Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 16 de agosto de 2023
Contingências e provisões
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O texto aborda um apagão que afetou várias regiões do Brasil, discutindo suas possíveis causas, incluindo falhas técnicas, colapso do sistema ou sabotagem. Destaca-se a controvérsia entre o governo de Lula e Tarcísio de Freitas sobre a privatização da Eletrobras. O Ministro Alexandre Silveira critica a privatização, argumentando que prejudicou o sistema elétrico. São mencionados casos passados de apagões no Brasil, ressaltando as implicações econômicas e políticas. A falta de planejamento é vista como preocupação, enfatizando a necessidade de preparação sólida e monitoramento no setor energético. O texto ressalta a complexidade de gerenciar o sistema de energia em um país geograficamente diverso como o Brasil e a importância do debate sobre a privatização de empresas-chave como a Eletrobras.
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Luiz Carlos Azedo - Apagão reabre polêmica sobre a privatização da Eletrobras
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O texto aborda um apagão que afetou várias regiões do Brasil, discutindo suas possíveis causas e implicações. Destaca a possibilidade de confronto entre as narrativas do governo do Presidente Lula e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, responsável pelo processo de privatização da Eletrobras, uma grande empresa de energia brasileira.
O texto menciona que o apagão ocorreu pela manhã e resultou em uma queda significativa na carga elétrica do sistema brasileiro. A causa do apagão foi atribuída à abertura da interligação Norte-Sudeste, possivelmente devido a uma falha no circuito em Imperatriz, Maranhão, e outra no Ceará. As razões exatas ainda estão sendo investigadas, com possíveis causas sendo colapso do sistema, erro humano ou sabotagem.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a privatização da Eletrobras, afirmando que o setor elétrico, especialmente em um país com a extensão geográfica do Brasil, não deveria ter sido privatizado. Ele sugeriu que a privatização teve impactos negativos no sistema.
O texto também menciona casos anteriores de apagões no Brasil durante os governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), Dilma Rousseff e Michel Temer. Esses apagões foram causados por diversos fatores, incluindo escassez de chuvas, falta de planejamento e falhas técnicas. As implicações dos apagões na economia e estabilidade política são destacadas.
A possibilidade de falta de planejamento é apresentada como uma preocupação significativa para o governo, pois tais falhas podem resultar em perdas econômicas substanciais e backlash político, como ocorrido em administrações anteriores. A história dos apagões no Brasil e seus impactos na credibilidade dos diferentes governos é mencionada, enfatizando a necessidade de planejamento sólido e monitoramento no setor de energia.
No geral, o texto destaca a complexidade e desafios de gerenciar um sistema de energia em grande escala, especialmente em um país geograficamente diverso como o Brasil. Também ressalta as implicações políticas dos apagões e o debate contínuo em torno da privatização de ativos energéticos-chave como a Eletrobras.
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Correio Braziliense
A hipótese da falta de planejamento é a que mais preocupa o governo. Quando o sistema entra em colapso, os prejuízos econômicos são enormes e o desgaste político é maior ainda
O apagão que atingiu todas as regiões do Brasil na manhã desta terça-feira, politicamente, deve gerar uma guerra de narrativas entre o governo Lula e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PR), principal gestor do processo de privatização da Eletrobras. O apagão começou a ser registrado nos sistemas do ONS às 8h31, no horário de Brasília, quando é interrompido o tradicional aumento da carga do sistema elétrico. Em 10 minutos, a carga do sistema elétrico brasileiro caiu 25,9%.
A interrupção ocorreu devido à abertura da interligação Norte-Sudeste, supostamente por uma falha no circuito de Imperatriz, no Maranhão, e outra no Ceará. As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas. Há três hipóteses: colapso do sistema, falha humana ou sabotagem. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que vai solicitar à Polícia Federal (PF) e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a apuração das causas do apagão, para saber se houve “eventuais dolos”.
Silveira criticou a privatização da Eletrobras: “O setor elétrico de um país, em especial com uma dimensão territorial como a do Brasil, não deveria ser privatizado”, disse. A privatização da Eletrobras “fez muito mal, em especial no modelo em que ela ocorreu, ela fez, sim, mal ao sistema”.
A hipótese de sabotagem não pode ser descartada, porque houve tentativas de interromper o funcionamento do sistema durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, o governo instaurou um gabinete de crise para monitorar a segurança de instalações do setor elétrico. Torres de transmissão de energia foram derrubadas no Paraná e em Rondônia, entre a noite de domingo, 8, e a madrugada de segunda-feira, 9.
À época, as empresas responsáveis pelos sistemas relataram indícios de “sabotagem”, mas os resultados das investigações não foram divulgados. O ministro Silveira, porém, é cauteloso quanto a isso. Com razão, pois o sistema é altamente sensível, requer planejamento e completo monitoramento.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) interrompeu 16 mil megawatts (MW) de carga. O Brasil registrava 73.484,7 MW às 8h30, no horário de Brasília, em trajetória de alta — exatamente como ocorre todas as manhãs. Mas, no minuto seguinte, a carga do sistema caiu repentinamente cerca de 7%.
