Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 31 de outubro de 2021
ACANTONADO
Sem atenção de líderes, Bolsonaro fica deslocado no G20; assista
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Jamil Chade
Colunista do UOL
31/10/2021 04h00Atualizada em 31/10/2021 18h04
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RESUMO DA NOTÍCIA
Na antessala do G20, Bolsonaro é o retrato de um país isolado
Ele ainda deixou o jantar oficial antes do evento terminar e, neste domingo, sequer acompanhou os demais líderes em uma foto na Fontana di Trevi
Na primeira reunião deste domingo do G20, com a presença ainda do príncipe Charles, Bolsonaro não apareceu
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Pelas janelas de vidro do suntuoso local escolhido para sediar a cúpula do G20, em Roma, a luz do sol parecia criar um ambiente especial.
Nos alto-falantes, uma música calma dava um tom de sofisticação. O ambiente com design italiano era de elegância e tinha como objetivo criar uma certa intimidade entre líderes que, juntos, representam 80% da economia do planeta. Mas, num canto da sala, um homem parecia desconfortável: Jair Bolsonaro.
O UOL teve acesso à antessala da cúpula do G20, um local reservado e de altíssima segurança. Blindados, os líderes tinham naquela área um raro espaço quase confidencial para discutir o futuro do planeta.
E assim parecia ser o caso. Numa rodinha informal, Angela Merkel (Alemanha), Emmanuel Macron (França), Antônio Guterres (ONU) e Ursula van der Leyen (UE) debatiam a maneira que iriam pressionar a comunidade internacional para criar um fundo conjunto para garantir a distribuição de vacinas.
Mas, num canto da sala, um homem parecia sem interlocutores para debater política: Jair Bolsonaro.
Em outras rodinhas informais, a conversa era menos estratégica. Scott Morrison (Austrália), Justin Trudeau (Canadá) e Narendra Modi (Índia) e Boris Johnson (Reino Unido) falavam sobre como a pandemia exigiu uma nova forma de saudar entre as pessoas. Mas, num canto daquela sala em Roma, um homem parecia sem amigos para conversar: Jair Bolsonaro.
Sobrou ao presidente tentar, sem sucesso, atrair a atenção dos garçons
Também existia espaço para conversas no pé do ouvido. Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, puxou Van der Leyen para debater o futuro da agência de Saúde. Mark Rutte, da Holanda, também fez questão de buscar seus principais aliados para conversas individuais.
Cada um deles, ao entrar no local e antes da cúpula oficial começar, encontrava rapidamente um velho amigo, um aliado ou um parceiro comercial. Quando o brasileiro chegou, não teve opção: cruzou o salão e foi diretamente para uma mesa onde garçons serviam um café. Nesse trajeto, não foi cumprimentado por ninguém, não parou para apertos de mão.
Com um dos garçons, puxou conversa: "Todo mundo italiano aí?". Sem graça, o senhor que servia apenas fez um gesto positivo com a cabeça.
Bolsonaro não desistia e falou de suas origens italianas. Mas não conseguia atrair a atenção dos garçons. Começou então a fazer uma piada com a final entre Brasil e Itália, na Copa de 1970. Ninguém entendeu.
O brasileiro então se virou para o restante do salão e se deparou com um cenário de grupos que falavam entusiasmadamente sobre assuntos dos mais diversos. Ele, porém, permaneceu por longos minutos sozinho, apenas apontando o dedo para aqueles que ele achava reconhecer.
Quando um de seus seguranças se aproximou, Bolsonaro brincou e, em plena Itália, lançou mais comentário por conta da aparência do profissional: "máfia".
Seus assessores foram atrás de amigos. E encontraram um deles: Tayyip Erdogan, presidente da Turquia e acusado de um desmonte da democracia. Antes de se aproximar ao turco, Bolsonaro lançou aos seus auxiliares: "me ajuda ai".
A conversa, repleta de mentiras por parte do brasileiro, durou apenas alguns poucos minutos, sem gerar um só sorriso por parte do líder turco. Bolsonaro não perguntou como estava a Turquia, não falou das relações bilaterais e nem fez propostas para salvar o mundo.
Poucos instantes depois, outro líder que estava na roda e que foi ignorado pelo brasileiro decidiu virar as costas e falar com outro grupo. Era Olaf Scholz, o provável novo chanceler da Alemanha.
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Após quase três anos no poder, presidente se vê rodeado apenas pelos próprios ministros
Quando o papo acabou, lá foram os assessores do presidente em busca de mais amigos. Encontraram um aliado inusitado: Alberto Fernandez, presidente da Argentina e contra o qual Bolsonaro chegou a fazer campanha por ser de esquerda.
Ainda assim, a conversa entre os dois foi a que mais durou, nos cerca de 30 minutos em que o presidente brasileiro enfrentou o desafio da diplomacia mundial. Rapidamente, ele ainda cumprimentou Boris Johnson (Reino Unido) e trocou poucas palavras com Modi, da Índia.
Mas logo estava sozinho de novo. E a solução foi se dirigir até um sofá ainda mais distante de todos os demais líderes para sentar ao lado de Paulo Guedes (Economia) e esperar.
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Isolado, Bolsonaro conversa com Guedes na antessala do G20
Imagem: Reprodução
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Ao ver que a coluna o UOL estava no local, os assessores de Bolsonaro chamaram a segurança do evento. E um dos guarda-costas insistia em se mover diante do presidente para bloquear a reportagem de fazer uma foto.
O alívio veio quando os organizadores anunciaram que a cúpula iria começar. Cada um dos líderes saiu em direção à sala. Macron, abraçado a políticos africanos. Merkel, sempre discreta, rodeada por admiradores.
