quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Freire rejeita aliança com Lula e Bolsonaro em 2022

 e diz que aceitar polarização é “pacto com o retrocesso”

 

- Revista IstoÉ/01set2020

 

Em live da revista IstoÉ, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que recusaria eventual proposta de aliança eleitoral com o PT, em 2022, pois considera que o partido representa um dos eixos da polarização que impede o país de avançar. Para ele, um alinhamento com qualquer dos dois polos – lulista ou bolsonarista – sinalizará para a sociedade um “pacto com o retrocesso”.

 

 

 



IstoÉ: Freire rejeita aliança com Lula e Bolsonaro em 2022 e diz que aceitar polarização é “pacto com o retrocesso” - Cidadania23

“São dois projetos contra o país. Como vou me aliar a um deles? Evidentemente, no lado de Bolsonaro, você ainda tem a barbárie protofascista, o fundamentalismo religioso”, critica o presidente do Cidadania, em entrevista


https://cidadania23.org.br/…/istoe-freire-rejeita-alianca-…/

 

 

“Pra eleição, não me aliaria ao petismo. Precisamos superar a política populista de ambos, contra a política que eles representam. São dois projetos contra o país. Como vou me aliar a um deles? Evidentemente, no lado de Bolsonaro, você ainda tem a barbárie protofascista, o fundamentalismo religioso. Com esse setor, além do populismo econômico, social e político, há uma concepção de mundo completamente retrógrada”, condenou.

 

Freire defendeu o combate à desigualdade como bandeira fundamental de uma eventual candidatura do apresentador Luciano Huck à Presidência e disse que ela tem de se dar a partir de um bloco de centro-esquerda com os liberais e inclusive com a direita democrática. “Precisamos, como forças democráticas, enfrentar esse governo obscurantista, e não devemos ter nenhuma ansiedade de imaginar que porque ele cresce na sua popularidade, que ganhou 2022. Temos muito caminho a percorrer”, pontuou.

 

Segundo ele, até lá, é preciso “fazer boa oposição, uma oposição democrática e nos preparar”. “Porque nós vamos ser vitoriosos em 2022 e esse Brasil vai voltar a sorrir. Não podemos ficar imaginando que só nos resta lulismo ou bolsonarismo. Isso tem de ser, em 2022, coisa do passado”, sustentou.

 

Ao ser questionado pelo jornalista Germano Oliveira, que conduziu a entrevista, o presidente do Cidadania elogiou a “atuação de estadista” do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas avaliou que seria um equívoco qualquer tentativa de mudar a legislação para permitir uma nova reeleição para o comando do Legislativo.

 

“Estava no Congresso quando FHC propôs a reeleição. Se fosse para outro presidente, após aquele mandato, você poderia admitir, mas não de casuísmo. Foi um erro ali. Éramos a favor da reeleição, mas não daquela ali. É um erro se tentar agora seja porque processo for. Esse ajeitadinho não é bom para a democracia”, analisou.

 

Confira os principais pontos da entrevista com o diretor da IstoÉ, Germano Oliveira.

 

Ataques à imprensa

Ataques à imprensa sempre fez. Faz independentemente de qualquer outro aspecto. É da essência dele, de sua incapacidade de conviver com o contraditório e com a imprensa livre. Quando você toca em Queiroz, nas relações com milicianos inclusive presos são relações estranhas que serão esclarecidas. Tão logo encerre seu mandato isso virá à luz do dia. Quando se toca no assunto, ele perde as estribeiras. Essa agressão aos jornalistas e que criou algo que todo brasileiro cria piadas em torno disso, porque esse cheque que tem fundo mas é voador, chegou na conta de sua esposa.