Houve, em 10 minutos, perda de carga de mais de um quarto da energia do sistema. A carga do subsistema Norte caiu 83,8% em pouco mais de 10 minutos, a partir de 8h31. No Nordeste, a carga do sistema caiu 44,4%. No Sudeste-Centro-Oeste, a perda foi de 19% após o apagão. Na Região Sul, a queda chegou a 15,5%, a que menos sofreu com o apagão.
Planejamento
A hipótese da falta de planejamento, porém, é a que mais preocupa o governo. Quando o sistema entra em colapso, os prejuízos econômicos são enormes e o desgaste político é maior ainda, como ocorreu no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 1999, houve um blecaute no dia 11 de março, que atingiu o Distrito federal e 10 estados, o que afetou a vida de 76 milhões de pessoas.
Foi um aviso do que viria a acontecer no final do segundo mandato de FHC. Em 2001, a escassez de chuvas e a falta de planejamento, aliadas ao aumento da demanda por eletricidade e à alta dependência das hidrelétricas, sobrecarregaram o sistema elétrico do país e geraram risco de colapso total. Houve racionamento de energia nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, entre junho de 2001 e março de 2002.
O governo Lula também enfrentou um apagão em 2009, por causa de uma falha no sistema da binacional Itaipu. A queda brusca na demanda de energia ocasionou o desligamento automático de 20 turbinas da hidrelétrica. Ficaram sem energia 90 milhões de pessoas. Quatro estados brasileiros foram integralmente afetados. Cerca de 90% do Paraguai também ficou sem luz.
No governo Dilma, no qual a construção da usina hidroelétricas de Belo Monte, no Pará, foi uma prioridade, uma falha em subestação localizada na divisa de Pernambuco com a Bahia deixou 47 milhões de pessoas sem luz, em 3 de fevereiro de 2011. Foram várias horas de interrupção no fornecimento em todo o Nordeste.
No apagar das luzes de seu governo, em 21 de março de 2018, o então presidente Michel Temer também teve seu apagão, literalmente. Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins ficaram sem energia. Houve uma falha na linha de transmissão de Belo Monte. No total, 70 milhões de pessoas foram afetadas.
Em 3 de novembro de 2020, a principal subestação do Amapá pegou fogo. Ficaram sem energia 13 dos 16 municípios do estado. O desgaste do governo Bolsonaro, porém, foi localizado. Houve caos nos serviços públicos, durante 10 dias, 800 mil ficaram sem eletricidade. A responsabilidade maior de investimentos na geração de energia é da Eletrobras.
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Entenda o que é a provisão para contingências e suas aplicações
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Contingência é uma condição ou situação possível que resulta de eventos passados cujo resultado final, favorável ou desfavorável, será determinado pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos. A estimativa quanto ao desfecho e o efeito financeiro da contingência são estipulados pelo julgamento da administração da companhia, apoiado em estudos e pareceres técnicos que reflitam uma posição isenta. Na contabilidade, a contingência deve ser evidenciada nas Demonstrações Contábeis por meio de notas explicativas ou pela constituição de provisão.
Provisão e a estimativa confiável da obrigação
Provisões são expectativas de obrigações e são registradas com o objetivo de apropriar no resultado, segundo o regime de competência, custos ou despesas que provável ou certamente ocorrerão no futuro.
O uso de estimativas é parte essencial da preparação das Demonstrações Contábeis e não prejudica sua confiabilidade. Isso é especialmente verdadeiro no caso das provisões, que, por sua natureza, são mais incertas do que outros itens do balanço. De maneira geral, a entidade é capaz de determinar os possíveis desfechos que envolvem uma obrigação e, dessa forma, fazer uma estimativa que seja suficientemente confiável para ser usada no reconhecimento de uma provisão.
Risco, Incerteza e Mensuração
O risco e a incerteza que existem em torno de muitos eventos e circunstâncias devem ser considerados para se ter a melhor estimativa de provisão. O risco envolve a variabilidade de desfechos para uma situação e deve ser criteriosamente avaliado para evitar sub ou superavaliações no valor das provisões. Da mesma forma, a incerteza não justifica a constituição de provisões excessivas.
As contingências dependem de um evento futuro para serem consideradas perda e apenas as contingências resultantes de prováveis perdas é que devem ser registradas como um passivo, através da constituição de provisão, e devem necessariamente atender aos seguintes critérios:
Elevada probabilidade de ocorrência do evento futuro; e
Razoável estimativa da perda contingente.
Assim, uma contingência provável, mensurável com suficiente segurança, deve ser objeto de provisão, enquanto que uma contingência, ainda que provável, mas que não seja mensurável com suficiente segurança, não deve ser provisionada.
Em suma, uma provisão deve ser constituída quando:
Há uma obrigação legal ou não-formalizada presente como consequência de um evento passado;
É provável que recursos sejam exigidos para liquidar esta obrigação; e
O montante da obrigação possa ser estimado com suficiente segurança.
Parâmetros para avaliação
Os parâmetros que devem ser utilizados para a avaliação de constituição de provisão são:
Praticamente certo – reflete a situação adversa e dependente apenas e tão somente dela; ou seja, há decisão judicial sobre a qual não cabem mais recursos que venham alterar seu conteúdo;
Provável – a chance de ocorrer evento é maior do que a de não ocorrer;
Possível – a chance de ocorrer evento é menor que provável, mas não é remota;
Remota – a chance de ocorrer evento é muito pequena, quase inexistente.