Bolsonaro, o último a deixar a antessala e alvo de desconfianças internacionais, caminhou ao evento apenas com seus ministros. Desconfortável, sem interlocutores e simplesmente deslocado, o presidente era o retrato de um líder que, depois de quase três anos no poder, não consegue construir uma inserção positiva para o país no mundo.
Naquele espaço, a diplomacia se traduzia em gestos, apertos de mão e construção de alianças. Mas não para todos.
Num canto daquela sala em Roma, não era um homem que parecia isolado. Mas um país que tinha perdido seu lugar no mundo.
Mais tarde, Bolsonaro sairia antes de o jantar oferecido ao G20 pela Itália terminar. Na manhã de domingo, ele não se deu sequer ao trabalho de ir junto com outros líderes visitar a Fontana di Trevi. Ali estavam Angela Merkel, Boris Johnson, Mario Draghi, Pedro Sánchez, Narendra Modi, Scott Morrison e outros.
Poucas horas depois, na primeira reunião do dia do G20, com o príncipe Charles, uma vez mais Bolsonaro não estava presente. A cadeira do Brasil foi ocupada pelo chanceler Carlos França. Questionado, o serviço de imprensa da presidência não explicou a ausência do chefe de estado.
Sem amigos, sem aliados, sem admiradores, curiosos, sequer interessados, cumpria a promessa de pária, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
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*** *** https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/10/31/um-presidente-fora-de-lugar.htm *** ***
O país precisa de uma frente política contra os amadorismos políticos de qualquer espécie. Aquele que se acantonou em Curitiba na década passada não é menos destrutivo de instituições do que a corrupção em nome de cujo combate pretende justificar sua pretensão guardiânica e do que o filo-fascismo a que se associou, em 2018, vislumbrando um atalho.
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Glosario ilustrado de arte arquitectónico
acantonada – Glosario ilustrado de arte arquitectónico
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*** *** https://www.glosarioarquitectonico.com/glossary/acantonada/ *** ***
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Fundação Astrojildo Pereira
Paulo Fábio Dantas Neto: Mais Brasil e mais Brasília - A via política como solução - Fundação Astrojildo Pereira
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domingo, 31 de outubro de 2021
Paulo Fábio Dantas Neto* - Mais Brasil e mais Brasília: a via política como solução
“Mais Brasil, menos Brasília” era um slogan a que Jair Bolsonaro apelava quando o governo eleito em 2018 ainda despertava expectativa positiva em partes da sociedade brasileira, fora do círculo cada vez mais estreito do eleitorado que hoje ainda o trata como mito. Mas o slogan não guardava afinidade apenas com a candidatura vencedora naquelas eleições. Funcionava, subliminarmente, como cartão de visitas da chamada “nova política”, que muitos imaginavam estar surgindo no Brasil, após a blitz que a Operação Lava-jato dirigiu à chamada “velha política”. Esse foi o nome-fantasia com que a ética faxineira batizou seu real adversário, o sistema institucional onde se opera a política de todos os partidos e lideranças políticas. Lamentavelmente, a elite política reagiu à blitz de autoproclamados guardiães de virtudes republicanas com uma espécie de strip tease. Entregou-se a ritos autofágicos, com quase todas as suas facções partidárias caindo no autoengano de tentar surfar na onda do lava-jatismo para escapar do afogamento geral que ela pretendia causar.
A omissão e o escapismo das lideranças e partidos que acabaram entregando o país à extrema-direita foram de tal monta que correram da raia tanto a facção de esquerda que ocupava o governo e que - exatamente por estar no governo - havia sido atingida pelos primeiros petardos da Lava-Jato, quanto as facções de centro e de direita que se uniram pelo impeachment de uma presidente já caída em desgraça pela rejeição popular e foram igualmente alcançadas, na sequência, pela perversidade de uma operação que degenerou, como se sabe, em toda sorte de arbitrariedades. Omitiu-se o grupo governante até 2016 ao fazer ouvidos moucos aos protestos de 2013 (que legitimamente e pacificamente cobravam eficácia e transparência do governo na prestação de serviços públicos) e ao tentar refratá-los pelo despiste para uma fictícia reforma política, chegando ao ponto de ameaçar a Carta de 1988 com uma insólita ideia de Constituinte. Já os grupos que apearam do poder aquele grupo governante também se omitiram ao negarem ao governo de transição que criaram o apoio e a solidariedade necessários para que se desse em clima de unidade a travessia até as urnas, hora em que os litigantes prestariam contas aos eleitores. As forças derrotadas na batalha do impeachment tentaram escapar pela narrativa do “golpe” e as vencedoras por um salve-se-quem-puder que fugia à responsabilidade política pela solução encontrada. Da combinação desses escapismos resultou a catástrofe atual.
A fábula da “nova política” ocupou, em 2018, o vácuo produzido por ambas as omissões. O governo de transição ficou isolado e estigmatizado como governo da “velha política” e o embate eleitoral entre as diversas candidaturas virou um concurso para ver quem era mais “diferente” de tudo o que o sistema político representava. Brasília era tratada como lugar contraposto ao Brasil não apenas pelo discurso do candidato miliciano que pregava uma liberdade do Brasil profundo para matar, desmatar e desrespeitar a lei de diversas formas – uma liberdade individual violenta, negada por instituições sediadas na capital. Essa mesma capital também era assim vista por vozes arvoradas em representantes dos brasileiros “de bem”, enojados pela corrupção nos corredores do poder sem muitas vezes prestarem atenção em conexões sociais dessa corrupção. E não era menor o desprezo por “Brasília”, demonstrado por uma retórica de esquerda que opunha o seu Brasil ao “deles”.