 

Polarização

Em 2018, você instituiu e isso é grave porque vemos uma repetição agora nos EUA, a articulação de uma extrema direita que mente com o maior descaramento. Mentiu na campanha e as pessoas infelizmente acreditaram. A questão das rachadinhas surgiu ainda na campanha. Quem não sabe que tinha auxílio, mesmo tendo imóvel? Já se sabia antes da eleição, mas passou batido. Aquela bolha de apoio nas redes não leva em consideração que se fale que sua esposa recebeu cheque sem ter a origem lícita. Seus aliados pouco se importam com isso. É a mesma coisa dos que acham que Lula é inocente. Com novidades aparecendo todo dia sobre rachadinhas. Rachadinha é corrupção.

 

Lulismo x Bolsonarismo

Eu só não comparo porque, de qualquer forma, você tem no PT uma maioria que tem uma concepção de mundo que não é a barbárie. Há setores que apoiam a ditadura, que é um grave equívoco, na Nicarágua, na Venezuela, desde que seja do agrado deles. Hoje, é uma visão anacrônica e profundamente antidemocrática. Mas eles têm uma visão, em sua maioria, que têm compromisso com visão humanista da sociedade. Bem diferente da barbárie protofascista que acompanha Bolsonaro e muitos dos seus áulicos.

 

Risco de ruptura

Não tem nenhuma segurança de que você não tenha no núcleo do governo a concepção de que o regime ideal é o implantado na ditadura de 1964. Convivem com alguns de seus ídolos que são o pior da concepção humana, torturadores. Disse que a ditadura não foi eficaz porque matou pouco, reprimiram de forma leniente. Essa visão ele já tinha, demonstrava isso e eu acompanhei porque era deputado com ele. Ele era do baixíssimo clero. Isso não mudou. Essa visão arcaica. Expôs à luz um movimento de ultradireita expressivo. Tivemos governos de retórica de esquerda, mas ficamos como um país dos mais desiguais do mundo. A direita nunca se preocupou com isso. Não tenho nenhum receio do enfrentamento político que teremos em 2022. Temos ainda muito chão pra andar, embora perto. As pesquisas com cenário definido pra 2022 não existem em termos de candidatos. Costumo brincar que não podemos morrer pela zoada do tiro.

 

Candidatura de Huck

Acredito que sim. Não posso afirmar porque ele não se decidiu. Mas pelo andar da carruagem, o ex-governador Antônio Brito, que também trabalhava na Globo quando saiu pra política, me disse ter a impressão de que Luciano estava atravessando a rua. É uma pessoa bem formada, tem uma visão de mundo, talvez conheça a realidade brasileira tão bem quanto qualquer outro, até porque o programa de televisão é muito ligado à realidade da imensa maioria da população brasileira, uma compreensão de que o grande problema do país é a desigualdade. O Cidadania torce pra que isso se concretize, pode ser a alternativa na construção de um polo democrático pra evitar polarização perniciosa lulismo x bolsonarismo, que é terrível para o país.

 

Desigualdade

Será a bandeira porque justifica nossa trajetória política. Pandemia expôs a desigualdade, que chega ao ponto de determinar quem vai morrer mais. Alguns partidos de esquerda entraram na Justiça agora contra o marco do saneamento. Você acredita que deve manter uma estrutura que condenou mais da metade da população a não ter saneamento, 30% sem água encanada? Uma das formas de evitar a doença é lavar as mãos, mas onde 30% da população lavariam se não têm água encanada? Manutenção de Estado patrimonialista, privatizado pelo interesse das elites econômicas? Precisamos superar essa desigualdade.

 

Centro?

Centro não é posição muito definida. Centro de quê? 2018 não foi uma polarização anterior, ela surgiu no segundo turno. No primeiro, movimento anti-establishment, numa articulação pelas redes, que surpreendeu a todos, embora já se falasse no Trump e no Brexit, manipulação e fake news, tínhamos conhecimento, mas não tivemos clareza do movimento aqui. Mesmo analistas que viam a política pelo velho endereço das ruas se viram com a surpresa de ver eleito alguém que não tinha nem partido direito. Teve componente do anti-petismo no segundo turno. Agora, isso está expresso, não tem porque não entender que, na sociedade, há um amplo campo democrático que precisa se coesionar. Tenho impressão de que há um nível de consciência que se não aglutinar num bloco só, ao menos um grupo de centro-esquerda, com setores liberais e da direita democrática pra pensar esse novo mundo.

