Com chalaça e circunstância
Meninos vadios
Dagmar
– O senhor viu a o jornal de hoje?
Dr.
Gusmão – Eu vou falar com o dono do jornal.
JORGE
VEIGA 'Falador Passa Mal'
Falador
Passa Mal
Os Originais do Samba
Falador Passa Mal Rapaz!
Falador Passa Mal!
Falador Passa Mal Rapaz!...(2x)
Quem mandou você mentir?
Você vai se machucar!
Novamente aqui estou
Você vai ter de me aturar
Eheheheheheheheheee!...
Falador Passa Mal Rapaz!
Falador Passa Mal!
Falador Passa Mal Rapaz!
Ehehehehehahahahaaa!...
Quem mandou você mentir?
Você vai se machucar!
Novamente aqui estou
Você vai ter de me aturar!...
Que malandro é você?
Que não sabe o que diz!
Cuidado que muita mentira
Você pode perder o nariz!...
Olha, eu vou te dá um alô
Que é pra você se mancar
Olha, eu vou te dá um alô
Que é pra você se mancar...
Se você saiu por aí
E não conseguiu
Arranjar alguém
Deixe que alguém
Saia por aí
E consiga arranjar você!
Porque!...
Falador! Falador!
Ehehehehehahahaha!
Falador! Falador!...
Falador Passa Mal Rapaz!
Falador Passa Mal!
Falador Passa Mal Rapaz!...
Que malandro é você?
Que não sabe o que diz!
Cuidado que muita mentira
Você pode perder o nariz!...
Olha, eu vou te dá um alô
Que é prá você se mancar
Olha, eu vou te dá um alô
Que é prá você se mancar...
Se você saiu por aí
E não conseguiu
Arranjar alguém
Deixe que alguém
Saia por aí
E consiga arranjar você!
Porque!...
Ahahahahahahahaha!
Ahahahahahahahaha!
Falador! Falador!
Ahahahahahahahaha!
Falador! Falador!...
Cala Boca! Cala Boca!
Ahahahahahahahah!
Cala Boca! Cala Boca!
Falador! Falador!
Cala Boca! Cala Boca!...
Composição:
Jorge Ben
Duas
notícias de jornal
Advogado
de Joesley faz festa na Europa e diz que não havia clima no Brasil
ELIANE TRINDADE
ENVIADA ESPECIAL A LISBOA
25/09/2017
Folha
Já era meia-noite e meia quando os versos de
“Falador Passa Mal”, na versão cantada por Jorge Benjor escolhida pelo DJ,
ecoaram pelos salões do Palácio Xabregas, em Lisboa, espaço suntuoso alugado
pelo criminalista Antonio de Almeida Castro, conhecido como Kakay, para
celebrar seus 60 anos.
Um
artigo no jornal
Um
depoimento para a história que um dia se contará
Marco Aurélio Nogueira
08 Setembro 2017 | 09h58
ESTADÃO
Antes que os engulhos da indignação te sufoquem,
você fica tentando descobrir o que está a passar na cabeça de Palocci durante
as tratativas para conseguir uma delação premiada e no depoimento a Moro, em
que fulminou Lula, Dilma e o PT com vários megatons de flechas envenenadas.
Por que fez o que fez, falou o que falou e do jeito
que falou? A pergunta ressoa em vários ambientes e análises, Por certo comporta
muitas explicações.
Foi um depoimento sereno e calculado. O ex-ministro
falou com calma, tentando ser preciso, relatou detalhes e conversas sórdidas,
contou de sítios, apartamentos, propinas e vantagens ilícitas como se estivesse
conversando com amigos numa mesa de bar. Só faltou sacar do bolso uma agenda
com tudo anotado. Insinuou que poderá fazer isso, caso o juiz assim o deseje.
Mas Palocci não jogou conversa fora, como se faz em
um papo de bar. Concatenou e amarrou tudo direitinho, para justificar o prêmio
que almeja com a delação. Mostrou saber perfeitamente o que fazia e quem
pretendia atingir. Não apresentou provas, mas pôs na mesa uma narrativa difícil
de ser contestada. No centro dela, não pareceu haver o desejo de prejudicar
quem quer que seja. Falou mais alto a voz do interesse próprio.
