O.HENRY
Henry.
O. Henry (1862 - 1910) era o pseudônimo de William Sydney Porter, um dos maiores contistas americanos do
século XIX e um dos autores mais populares do seu tempo
Metade
desta história se encontra nos arquivos do Departamento de Polícia; a outra
metade faz parte da memória de uma redação de jornal.
16.
Retrato
de William Sydney Porter
Contista estadunidense nascido em Greensboro,
Carolina do Norte, cuja produção de contos romantizados, muitas vezes com
finais imprevistos que se tornaram sua marca registrada e o tornaram um dos
autores mais populares do seu tempo. De família culta e abastada, sua mãe
morreu tuberculosa quando ele tinha três anos e foi criado por uma tia. Começou
a trabalhar como aprendiz de boticário aos quinze anos e depois mudou-se para o
Texas (1882) onde trabalhou em uma fazenda de gado.
Casou e empregou-se como caixa num Banco de Austin,
tentando ao mesmo tempo escrever comédia. Comprou um jornal, a revista de humor
The Rolling Stone (1894), porém o projeto fracassou e ele passou a trabalhar
como repórter, colunista e cartunista no Houston Post.
Acusado de um desfalque no Banco (1896), fugiu
sozinho para Honduras, mas voltou a Austin passados três anos, ao saber da
doença terminal da esposa. Viúvo, foi condenado a cumprir três anos de prisão
numa penitenciária do Ohio, período em que escreveu contos sob vários
pseudônimos até definir-se por O. Henry.
Em liberdade mudou-se para New York (1902), onde
continuou escrevendo praticamente um conto por semana e militando na imprensa
e, embora extremamente popular, viveu o resto da vida recluso, para não ser
reconhecido como William Sydney Porter.
Faleceu alcoólico e na miséria, em New York,
deixando várias coletâneas de contos, entre elas Cabbages and Kings (1904), The
Four Million (1906), Heart of the West (1907), The Voice of the City (1908) e
The Gentle Grafter (1908).
Uma tarde, duas semanas depois que o milionário
Norcross fora morto em seu apartamento durante um assalto, o assassino,
passeando tranqüilamente pela Broadway, esbarrou com o detetive Barney Woods:
- É você, Johnny Kernan? - perguntou Woods, que era
míope, há uns cinco anos.
- Eu mesmo - respondeu Kernan, caloroso. - Ora, se
não é Barney Woods, meu velho conhecido de São Jô! Como é que é? O que é que
você está fazendo aqui no Leste? Aquelas circulares agora trazem você tão
longe?
- Estou em Nova Yorkhá alguns anos - disse Woods. -
Sou detetive da polícia.
- Bem, bem! - disse Kernan, transpirando felicidade
e sorrisos, enquanto apertava carinhosamente o braço do detetive.
- Vamos entrar no Muller's - disse Woods - e
procurar uma mesa tranqüila. Precisamos conversar.
Faltavam alguns minutos para as quatro. A maré
humana, que invadia tudo ao final do trabalho, ainda não fora liberada, e os
dois encontraram um canto vazio no café. Kernan, bem vestido e um pouco
espalhafatoso, cheio de autoconfiança, sentou-se em frente aos olhos vivos e ao
bigode claro do pequeno detetive, vestido num terno pronto de lã grosseira.
- Que é que está fazendo agora? - perguntou Woods. -
Você saiu de São Jô um ano antes de mim.
- Estou vendendo ações de uma mina de cobre - disse
Kernan. - Talvez abra um escritório aqui. Bem, bem! Então o velho Woods é um
detetive em Nova York. Você sempre teve uma inclinação para isso. Trabalhou
para a polícia de São Jô, depois que saí de lá, não é mesmo?
- Seis meses - disse Woods. - Mas queria te fazer
uma pergunta, Johnny. Tenho acompanhado sua carreira de perto, desde aquele
trabalho que você fez no hotel, em Saratoga, mas nunca soube que usasse um
revólver antes. Por que matou Norcross?