 

Aliança com o PT

Não, pra eleição não me aliaria ao petismo. Se houver qualquer alinhamento com esses dois polos, mais uma vez será anunciado para o Brasil um pacto com o retrocesso. Precisamos superar a política populista de ambos, contra a política que eles representam. Não há nenhum projeto de Brasil se desenvolvendo. Tenho que imaginar que o país supere essa realidade. São dois projetos contra o país. Como vou me aliar a um deles? Evidentemente, no lado de Bolsonaro você ainda tem a barbárie protofascista, o fundamentalismo religioso. Com esse setor, além do populismo econômico, social e político, há uma concepção de mundo completamente retrógrada.

 

Toma lá, dá cá

No processo político, em sociedades democráticas, há relação entre Executivo e Legislativo. Claro que não governará sem apoio do Parlamento. Não é problema ter como composição do governo forças políticas do Parlamento. [Pensar diferente] Seria apostar num impasse, em conflito entre poderes. Quando se fala em toma lá, da cá, é uma referência a negociações espúrias. Posso dizer que existe como fazer diferente porque fui líder do governo Itamar Franco, não houve escândalo e havia composição política. Prática parlamentar de Bolsonaro sempre foi de baixíssimo nível, sei porque fui deputado 26 anos com ele. Por trás dessa integração com o Centrão, pode ter tido acordos promíscuos. Um deles? Todo o desmanche no que se criou em termos de combate à corrupção no país. Está destruindo tudo isso. Bolsonaro está desconstruindo isso, aparelhando a Polícia Federal, a PGR, o MP no Rio pra blindar os familiares e os amigos como se pronunciou naquela reunião ministerial.

 

Reeleição no Congresso

Não vejo isso como errado apenas porque alguém pode querer fazer o mesmo. Errado é errado. Estava no Congresso quando FHC propôs a reeleição. Fui até ele com Montoro, Gabeira e outros e questionamos porque não o parlamentarismo? Porque a reeleição ali era uma violência. Se fosse para outro presidente, após aquele mandato, você poderia admitir, mas não de casuísmo. Foi um erro ali. Éramos a favor da reeleição, mas não daquela. É um erro se tentar agora, seja porque processo for. Esse ajeitadinho não é bom para a democracia. Quero até dizer que Rodrigo Maia está surpreendendo. Era bom parlamentar, com boa visão, mas surpreendeu como presidente nesse período conturbado revelando-se até um estadista. Mas essa ideia de buscar reeleição é um equívoco.

 

Pandemia

Como é que se pode enfrentar uma pandemia sem ter uma política na saúde pública consistente, continuada e com estratégias? Exemplo maior é ter um interino há quatro meses no Ministério da Saúde, e no meio da pandemia mudou dois ministros. E por curandeirismo, charlatanismo, porque não queriam indicar uma droga que o presidente achava que tinha o poder de curar quando nenhum dos órgãos que cuidam dos fármacos no mundo indicava. Poderia ser como um experimento. O médico pode experimentar. Mas não é a recomendação e não pode ser indicado como ele fez num momento de pânico. Como autoridade máxima teria de dar o exemplo. Tivemos a balbúrdia, o conflito, o caos, a guerra com prefeitos e governadores como ele mesmo anunciou. Até hoje, a postura em relação ao sofrimento de mais de 121 mil famílias não tem um mínimo de empatia. Não tivemos unidade nacional e infelizmente não temos. Isso pra ele não tem a mínima importância. Erradicamos várias doenças por vacina e tratamentos importantes. Temos expertise nisso e não valeu nada porque temos um governo que retirou um técnico e colocou no lugar um veterinário que estava trabalhando num tribunal em Brasília. A que pontos chegamos.