Bolsonaro brotou nesse terreno politicamente incivil e agreste. Essa lição da política recente já poderia bastar para ativar as antenas dos partidos e forças políticas comprometidas com a democracia para que 2022 não repita 2018. Muitos têm alertado que esse risco reside no projeto de reeleição de Bolsonaro e no discurso nostálgico da pré-campanha de Lula. Concordo até certo ponto. Esse duelo extremado (e não uma identidade “extremista” supostamente comum a dois políticos tão diferentes, tratados indevidamente como se fossem farinhas do mesmo saco) comporta, de fato, sério risco de agravamento da já prolongada crise de horizontes em que vivemos. Mas acaba de se juntar um terceiro fator de risco que é a tentação de voltar a ver a demonização e a interdição da política como saída para a crise. Esse risco tem nome e sobrenome e se prepara para entrar na disputa eleitoral. Falta uma semana e meia para a prevista assunção de uma candidatura presidencial pelo ex-juiz Sergio Moro e o clima aclamativo em importantes segmentos da mídia e da sociedade civil já se reinstala. Logo se vê que muita gente não aprendeu com as lições recentes sobre o poder desagregador e destrutivo da antipolítica. Pior, o ovo da serpente está sendo chocado, de modo parasitário, no terreno da chamada terceira via que, por definição, é o mais antagônico ao extremismo desse projeto de candidatura.
Se a dramaticidade da experiência atual não é bastante para produzir vacinas adequadas contra o canto de sereia do justicialismo salvacionista e antipolítico preste-se atenção na história do país para ver que ele andou melhor quando a política do entendimento político prevaleceu, sem prejuízo do duro conflito entre governo e oposição. Foi assim nos sempre lembrados anos JK, na transição democrática, cujo legado é a atual Constituição, na adoção do Plano Real que tornou factível o pacto democrático e na Carta aos brasileiros, que o renovou. Todos esses processos foram dirigidos pela elite política civil de cada tempo, ou por partes significativas dela. Inversamente, desastres estiveram no fim da linha quando a elite política foi alijada ou recusou essa gramática. Foi assim em 1964, mais ainda em 1968 e, após a redemocratização do país, ocorreu sob Collor, Dilma Rousseff e agora, sob Bolsonaro, o desastre maior sob o regime da Carta de 88, redundante em crime e tragédia.
Juscelino fundou Brasília para integrar o Brasil, não para se apartar dele. Essa é a vocação das experiências institucionais democráticas que a então nova capital passou a sediar. O golpe de 64, apenas quatro anos após essa fundação e o regime autoritário que dele resultou adiaram o teste necessário para se verificar a concretização dessa vocação. Ulisses Guimarães e Tancredo Neves lideraram a reabertura do caminho desbravado por JK. De Tancredo veio, sem meias palavras, o prognóstico que tornou a reabertura crível no momento crucial do processo, quando a incerteza parecia atingir seu máximo grau. Quando confrontado com a fama de Paulo Maluf, seu adversário no Colégio Eleitoral, de ser um perito em aliciar corpos eleitorais limitados como aquele, Tancredo respondeu que “Até aqui ele só enfrentou amadores. Agora enfrentará um profissional”. Provou, com sua vitória no quintal do inimigo, não ter sido bravata a sua declaração tranquilizadora. E se o destino não lhe deu a chance de colher no governo o que plantou fora dele, é justo reconhecer que o governo Sarney, de tantas mazelas econômicas e administrativas, não deixou de honrar a promessa política de Tancredo de conduzir a fase final da transição ao porto da plena democracia, cujo auge se deu na Constituinte que, sob a batuta de Ulisses, concretizou o momento de maior aproximação entre Brasília e o restante do país.
Assim como Sarney, outros vice-presidentes políticos, como Itamar Franco e Michel Temer, souberam, mesmo sem ter as bençãos do voto popular para o cargo presidencial, entender-se, de modo prudente e autocontido, com a elite política de seus tempos para levar o país a eleições em condições de estabilidade maiores do que as que poderiam ser propiciadas pelos dois titulares a quem constitucionalmente sucederam. Foi, além de no voto, na política profissional que Fernando Henrique Cardoso, o presidente eleito pelo Plano Real, também se amparou para tornar factível a sua agenda de reformas. E não foi outra a gramática de Luiz Ignácio Lula da Silva, no pico mais virtuoso de seus governos. Todos eles, enquanto viveram e atuaram em Brasília, fizeram dela lugar capital do Brasil.
Pouco importa, neste exato momento, apurarmos em que momento pretérito, ao longo desses 36 anos decorridos desde Tancredo, os políticos brasileiros perderam a autoconfiança e o senso de veracidade capaz de fazê-los salientar, em vez de dissimular, a missão pública que os define. O que mais importa é que essa capacidade precisa ser recuperada sem mais demora porque o próximo desastre está a se desenhar. Sim, porque é aos políticos e seus partidos - e não ao povo, muito menos a qualquer charlatão que se apresente em seu nome com aspiração a soberano - que cabe a missão de governar uma república democrática, sob a vigilância da sociedade e o crivo do eleitorado. Quando essa verdade iluminadora da realidade se afasta dos microfones e telas que veiculam as declarações dos representantes, a democracia perde terreno para a demagogia que proclama o amadorismo como virtude.
O país precisa de uma frente política contra os amadorismos políticos de qualquer espécie. Aquele que se acantonou em Curitiba na década passada não é menos destrutivo de instituições do que a corrupção em nome de cujo combate pretende justificar sua pretensão guardiânica e do que o filo-fascismo a que se associou, em 2018, vislumbrando um atalho.