Kernan concentrou o olhar por alguns momentos na
rodela de limão dentro de seu copo, então levantou os olhos para encarar o
detetive com um sorriso radioso e malandro.
- Como foi que adivinhou, Barney? - perguntou com
admiração. - Juro que pensava ter feito um trabalho limpo e liso como uma
cebola descascada. Será que deixei algum fio desamarrado em algum lugar?
Woods colocou sobre a mesa um lápis de ouro, desses
que se usam na corrente do relógio.
- É aquele que lhe dei de presente no último Natal
que passamos em São Jô. Ainda tenho o pote para sabão de barbear que você me
deu. Encontrei isso num canto debaixo do tapete no quarto de Norcross. Preciso
avisá-lo, Johnny: muito cuidado com tudo que você diz. Fomos grandes amigos no
passado, mas tenho que cumprir meu dever. Você vai para a cadeira elétrica por
Norcross.
Kernan riu.
- Minha sorte ainda não me abandonou - disse ele. -
Quem poderia pensar que o velho Barney estava na minha captura!
Sua mão escorregou para dentro do paletó. Num
segundo, Woods tinha um revólver encostado em suas costelas.
- Guarde isso - disse Kernan franzindo o nariz. -
Estou só investigando uma coisa. Aha! Um alfaiate pode mesmo arruinar um homem.
O bolso do meu colete está furado. Naquele dia, tirei o lápis da corrente e
coloquei no bolso, com medo que se arranhasse. Guarde sua arma, Barney. Vou lhe
contar por que tive de atirar em Norcross. Aquele idiota veio atrás de mim no
corredor apontando uma porcaria de um 22 para minhas costas. A senhora Norcross
foi um amor. Ficou ali, deitada na cama, vendo seu colar de diamantes de doze
mil dólares desaparecer, sem dizer um ai; e no final, implorou como um mendigo
para que lhe devolvesse um anel que era um fio de ouro com uma pedrinha que não
podia valer três dólares. Acho que ela se casou com o velho pelo dinheiro. Mas
não é que, ainda assim, elas se agarram às pequenas lembranças do perdedor?
Havia ainda seis anéis, dois broches e um relógio chateleine. Uns quinze mil
dólares, devo conseguir pelo lote.
- Eu o avisei para que não falasse - disse Woods.
- Oh, tudo bem - disse Kernan. - Está em minha mala
no hotel. Agora vou lhe dizer por que estou contando tudo isso. É porque não
corro risco. Estou falando com um homem que conheço bem. Você me deve mil
dólares, Barney Woods, e mesmo que quisesse me prender, suas mãos se recusariam
fazê-lo.
- Não me esqueci - disse Woods. - Você contou vinte
notas de cinqüenta sem dizer uma palavra. Ainda vou lhe pagar um dia. Aqueles
mil dólares me salvaram. . . Bem, estavam colocando meus móveis na rua quando
cheguei em casa.
- E assim - continuou Kernan - sendo você Barney
Woods, de nascença reto como um trilho e obrigado, por isso, a jogar um jogo
limpo, não pode levantar um dedo para prender um homem para quem está devendo.
No meu ramo de negócios, conhecer as pessoas é tão importante quanto conhecer
fechaduras "Yale" e trincos de janelas. Agora, fique quieto um
instante, enquanto eu chamo o garçom. Nos últimos dois anos tenho andado com
uma sede que começa a me preocupar. Se algum dia for preso, o sortudo do tira
que me pegar vai ter que dividir o mérito com a velha birita. Por isso, nunca
bebo em serviço. Mas depois de terminar um trabalho posso sentar-me com meu
velho amigo Barney e me permitir um gole com a consciência tranqüila. Que é que
você bebe?
O garçom trouxe as bebidas e os deixou de novo a
sós.