 

 

Amazônia

É tão criminosa quanto o tratamento dado à pandemia, só que não está matando diretamente como a pandemia. Criando problemas para a sustentabilidade e para o mundo futuro. Vi surgir o movimento dos verdes e assumiu uma posição que toda a humanidade se preocupa com isso. Montou um governo que tem como tarefa a exploração da Amazônia, pouco importa o que é que vai fazer, garimpo ilegal, desmatamento, atividade atrasada de que não precisa desmatar pra que o Brasil continue potência do agronegócio que o Brasil é, com o desenvolvimento tecnológico, a Embrapa é de fundamental importância nisso. Temos muito a apresentar e estamos jogando fora nesse governo negacionista, que é contra toda e qualquer ideia de humanidade e sustentabilidade. É um desastre. Talvez ainda se possa resolver porque a própria atividade econômica brasileira vai se ressentir desse desmantelo do governo e de seu ministro. Quem salva um pouco é o vice-presidente, que tem um pingo de razão nesse mar de destruição.

 

Considerações finais

Quando a gente chega a certa idade, fica um pouco nostálgico. Algumas são nostalgias ótimas porque lembram bons momentos. Você lembrou de nos conhecermos em Londrina num dos momentos mais duros e sombrios da ditadura. Jovens em tempos difíceis tentando enfrentar aquilo, mas sabíamos que estávamos lutando pelo que de melhor o ser humano tem, sua liberdade, não ver no outro ser humano um inimigo, fraternidade, um mundo mais solidário. Precisamos como forças democráticas enfrentar esse governo obscurantista, e não devemos ter nenhuma ansiedade de imaginar que porque ele cresce na sua popularidade que ele ganhou 2022. Temos muito caminho a percorrer. Temos de fazer uma boa oposição e isso em alguns aspectos está faltando. O Congresso precisa atuar mais politicamente, mesmo de forma remota. Precisamos criar CPIs. O Congresso existe pra fiscalizar e controlar o Executivo. Não é porque tem pandemia, mas escândalos como os de rachadinhas e milícias tudo isso exigiria CPI. Precisamos fazer boa oposição, uma oposição democrática e nos preparar. Porque nós vamos ser vitoriosos em 2022 e esse Brasil vai voltar a sorrir. Não podemos ficar imaginando que só nos resta lulismo ou bolsonarismo. Isso tem de ser, em 2022, coisas do passado.

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/freire-rejeita-alianca-com-lula-e.html#more

 

 

 

 

“Nervoso em campo e boêmio fora dele, Heleno se irritava com o apelido que ganhou: Gilda (personagem da atriz americana Rita Hayworth).”

https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/heleno-de-freitas-912

 

 

 

 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Rosângela Bittar - Ninguém é Gilda

 

- O Estado de S.Paulo

 

A reeleição é mania nacional; há um insubstituível em cada mandatário em exercício

 

A reeleição é um caso de permissão excepcional da Constituição que perdeu o sentido, se é que havia algum. Transformou-se em vale-tudo, uso e abuso dos mandatos com o fim único de prorrogá-los.

 

É o que se está vendo hoje com o governo Bolsonaro, que tira partido da imensa vantagem de estar no cargo. Quem tem o poder tem a máquina, o dinheiro público e todo o arsenal de programas populistas.

 

A disputa é tão desigual quanto a alternância no poder é crucial à prática democrática em sociedades, como a nossa, sempre à espera do salvador para sanar velhos problemas.

 

Em países politicamente subdesenvolvidos a reeleição é um corredor seguro para levar à ditadura. Por longo tempo foi temida e evitada. Até que, há 23 anos, emendou-se a Carta Magna para permitir a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Abriu-se imensa brecha para impregnar a cultura política brasileira de um equívoco crasso.

 

À época de sua criação, muitos consideravam que o Brasil estava maduro para reeleições. Fora capaz de eleger um presidente da estatura de Fernando Henrique Cardoso. Destacava-se que era um presidente reformista, moderno, líder de um plano econômico que sacudiu o País, à altura dos grandes estadistas internacionais. Portanto, seria bobagem não aproveitá-lo mais um pouco. Contava com ampla aliança, estável maioria no Congresso e um Ministério de bom nível. Mesmo assim, sem dúvida foi um erro.

