. de 2022
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Viktor Orbán, o Bolsonaro da Hungria, teve uma vitória imensa contra a frente ampla de oposição. Enquanto isso, fechada a janela partidária, quem ganhou deputados foi o bolsonarismo. A esquerda ficou no elas por elas e a terceira via encolheu. E sabe o quê? Uma história tem tudo a ver com a outra.
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PONTO DE PARTIDA
Segundas e quintas-feiras, às 18h15, no YouTube
📼 https://www.youtube.com/MeioEmVideo
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CANAL MEIO
https://www.youtube.com/watch?v=CDPFiJVMUeI
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Revista online | A frente democrática, aqui e agora
05/04/2022
Esperança e mudança foram alguns dos anseios da frente democrática que lutou pela redemocratização do Brasil. Foto: Reprodução
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Esperança e mudança foram alguns dos anseios da frente democrática que lutou pela redemocratização do Brasil. Foto: Reprodução
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Luiz Sérgio Henriques*, exclusivo para revista Política Democrática Online
“Brasileiro, profissão esperança” – era assim que costumávamos nos autodefinir, na trilha do belo musical de Paulo Pontes sobre Dolores Duran e Antônio Maria, ainda nos anos 1970. A ditadura, afinal, era como que “externa” a nós, imposta de fora. Não a queríamos, só éramos forçados a suportá-la. O que talvez explique certo pessimismo hoje disseminado é a descoberta – terrível – de que a esperança não é necessariamente nossa profissão e muito menos a segunda natureza. De dentro de nós mesmos, de pessoas como nós – amigos, parentes, vizinhos – podem brotar dezenas de milhões de votos capazes de jogar o país, como jogaram em 2018, nos braços da extrema-direita. Uma escolha, historicamente desesperada, de quem quer voltar atrás no tempo, negar conquistas, fugir a incertezas e desafios.
A experiência da luta contra o regime ditatorial nos educou, é verdade, mas é preciso entender bem o que houve. Aprendemos, por exemplo, que o “centro político” é um conceito essencial, pois nele se cruzam, se chocam e, também, se conciliam as tendências fundamentais de toda uma conjuntura. O centro não é um termo médio amorfo, um espaço povoado por mornos ou desmotivados para a luta, mas, sim, o elo que é preciso pegar firmemente com as mãos para fazer mover, num sentido ou no outro, o conjunto das forças políticas e a própria sociedade. De nada adianta autoexilar-se num gueto, batendo a mão no peito e apregoando a condição de “verdadeira” esquerda – condição talvez sincera, certamente impotente.
Considerar aquele centro como terreno estratégico define a questão da hegemonia e das forças que se credenciam para dirigir as demais numa dada circunstância. Na ditadura, o sentido da luta contra o voto nulo e pela valorização das eleições foi precisamente este: animar um centro organicamente comprometido com a redemocratização do país, no qual pudessem convergir forças e personalidades variadas, inclusive as que paulatinamente se destacavam do regime – Teotonio Vilela, A ureliano Chaves ou José Sarney. E havia uma esquerda, uma parte dela ao menos, que dava legitimidade a este movimento progressista, que desaguaria na Constituição de 1988.
Na situação de agora, um motivo de desesperança – ou, se quisermos, uma interrogação para a qual ainda não temos resposta – decorre da incerteza sobre o principal partido da esquerda, sua linha básica e a orientação dos seus simpatizantes, que não foram “treinados” na política de frente. Será que basta acenar simbolicamente para o centro, escolhendo, tal como em 2002, um vice-presidente “conservador” para compor a chapa? A intenção será só a de “acalmar os mercados”, sugerindo relações de “paz e amor”? Ou, ao contrário, haverá algo de novo na ação institucional e na definição de políticas que não copiem o velho desenvolvimentismo?
A inquietação, na verdade, não deve ser estranha ao próprio núcleo da campanha petista. O senador Randolfe Rodrigues demonstra instinto apurado quando constata a reconstituição de um poderoso bloco em torno de Bolsonaro, militares e Centrão (“Bolsonaro vencerá se Lula não for mais plural”, Metrópoles, 03.04.2022). Um conjunto que não está suspenso no ar, uma vez que esta extrema-direita no poder tem sustentação na sociedade: os 25 ou 30% que apoiam irrestritamente Bolsonaro são uma espécie de aríete antidemocrático pronto para ser acionado contra instituições-chave, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou qualquer outra. E um eventual segundo mandato do atual presidente, como toda a literatura tem repetido a propósito da farta safra de populistas autoritários, seria um risco ainda maior do que tentativas canhestras de golpe, como em setembro de 2021.
Estadistas se movem audaciosamente na hora do perigo. Tomam a iniciativa de procurar desafetos, curar ressentimentos, reestabelecer pontes com adversários de ontem, sem nenhuma exceção. O senador Randolfe menciona os palanques das diretas-já, cruciais para a eleição da chapa Tancredo-Sarney e a consequente derrota do regime de 1964. A menção é pertinente porque se trata, também, de acolher forças e personalidades da direita democrática, bem como seus eleitores, em torno da candidatura oposicionista mais forte. Além do mais, aquela ação típica de estadista, se efetivada, teria um efeito pedagógico não desprezível sobre os adeptos de sempre, mostrando a estes, num momento decisivo, que a vida em democracia sempre requer embates e acordos, dissensos e consensos, com exclusão só de quem ameaça a própria convivência civil.