*Cientista político e professor da UFBa
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aracnanto
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Wikipédia
Aracne – Wikipédia, a enciclopédia livre
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1. Aracne
Significado de Aracne Por josé luiz (SP) em 16-03-2012
[Mito.]-Aracne na mitologia grega era uma jovem da Lídia de extraordinária habilidade na arte de bordar. Seus trabalhos eram elogiados por todos e chegaram a ser comparados com os da deusa Atena,que ficou furiosa com a petulância da mortal. Em uma competição os trabalhos de Atena venceram e Aracne fugiu e se enforcou. Arena a encontrou e a transformou em uma aranha.
Do nome Aracne surgiu o termo ¨aracnídeo¨ que define as aranhas.
O Mito de Arachne – Conheça a história que fala da arte de tecer e de fiar na mitologia grega
DestaqueHistória da Moda
Por Denise Pitta Atualizado em 16/04/2014
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A história de Arachne, principalmente para quem gosta de moda, traz referências da tecelagem na mitologia grega, também é interessante, porque para alguns estudiosos, o homem pode ter aprendido a tecer observando a teia da aranha que está entre as fibras mais resistentes da natureza devido a sua flexibilidade.
Arachne
Segundo a mitologia grega, Aracne era uma jovem tecelã que vivia na Lídia, em uma região da Ásia Menor chamada Meônia. Seu trabalho era tão perfeito que, em todas as cidades da Lídia, Aracne ganhou fama de ser a melhor na arte de fiar e tecer a lã.
Eram os deuses, com sua generosidade, que concediam às criaturas seus talentos e habilidades, mas os mortais, com sua capacidade natural de esquecer as coisas, às vezes cometiam a tolice de gabar-se de seus próprios feitos. Assim aconteceu a Aracne, que deixou-se dominar pela vaidade e passou a vangloriar-se de sua habilidade como tecelã. Até que um dia alguém veio lembrá-la de que ela era discípula de Atena. Atena (Minerva, na mitologia romana) era filha de Zeus, e além de ser a deusa da Sabedoria ,era a deusa que presidia as artes e os trabalhos manuais — a tecelagem inclusive. Aracne ficou extremamente ofendida e, querendo provar sua independência e auto-suficiência, caiu na fraqueza de afirmar que podia competir com Atena e seria capaz de derrotá-la na arte da tecelagem.
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Atena disfarça-se e vai procurar Aracne
Ao saber da presunção de Aracne, Atenas foi procurá-la disfarçada como uma anciã e pediu-lhe que a escutasse, devido à experiência de sua idade avançada: “Busque entre os mortais toda fama que desejar, mas reconheça a posição da deusa”. Porém, a famosa Aracne não percebeu que se tratava de Atena e, além de zombar da anciã, reafirmou seu desafio: “Por que motivo sua deusa está evitando competir comigo?”
Ao ouvir isto, Atenas apareceu em sua forma verdadeira, e todos se puseram a reverenciá-la, exceto Aracne, que permaneceu impassível, pois o senso de poder que sua habilidade lhe dava tornava-a ousada em excesso.
A competição
Atenas desafiou Aracne a provar que seria capaz de vencê-la e as duas deram início à competição. Sentaram-se e começaram a tecer, cada qual procurando produzir a obra vencedora.
Atena retratou a cidade de Atenas e os deuses em seus tronos, e entre os deuses a oliveira que ela havia criado durante uma disputa com Posseidon e graças à qual foi proclamada a protetora da cidade. Retratou também Niké, o símbolo da Vitória e nos quatro cantos da tela, desenhou quatro cenas mostrando o que havia acontecido a alguns mortais que desafiaram os deuses e em que eles acabaram sendo transformados.
Coroando o trabalho, Atena teceu uma grinalda de folhas de oliveira, que é até hoje um símbolo de paz.
Aracne, a perfeita tecelã, achou de retratar o maior de todos os deuses –Zeus — por ocasião de suas conquistas amorosas. E então foi tecendo diversas cenas em que ele aparece disfarçado ou toma a forma de um animal: Zeus, sob a forma de touro, arrebatando Europa; sob a forma de águia, abordando Astéria; sob a forma de cisne, conquistando Leda; sob a forma de sátiro, fazendo amor com Antíope; Zeus fazendo-se passar por Anfitríon para seduzir Alcmene, mãe de Heraclés (Hércules); Zeus, o pastor que fez amor com Mnemosine, mulher-titã; e, ainda, Zeus conquistando Egina, Deméter e Danae, disfarçado, respectivamente, de chama, serpente e chuva de ouro. No afã de “tricotear” sua espantosa obra, Aracne incluiu ainda os amores de Posseidon, Apolo, Dionísio e Cronos.
E ao redor de todas as cenas, teceu uma graciosa moldura de hera e flores entrelaçadas.
Desfecho da estória
Tão perfeita foi a obra de Aracne que Atena não conseguiu encontrar nela a mínima falha. Irritada, Atena rasgou a tecelagem em pedaços e golpeou Aracne na cabeça. Aracne ficou muito triste e, em seu desespero, terminou tentando se enforcar. Atena, ao saber o que sua cólera havia provocado, compadeceu-se de Aracne e transformou a corda que ela usara para enforcar-se em uma teia. Em seguida, derramou sobre Aracne fluidos retirados das ervas da deusa Hecate e transformou-a em uma aranha. Dessa forma, Aracne foi salva da morte e, embora condenada a ficar dependurada em sua teia, a beleza de sua arte não ficaria perdida para sempre neste mundo.
Arachne A arte de fiar e tecer
Fontes: Ionaloyolatextile
Ilustrações de Arachne
https://i0.wp.com/www.fashionbubbles.com/files/2013/07/arachnevelazquez.jpg?resize=599%2C460
*** *** https://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/arachne-a-arte-de-fiar-e-tecer-2/ *** ***
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200 Words a Day! Language Learning
Spanish Verb ACANTONAR - to station. Regular AR family
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Columnillas acantonadas entre otras mayores. Iglesia
de Santiago. Puente la Reina (Navarra). Siglo XII.