 

Desde então, o debate em torno do assunto está interditado. Reeleição se tornou uma cláusula pétrea. Quem está no cargo não quer sair, quem está fora enfrenta obstáculos difíceis de vencer. Jair Bolsonaro pode ter conseguido boa parte da sua votação quando prometeu pôr um fim à reeleição, ou não disputá-la. Praticou um evidente estelionato eleitoral. Mas quem liga para os estelionatos eleitorais? Os palanques permitem qualquer perjúrio, todos sabem que o dito ali não se escreve.

 

A reeleição hoje é mania nacional. Do presidente da República aos prefeitos, passando pelos governadores; das mesas do Senado e da Câmara aos coordenadores de forças-tarefa; dos presidentes de confederações patronais aos diretores de sindicatos. Alegam argumentos esfarrapados: que é preciso tempo para concluir programas e obras; que ainda há 400 processos em andamento; que os interesses corporativos exigem; e que os esquemas políticos do recandidato garantem a adesão da maioria. Às vezes até unanimidade.

 

Os procuradores da força-tarefa de Curitiba conseguiram renovar duas vezes seus mandatos e querem uma terceira. O presidente do Senado quer também sua reeleição legalmente proibida. Se o Supremo Tribunal Federal autorizá-la, a regra valerá para o presidente da Câmara, já em seu terceiro mandato. Um grupo de senadores está mobilizado para pressionar o STF a vetar este arranjo.

 

Por que não aproveitam a oportunidade para promover o fim da reeleição? Talvez porque, no fundo, acreditem na propaganda do velho filme: “Nunca houve no mundo mulher igual a Gilda”.

 

Há um insubstituível em cada mandatário em exercício, do Oiapoque ao Chuí. E a reeleição se tornou pouco. Pairou sobre o País a proposta do terceiro mandato para Lula; quantos mandatos teve Paulo Skaf na Fiesp?

 

Bolsonaro não pensa em outra coisa. Ainda não chegou à metade do seu primeiro mandato, mas a campanha da reeleição está na rua. E se prepara para absorver argumentos e espírito da campanha do seu ídolo Donald Trump.

 

O presidente pode até alegar que, nos Estados Unidos, é uma prática saudável da democracia. Sim, é verdade, mas os americanos têm cultura e tradição do modelo, com todos os seus apetrechos: uma Constituição de apenas 7 artigos e 27 emendas aprovadas em 231 anos. Os Estados Unidos são os Estados Unidos.

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/rosangela-bittar-ninguem-e-gilda.html#more

 

 

 

Amame Suavecito

Gilda

 

 

 

 



Nadie mas que tu para enamorarme, nadie mas que tu, nadie.

Nadie mas que tu para ilusionarme, nadie mas que tu, nadie.
Nadie me ha hecho suspirar de ese modo que solo consigues tu, nadie me hizo enloquecer de ese modo que solo consigues tu.
Nadie mas que tu me ha quitado el sueño, nadie mas que tu, nadie.
Nadie mas que tu ha de ser mi dueño, nadie mas que tu, nadie
deja los rencores y vuelve a mi y olvidemos el pasado, y vivamos esta historia de amor como dos enamorados, amor.
Amame, amame suavecito, amame despacito, amame como solo tu sabes amar.
Amame, amame suavecito, amame despacito, amame como solo tu sabes amar.

Nadie mas que tu para enamorarme, nadie mas que tu, nadie.
Nadie mas que tu para ilusionarme, nadie mas que tu, nadie.
Nadie me ha hecho suspirar de ese modo que solo consigues tu, nadie me hizo enloquecer de ese modo que solo consigues tu.
Nadie mas que tu me ha quitado el sueño, nadie mas que tu, nadie.
Nadie mas que tu ha de ser mi dueño, nadie mas que tu, nadie
deja los rencores y vuelve a mi y olvidemos el pasado, y vivamos esta historia de amor como dos enamorados, amor.
Amame, amame suavecito, amame despacito, amame como solo tu sabes amar.
Amame, amame suavecito, amame despacito, amame como solo tu sabes amar.