Ao longo dos anos, a falta desta pedagogia terá sido, em boa medida, a responsável pelo déficit de recursos que ora sentimos para vencer o adversário nas urnas e diminuir na sociedade o expressivo número de brasileiros com inclinações autoritárias. Não se pode esquecer que, com a frente democrática de antes, o país afinal pôde respirar por algumas décadas ares de “esperança e mudança”. Estas, contudo, são páginas já escritas por gente como Ulysses e Tancredo. Há outras mais, igualmente decisivas, a serem escritas aqui e agora. O feito será repetido?
https://www.fundacaoastrojildo.org.br/a-frente-democratica-aqui-e-agora/
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quarta-feira, 6 de abril de 2022
Marcello Cerqueira*: Forças democráticas devem se unir contra Bolsonaro
O Globo
Nas democracias atuais, é natural que os partidos disputem eleições e, quando necessário, se unam livremente em coligações ou coalizões. Não é o caso do Brasil. Aqui, o presidente da República vem, repetidamente, ameaçando o país com medidas desconhecidas pela Constituição em vigor e por ela repudiadas.
Declarou, mais de uma vez, que só Deus o tiraria da cadeira que ocupa. Não creio ser lícito esquecer a campanha que fez contra as avançadas e consagradas urnas eletrônicas. Mas aí encontrou forte resistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de seu corajoso presidente, Luís Roberto Barroso, que deflagrou, com o auxílio da imprensa, campanha em que ficou demonstrada a lisura da eleição com as urnas eletrônicas, diferentemente das antigas e obsoletas cédulas de papel. Mais de uma vez, agrediu o TSE e, diretamente, alguns de seus ministros.
Quando a humanidade se protegeu do vírus, o presidente acentuou sua atitude negacionista, tendo a ousadia de, na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, defender perante todos os povos do mundo, estúpida e irresponsavelmente, a cloroquina como remédio contra a Covid-19.
Em democracias de massa, como são as atuais em todos os países que a praticam, é comum ver candidatos avulsos e diversas coalizões disputando eleições. É legítimo que isso ocorra quando todos os concorrentes respeitam a democracia. Não acontece, entretanto, quando um dos candidatos, presidente e militar outrora insubordinado, a repudia. Nesse caso, é natural que todos os partidos ou coalizões democráticas se unam para derrotá-lo.
Espera-se, portanto, que todos os candidatos democratas se unam desde logo e, necessariamente, no primeiro turno para derrotar aquele que se opõe à democracia. São tantos os exemplos que este texto não teria páginas para registrar as constantes manifestações do presidente que se opõe à disputa eleitoral digna e, certamente, inconformado com a derrota que poderá vir, busca solução desconhecida da Constituição em vigor.
Neste momento, é preciso procurar um candidato com mais chances de vencer já no primeiro turno. Insisto: dispersão de votos, inclusive uma terceira via, é inútil e prejudicial. O que cabe é a união de todos os democratas contra aquele que se opõe à democracia, que tentou uma quartelada (no 7 de setembro de 2021) e que diz que não respeitará o resultado eleitoral se não for a seu favor.
Ora, se é necessário que o candidato democrata a ser indicado no curso do processo eleitoral se personifique, este levará o presidente e seus aliados a recuarem de uma solução inconstitucional em face da vitória da oposição logo no primeiro turno.
Ao lerem este texto, os candidatos democratas ou de coalizões democráticas podem se sentir feridos em seu patriotismo e, na busca de uma campanha eleitoral, ainda que previamente perdida, favorecer o presidente atual.
Mesmo nas palavras duras com que trato uma terceira via, parece que me oponho àqueles patriotas que procuram se afirmar para posteriores embates, nada mais do que isso. A terceira via ficará, então, restrita aos candidatos e coalizões que porventura apoiem o atual presidente.
Quero dizer, respeitosamente, que os democratas que mantiverem suas pretensões eleitorais favorecem, embora não queiram, o atual presidente. Penso que esses candidatos do lado da democracia serão mais úteis nos governos estaduais, no Senado, ou na Câmara dos Deputados para sustentar o presidente democrata a ser eleito por sua, então, comprovada política de defesa da pátria democrática, dos mercados livres, do apoio às empresas, do apoio ao ensino gratuito e de boa qualidade, dos trabalhadores e dos pobres.
Nessa democracia, eles poderão livremente levantar suas bandeiras e acumular forças para posterior eleição, uma vez afastada a sanha fascista.