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acantonar
Significado de Acantonar
verbo transitivo
Distribuir (tropas) por várias localidades (cantões).
Instalar subunidades militares; alojar; aquartelar.
Definição de Acantonar
Classe gramatical: verbo intransitivo, verbo pronominal, verbo transitivo direto e verbo transitivo direto e circunstancial
Tipo do verbo acantonar: regular
Separação silábica: a-can-to-nar
acantonar
OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O VERBETE
Possui 9 letras
Possui as vogais: a o
Possui as consoantes: c n r t
O verbo escrito ao contrário: ranotnaca
CONJUGAÇÃO DO VERBO ACANTONAR
Tipo do Verbo: regular
Infinitivo: acantonar
Gerúndio: acantonando
Particípio Passado: acantonado
INDICATIVO
Presente do Indicativo
eu acantono
tu acantonas
ele acantona
nós acantonamos
vós acantonais
eles acantonam
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu acantonava
tu acantonavas
ele acantonava
nós acantonávamos
vós acantonáveis
eles acantonavam
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu acantonei
tu acantonaste
ele acantonou
nós acantonamos
vós acantonastes
eles acantonaram
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu acantonara
tu acantonaras
ele acantonara
nós acantonáramos
vós acantonáreis
eles acantonaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu acantonaria
tu acantonarias
ele acantonaria
nós acantonaríamos
vós acantonaríeis
eles acantonariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu acantonarei
tu acantonarás
ele acantonará
nós acantonaremos
vós acantonareis
eles acantonarão
SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
eu acantone
tu acantones
ele acantone
nós acantonemos
vós acantoneis
eles acantonem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
eu acantonasse
tu acantonasses
ele acantonasse
nós acantonássemos
vós acantonásseis
eles acantonassem
Futuro do Subjuntivo
eu acantonar
tu acantonares
ele acantonar
nós acantonarmos
vós acantonardes
eles acantonarem
IMPERATIVO
Imperativo Afirmativo
tu acantona
ele acantone
nós acantonemos
vós acantonai
eles acantonem
Imperativo Negativo
não acantones tu
não acantone ele
não acantonemos nós
não acantoneis vós
não acantonem eles
INFINITIVO
Infinitivo Pessoal
eu acantonar
tu acantonares
ele acantonar
nós acantonarmos
vós acantonardes
eles acantonarem
RIMAS COM ACANTONAR
salutarapesarconfiarembalardesperdiçarpegarconstataridentificararranjardesenrolarrechaçargritarexercitaracostumaranimardisfarçararrastarlugaracalmarsecarolvidarvomitarefetuarsentar
ANAGRAMAS DE ACANTONAR
aracnanto
*** *** https://www.dicio.com.br/acantonar/ *** ***
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FONTE: ESTADÃO
'Não queremos revolução socialista, nem ditadura militar', diz Vargas Llosa
OCTOBER 31, 2021
A América Latina sempre povoou o pensamento do escritor peruano Mario Vargas Llosa. Aos 85 anos, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 2010 defende com veemência o liberalismo democrático, o que o coloca, muitas vezes, em pé de guerra contra governos extremistas, seja de esquerda ou de direita. “Não queremos a revolução socialista, nem as ditaduras militares para a América Latina”, disse ele ao Estadão, jornal do qual é colunista, em uma conversa realizada por Zoom. Ele estava em Madri, na Espanha, onde passou boa parte do período de isolamento provocado pela pandemia da covid.
Para Llosa, autor de clássicos como Conversa no Catedral e A Guerra do Fim do Mundo, a América Latina atravessa uma crise de renovação política que, muitas vezes, termina de uma forma que se tornou tradicional no continente: na instauração de um governo extremista. Ele cita seu país como exemplo negativo. “Apesar dos problemas que tínhamos, a economia funcionava bem, e agora está uma catástrofe. A ascensão de uma extrema esquerda ao poder fez com que houvesse uma fuga de capitais muito grande e há uma preocupante paralisação no país”, observa.
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Também revela sua preocupação com a presença cada vez mais assentada das fake news, especialmente na política, na qual podem até influir na definição de uma eleição. Daí a importância crescente da imprensa livre, “que as enfrente e as denuncie”.
Na entrevista, para a qual interrompeu a escrita de um artigo sobre Benito Pérez Galdós, prolífico escritor espanhol do século 19, Llosa relembrou com gosto de seu encontro com o argentino Jorge Luis Borges, em 1981, do qual surgiu uma longa conversa, agora convertida no livro Meio Século com Borges, que será lançado no próximo ano pela Alfaguara. Sobre o colega, Llosa revela um olhar condescendente. Antes, a editora vai recuperar Cartas a um Jovem Escritor, originalmente lançado em 2006 e no qual convida o leitor a alçar voo na arte da literatura. A seguir, os principais momentos da entrevista.
Qual a sua opinião sobre o prêmio Nobel de Literatura recém-concedido a um escritor africano, o tanzaniano Abdulrazak Gurnah?
É interessante que o Nobel chegue à África, que chegue aos escritores africanos, entre os quais tenho certeza que há nomes muito bons, só que desconhecidos. Circularam muito pouco pela Europa, pela América Latina.
Gostaria de falar um pouco sobre um trecho de seu último livro, Meio Século com Borges, lançado na Espanha, uma bela entrevista que o senhor fez com o escritor argentino. O senhor ficou impressionado por não encontrar um único livro do próprio Borges na biblioteca.