- Você tem razão - disse Woods, pensativo, enquanto
rolava nos dedos o pequeno lápis de ouro. - Vou ter de deixá-lo escapar. Não
posso prendê-lo. Se tivesse pago minha dívida. .. mas não paguei, e isso
resolve a questão. Fico numa situação complicada, Johnny, mas não há nada que
possa fazer. Você me ajudou uma vez e sou obrigado a fazer o mesmo.
- Eu sabia disso - disse Kernan, levantando seu copo
com um sorriso aberto de auto-satisfação; - sou bom de julgar o caráter dos
outros. À saúde de Barney, porque. . . "o Barney é um bom
companheiro".
- Acho - continuou Barney com calma, como se
pensasse em voz alta - que se tivéssemos nossas contas acertadas, nem todo o
dinheiro que existe nos bancos de Nova York seria o bastante para livrá-lo de
minhas mãos esta noite.
- Tenho certeza - disse Kernan. - Por isso sabia que
não corria perigo com você.
- A maioria das pessoas - continuou o detetive - tem
um certo desprezo pelo trabalho que faço. Não o classificam entre as artes e
ofícios nobres. Mas sempre senti um orgulho ingênuo por ele. E é isso que me
pesa agora. Parece que antes de tudo sou um homem e só depois um policial.
Tenho de deixá-lo ir, e depois terei que me demitir. Acho que posso conseguir
outro trabalho. O pagamento de seus mil dólares vai atrasar ainda mais, Johnny.
- Não se preocupe com isso - disse Kernan, com um ar
majestoso. - Por mim, esqueceria essa dívida se não soubesse que você jamais
aceitaria tal coisa. Foi sorte minha aquele dia em que você precisou desse
empréstimo. Mas vamos esquecer o assunto. Parto amanhã de manhã para o Oeste no
primeiro trem. Conheço um lugar ali onde posso negociar as jóias do Norcross.
Beba, Barney, e esqueça seus problemas. Vamos nos divertir enquanto a polícia quebra
a cabeça tentando resolver o caso. Tenho uma sede digna do Saara esta noite.
Mas nas mãos, nas mãos extra-oficiais, do meu velho amigo Barney, não posso nem
mesmo sonhar com um tira.
E então, enquanto o dedo rápido de Kernan continuava
a apertar a campainha, mantendo ocupado o garçom, seus pontos fracos - uma
vaidade tremenda e um egoísmo arrogante - começaram a se mostrar. Contou,
história após história, o sucesso de suas rapinas, os planos engenhosos e os
crimes infames, e mesmo Woods, com toda a familia-ridade que tinha com
delinqüentes, começou a sentir crescer dentro de si uma onda de frio desgosto e
indignação contra aquele que um dia fora seu amigo e benfeitor.
- Estou fora do caso, é claro - disse Woods afinal.
- Mas aconselho você a desaparecer por algum tempo. Os jornais podem se
interessar pelo caso Norcross. A cidade vive uma epidemia de assaltos e
assassinatos este verão.
Essas palavras provocaram em Kernan uma súbita
explosão de raiva magoada e vingativa.
- Para o inferno com os jornais - rosnou. - O que é
que se lê neles afinal além de se vangloriar e de fazer suborno em letras
garrafais? Vamos supor que eles peguem o caso, que é que isso quer dizer? É
facílimo enganar a polícia; e os jornais, o que fazem? Eles mandam um monte de
retardados mentais, que chamam de repórteres, à cena; e eles se apressam a ir
para o bar mais próximo e, enquanto tomam umas cervejas, batem umas fotos da
filha do dono do bar, em traje de noite, para imprimir no dia seguinte como a
noiva de um cara que mora no décimo andar, que acha que ouviu alguma coisa no
andar de baixo na noite do assassinato. Isso é o mais próximo que os jornais
conseguem chegar da identidade do criminoso.
- Bem, eu não sei - disse Woods, num tom de
reflexão. - Alguns jornais fizeram bons trabalhos nesse sentido. Veja o Morning
Mars, por exemplo. Levantaram duas ou três boas pistas e acabaram descobrindo
os culpados, depois que a polícia já havia dado tais pistas como falsas. - Vou
lhe mostrar - disse Kernan, se levantando e enchendo o tórax.