*Advogado
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/04/marcello-cerqueira-forcas-democraticas.html
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quarta-feira, 6 de abril de 2022
Luiz Carlos Azedo: A terceira via devora seus candidatos
Correio Braziliense
Não existe caminho fácil para quem quer ser presidente da República. A senadora Simone Tebet (MS), candidata do MDB, é a noiva desejada por todos, mas quer a cabeça de chapa da terceira via
Ammut ou Amem-me era um demônio egípcio, conhecida como “A Devoradora” e a “Grande Morte”, com cabeça de crocodilo, corpo metade leão, metade leopardo e traseiro de hipopótamo, todos animais ferozes da África. Na mitologia egípcia, segundo o Livro dos Mortos, era um demônio de punição, devoradora de homens, dos mortos indignos. Mais ou menos como a terceira via, que está deglutindo seus candidatos como o ser mitológico que habitava a margem oeste do Nilo, o lugar dos funerais e dos cemitérios. Senão, vejamos.
O ex-juiz Sergio Moro (SP) entrou na cena eleitoral como caudatário da bandeira da ética, na franja dos eleitores que votaram no presidente Jair Bolsonaro e estavam descontentes com seu desempenho. Na medida em que a pandemia foi sendo controlada pela vacinação em massa da população, perdeu substância. Não conseguiu avançar em direção às bases conservadoras de Bolsonaro, que se mostrou mais resiliente, porque se beneficia do fato de estar no poder. Moro nunca foi levado a sério pelos principais partidos da chamada terceira via.
Não conseguiu ampliar suas alianças políticas. É um neófito no jogo eleitoral, mas o que pesa mesmo é o estigma de algoz dos políticos investigados pela Operação Lava-Jato. Com a perda de densidade eleitoral, chegou perto dos 9% de intenções de voto, viu minguar o apoio da bancada de senadores do Podemos, ao qual estava filiado, e o risco de ficar sem legenda, mesmo no Paraná, onde o senador Álvaro Dias, seu padrinho político, concorrerá à reeleição. Correu para o União Brasil, pelas mãos do seu presidente, deputado Luciano Bivar, mas enfrentou resistência para ser candidato à Presidência, liderada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, o secretário-geral do partido, que resultou da fusão entre o PSL e o DEM. Por ora, Moro só tem garantida a vaga de candidato a deputado federal por São Paulo.
Ciro Gomes (CE) está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos, com um percentual que oscila em torno dos 8%. Apesar dos ataques de piranha, manteve o apoio do PDT e mostra resiliência sertaneja, mas não consegue sair do isolamento. Carlos Lupi, o presidente da legenda, não é chamado para os encontros da terceira via. Há razões políticas: a legenda tem uma tradição de esquerda, nacional-desenvolvimentista; o trabalhismo e Brizola são nomes feios para os líderes dos partidos que tentam articular a terceira via.
Mesmo sendo o candidato mais competitivo, Ciro também não ajuda: rejeita concessões programáticas e tem a língua solta. Sua candidatura é vista por alguns líderes da terceira via como à esquerda do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas. Aparentemente, Ciro aposta no “voto útil” dos que não querem manter Bolsonaro nem a volta do PT ao poder. Com essa estratégia, bastaria manter sua candidatura e esperar os eleitores migrarem dos demais candidatos da terceira via. O risco é de que isso ocorra muito mais em direção a Bolsonaro, o que acabaria funcionando como um fator de sucção dos seus próprios votos por Lula.
Presidência é destino
O ex-governador João Doria (SP) venceu as prévias do PSDB, mas sua candidatura não decola. Às vésperas de renunciar ao cargo de gestor paulista, ameaçou permanecer no Palácio dos Bandeirantes e desistir da candidatura, o que agastou sua relação com o vice que assumiu o cargo, Rodrigo Garcia. A conspiração para que Doria desista existe e até entre os tucanos paulistas. Os seis deputados federais que abandonaram a legenda haviam apoiado Doria nas prévias, o que complica sua situação nos demais estados. A federação com o Cidadania, que deveria fortalecer sua candidatura, aumentou a instabilidade, porque a sigla prioriza uma candidatura que unifique a terceira via e não, necessariamente, do PSDB.
O estatuto tucano diz que as prévias são soberanas, as regras do jogo da federação garantem primazia para o candidato do PSDB. Mesmo assim, a situação de Doria é muito vulnerável internamente. O ex-governador gaúcho Eduardo Leite faz campanha aberta contra Doria. Permaneceu na legenda para ser candidato, mesmo correndo risco de não conseguir. Poderia ter migrado para o PSD, em que tinha legenda garantida por Gilberto Kassab (SP), mas optou pela luta interna fratricida na terceira via. Caso consiga êxito, terá vencido uma batalha sangrenta, na qual gastará energias, recursos financeiros e tempo.
É o destino, não existe caminho fácil para quem quer ser presidente da República. A senadora Simone Tebet (MS), candidata do MDB, é a noiva desejada por todos, mas quer ser cabeça de chapa. Conversa com todo mundo e, de certa forma, se beneficia da disputa no PSDB, porque tanto Doria quanto Leite prefeririam apoiá-la a ter que fazer um acerto entre si. O problema de Tebet é que o MDB não é um partido homogêneo, as suas principais lideranças do Norte e Nordeste já estão embarcadas na candidatura do ex-presidente Lula. A tradição do MDB é cristianizar seus candidatos, como fez com Ulysses Guimarães e Orestes Quércia.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/04/luiz-carlos-azedo-terceira-via-devora.html
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Com a sombra da guerra na Ucrânia, que levou o primeiro-ministro a se declarar como fiador da estabilidade, o partido governista Fidesz recebeu mais de 53% dos votos (135 cadeiras), após a apuração de quase 99% das urnas, contra menos 35% (56 cadeiras) para a oposição.