Nenhum! (risos). E ele me respondeu: “Sou muito menos importante que os escritores que tenho ali”. Creio que Borges adotou uma espécie de resposta-padrão para tantas perguntas que sempre lhe eram feitas. Era como um jogo, porque ele tinha a impressão de que o público não mudava, era sempre o mesmo. Então, Borges tinha respostas perfeitamente prontas, estudadas, assim, podia falar horas e horas (risos).
Um homem muito seguro.
Mas era um dos grandes escritores que tivemos e, muito importante, Borges mudou a vocação do idioma espanhol, que é muito caudaloso, no qual é necessário usar muitas palavras para expressar as ideias. Ele fez o contrário, foi muito rigoroso, preciso. Então, a língua literária espanhola se transformou completamente com ele. Foi algo muito preciso, muito concreto, muito específico. Não existem antecedentes na língua nem seguidores, pois acredito que Borges não tem discípulos.
Eu gostaria de aproveitar outra de suas perguntas a Borges: qual é o regime político ideal para o senhor?
Bem, sou um liberal, um democrata, creio na liberdade. E nada dinamizou tanto a democracia como o liberalismo, fonte das grandes reformas democráticas como, por exemplo, a criação dos sindicatos, a ideia de igualdade de oportunidades. É importante que cada geração parta de um mesmo ponto de partida para que a sociedade tenha um dinamismo. Ao mesmo tempo, creio que os grandes pensadores liberais são práticos, tratam de não precipitar as grandes reformas, pedem que as mudanças sejam feitas conforme a vontade das próprias sociedades, e isso é o que impede ou limita a violência que é tão grande, hoje em dia, nas sociedades que são aferradas a uma certa ideologia.
Há alguns dias, o senhor comentou que o ódio guia os caminhos políticos e sociais na América Latina.
Há uma situação muito difícil na América Latina porque dá a impressão – e não só pelo que aconteceu em meu país – de que estamos retrocedendo à época das grandes aventuras marxistas, que fracassaram em todos os lugares. Onde o marxismo teve êxito? Em nenhum lugar. Desapareceu do mundo: China, Rússia, os países-satélites já não são comunistas. O fracasso foi muito evidente. E os casos na América Latina são muito dramáticos: em Cuba a população saiu às ruas para protestar, na Venezuela, 5 milhões de pessoas fugiram para não morrer de fome, e, na Nicarágua é algo vergonhoso, o comandante Daniel Ortega prende todos os adversários. O que se quer ressuscitar? Esses regimes se converteram em ditaduras, algo que temos uma longa tradição na América Latina.
A preocupação hoje seria com a direita radical?
Infelizmente, existe uma direita na América Latina muito reacionária, que se nega a aceitar tanto as mudanças como uma realidade que não pode ser de privilégios, de fortunas estabelecidas. Há que existir uma democracia genuína, autêntica. Então, essa direita é um grande obstáculo e está apoiada, sobretudo, na ideia do golpe militar. Eis a grande tradição da direita latino-americana, as ditaduras. Não queremos a revolução socialista, nem as ditaduras militares para a América Latina. Queremos a democracia e isso é o que é importante para a América Latina, mas, infelizmente esta é uma época muito negativa.
A América Latina atravessa uma crise de renovação política?
Acredito que a América Latina atravessa uma crise. Esperemos que seja uma revolução positiva, um enriquecimento da democracia, mas o que se vê na região hoje em dia é um retrocesso a formas muito primitivas e que estão desautorizadas pelo fracasso que obtiveram em todos os lugares. Na Europa, temos um fenômeno muito curioso de países como Polônia ou Hungria que escaparam do socialismo e agora vão em direção à extrema direita. Isso também é muito preocupante porque não é a extrema direita que vai adotar novas soluções. Os países que mais progrediram são as verdadeiras democracias funcionais, que têm uma participação muito ativa do liberalismo que, acredito, é o motor da democracia. Havia indícios de que a América Latina caminhava para uma boa direção, mas, infelizmente, as últimas eleições mostraram que não é assim. Há uma espécie de uma teimosa reforma para trás. É voltar aos anos 1960, 1970 do século passado. Nenhum progresso vai acontecer dessa evolução.
E há ainda a questão das fake news.
É um problema muito sério, pois qualquer pessoa, instituição ou governo pode introduzir fake news e criar uma confusão absolutamente monumental. É um problema de que não tínhamos consciência, mas é uma realidade e pode criar confusões absolutamente terríveis, especialmente em eleições. Daí a importância de uma imprensa verdadeiramente livre que enfrente as fake news e as denuncie. Os governos podem fazer muito pouco e, inclusive, as utilizam como já vimos. Isto é um grande perigo e um risco para a democracia no futuro.
Gostaria de voltar à entrevista com Borges. Para ele, a política era um tédio.
Sim, mas a verdade é que, quando opinava, não se equivocava. Sabemos que, na Argentina, havia muitos partidários do nazismo, mas Borges foi um homem totalmente identificado com os aliados, ou seja, com a liberdade. Só lamento sua aproximação com os militares argentinos e os chilenos. Quando recebi o prêmio Nobel, na Suécia, em 2010, fiz uma homenagem a Borges e pedi desculpas por estar recebendo em seu lugar. Foi quando os acadêmicos me disseram que ele não ganhou o Nobel porque aceitou uma condecoração do ditador chileno Augusto Pinochet (em 1976). Borges deveria receber o Nobel, sem nenhuma dúvida, mas esse detalhe com Pinochet afastou qualquer possibilidade.
É uma questão delicada e ressuscita aquela discussão sobre se a atitude discutível de um artista como indivíduo pode comprometer ou mesmo diminuir a importância de sua obra.