As Provisões e as Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis representam a situação patrimonial e financeira no fim de um determinado período e não de uma posição futura. Eventos relevantes subsequentes a este período podem ser mencionados nestas demonstrações, mas basicamente os únicos passivos reconhecidos nestas demonstrações são aqueles que existem na data do balanço.
As provisões são reconhecidas nestas demonstrações contábeis por originarem-se de eventos passados e pelo fato de que provável ou certamente serão exigidas no futuro.
Ainda, as provisões, uma vez constituídas, devem ser objeto de avaliação e revisão periódicas para justificar a sua manutenção, elaborar novos cálculos que possam resultar em aumento ou redução dos valores das mesmas, além de analisar eventos que possam justificar a sua conversão em obrigação definitiva.
Provisões de natureza trabalhista
Exemplo destas provisões, dentre inúmeras outras, são as de garantia pela indústria automobilística, multas ou custos com limpeza e reparo em virtude de danos ambientais e, em grande escala, as de natureza trabalhista.
Em especial, as contingências e provisões de natureza trabalhista devem ser constantemente avaliadas e revistas de forma a analisar eventos, parâmetros, mensurar riscos e quantificar adequadamente seus valores. A complexidade da legislação trabalhista no Brasil, além da volumosa judicialização processual, com consequentes decisões judiciais, enunciados, súmulas, obriga a um permanente acompanhamento de riscos e processos.
Algumas empresas já possuem comitês internos para discussão e avaliação das contingências trabalhistas, contando com gestores de relações trabalhistas, advogados e contadores, o que permite uma melhor e mais criteriosa avaliação dos riscos e para a constituição de eventuais provisões.
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Sobre o Autor
Alexandre Marinho
administrator
Contador e administrador com especialização em Compliance. CRCMG 115494/O
https://www.suno.com.br/artigos/provisao-para-contingencias/
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[PDF] Paper Title (use style: paper title)
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ESTUDO DE CONFIABILIDADE PARA UM
SISTEMA DE POTÊNCIA ATRAVÉS DA
INSERÇÃO DE UM PARQUE EÓLICO
G. M. Lazari, L. H. Medeiros, N. D. Barth, R. Biazzi, M. Sperandio
Centro de Excelência em Energia e Sistemas de Potência
Universidade Federal de Santa Maria
Santa Maria, Brasil
gustavodelazari@gmail.com
Resumo— Esse estudo apresenta uma análise de
confiabilidade para um sistema de potência de geração e
transmissão de energia elétrica. Serão analisadas as fragilidades
que o sistema apresenta quando simuladas todas as contingências
para o nível hierárquico NH2 através do critério N-2 utilizando o
software ANAREDE. Assim, serão observados os incrementos de
confiabilidade decorrentes da inserção de um parque eólico ao
sistema. Serão comparados os cenários em que o parque eólico
opere como uma fonte variável e como uma fonte não
intermitente de energia elétrica.
Palavras-chave— Cadeias de Markov, Confiabilidade
Composta, COPT, Diagrama de Cortes Mínimos, Geração Eólica.
I. INTRODUÇÃO
Sistemas de potência utilizam-se da geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica para suprir as necessidades de
seus consumidores. Para isso, é interessante que esse sistema
opere a altos níveis de confiabilidade, garantindo assim, seu
funcionamento contínuo.
A confiabilidade do sistema elétrico é a habilidade do
mesmo em fornecer energia nos maiores níveis de eficiência,
segurança e economia. Tradicionalmente, usam-se os critérios
probabilísticos, através dos dados históricos de operação e
reparo, para analisá-la.
O estudo de confiabilidade de um sistema de potência
averigua quais equipamentos possuem maior possibilidade de
falha. Assim, simulam-se as combinações de perdas dos
equipamentos de geração e transmissão através das suas
contingências compostas.
Entre os métodos utilizados para o estudo de confiabilidade
de um sistema de potência está o método de enumeração de
estados que consiste na escolha do nível hierárquico, definição
dos critérios de contingências, criação do diagrama de cortes
mínimos e cálculos dos seus parâmetros matemáticos.
O nível de confiabilidade de um sistema é mensurado
através dos indicadores da tabela de probabilidade de
interrupção de capacidade (COPT). Entre os indicadores mais
importantes da COPT estão a Loss Of Load Probability
(LOLP), Loss Of Load Expectation (LOLE), Expected Power
Not Supplied (EPNS), Expected Energy Not Supplied (ENSS) e
Severidade.
Nesse sentido, criam-se dois cenários que visam analisar o
incremento de confiabilidade através da inserção de um novo
ponto de geração. O primeiro cenário caracteriza-se pela
inserção de um parque eólico nas suas condições reais,
enquanto o segundo cenário acrescenta-se esse parque eólico
funcionando como uma fonte não intermitente de energia.
II. CONFIABLIDADE COMPOSTA
O estudo de confiabilidade para um sistema visa assegurar
o máximo de eficiência, segurança e economia. Para isso, a
confiabilidade baseia-se em métodos da estatística matemática
e da teoria das probabilidades que possibilitam quantificar as
chances que um determinado sistema ou componente possa vir
a falhar [1].
No que se diz respeito ao presente artigo, a confiabilidade
surge como modelo matemático apropriado para estimar a
possibilidade de uma unidade geradora ou uma linha de
transmissão não estar em funcionamento.