A vitória "instilará uma grande confiança" ao chefe de Governo há mais tempo no poder na União Europeia (UE), afirma Patrik Szicherle, do centro de pesquisas Political Capital.
"Agora o Fidesz não tem nenhuma necessidade de desviar de sua linha", acrescenta. Seu avanço nas urnas mostra uma "grande demanda na Hungria para a política iliberal e autocrática" de Orban, que transformou profundamente o país em 12 anos de poder.
"Não pensávamos em vencer com tamanha folga", disse à AFP o eurodeputado Balazs Hidveghi, do Fidesz e próximo a Orban.
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No plano internacional, Orban consolida a política de aproximação do leste europeu.
Seus vínculos com o Kremlin e sua vontade de permanecer fora do conflito da Ucrânia não afetaram os resultados.
"Sua experiência, responsabilidade, sua calma e capacidade de manter a paz foram fatores decisivos", opina Hidveghi.
Felicitações de Putin
O ícone da extrema-direita recebeu nesta segunda-feira os parabéns do presidente russo, Vladimir Putin, que expressou o desejo de reforçar os laços bilaterais.
A Comissão Europeia, no entanto, não fez qualquer comentário. No discurso da vitória, Orban não se esqueceu dos "burocratas de Bruxelas".
"Vamos continuar reforçando nossa identidade, defendendo nossos interesses, especialmente em Bruxelas", afirmou Hidveghi, que ressaltou os "valores tradicionais cristãos".
Para o analista Patrik Szicherle, "o confronto com a UE está marcado na estratégia do partido, pelo menos a nível retórico, e isto não vai desaparecer".
Mas ele recorda que a Hungria precisará dos fundos europeus, levando em consideração a crise econômica.
Do outro lado, a oposição liderada por Peter Marki-Zay, um prefeito conservador independente, tenta compreender a derrota.
A cooperação díspar de seis partidos "foi inoperante: os partidos relutaram em aceitar que um 'outsider' ganhasse as primárias, o que paralisou a campanha", explica o analista.
"Os erros do candidato nos discursos, especialmente sobre a guerra, foram a cereja do bolo", acrescenta.
Apesar da promessa de que seguiriam unidos, alguns já culparam o líder da aliança pelo resultado.
Entre as ONGs, a preocupação é grande. "É um desastre para a democracia", disse Marta Pardavi, do Comitê Húngaro de Helsinque. "O nível de desinformação é muito preocupante".
A Anistia Internacional teme "uma nova recaída dos direitos humanos", segundo seu diretor em Budapeste, David Vig, que mencionou vários amigos que pretendem deixar a Hungria.
As eleições contaram pela primeira vez com mais de 300 observadores internacionais da OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa], que considerou que as eleições não tiveram "regras equitativas".
Os observadores lamentaram "a parcialidade da mídia" e "financiamento de campanha opaco".
"Acho que não vivo mais em um Estado democrático", denunciou o famoso ator húngaro Robert Alföldi antes dos resultados, antecipando a reeleição de Orban.
"Nossas capacidades de ação se tornam muito estreitas. Os fatos não existem mais, vivemos em uma realidade imaginária, aquela que o primeiro-ministro quer", disse à AFP.
"Estamos testemunhando o lento desaparecimento de uma democracia civilizada", concluiu.
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Antonio Gramsci
Por Felipe Araújo
Ouça este artigo:
Antonio Francesco Gramsci foi um filósofo, jornalista, historiador e político italiano. Ligado à corrente marxista, ele nasceu em Ales, Sardenha, região sul da Itália, em 1891, no dia 22 de janeiro. Sua infância foi marcada por uma doença, que deixou uma deformidade em sua coluna. Após a prisão de seu pai, Francesco Gramsci, ele viveu em situação de extrema limitação financeira com sua mãe, Guiseppina Marcias. Na juventude, Gramsci foi um aluno de excelência e aos 21 anos recebeu uma bolsa para estudar literatura na Universidade de Turim. Ainda na universidade, se interessou por filosofia, política e pelas obras dos filósofos Benedetto Croce, Nicolau Maquiavel e Karl Marx.
Em 1913, entrou para o Partido Socialista Italiano, colaborando para diversas publicações daquele grupo, como o "L'Avanti", e em 1919 fundou o periódico “L’Ordini Nuovo”, juntamente com Palmiro Togliatti, Umberto Terracini e Angelo Tasca. Tinham a proposta de acompanhar e refletir sobre o movimento operário italiano. Esta publicação tornou-se a porta-voz dos Conselhos de Fábrica, apresentando uma nova maneira de cultura e política socialista. Gramsci militou ativamente em conselhos de fábrica no industrializado norte do país.