Creio que Borges já havia escrito sua obra mais importante quando, em 1963, ao chegar à França, é finalmente reconhecido. Os leitores de Borges ainda eram poucos naquela época, mas, na verdade, o grosso de sua obra importante já havia sido escrito. E, na França, vem a consagração, com traduções, admiração e reconhecimento, com revistas dedicando números especiais ao seu trabalho. Borges é um homem que passou a se repetir, pois os grandes contos, os grandes ensaios, já estavam escritos em 1963, como disse. Ele fazia uma espécie de jogo ao falar de literaturas orientais, de contos, do seu desprezo à política. Na realidade, ele não desprezava a política, pois sempre esteve muito bem orientado, salvo, acredito, sua aproximação com os generais. Ele acreditava na democracia, e não na revolução. Sim, era um homem que desprezava a política, não se interessava. Na sua obra, é possível entender essa posição, porque ele não se interessava pela realidade – seu mundo era o fantástico, o imaginário, relacionado a jogos da fantasia e da imaginação. Foi aí que despontou sua originalidade extraordinária. A língua espanhola foi profundamente mudada por Borges: era uma até sua chegada e, depois, com sua escrita, é totalmente transformada. É um escritor sem antecedentes e sem discípulos.
Mas o que o senhor diria sobre as atitudes discutíveis de grande artistas, como Borges ou mesmo Neruda, simpatizante de Stalin?
Os intelectuais e os artistas não têm de ser lúcidos, mas originais. Não precisam estar lúcidos, pois podem estar cegos. Um dos maiores filósofos dos nossos tempos, o alemão Martin Heidegger, era nazista. Como é possível entender que o maior filósofo de nosso tempo era um nazista? Isso é incompreensível. Quando falava de linguagem, da Grécia antiga, era muito lúcido. Mas, ao tratar da realidade contemporânea, era um cego em absoluto. Fui grande discípulo do francês Jean-Paul Sartre e do grupo existencialista, mas ele chegou a identificar a União Soviética com a liberdade. O homem que parecia ser o mais inteligente da França estava completamente cego ao falar sobre socialismo. Repito: os escritores têm de ser originais, inventivos, mas não lúcidos em política ou em termos sociais, que não são necessariamente seu ofício. Muitos se equivocaram. Aristóteles, o gênio, não disse que a mulher era uma forma empobrecida do homem? E Platão, que criou uma espécie de corrente muito reacionária e antidemocrática, ao mesmo tempo que a Grécia vivia uma liberdade, no começo da história da liberdade? Muitos se enganaram.
O senhor acredita que a pandemia vai deixar influência na criação artística?
O ato da escrita já não é mais o mesmo hoje como antes da pandemia. Não depois de centenas de milhares de mortes provocadas pela covid. As dificuldades e o medo se espalharam muito. Certamente, isso vai ter um efeito, tanto na arte como na literatura, como na maneira de pensar, na filosofia do nosso tempo. Agora que índole terá esse efeito? Não sei. Mas tenho certeza que irá provocar uma reação – e algo, provavelmente, muito traumático.
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há 15 horas
Cultura - Estadão
Não queremos revolução socialista, nem ditadura militar', diz Vargas Llosa - Cultura - Estadão
Volta à monofasia
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- A mão dos artistas nos inventa. Depende.
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DocPlayer.com
O olho que pensa, a mão que faz, o corpo que inventa - PDF Free Download
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“Aparece tanta gronga boiando nas águas barentas em que navego contra a maré que meu patuá de fé e de valia já anda até entortado.” Plínio Marcos
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Tanque caro
Valor médio de revenda do litro de gasolina na última semana
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Rádio Centro
⛽🚘 Litro da gasolina comum dispara e já ultrapassa R$ 7 em regiões do Brasil - Rádio
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Preço mínimo Preço médio Preço máximo Composição do preço
Preço da gasolina (Em R$)
Menos de R$ 5,37
R$ 5,37 – R$ 5,75
R$ 5,75 – R$ 6,12
R$6,12 – R$ 6,50
R$ 6,50 – R$ 6,87
R$ 6,87 – R$ 7,25
R$ 7,25 – R$ 7,62
Mais de R$ 7,62
*Preço médio de revenda com base nos dados da ANP para a semana de 8/8 a 14/8
** DF não integrou a pesquisa nesta semana
Get the data Created with Datawrapper
*** *** https://www.terra.com.br/economia/consumidor-ja-paga-mais-de-r-7-pelo-litro-da-gasolina-diz-anp-veja-precos-nos-estados,202d83266d8fa4186d1d6ced540a8b8e4f55x6k4.html *** ***
VALOR ECONÔMICO
Mudança no ICMS sobre combustíveis representa distorção, dizem especialistas
OCTOBER 15, 2021
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Bernard Appy: projeto “é tentativa de fazer bondade com chapéu alheio” e vai onerar Estados e municípios — Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo
A mudança no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis aprovada na Câmara dos Deputados distorce o tributo ao estabelecer cobrança sobre preços médios de dois anos anteriores. Proposta pelo governo federal, a medida tem apoio dos importadores de combustíveis, mas joga a conta para Estados e municípios e ainda que contribua para diminuir a volatilidade de preços dos combustíveis, seu efeito na redução do valor cobrado na bomba pode ser anulado por novos reajustes da Petrobras. É o que apontam analistas ouvidos pelo Valor. A mudança ainda deve ser votada no Senado.
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Petrobras ‘não persegue o lucro pelo lucro’, dá retorno à sociedade, diz CEO
Por Reuters
29/10/2021 - 12:22
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“Continuaremos atuando com disciplina de capital, investindo em ativos com altas taxas de retorno, com foco na geração de valor para a sociedade. O resultado numérico desse trabalho é traduzido em lucro”, disse Luna (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
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A Petrobras (PETR3;PETR4)continuará com sua disciplina de capital e adota políticas que visam os melhores retornos aos acionistas e consequentemente para a sociedade brasileira, disse o presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, na abertura de teleconferência com investidores nesta sexta-feira.