Composição de Gilda

 

https://www.cifraclub.com.br/gilda/581104/letra/

 

 

 

 

Ata, ah ta, ah tá ou atá

 

Flávia Neves

Professora de Português

 

Ata é uma gíria que surgiu num meme da Internet. Apesar de ser frequentemente utilizada, a sua escrita não está correta.

A forma mais correta de escrita dessa expressão é “Ah, está!”, indicando que algo está certo ou está bom. Apesar disso, na linguagem falada é comum a supressão do fonema inicial do verbo estar, sendo aceitável a forma “Ah, tá!”.

A expressão “Ah, tá!” pode ser usada para indicar concordância, transmitindo que se entendeu alguma coisa. Pode também ser usada com sentido irônico, para fingir que se concorda com alguma coisa que é uma bobagem ou um absurdo, bem como para encerrar rapidamente um assunto aborrecido ou desagradável.

Exemplos com “Ah, tá!”

·         Ah, tá! Já entendi! Obrigada pela ajuda!

·         Você quer que eu faça isso? Ah, tá! Vou já!

·         Ele disse que desta vez vai chegar na hora marcada? Ah, tá!

A expressão popular “Ah, tá!” é formada pela interjeição ah (que exprime espanto, admiração, surpresa, desapontamento,…) e pela forma verbal está, forma conjugada do verbo estar, com supressão do seu fonema inicial, ficando tá.

O que é ata?

Enquanto substantivo feminino, ata se refere, principalmente, a um documento, um registro escrito do que aconteceu e dos assuntos tratados numa reunião ou assembleia. Pode significar também uma fruta, sendo sinônimo de pinha e fruta-de-conde, bem como uma espécie de formiga - as saúvas.

Exemplos com ata (substantivo):

·         Você já terminou de escrever a ata da reunião de condomínio?

·         Não vou assinar essa ata porque esse assunto não foi falado na reunião.

·         Já provei ata várias vezes, mas nunca gostei.

Enquanto forma verbal, ata é a forma conjugada do verbo atar na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo (ele ata) ou na 2.ª pessoa do singular do imperativo afirmativo (ata tu). O verbo atar indica, principalmente, o ato de prender ou amarrar.

Exemplos com ata (forma verbal):

·         Esta situação não ata nem desata.

·         Ata o fio à perna da mesa, por favor.

O que é atá?

Atá é um substantivo masculino usado na expressão andar ao atá, que indica o ato de andar ao acaso, sem rumo e sem propósito definido.

Exemplos com atá:

·         Saiu de casa e andou ao atá durante horas.

·         Vamos ficar andando ao atá? Para mim já chega!

Palavras relacionadas: ataestaratáah.

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Flávia Neves

Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.

https://duvidas.dicio.com.br/ata-ah-ta-ah-ta-ou-ata/

 

 

 

 

 

Referência

 

 

 

 

https://external.fjdf2-1.fna.fbcdn.net/safe_image.php?d=AQBVr-plDcsEoNzU&w=540&h=282&url=https%3A%2F%2Fcidadania23.org.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2020%2F09%2F905B3338-53C9-4669-9F2B-E0B76D0F6954-scaled.jpeg&cfs=1&upscale=1&fallback=news_d_placeholder_publisher&_nc_cb=1&_nc_hash=AQDYrqAlfHpvWjbZ
https://cidadania23.org.br/…/istoe-freire-rejeita-alianca-…/

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/freire-rejeita-alianca-com-lula-e.html#more

https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/heleno-de-freitas-912

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/09/rosangela-bittar-ninguem-e-gilda.html#more

https://youtu.be/2IXto8FmK7s

https://www.cifraclub.com.br/gilda/581104/letra/

https://duvidas.dicio.com.br/ata-ah-ta-ah-ta-ou-ata/

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