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Antonio Gramsci
Tanto que, naquele mesmo ano, Gramsci publicou “A Força da Revolução”, artigo em que fez uma análise sobre a maré referente a camponeses e operários organizados em Conselhos no mundo todo. Desta forma, Gramsci fazia a cultura tornar-se mais próxima da tarefa de transformação de massas, fundamentada na prática revolucionária, sendo, por consequência, o intelectual orgânico (um de seus conceitos) do proletariado de Turim e atuando como educador entre as classes subalternas.
Rompendo com o partido socialista, Gramsci fundou o PCI, Partido Comunista Italiano, em 1921. No mesmo ano, Mussolini fundou o PNF, Partido Nacional Fascista, na Itália. No poder, fechou veículos de imprensa e destituiu todos os partidos de oposição.
Prisão e Cadernos do Cárcere
Benito Mussolini foi nomeado pelo rei Victor Emmanuel III como primeiro-ministro da Itália, em 1922. O fascismo italiano chegou ao poder como um pretenso movimento de massas, mas sua ideologia era belicista, de exaltação à guerra e de posicionamento antissocialista.
Após quatro anos, mesmo tendo imunidade parlamentar, Gramsci foi detido com outros deputados comunistas no cárcere romano de Regina Coeli. No ano seguinte foi condenado a vinte anos, quatro meses e cinco dias de reclusão em Turi, pelo Tribunal Especial, passando o resto de sua vida encarcerado.
Em 1929, Gramsci teve permissão para escrever. Assim, começou redigir sua obra, ‘’Cadernos do Cárcere’’, anotações e planos de estudo sobre a história italiana do século XIX, formação e o desenvolvimento dos grupos intelectuais, a teoria e a história da historiografia, americanismo e o fordismo. Dos vinte e nove cadernos, surgiram a base teórica gramsciana e os conceitos de “Hegemonia Cultural”, “Estado Integral”, “Intelectual Orgânico”, entre outros. No Brasil, suas ideias de pedagogia crítica e conscientização política para a conquista de uma cidadania plena foram aplicadas por Paulo Freire. Após mais de dez anos confinado e sofrendo maus tratos, além ter sido impedido de ver sua família, Gramsci foi libertado, mas morreu dois dias depois.
Bibliografia:
https://www.boitempoeditorial.com.br/autor/antonio-gramsci-696
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/PHP/article/view/10728/6671
http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/55755
https://www.contrapontoeditora.com.br/arquivos/detalhes/Vaccaintroducao.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biografias/antonio-gramsci/
Arquivado em: Biografias
https://www.infoescola.com/biografias/antonio-gramsci/
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O que é o fascismo? Perguntamos a pensadores da Itália, berço do movimento
Lucas Ferraz
De Roma para a BBC News Brasil
4 outubro 2018
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Hitler e Mussolini fazendo saudação nazi-fascita, em foto de 1938
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Hitler e Mussolini fazendo saudação nazi-fascista, em foto de 1938; para pesquisador do fascismo, o maior perigo atual é 'a democracia que se suicida'
Não é só no Brasil destes dias que o termo "fascismo" voltou a permear o debate político. Em países europeus como Hungria, Polônia, Áustria e Itália, berço do fenômeno, a ascensão de políticos populistas de extrema direita - com pendores nacionalistas e xenófobos - tem suscitado calorosas discussões sobre a conveniência ou não de se usar a palavra.
O historiador Emilio Gentile é considerado na Itália o maior especialista vivo sobre o assunto. Autor de inúmeros livros sobre o período fascista, muitos deles adotados nas escolas italianas, ele afirma que utilizar o termo, como se tornou comum recentemente, é uma forma de confundir as ideias e não observar um fenômeno que, na verdade, tem a ver com a crise da democracia.
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"A democracia não está em risco por causa de um fascismo que não existe. Hoje, o perigo é a democracia que se suicida", disse à BBC News Brasil. "O que há de novo, em todo o mundo, é um novo poder de direita nacionalista e xenófobo. É o que Orbán (Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, um dos expoentes desse movimento na Europa) classificou de política nacionalista democrática iliberal."
De acordo com Gentile, há muitos movimentos políticos - na Europa e em outros lugares do mundo - que se referem à experiência fascista e utilizam seus símbolos, mas de uma maneira muito "idealizada e imaginária".
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O fascismo foi criado por Benito Mussolini - um ex-socialista - há quase cem anos. Originário da palavra latina "fascio littorio", um conjunto de galhos amarrados a um machado, símbolo do poder de punição dos magistrados na Roma Antiga, o experimento nasceu oficialmente em 23 de março de 1919, quando Mussolini fundou em Milão o grupo "Fasci di Combattimento", que reunia ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial (1914-18).
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Com a Itália imersa no caos - à beira de uma guerra civil, com crise política, econômica e social, num momento em que o poder fugiu do controle do Estado -, e à sombra da revolução russa de 1917 (temia-se que o comunismo chegasse também no país), o grupo fundado por Mussolini cresceu rapidamente.
Domenico de Masi
CRÉDITO,DIVULGAÇÃO
Legenda da foto,
Para Domenico de Masi, Bolsonaro é político de inspiração fascista
Ainda em 1919, ocorreram ataques de brigadas fascistas - que depois se tornariam efetivamente milícias paramilitares - contra políticos de esquerda, judeus, homossexuais e órgãos da imprensa. Eles ficariam conhecidos como os "camisas negras".