O objetivo dessa análise está em mensurar o impacto que as
violações de potência possam acarretar em algum tipo de corte
de carga para os consumidores. Esse estudo é de grande
importância para a realização do planejamento da expansão de
um sistema elétrico.
A. Níveis Hierárquicos
A análise de confiabilidade pode abranger três níveis
hierárquicos, conforme apresentado na fig. 1 [2].
1) Nível Hierárquico 1 (NH1): Abrange o estudo de
confiabilidade ligado a geração de energia.
2) Nível Hierárquico 2 (NH2): Abrange o estudo de
confiabilidade ligados a transmissão e geração de energia.
3) Nível Hierárquico 3 (NH3): Abrange o estudo de
confiabilidade ligados a distribuição, transmissão e geração de
energia.
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Fig. 1. Níveis hierárquicos.
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B. Método de Enumeração de Estados
O método de enumeração de estados é uma análise
determinística realizada através da simulação de contingências.
Entre os critérios usuais estão [2]:
1) Critério N-1: Verifica se o sistema é capaz de suportar
as contingências simples em regime permanente sem que
ocorra nenhum corte de carga.
2) Criério N-2: Verifica se o sistema é capaz de suportar
as contingências duplas em regime permanente sem que ocorra
nenhum corte de carga.
C. Diagrama de Cortes Mínimos
Através dos métodos de enumeração de estados é possível
criar o diagrama de cortes mínimos para o sistema. O diagrama
de cortes mínimos pode apresentar os seus componentes em
série ou paralelo. Os componentes em série são aqueles que
indicam as contingências simples, fundamentais para o
funcionamento do sistema. Já os componentes em paralelo são
aqueles que indicam as contingências compostas, onde o corte
de carga só acontece quando ambos equipamentos deixarem de
funcionar.
D. Cálculo dos Parâmetros de Confiabilidade
Para analisar a modelagem de confiabilidade que envolve
as taxas de disponibilidade ou indisponibilidade de
determinado componente do sistema elétrico usam-se os
métodos das Cadeias de Markov e da tabela de probabilidade
de interrupção de capacidade, a COPT.
O método das Cadeias de Markov determina a
probabilidade do sistema estar em cada estado verificando-se
os seus estados de transições [3].
Já a tabela COPT relaciona a magnitude dos estados de
capacidade com sua a probabilidade de ocorrência. Entre os
indicadores da COPT estão a LOLP, LOLE, EPNS, EENS e
Severidade [4].
1) LOLP
A Loss Of Load Probability (probabilidade de perda de
carga) é o indicador que realiza o somatório das probabilidades
(p) dos estados que a capacidade do sistema (G) é menor do
que a carga (Lmáx). Para valores de geração maior que a
demanda, a probabilidade de perda de carga é nula. A equação
(1) apresenta o cálculo da LOLP, onde pi representa a
probabilidade do estado estar em operação.
LOLP Σ pi Lmáx G)
2) LOLE
A Loss Of Load Expectation (expectativa de perda de
carga) é o somatório das probabilidades de perda de cargas
calculadas para um determinado período em que a carga
permanece nesse estado. A equação (2) apresenta essa relação,
sendo ti o valor correspondente ao tempo.
LOLE Σ ti * pi Lmáx G) dias/ano
3) EPNS
A Expected Power Not Supplied (expectativa de potência
não suprida) calcula a potência não entregue multiplicada pela
sua probabilidade. A equação (3) apresenta sua característica,
onde C é o valor da demanda do sistema.
EPNS Σ pi Lmáx C) MW
4) EENS
A Expected Energy Not Supplied (expectativa de energia
não suprida) é a potência não atendida em um determinado
tempo (considera-se o ano comercial de 8760 horas). A
equação (4) relaciona a EENS através dos valores EPNS.
EENS EPNS * 8760 MWh/ano
5) Severidade
A severidade relaciona a energia não suprida (MWh) pela
ponta (MW) do sistema analisado. Esse cálculo representa uma
perturbação imaginária que converte o acumulo de energia não
suprida se toda a carga do sistema fosse afetada. A equação (5)
apresenta o cálculo da Severidade.
Severidade (EENS / Demanda) * 60 (Sis.min)
Dessa forma, classifica-se o nível de severidade do sistema
pelo intervalo de valores correspondentes ao grau que
interpreta os níveis de condições operativas para cada situação
[5]. A tabela I apresenta os valores e suas definições.
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TABELA I. SEVERIDADE DO SISTEMA
Classificação Valor Nível
Grau 0 S < 1 Favorável
Grau 1 1 ≤ S < 10 Satisfatório
Grau 2 10 ≤ S < 100 Limítrofe
Grau 3 100 ≤ S < 1000 Grave
Grau 4 1000 ≤ S Muito grave
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E. Incremento de Confiabilidade
O incremento de confiabilidade para esse artigo trata-se de
medidas corretivas ao sistema para que não ocorram cortes de
cargas. Para esse estudo considera-se a adição de um parque
eólico respeitando os critérios de imprevisibidade de geração
(causada pelas diferentes velocidades de vento) e para um caso
de não intermitência de geração (100% da capacidade
nominal).