- Vou lhe mostrar o que penso dos jornais em geral,
e do seu Morning Mars em particular.
A pouco mais de um metro da mesa onde estavam, havia
uma cabine telefônica. Kernan entrou na cabine, sentou-se e pegou o telefone,
deixando a porta aberta. Encontrou um número no catálogo e pediu a ligação à
operadora. Woods continuou sentado, olhando para aquele rosto frio e vigilante
colado ao fone; ouvindo as palavras que saíam daqueles lábios, finos e
truculentos, torcidos por um sorriso de desprezo.
- É do Morning Mars?... Quero falar com o
editor-chefe ... Bem, diga que é alguém com i nformações sobre o assassinato de
Norcross.
"É o editor?. .. Tudo bem... Aqui fala o assassino
de Norcross... Espere! Não desligue; não sou o seu maluco de plantão. .. nenhum
perigo disso. Estava aqui discutindo o crime com um detetive amigo meu. Matei o
velho às 2h30 da manhã, duas semanas atrás. .. Tomar uma bebida com você?
Necas, melhor deixar as piadas para seu humorista. Você não é capaz de
distinguir um trote do maior furo de reportagem que já se ofereceu a essa
chatice de pasquim que vocês editam? Sim, é isso aí, um superfuro... mas você
não pode esperar que lhe dê pelo telefone meu nome e endereço... Por quê?
Porque ouvi dizer que vocês são especialistas em resolver crimes misteriosos
demais para a polícia. .. Necas, isso não é tudo, queria dizer também que acho
esse seu jornaleco podre e mentiroso, tão capaz de descobrir um assassino ou
assaltante inteligente quanto um vira-lata cego. .. Não, não é da redação de um
jornal rival, você está falando com a realidade. Eu fiz aquele trabalho, e as
jóias de Norcross estão em minha mala no - 'o nome do hotel não pode ser
revelado no presente momento' - ... você reconhece a frase, não é mesmo? Achei
que sim. É uma que vocês usam sempre. Deixa você um pouco inseguro, não é
mesmo?, o misterioso assassino chamando no telefone o seu grande e
todo-poderoso órgão da imprensa livre, defensor da lei e da ordem, do bom
governo e da justiça, para lhe dizer que, na verdade, seu jornal não é mais que
um impotente saco de peidos? Corta essa... Você não é tão idiota assim ... Sabe
que não sou uma comédia, posso dizer pelo seu tom de voz... Escute, vou lhe dar
uma prova. O segundo botão da camisola da senhora Norcross estava quebrado.
Notei isso enquanto tirava o anel de seu dedo. Pensei que era um rubi. .. Se os
mongolóides de seus repórteres fizeram seu trabalho direito, você sabe que
tenho razão. Pare com isso! Não vai funcionar."
Kernan virou-se para Woods e disse com um sorriso
diabólico:
- O cara está uma fera. Agora acredita em mim. Não
cobriu bem o fone com a mão e ouvi quando dizia a alguém que chamasse a
operadora num outro aparelho para descobrir o número de onde estou chamando.
Vou lhe dizer mais uma e depois escapamos.
"Alô!. .. Sim eu continuo aqui. Você não achou
que eu iria fugir com medo desse trapo de jornal, subornado e vira-casaca, não
é mesmo? Vai me ver na prisão dentro das próximas 48 horas? Quando é que você
vai parar com essas piadas? Olhe, é melhor deixar gente grande em paz e ir
cuidar de fofocas e acidentes de trânsito que são mais sua área, volte a
escrever sobre sujeira e escândalos que é como você sabe ganhar a vida. Adeus,
velho. . . Pena que não tenha tempo para fazer uma visita a seu sanctum
asinorum, onde tenho certeza estaria bastante seguro. Tra-Iá!"