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Fim do Podcast
No final de 1921, nasceu o Partido Nacional Fascista (PNF), cujo símbolo era exatamente o "fascio littorio". Menos de um ano depois, Mussolini assume o poder. Ele fortaleceu sua influência na Itália angariando o apoio de industriais, empresários e do Vaticano, e tornou-se referência para regimes autoritários mundo afora - Francisco Franco na Espanha, António Salazar em Portugal e, sobretudo, Adolf Hitler na Alemanha (que por muito tempo manteve um busto do Duce italiano em seu escritório) tiveram em Mussolini e no seu regime uma grande fonte de inspiração.
Regime totalitário baseado num partido único, a característica fundamental do fascismo foi a militarização da política, que era tratada como uma experiência de guerra: além do projeto de expansão imperial, com a supremacia fascista imposta no Estado e na sociedade, o regime tratava os adversários como inimigos que deveriam ser eliminados. No mês passado, a Itália lembrou os 80 anos da chamada lei racial, aprovada contra os judeus e que estava em consonância ao regime nazista de Hitler.
"O fascismo sempre negou a soberania popular, enquanto o nacionalismo populista de hoje reivindica o sucesso eleitoral. Esse políticos de agora se dizem representantes do povo, pois foram eleitos pela maioria. Isso o fascismo nunca fez", comenta Emilio Gentile.
Raízes fascistas
Para o sociólogo italiano Domenico de Masi, que conhece o Brasil há muitos anos, se não é possível falar num fascismo histórico como o implementado na Itália no século passado, não há dúvidas, por outro lado, de que Jair Bolsonaro (PSL) é um político de inspiração fascista - o candidato à Presidência disse recentemente num comício no Acre em "metralhar a petralhada". A eliminação física de adversários era exatamente uma das características do regime de Mussolini.
Emilio Gentile
CRÉDITO,DIVULGAÇÃO
Legenda da foto,
'O fascismo sempre negou a soberania popular, enquanto o nacionalismo populista de hoje reivindica o sucesso eleitoral', diz Emilio Gentile
"Ele tem inspiração fascista no que diz respeito à relação do Estado com a economia, entre o poder civil e militar, política e religião. E com base num conceito de autoritarismo, acha que pode resolver problemas complexos com receitas fáceis", diz De Masi.
O sociólogo vê com inquietação a ascensão de governos e políticos com raízes "claramente fascistas". "Bolsonaro é como Salvini (Matteo Salvini, político de direita e vice-premiê italiano hoje). Os dois têm uma visão autoritária da sociedade. Brasil e Itália são sociedades muito distintas, mas vejo os dois muito parecidos", completou.
Salvini, aliado de Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump que já se reuniu com um dos filhos de Bolsonaro, declarou recentemente no Twitter torcer pela eleição do ex-capitão no Brasil.
Domenico de Masi ressalta que, enquanto na Europa o que alimenta esse tipo de discurso é a imigração (e que tem, na Itália, o apoio das classes média e média-baixa), no Brasil o fenômeno é estimulado pelo ódio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. "No caso brasileiro, o cidadão pobre do Nordeste é mais inteligente quanto ao perigo de Bolsonaro do que os ricos de São Paulo, que apoiam o candidato".
Como o colega Emilio Gentile, o historiador Eugenio di Rienzo, professor de História Contemporânea da Universidade Sapienza, em Roma, afirma que o fascismo é um regime que nasceu e morreu no século passado - em 1945, quando Mussolini foi assassinado em Milão.
"Não se pode fazer uma analogia entre aquele fenômeno e outro. O fascismo não se reproduz mais, é preciso cuidado com o uso da palavra, pois acaba provocando desinformação", disse. "Um racista não é sempre um fascista. O governo de (Recep Tayyip) Erdogan na Turquia é autoritário, mas não fascista."
Recep Tayyip Erdogan
CRÉDITO,AFP
Legenda da foto,
'O governo de (Recep Tayyip) Erdogan na Turquia é autoritário, mas não fascista', opina historiador italiano
Di Rienzo reconhece que há muitos nostálgicos do fascismo na Itália, assim como do nazismo na Alemanha, mas para ele o processo atual (na Europa e nos Estados Unidos de Trump) não é uma "repetição do passado": "Há algumas semelhanças, mas os processos são muito diferentes. A analogia, muitas vezes, tem o propósito de propaganda".
Emilio Gentile concorda. "Na verdade, faz-se propaganda de um fascismo que parece eterno, mas ao menos na Europa é um fenômeno novo que se relaciona à crise da democracia, ao medo da globalização e dos movimentos imigratórios que poderiam sufocar a coletividade nacional. Mexe com a imaginação das pessoas, mas não se trata de um perigo real."
Gentile lembra que o sucesso de Bolsonaro no Brasil tem a ver com uma tradição latino-americana da participação dos militares na política, vistos como atores da "ordem e da competência", o que não acontece nos países europeus.