III. ESTUDO DE CASO
Este artigo apresenta um estudo de caso para analisar a
confiabilidade de um sistema elétrico de geração e transmissão
de energia elétrica através da adição de um parque eólico. O
sistema de potência é composto por duas usinas de geração de
200 MW e 120 MW que alimentam duas cargas de 100 MW e
150 MW através de 10 linhas de transmissão com capacidades
individuais de 200 MVA. A fig. 2 apresenta a distribuição dos
componentes do sistema.
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Fig. 2. Caso base.
As características de confiabilidade do sistema são
especificadas na tabela II.
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TABELA II. CONFIABILIDADE DO SISTEMA
Componente Confiabilidade
LT1 0,9886
LT2 0,9967
LT3 0,9935
LT4 0,9881
LT5 0,9927
LT6 0,9943
LT7 0,9959
LT8 0,9910
LT9 0,9954
LT10 0,9867
G1 (4x50 MW) 0,99464
G2 (3x 40 MW) 0,99464
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Para realizar o cálculo da confiabilidade do sistema e de
seus parâmetros, é necessário obter o diagrama de cortes
mínimos do mesmo. Dessa forma, simulam-se as contingências
de primeira e segunda ordem para observar quais cenários
geram algum tipo de corte de carga.
As contingências de primeira ordem da geração são aqueles
responsáveis pela perda de uma unidade geradora de pelo
menos um dos geradores. Já os cortes de primeira ordem da
transmissão são aqueles responsáveis pela perda de uma linha
de transmissão do sistema.
As contingências de segunda ordem da geração (ou
compostas) são aquelas responsáveis pela perda de duas
unidades geradoras, podendo está ocorrer simultaneamente nas
duas usinas de geração. Já as contingências de segunda ordem
da transmissão são aquelas responsáveis pela perda de duas
linhas de transmissão do sistema.
Além dos casos prévios, são consideradas contingências
compostas a perda de uma unidade geradora com a perda de
uma linha de transmissão.
Depois de levantadas todas as combinações possíveis de
contingências, simulam-se no software ANAREDE quais
combinações geram cortes de cargas. Definida as contingências
que provocam perda de carga, cria-se o diagrama de cortes
mínimos e calcula-se a confiabilidade e seus índices LOLP,
LOLE, EPNS, EENS e Severidade.
Por fim, realizam-se estudos de incremento de
confiabilidade do sistema através da análise de 2 cenários de
expansão de geração.
a) Cenário 1: Inserção de um parque eólico: Nesse
cenário, insere-se um parque eólico na barra 3 do sistema base
como tentativa de melhorar os índices de confiabilidade. Sabese que a potência (P) de um aerogerador varia conforme a
velocidade do vento (em m/s). Para esse estudo, consideram-se
três patamares de geração, de acordo com (6).
v < 7; P = 20%
7 ≤ v < 10; P = 60% (6)
v ≥ 10; P = 100%
Assim, através de 8760 medidas de vento realizados de
hora em hora para um intervalo de tempo de 1 ano para uma
região pré-estabelecida, definiu-se um parque eólico que
apresenta níveis de potências individuais e máximas conforme
a tabela III.
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TABELA III. PARQUE EÓLICO
Dados dos Aerogeradores
Índice Valor
Confiabilidade 0,990627
Número de Unidades 23
Potência Unitária 3,5 MW
Potência Máxima 80,5 MW
Dados de Ventos
Patamar 1 2821 (h/ano)
Patamar 2 2036 (h/ano)
Patamar 3 3903 (h/ano)
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b) Cenário 2: Inserção de uma geração não intermitente
de potência: Para esse cenário considera-se na barra 3 do
sistema base um parque eólico com geração não intermitente
de energia com uma confiabilidade de 0,98996.
IV. RESULTADOS
Através do software ANAREDE encontra-se os cortes de
cargas que são causados pelas contingências de primeira e
segunda ordem do sistema base. Dessa forma, obtém-se o
diagrama de cortes mínimos que possibilitam o cálculo dos
parâmetros de confiabilidade do sistema. A fig. 3 apresenta o
diagrama de cortes mínimos para o caso base, já a tabela IV
apresenta os cortes de carga.
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Fig. 3. Diagrama de cortes mínimos para o caso base.
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TABELA IV. CORTES DE CARGA
Contigência
Potência
não
suprida
Ordem
Linha de Transmissão 2 55,3 MW 1
Linha de Transmissão 3 53,5 MW 1
Linhas de Transmissão 5 e 7 60,6 MW 2
Linhas de Transmissão 5 e 9 60,5 MW 2
Linhas de Transmissão 7 e 9 63,9 MW 2
Linhas de Transmissão 9 e 10 100 MW 2
Unidades Geradoras 1G1 e 1G1 30 MW 2
Unidades Geradoras 1G1 e 1G2 20 MW 2
Unidades Geradoras 1G2 e 1G2 10 MW 2
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Através das probabilidades de cada cenário ocorrer
somando-se ao corte de carga decorrente do mesmo é possível
calcular os parâmetros da confiabilidade para o caso base
conforme a tabela V.