Em suma, coisa de profissional, de quem sabe o passo
a ser dado e tem uma estratégia, com as devidas rotas de fuga. Foram postos na
mesa os dotes que o fizeram ser escolhido articulador de Lula, homem forte no
início governo Dilma e elo de ligação com o empresariado. Ao revelar o “pacto
de sangue” entre Odebrecht e Lula – que incluiu sítio, terreno, apartamento, as
famosas palestras a 200 mil reais e uma “reserva de 300 milhões” –,
Palocci cruzou o Rubicão: tornou-se um acusador. É assim que está tentando
assinar seu próprio pacto com Moro. Sendo Palocci quem é, com certeza ele sabe
que precisará derramar muito sangue para obter algum tipo de benefício
expressivo. Ou seja, terá de entregar mais coisas, valorizar o próprio passe.
Aí você se dá conta de que Palocci está sendo
humano, demasiadamente humano. Revela-se igual àquelas pessoas que são como
camaleões, que assumem várias personas conflitantes e se sentem à
vontade em cada uma delas. Indivíduos que prezam a própria pele mais que
qualquer outra coisa: que fazem da pele, a causa. Que querem sair sempre bem na
foto, ter sucesso em tudo que fazem. E que têm medo, muito medo, de perder o
que conseguiram. Além disso, Palocci parece ter enorme predisposição para
sobrepujar os que com ele tramaram e nele confiaram: por que somente eu é que
pagarei o pato?
Não se deveria crucificar Palocci. Os que o conhecem
juram que ideologia ou firmeza ideológica nunca foram seu traço forte. Ele sempre
esteve alinhado com a ala mais “pragmática” do PT, desde os tempos já remotos
da universidade e de Ribeirão Preto.
Os petistas mais ardorosos talvez o convertam em
Judas, agitando a pecha infamante de “traidor”. Outros talvez o vejam como
vítima, um coitado que não aguentou a pressão e entregou dedos e anéis para se
livrar de 12 anos de cadeia. O Diretório Nacional do partido emitiu nota, por
exemplo, dizendo que Palocci foi “pressionado a fazer acusações sem provas”.
Mas Dilma bateu duro, como de costume: o ex-ministro mentiu, seu depoimento “é
uma ficção”. Comparações com Dirceu, o último “guerreiro do povo brasileiro”,
são cabíveis, mas não explicam nada.
É recomendável, nesse caso, que se dê o devido
relevo às nuances da psique humana, ao lado diabólico que integra a natureza
dos homens e mulheres, os assusta e transfigura. Todos, afinal, podem se deixar
levar por seus demônios internos ou fazer escolhas em nome da luta para manter
a liberdade pessoal — luta essa que pode perfeitamente passar por cima de
lealdades e ideologias.
Seja como for, o depoimento de Palocci caiu como uma
bomba no colo de Lula, que terá uma explicação a mais para dar, ainda que se
finja de morto. Pode ter sido parte da estratégia, pode ter sido um jeito de
dar o troco e socializar o prejuízo, pode ter sido um artifício para proteger a
psique fragilizada. A resposta só é importante para quem deseja entender a
biografia do ex-ministro. O fato é que o depoimento entrará para a história e
pode ajudar a que se compreenda melhor quão fundo se chegou na corrupção da
nossa frágil República.
Se isso, porém, mudará alguma coisa no destino dos
personagens envolvidos e na dinâmica política nacional, aí são outros
quinhentos.
E
uma crônica de revista
Para
a história - ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
REVISTA VEJA
Nenhuma futura história da Operação Lava-Jato será completa se não incluir a festa do sexagésimo aniversário do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Nenhuma futura história do Partido dos Trabalhadores será honesta se não reservar lugar de honra à carta de desfiliação do ex-ministro Antonio Palocci. Não é sempre que isso ocorre: em poucos dias, dois eventos para a história.
Nenhuma futura história da Operação Lava-Jato será completa se não incluir a festa do sexagésimo aniversário do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Nenhuma futura história do Partido dos Trabalhadores será honesta se não reservar lugar de honra à carta de desfiliação do ex-ministro Antonio Palocci. Não é sempre que isso ocorre: em poucos dias, dois eventos para a história.
•••
Antônio Carlos de Almeida Castro, além de competente, é um advogado pop. Obrigatório é, em seguida a seu nome, pespegar uma vírgula e esclarecer: o Kakay. A barba e os longos e despenteados cabelos acusam um espírito de Rock in Rio. Para comemorar o aniversário, ele reuniu 220 convidados num programa em Lisboa cujos pontos altos foram um jantar, no dia 22, no Palácio de Xabregas, edificação com quase dez vezes a idade do aniversariante, e um almoço no dia seguinte nas vinícolas de Torres Vedras. Os convidados já estavam reunidos antes na capital portuguesa. Na véspera do início das comemorações, Kakay deixou-os por 24 horas para, no STJ, em Brasília, defender seu mais novo cliente, Joesley Batista. Voltou como foi, num jatinho, numa demonstração de poder, riqueza, consciência profissional e saúde para emendar travessia oceânica, trabalho, outra travessia oceânica e prolongada festa. O jantar no Palácio de Xabregas teve show de Carminho, a mais requisitada cantora portuguesa do momento.