Madeleine Albright, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, país onde chegou nos anos 1940 após sua família fugir do nazi-fascismo na Europa, publicou recentemente o livro Fascismo: Um Alerta, em que discute o tema e as formas atuais de transmutação do que ela chama de "vírus do autoritarismo". "Definir fascismo é difícil. Primeiro, não acho que fascismo seja uma ideologia. É um método, um sistema", disse Albright recentemente numa entrevista.
O certo é que o debate sobre o que é fascismo e em quais situações se deve utilizar o conceito é tão antigo quanto o próprio regime.
Numa coluna para o jornal inglês Tribune, em março de 1944, o escritor e jornalista George Orwell escreveu - o artigo intitulava-se "O que é fascismo?" - que todo aquele que usa indiscriminadamente a palavra fascismo está agregando a ela um significado emocional. "Por fascismo, eles estão se referindo, de maneira grosseira, a algo cruel, inescrupuloso, arrogante, obscurantista."
Autor de livros clássicos sobre o totalitarismo (como 1984 e A Revolução dos Bichos), Orwell recomendava: "Tudo que se pode fazer no momento é usar a palavra com certa medida de circunspeção e não, como usualmente se faz, degradá-la ao nível de um palavrão".
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https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45750065
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George Orwell
What is Fascism?
TRIBUNE 1944
Of all the unanswered questions of our time, perhaps the most important is: ‘What is Fascism?’
One of the social survey organizations in America recently asked this question of a hundred different people, and got answers ranging from ‘pure democracy’ to ‘pure diabolism’. In this country if you ask the average thinking person to define Fascism, he usually answers by pointing to the German and Italian régimes. But this is very unsatisfactory, because even the major Fascist states differ from one another a good deal in structure and ideology.
It is not easy, for instance, to fit Germany and Japan into the same framework, and it is even harder with some of the small states which are describable as Fascist. It is usually assumed, for instance, that Fascism is inherently warlike, that it thrives in an atmosphere of war hysteria and can only solve its economic problems by means of war preparation or foreign conquests. But clearly this is not true of, say, Portugal or the various South American dictatorships. Or again, antisemitism is supposed to be one of the distinguishing marks of Fascism; but some Fascist movements are not antisemitic. Learned controversies, reverberating for years on end in American magazines, have not even been able to determine whether or not Fascism is a form of capitalism. But still, when we apply the term ‘Fascism’ to Germany or Japan or Mussolini's Italy, we know broadly what we mean. It is in internal politics that this word has lost the last vestige of meaning. For if you examine the press you will find that there is almost no set of people — certainly no political party or organized body of any kind — which has not been denounced as Fascist during the past ten years. Here I am not speaking of the verbal use of the term ‘Fascist’. I am speaking of what I have seen in print. I have seen the words ‘Fascist in sympathy’, or ‘of Fascist tendency’, or just plain ‘Fascist’, applied in all seriousness to the following bodies of people:
Conservatives: All Conservatives, appeasers or anti-appeasers, are held to be subjectively pro-Fascist. British rule in India and the Colonies is held to be indistinguishable from Nazism. Organizations of what one might call a patriotic and traditional type are labelled crypto-Fascist or ‘Fascist-minded’. Examples are the Boy Scouts, the Metropolitan Police, M.I.5, the British Legion. Key phrase: ‘The public schools are breeding-grounds of Fascism’.
Socialists: Defenders of old-style capitalism (example, Sir Ernest Benn) maintain that Socialism and Fascism are the same thing. Some Catholic journalists maintain that Socialists have been the principal collaborators in the Nazi-occupied countries. The same accusation is made from a different angle by the Communist party during its ultra-Left phases. In the period 1930-35 the Daily Worker habitually referred to the Labour Party as the Labour Fascists. This is echoed by other Left extremists such as Anarchists. Some Indian Nationalists consider the British trade unions to be Fascist organizations.
Communists: A considerable school of thought (examples, Rauschning, Peter Drucker, James Burnham, F. A. Voigt) refuses to recognize a difference between the Nazi and Soviet régimes, and holds that all Fascists and Communists are aiming at approximately the same thing and are even to some extent the same people. Leaders in The Times (pre-war) have referred to the U.S.S.R. as a ‘Fascist country’. Again from a different angle this is echoed by Anarchists and Trotskyists.
Trotskyists: Communists charge the Trotskyists proper, i.e. Trotsky's own organization, with being a crypto-Fascist organization in Nazi pay. This was widely believed on the Left during the Popular Front period. In their ultra-Right phases the Communists tend to apply the same accusation to all factions to the Left of themselves, e.g. Common Wealth or the I.L.P.
Catholics: Outside its own ranks, the Catholic Church is almost universally regarded as pro-Fascist, both objectively and subjectively;
War resisters: Pacifists and others who are anti-war are frequently accused not only of making things easier for the Axis, but of becoming tinged with pro-Fascist feeling.
Supporters of the war: War resisters usually base their case on the claim that British imperialism is worse than Nazism, and tend to apply the term ‘Fascist’ to anyone who wishes for a military victory. The supporters of the People's Convention came near to claiming that willingness to resist a Nazi invasion was a sign of Fascist sympathies. The Home Guard was denounced as a Fascist organization as soon as it appeared. In addition, the whole of the Left tends to equate militarism with Fascism. Politically conscious private soldiers nearly always refer to their officers as ‘Fascist-minded’ or ‘natural Fascists’. Battle-schools, spit and polish, saluting of officers are all considered conducive to Fascism. Before the war, joining the Territorials was regarded as a sign of Fascist tendencies. Conscription and a professional army are both denounced as Fascist phenomena.