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TABELA V. CASO BASE
Parâmetros de Confiabilidade
Índice Valor
LOLP 0,01053
LOLE 3,8437 dias/ano
EPNS 0,55598 MW
EENS 4870,40 MWh/ano
Severidade 1168,89 Sist.min
Confiabilidade 0,98949
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Para promover um incremento de confiabilidade do sistema
e uma tentativa de atendimento dos possíveis cortes de carga
são estudados dois cenários de inserção de geração na barra 3.
A. Cenário 1: Inserção de uma parque eólico.
Com a inserção do parque eólico na barra 3 do sistema
realiza-se um novo estudo de fluxo de potência no software
ANAREDE que relaciona a potência não suprida da tabela IV
com a probabilidade de geração do parque eólico de acordo
com seus patamares de vento. O diagrama de blocos para o
cenário 1 pode ser visto na fig. 4 enquanto os parâmetros de
confiabilidade para o cenário 1 são apresentados na tabela VI.
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Fig. 4. Diagrama de cortes – cenário 1.
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TABELA VI. CENÁRIO 1
Parâmetros de Confiabilidade
Índice Valor
LOLP 0,00565
LOLE 2,0652 dias/ano
EPNS 0,08619MW
EENS 755,09 MWh/ano
Severidade 181,22 Sist.min
Confiabilidade 0,99435
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B. Cenário 2:
Com a inserção de uma fonte não intermitente (NI) de
energia na barra 3 do sistema, considerando as mesmas
características de potência máxima e confiabilidade do parque
eólico encontra-se o diagrama de cortes mínimos e os
parâmetros de confiabilidade como podem ser vistos na fig. 5 e
na tabela VII, respectivamente.
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Fig. 5. Diagrama de Cortes – cenário 2.
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TABELA VII. CENÁRIO 2
Parâmetros de Confiabilidade
Índice Valor
LOLP 0,00009
LOLE 1,2575 horas/ano
EPNS 0,01118 MW
EENS 97,94 MWh/ano
Severidade 23,506 Sist.min
Confiabilidade 0,999856
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Os cenários 1 e 2 quando comparados ao caso base
indicaram um aumento de confiabilidade de 0,49% e 1,05%
respectivamente. Já a severidade apresentou a passagem do
cenário 1 do grau 4 para o grau 3, e do cenário 2 do grau 4 para
o grau 2.
V. CONCLUSÕES
As análises de contingência de um sistema elétrico são de
grande importante para avaliar a confiabilidade do mesmo.
Através do diagrama de cortes mínimos e das probabilidades de
falha dos equipamentos é possível diagnosticar o déficit de
potência que a falta de geração ou transmissão poderá acarretar
ao sistema. Assim, esse artigo analisou a confiabilidade de um
sistema através da inserção de novos pontos de geração,
enfatizando a geração eólica.
Por intermédio do software ANAREDE foi possível simular
os impactos que as contingências de primeira e segunda ordem
causam em um sistema de potência. Para o caso estudado
identificou-se uma fragilidade inicial na transmissão de energia
elétrica nas linhas 2 e 3 por serem cortes de primeira ordem.
Também, foram detectadas 7 contingências compostas
envolvendo geração e transmissão de energia elétrica.
Esse estudo mostrou-se importante para identificar as
fragilidades de um sistema de potência e para avaliar a
confiabilidade do mesmo. Observou-se que a adição de um
parque eólico, no cenário 1, ajudou razoavelmente na
diminuição da severidade e no aumento da confiabilidade do
sistema. Já no segundo cenário, obtiveram-se melhores
resultados com a adição de uma fonte não intermitente de
energia, por se tratar de uma geração que não depende da
imprevisibilidade do vento. Também, notou-se que nem sempre
o acréscimo de geração é a solução para possíveis cortes de
carga. Muitas vezes o problema está na capacidade elétrica dos
outros equipamentos da rede, como no presente artigo, ocorreu
com as linhas de transmissão. Esse problema deve-se ao fato do
sistema necessitar de mais de um caminho de transmissão para
atender os seus consumidores.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao INCT-GD e aos órgãos
financiadores (CNPq processo 465640/2014-1, CAPES
processo no. 23038.000776/2017-54 e FAPERGS 17/2551-
0000517-1).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] C. de B. Camargo, “Confiabilidade Aplicada a Sistemas de Potência
Elétrica,” LTC/ELETROBRAS/FEESC, 1981.
[2] J. A. Dias, “Avaliação da Confiabilidade Composta Baseada em
Simulação Monte Carlo com Representação da Geração Eólica,”
Dissertação de Mestrado em Ciências em Engenharia Elétrica. Rio de
Janeiro,2008.
[3] R. Billinton, Reliability Evaluation of Power Systems. Vol. 2, Plennum
Press: New York, 1996.
[4] S. Sulaeman, Evaluation of Wind Capacity Credit Using Discrete
Convolution Considering the Mechanical Failure of Wind Turbines,”
Durham, UK. 7-10 Jul. 2014.
[5] EPE – Empresa de Pesquisa Energética, “Estudos Associados Ao Plano
Decenal De Energia PDE 2007/2016,” Cap. 2, pág 15. Brasília:
MME/EPE, 2007.