Não é intenção do colunista meter sua mal-humorada colher no chantili da festa para a qual não foi convidado. Cada um festeja como quer e pode. A festa entra nestas linhas — e na história — porque desvenda um efeito pouco enfatizado da Lava-Jato, o da bonança que trouxe para a elite da advocacia criminalista no país. A Lava-Jato vem proporcionando ao Brasil uma coleção de recordes. Por múltiplos critérios — extensão, duração, número de participantes, valores envolvidos —, é o maior caso de corrupção desvendado no mundo. Os 51 milhões de reais no apartamento administrado pelo ex-ministro Geddel configuram possivelmente outro recorde. A festa de Kakay, à qual se fizeram presentes vários colegas com atuação na Lava-Jato, celebrava em paralelo o caso criminal que detém, se não a maior, uma das maiores concentrações de réus milionários do mundo, com a consequente transferência de bocados dessas fortunas aos advogados. Se esse dinheiro tem origem em fontes ilícitas, é outra história. Kakay, além de simpático, é interessante a ponto de incluir no discurso aos convidados a frase: “Bem-vindos ao meu delírio”.
Antônio Carlos de Almeida Castro, além de competente, é um advogado pop. Obrigatório é, em seguida a seu nome, pespegar uma vírgula e esclarecer: o Kakay. A barba e os longos e despenteados cabelos acusam um espírito de Rock in Rio. Para comemorar o aniversário, ele reuniu 220 convidados num programa em Lisboa cujos pontos altos foram um jantar, no dia 22, no Palácio de Xabregas, edificação com quase dez vezes a idade do aniversariante, e um almoço no dia seguinte nas vinícolas de Torres Vedras. Os convidados já estavam reunidos antes na capital portuguesa. Na véspera do início das comemorações, Kakay deixou-os por 24 horas para, no STJ, em Brasília, defender seu mais novo cliente, Joesley Batista. Voltou como foi, num jatinho, numa demonstração de poder, riqueza, consciência profissional e saúde para emendar travessia oceânica, trabalho, outra travessia oceânica e prolongada festa. O jantar no Palácio de Xabregas teve show de Carminho, a mais requisitada cantora portuguesa do momento.
Não é intenção do colunista meter sua mal-humorada colher no chantili da festa para a qual não foi convidado. Cada um festeja como quer e pode. A festa entra nestas linhas — e na história — porque desvenda um efeito pouco enfatizado da Lava-Jato, o da bonança que trouxe para a elite da advocacia criminalista no país. A Lava-Jato vem proporcionando ao Brasil uma coleção de recordes. Por múltiplos critérios — extensão, duração, número de participantes, valores envolvidos —, é o maior caso de corrupção desvendado no mundo. Os 51 milhões de reais no apartamento administrado pelo ex-ministro Geddel configuram possivelmente outro recorde. A festa de Kakay, à qual se fizeram presentes vários colegas com atuação na Lava-Jato, celebrava em paralelo o caso criminal que detém, se não a maior, uma das maiores concentrações de réus milionários do mundo, com a consequente transferência de bocados dessas fortunas aos advogados. Se esse dinheiro tem origem em fontes ilícitas, é outra história. Kakay, além de simpático, é interessante a ponto de incluir no discurso aos convidados a frase: “Bem-vindos ao meu delírio”.
•••
Entre os muitos trechos capitais da carta de Palocci, fiquemos com dois. O primeiro é a seguinte frase: “Um dia Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas, no mesmo tom sem-cerimônia, na cena mais chocante que presenciei do desmonte moral da mais expressiva liderança popular que o país construiu em toda a nossa história”. As palavras arrasadoras — perplexidade, fatídica, chocante, desmonte moral — reconstroem uma cena de filme. Era a biblioteca do Alvorada, mas podia ser o interior esfumaçado de um bar clandestino, garrafas espalhadas pela mesa, nos Estados Unidos da Lei Seca. O chefão reúne os lugares-tenentes e determina: mandem comprar os navios, e desde logo avisem qual vai ser a nossa parte. Ao deixarem o bar, os lugares-tenentes entreolham-se, assustados: — Vocês viram a frieza com que ele fala essas coisas? Como chegamos a esse ponto?