Nationalists: Nationalism is universally regarded as inherently Fascist, but this is held only to apply to such national movements as the speaker happens to disapprove of. Arab nationalism, Polish nationalism, Finnish nationalism, the Indian Congress Party, the Muslim League, Zionism, and the I.R.A. are all described as Fascist but not by the same people.
* * *
It will be seen that, as used, the word ‘Fascism’ is almost entirely meaningless. In conversation, of course, it is used even more wildly than in print. I have heard it applied to farmers, shopkeepers, Social Credit, corporal punishment, fox-hunting, bull-fighting, the 1922 Committee, the 1941 Committee, Kipling, Gandhi, Chiang Kai-Shek, homosexuality, Priestley's broadcasts, Youth Hostels, astrology, women, dogs and I do not know what else.
Yet underneath all this mess there does lie a kind of buried meaning. To begin with, it is clear that there are very great differences, some of them easy to point out and not easy to explain away, between the régimes called Fascist and those called democratic. Secondly, if ‘Fascist’ means ‘in sympathy with Hitler’, some of the accusations I have listed above are obviously very much more justified than others. Thirdly, even the people who recklessly fling the word ‘Fascist’ in every direction attach at any rate an emotional significance to it. By ‘Fascism’ they mean, roughly speaking, something cruel, unscrupulous, arrogant, obscurantist, anti-liberal and anti-working-class. Except for the relatively small number of Fascist sympathizers, almost any English person would accept ‘bully’ as a synonym for ‘Fascist’. That is about as near to a definition as this much-abused word has come.
But Fascism is also a political and economic system. Why, then, cannot we have a clear and generally accepted definition of it? Alas! we shall not get one — not yet, anyway. To say why would take too long, but basically it is because it is impossible to define Fascism satisfactorily without making admissions which neither the Fascists themselves, nor the Conservatives, nor Socialists of any colour, are willing to make. All one can do for the moment is to use the word with a certain amount of circumspection and not, as is usually done, degrade it to the level of a swearword.
1944
THE END
____BD____
George Orwell: ‘What is Fascism?’
First published: Tribune. — GB, London. — 1944.
Reprinted:
— ‘The Collected Essays, Journalism and Letters of George Orwell’. — 1968.
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Machine-readable version: O. Dag
Last modified on: 2019-12-29
https://www.orwell.ru/library/articles/As_I_Please/english/efasc
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Brasileiro Profissão Esperança
20.063 visualizações6 de abr. de 2015
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Marcos Resende Oficial
13,4 mil inscritos
Antônio Maria e Dolores Duran, por Paulo Gracindo e Clara Nunes
Criação e Direção: Paulo Pontes
Música neste vídeo
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Música
Ternura Antiga / Ninguém Me Ama / Valsa De Uma Cidade / Menino Grande / Estrada Do Sol / A Noite Do Meu Bem / Manhã De Carnaval / Frevo Número Dois Do Recife / Castigo / Fim De Caso / Por Causa De Você (Ao Vivo)
Artista
Clara Nunes, Paulo Gracindo
Álbum
Ternura Antiga / Ninguém Me Ama / Valsa De Uma Cidade / Menino Grande / Estrada Do Sol / A Noite Do Meu Bem / Manhã De Carnaval / Frevo Número Dois Do Recife / Castigo / Fim De Caso / Por Causa De Você
https://www.youtube.com/watch?v=Hz5Gpl0WAn8
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Eu e a Brisa
Maysa
Ainda não temos a cifra desta música. Contribua!
Ah! Se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor de ser tão só
Pra ser um sonho
E aí então quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E depois que a tarde nos trouxesse a Lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh! Brisa fica
Pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
E junto a mim, queira ficar
E junto a mim, queira ficar
https://www.cifraclub.com.br/maysa/892986/letra/
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Fica, oh! Brisa fica
Pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
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2:04 / 2:55
EU E O RIO AO VIVO CLARA NUNES
1.744 visualizações1 de abr. de 2021
CLARA NUNES GUERREIRA
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Clara interpreta,ao vivo,apenas ao som do violão de Hélio Delmiro,em 1973, a música que foi sucesso na voz de Miltinho:Eu e o Rio.
Rio caminho que anda e vai resmungando talvez uma dor
Há quanta pedra levaste outra pedra deixaste sem vida e amor.
Vens lá do alto da serra o ventre da terra rasgando sem dó.
Eu também venho do amor com o peito rasgado de dor e tão só.
Não, não, não, não
Não viste a flor se curvar, teu corpo beijar e ficar lá pra trás.
E tens a mania doente de andar só pra frente e não voltas jamais.
Rio caminho que anda, o mar te espera não corras assim.
Eu sou um mar que espera alguém que não corre pra mim.
https://www.youtube.com/watch?v=KWya7EL9Wz0
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