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/553/2020/07/93063-field_submission_abstract_file2.pdf
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Causas do apagão: todas as hipóteses estão na mesa e serão analisadas, diz diretor-geral do ONS
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Foto: Fábio Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
Apagão nacional de ontem está sendo investigado
16 de agosto de 2023 | 09:29
BRASIL
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que nenhuma hipótese do que pode ter causado o apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal nesta terça-feira, 15, foi descartada. Em entrevista ao Estadão/Broadcast na noite de ontem, Ciocchi afirmou que todas as possibilidades estão na mesa e serão analisadas, mas que só será possível dar respostas mais exatas nas próximas 48 horas.
Segundo Ciocchi, foi identificado que houve uma variação brusca e não programada de frequência em uma região do Ceará, por volta das 8h30. Ele afirmou ainda que pode ter ocorrido uma segunda ocorrência, mas que ainda não era possível precisar.
“Uma variação brusca e inesperada pode vir de várias coisas: uma carga grande que entrou e saiu inesperadamente, uma geração grande que tenha entrado ou saído inesperadamente, uma série de componentes”, disse. “Há várias hipóteses, há vários elementos a serem identificados. Nós pretendemos em 48 horas afunilar essa investigação. Importante dizer que não estamos eliminando nenhuma hipótese, todas estão na mesa e vamos analisar.”
Um ponto fortemente questionado ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na tarde de ontem, em entrevista coletiva, foi se já havia identificação de alguma empresa responsável pela falha. Ciocchi explicou, contudo, que essa análise é complexa, uma vez que a região onde houve o início da ocorrência inclui várias linhas de transmissão, subestações e geradores.
“Não temos como identificar hoje qual é o agente”, disse. “Não há o que se falar, pelo menos nesse momento, de um único agente, mas de vários agentes que devem estar envolvidos nessa mesma região, não necessariamente identificar uma responsabilidade única.”
O Operador Nacional do Sistema (ONS) se comprometeu a entregar, em até 48 horas, um boletim mais detalhado sobre a interrupção de energia registrada nesta terça-feira. A intenção é detalhar, pelo menos, onde ocorreu e a causa do início da perturbação. Mas Ciocchi reconhece que não será possível trazer todos os detalhes rapidamente. Uma avaliação mais completa será feita em um prazo maior, de um mês, por meio do Relatório de Análise de Perturbação (RAP).
O diretor-geral ressaltou, contudo, que o ONS não enfrenta dificuldades ou interferências de terceiros nas apurações do ocorrido. Segundo ele, o procedimento adotado atualmente é a dinâmica normal de uma avaria dessa proporção. Ainda, afirmou que, do ponto de vista de segurança do sistema elétrico, não há nenhum indicador ou histórico de problemas.
“Nosso sistema é robusto. Tivemos um evento de grandes proporções? sim. Tivemos muita gente afetada durante muito mais tempo que gostaríamos? Sim, também, mas o sistema é robusto. Se compararmos com outros apagões e outros países, vemos que não é fragilidade do nosso sistema. E, como falei, não estamos descartando nenhuma hipótese. Identificando alguma fragilidade, as ações corretivas serão implementadas.”
Ciocchi ressaltou que a carga foi totalmente restabelecida no País às 14h40 de ontem, e, desde então, o sistema interligado funciona normalmente.
Marlla Sabino/Estadão Conteúdo
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"Nunca ficamos tanto tempo sem saber a origem de um apagão", diz ex-diretor-geral do ONS - .... Luiz Barata Ribeiro afirma que os órgãos reguladores folha.uol.com.br
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/08/nunca-ficamos-tanto-tempo-sem-saber-a-origem-de-um-apagao-diz-ex-diretor-geral-do-ons.shtml
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“Nunca ficamos tanto tempo sem saber a origem de um apagão”, diz ex-diretor-geral do ONS
16/08/2023 06h11
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O engenheiro Luiz Eduardo Barata considera “surpreendente” e “inacreditável” que o dia tenha terminado sem que o Brasil saiba onde e como começou o apagão dessa terça-feira (15).
“Nunca ficamos tanto tempo sem saber. Passadas dez horas do distúrbio, não ouvimos do ONS, que é o responsável pela operação, exatamente o que ocorreu. Eu posso afirmar, com certeza que, pelo seu nível tecnológico, ele já devia saber quais foram as linhas com problemas”, diz.
Barata é um dos profissionais mais experientes ainda na ativa no setor de energia elétrica. Foi secretário-executivo do MME (Ministério de Minas e Energia) e diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Segundo ele, os órgãos reguladores conseguem identificar a origem de um problema imediatamente após a sua ocorrência.
Folha de S. Paulo
https://www.blogdobg.com.br/page/2/
Blog do BG
blogdobg.com.br
https://www.blogdobg.com.br
“Nunca ficamos tanto tempo sem saber a origem de um apagão”, diz ... de Minas e Energia) e diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
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A entrega do controle da Eletrobras ao capital privado foi e, infelizmente, pela covardia do governo Lula, continua sendo, uma das maiores irresponsabilidades que já se praticou no Brasil!
10:32 AM · 15 de ago de 2023
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https://twitter.com/cirogomes
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O ex-candidato do PDT à Presidência Ciro Gomes. Foto: Evaristo Sá/AFP
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ECONOMIA
Em dia de apagão, Ciro critica Lula e alega ‘covardia’ sobre a venda da Eletrobras
Sem citar o pedetista, a primeira-dama Janja da Silva rebateu a acusação: ‘A Eletrobras foi privatizada em 2022’
POR CARTACAPITAL | 15.08.2023 13H24
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes criticou o governo Lula ao se manifestar sobre o apagão de energia elétrica no Brasil nesta terça-feira 15.