Entre os muitos trechos capitais da carta de Palocci, fiquemos com dois. O primeiro é a seguinte frase: “Um dia Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas, no mesmo tom sem-cerimônia, na cena mais chocante que presenciei do desmonte moral da mais expressiva liderança popular que o país construiu em toda a nossa história”. As palavras arrasadoras — perplexidade, fatídica, chocante, desmonte moral — reconstroem uma cena de filme. Era a biblioteca do Alvorada, mas podia ser o interior esfumaçado de um bar clandestino, garrafas espalhadas pela mesa, nos Estados Unidos da Lei Seca. O chefão reúne os lugares-tenentes e determina: mandem comprar os navios, e desde logo avisem qual vai ser a nossa parte. Ao deixarem o bar, os lugares-tenentes entreolham-se, assustados: — Vocês viram a frieza com que ele fala essas coisas? Como chegamos a esse ponto?
O outro trecho é uma pergunta: “Somos um partido
político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada
por uma pretensa divindade?”. A questão nos leva a uma entrevista do
historiador italiano Loris Zanatta a Sylvia Colombo, do jornal Folha de
S.Paulo. Especializado em América Latina, Zanatta identifica um conteúdo
religioso em movimentos como o peronismo, o castrismo e o chavismo, que chama
de populistas. “No liberalismo e na tradição ilustrada o povo soberano é o povo
da Constituição. Este povo é dotado de direitos e se concebe um pacto racional
e plural entre os atores”, afirma. Nos movimentos populistas “se pensa o povo
como algo acima do pacto político racional”; vigora a ideia de que “existe um
povo mítico acima da Constituição”, “um povo bíblico a caminho da redenção”.
Zanatta não fala no PT, mas a identificação dos petistas com os movimentos
citados indica que a resposta correta à pergunta de Palocci é: “O PT é uma
seita”.
Vem,
meu menino vadio
A
história se fazendo historiando
“O
PT é uma seita.” Ponto.
Desafinado
Tom Jobim
Se você disser que eu desafino, amor Saiba que isso
em mim provoca imensa dor Só privilegiados tem ouvido igual ao seu Eu possuo
apenas o que Deus me deu Se você insiste em classificar Meu comportamento de
antimusical Eu, mesmo mentindo devo argumentar Que isso é bossa nova, que isso
é muito natural O que você não sabe, nem sequer pressente É que os desafinados
também tem coração Fotografei você na minha Rolleiflex Revelou-se a sua enorme
ingratidão Só não poderá falar assim do meu amor Este é o maior que você pode
encontrar, viu! Você com a sua música esqueceu o principal Que no peito dos
desafinados, No fundo do peito, bate calado... No peito dos desafinados Também
bate um coração!
Carminho
/** A VOZ**/
A
Voz (Fado Licas)
Carminho
Às vezes há uma voz que se levanta
Mais alta do que o Mundo e do que nós
E faz chover-me os olhos, quando canta
Num pranto que emudece a minha voz
Afunda-me os sentidos e o tempo
Ao ponto mais distante do que sou
E abraça aquele lugar que, tão cinzento,
Se esconde sob a névoa que ficou
E grita-mo no peito quando sente
Chegar a face triste de um amor
Mais alta do que o mundo e do que a gente
A voz já não é voz chama-se dor.
Composição: Armando Machado / Diego Clemente
Sem
Fantasia
Chico
Buarque
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
Composição:
Chico Buarque
Meninos
Xangai
Vou pro campo
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha
Estrelas no céu, no céu, no céu
No céu da boca da onça é escuro
Não cometa não cometa
Não cometa furo
Pimenta malagueta não é
Pimentão tão, tão, tão
Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato
Gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d'água
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não cai nessa onda
Que a cachoeira é funda
E afunda
Não sou tanajura
Mas eu crio asas
Com os vaga-lumes
Eu quero voar, voar, voar
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
Quando tem luar, luar, luar
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá
Dizem que verrugas são estrelas
Que a gente aponta
Que a gente conta
Antes de dormir, dormir, dormir
Eu tenho contado
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir
Os sete anões, pequeninos
Sete corações de meninos
E a alma leve, leve, leve
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve, neve, neve
Não sou tanajura
Composição:
Juraildes Da Cruz
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