- Ele esta tão louco de raiva quanto o gato que
perdeu seu rato - disse Kernan, desligando o telefone e saindo da cabine.
"E agora, Barney, meu velho, vamos ver um show
e nos divertir até que seja hora razoável de ir para a cama. Para mim, bastam
quatro horas de sono, depois o trem para o Oeste."
Jantaram num restaurante da Broadway. Kernan estava
feliz da vida. Gastou dinheiro como um príncipe de opereta. Mais tarde, foram
ao teatro ver um fantástico musical e depois fizeram uma ceia com champanhe, e
Kernan estava no auge de sua complacência. Às três e meia, a madrugada os
encontrou numa mesa de canto num café aberto a noite toda. Kernan continuava a
se vangloriar, monótono e repetitivo; Woods, triste e pensativo, refletia sobre
o fim de seus dias como agente da lei. Mas, enquanto refletia, em seus olhos de
repente brilhou uma luz especulativa.
- Será que é possível? - disse para si mesmo. - Eu
me pergunto, será que é possível?
E então, fora do café, o relativo silêncio do
amanhecer começou a ser quebrado por gritos fracos e distantes, gritos que mais
pareciam vagalumes de som, uns mais altos, outros mais baixos, aparecendo e
desaparecendo entre o ruído dos carros de leite e dos poucos passantes. Gritos
agudos eram, quando próximos, gritos conhecidos; levavam diversas mensagens aos
ouvidos daqueles milhões de adormecidos da grande cidade, que acordava para
ouvi-los.
Gritos que carregavam em seu pequeno volume o peso
das lágrimas e dos risos do mundo, sua delícia e seu cansaço. Para alguns,
escondidos sob a proteção efêmera do manto da noite, traziam os horrores da luz
do dia; para outros, envoltos na felicidade do sonho, anunciavam um amanhecer
que viria mais escuro que a noite. Para tantos daqueles ricos, trariam talvez a
notícia de que não era mais deles o que lhes pertencera enquanto brilhavam as
estrelas; para os pobres, traziam, como sempre, um outro dia.
Por toda a cidade, começavam os gritos, claros e
sonoros, anunciando as mudanças provocadas pelo escorregar de uma engrenagem na
maquinaria do tempo; dividindo entre os adormecidos à mercê do destino suas
devidas porções de vingança, lucro, dor, recompensa e maldição que um novo
número no calendário trouxera. Apesar de agudos, os gritos carregavam um
lamento, como se aquelas jovens vozes sentissem pena de carregar em suas mãos
irresponsáveis tanto mal e tão pouco bem.
Era assim que ecoava pelas ruas da cidade a
transmissão dos últimos decretos dos deuses, o grito dos pequenos jornaleiros -
a chamada da primeira página. Woods jogou uma moeda ao garçom e disse:
- Compre o Morning Mars.
Quando o jornal chegou, ele olhou rapidamente a
primeira página, e, então, rasgou uma folha de sua agenda e começou a escrever
nela com o pequeno lápis de ouro.
- Quais são as novas? - bocejou Kernan. Woods passou
a ele o pedaço de papel:
Ao The New YorkMorning Mars,
Favor pagar a John Kernan a quantia de mil dólares de
recompensa que me é devida por sua prisão e condenação. Barnard Woods.
- Imaginei que eles poderiam fazer uma coisa assim
-- disse Woods -- quando você fez a chamada para provocá-los daquele jeito.
Agora, Johnny, você tem de vir comigo até o distrito.
Tradução de Octávio Marcondes
Referências
file:///D:/Usu%C3%A1rio/Downloads/Os%20100%20Melhores%20Contos%20de%20Crime%20e%20Mist%C3%A9rio%20da%20Literatura%20Universal%20-%20Fl%C3%A1vio%20Moreira%20Da%20Costa.pdf
COSTA, Keilla Renata. "+"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biografia/william-sydney.htm>. Acesso em 07 de outubro de 2017.
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