“A entrega do controle da Eletrobras ao capital privado foi e, infelizmente, pela covardia do governo Lula, continua sendo, uma das maiores irresponsabilidades que já se praticou no Brasil”, escreveu o pedetista nas redes sociais. “Como entregar o regime de águas – e total sensibilidade estratégica da interligação de TODO O SISTEMA – nas mãos do lucro de curtíssimo prazo? Inclusive sabotagem deve ser investigada.”
Sem mencionar Ciro, a primeira-dama Janja da Silva rebateu o comentário nas redes sociais. “A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022. Era só esse o tuite”, publicou.
Em maio, o governo Lula, por meio da Advocacia-Geral da União, acionou o Supremo Tribunal Federal contra trechos da lei que autorizou a venda da Eletrobras. A ação contesta o dispositivo a tratar da redução na participação da União em votações no contesta o dispositivo a tratar da redução na participação da União em votações no conselho da empresa.
A lei impediu que um acionista ou um grupo de acionistas exerça poder de voto superior a 10% da quantidade de ações. A avaliação da AGU é que o governo federal foi prejudicado pela norma, uma vez que detém cerca de 43% das ações ordinárias.
Ao protocolar a ação no STF, a AGU ressaltou que o objetivo não é reestatizar a Eletrobras, mas resguardar o interesse público e os direitos de propriedade da União.
Parte do Norte e do Nordeste brasileiros ainda sofrem com o apagão nesta tarde. O problema afetou nesta manhã todas as unidades da Federação, com exceção de Roraima.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o fornecimento foi restabelecido no Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste, em 55% do Norte e em 81% do Nordeste. As causas do incidente, porém, ainda não foram divulgadas pela pasta.
No início da tarde, o presidente em exercício Geraldo Alckmin afirmou que, apesar da “ação rápida” do governo, há um problema a ser resolvido em Imperatriz, no Maranhão.
“Conversei com o [ministro] substituto Efraim [Pereira da Cruz], que é secretário-executivo. E está indo bem. Estão com um problema em Imperatriz, no Maranhão, mas já estão debruçados lá”, disse Alckmin.
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CartaCapital
https://www.cartacapital.com.br/politica/em-dia-de-apagao-ciro-critica-lula-e-alega-covardia-sobre-a-venda-da-eletrobras/
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Acordo sobre Eletrobras ganha força no governo e no STF
Executivo estuda propor aumentar para até quatro a quantidade de indicados da União no conselho de administração para não contestar outros pontos da desestatização da empresa
Governo busca formas de aumentar influência sobre estatal
Governo busca formas de aumentar influência sobre estatal
Fernando Frazão/Agência Brasil
Daniel RittnerBasília Rodriguesda CNN
Em Brasília
30/05/2023 às 04:00 | Atualizado 30/05/2023 às 08:10
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Ganha cada vez mais força, nos bastidores, a possibilidade de uma mediação em torno do processo que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) move no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o limite do direito de voto na Eletrobras.
Segundo relatos feitos à CNN por fontes do Executivo e do Judiciário, uma alternativa está sendo desenhada: aumentar, de um para três ou quatro, a quantidade de indicados da União no conselho de administração da empresa de energia.
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Em troca, o governo assumiria um compromisso formal de não contestar outros pontos da desestatização da Eletrobras, incluindo a própria perda de controle acionário. A capitalização da companhia por investidores privados, que reduziu a participação estatal de 72% para menos de 43%, foi concluída em 2022.
No começo de maio, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou no STF com uma ação de inconstitucionalidade (ADI) em que questiona a proporcionalidade dos acionistas no conselho da Eletrobras. Ao todo, são nove conselheiros.
A lei que abriu caminho para a privatização, no entanto, previa um limite de 10% dos acionistas ou bloco de acionistas nas decisões da empresa. Na prática, o governo pode indicar apenas um conselheiro. A premissa é seguir um modelo de “corporation”, sem acionista controlador, evitando que um grupo específico tome o controle da Eletrobras.
A ação está sob relatoria, no STF, do ministro Nunes Marques. De acordo com pessoas que têm lidado diariamente com o processo, ele não descarta abrir uma mediação entre as partes e procurar uma saída negociada.
A AGU, segundo essas fontes, simpatiza com a ideia e tenderia a aceitar um acordo no qual a União garantisse três ou quatro assentos no conselho. Se houver um acordo, caberia ao plenário do Supremo apenas julgar sua eventual homologação.
No dia 17 de maio, Nunes Marques solicitou formalmente informações para Lula e para os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula subscreve a ação da AGU. A lei de privatização da Eletrobras foi aprovada no Congresso Nacional em 2021.
Nos bastidores, porém, a avaliação é de que a Eletrobras teria grande dificuldade em fechar — e cumprir — um acordo. Isso porque mudanças na configuração do conselho só podem ser decididas pelos acionistas (com pelo menos 1% de participação na empresa), em assembleia geral, e não por deliberação da diretoria executiva ou dos próprios conselheiros.
Procuradas, a AGU e a Eletrobras preferiram não se pronunciar. Nunes Marques também não fez comentários.
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