Ele lembrou que o Conselho de Administração da petroleira estatal aprovou na véspera mais uma antecipação de remuneração aos acionistas, somando agora 63,4 bilhões de reais referentes aos resultados de 2021, e destacou que a União, como maior acionista, ficará com grande parte dos recursos.
“Em 2021, os sólidos resultados permitirão que a sociedade brasileira, por meio da União, receba 23,3 bilhões de reais em dividendos, são recursos que ajudam a sustentar políticas públicas para todos os brasileiros e que beneficiam especialmente os mais vulneráveis”, declarou ele, comentando resultado líquido de mais de 31 bilhões de reais no terceiro trimestre.
Os comentários foram feitos após o presidente Jair Bolsonaro afirmar na véspera que a Petrobras tem de ter um papel social e não pode ser uma empresa que dê “lucro tão alto”.
Sem mencionar Bolsonaro, que o indicou para o cargo de presidente da empresa, Luna disse que, “quanto mais saudável geradora de recursos, mais a empresa consegue devolver riquezas à sociedade em forma de tributos, para municípios, Estados e União”.
“Continuaremos atuando com disciplina de capital, investindo em ativos com altas taxas de retorno, com foco na geração de valor para a sociedade. O resultado numérico desse trabalho é traduzido em lucro”, disse Luna.
E ele acrescentou: “Mas é bom enfatizar que a Petrobras não persegue o lucro pelo lucro, o nosso objetivo é retornar valor para os nossos acionistas e para a sociedade, por meio de impostos, dividendos e geração de empregos e investimentos, que dentro do contexto da transição energética devem ser acelerados”, comentou.
Balanço da véspera indicou que a Petrobras recolheu 134,1 bilhões de reais em tributos aos cofres públicos de janeiro a setembro, alta de 43,4% ante o mesmo período do ano passado, impulsionada principalmente pelo ICMS e pelas Participações Governamentais (royalties e Participação Especial da produção de petróleo).
*** *** https://www.moneytimes.com.br/petrobras-nao-persegue-o-lucro-pelo-lucro-da-retorno-a-sociedade-diz-ceo/ *** ***
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teleconferência com investidores: com valor de uso, mais valia, capital e realizações de lucros dialéticos em evento com investidores. Plínio Marcos procurava descolar algum vendendo seus livros na entrada dos bacanas para os trabalhos!!!
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Plínio Marcos e o samba paulista | FÓSFORO
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Panfleto do PCB contra o Entreguismo: Brasil, o petróleo é nosso. (Década de 1950)
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Politize!
Mais valia: o conceito central da teoria marxista | Politize!
Plínio Marcos, teatrólogo e escritor, também foi um defensor e divulgador do trabalho de sambistas das Escolas de Samba de São Paulo através de diversas mídias.
Em 1970, estréia a peça Balbina de Iansã, primeira obra de um ciclo de musicais realizados nos anos setenta pelo dramaturgo.
Para o espetáculo, Plínio convocará os músicos Talismã, Zeca da Casa Verde, Toniquinho da Império do Cambuci, Marco Aurélio "Jangada"da Lavapés, Geraldão da Unidos do Peruche e Kasinho da Vila Maria.
Dirá o autor para o Pasquim de 02 de dez. de '70: "Balbina visa também denunciar a importação de cultura que vai cada vez mais esmagando nossa cultura popular. Então, partindo do princípio de que é muito duro ser compositor no Brasil, lançamos esses sete ou oito compositores de primeiro time".
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Sociedade Brasileira de Sociologia
Luiz Werneck Vianna - Sociedade Brasileira de Sociologia
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Assistir:
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Prof. Dr. Luiz Werneck Vianna: "A República, entre nós, ainda não é uma realidade"
Estreou há 10 horas
Marco Antonio Villa
A importância da tarefa de democratizar a República.
O Fascismo, entre nós, está latente desde o Estado Novo.
O Brasil é filho do latifúndio e da escravidão
Derrotar Bolsonaro é fundamental para implantar a vida republicana
FHC e Lula se alinharam politicamente com o atraso.
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Como surgiram os motores elétricos?
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NOTÍCIAS INSTITUCIONAIS
Como surgiram os motores elétricos?
Eles deram força para o desenvolvimento e o progresso tecnológico do mundo. Alteraram a vida das pessoas e a maneira de utilizar a eletricidade em prol das nossas necessidades. Eles estão presentes diariamente em nossas rotinas e são indispensáveis em nossas vidas. Os motores elétricos são a essência do nosso desenvolvimento e trouxeram inúmeras facilidades, que até hoje é difícil imaginar como seria a vida da humanidade sem essa inovação, que movem diferentes utensílios elétricos, máquinas e equipamentos industriais.
Conheça mais sobre o motor elétrico, como surgiu, seus inventores e o impacto gerado por esse importante equipamento da era industrializada.
Como surgiram os motores elétricos?
Em 1790, Alessandro Volta (1745-1827) físico italiano inventou a pilha, primeira fonte de energia contínua. Volta descobriu que quando dois metais heterogêneos eram colocados em contato geravam uma força eletromotriz. Esse elemento, fonte de energia, serviria como base do princípio dos motores elétricos.
Em 1820, o cientista dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851) descobriu por meio de uma experiência o princípio físico fundamental para o funcionamento do motor elétrico, a relação entre eletricidade e magnetismo. Sua experiência consistia em gerar por meio de uma pilha uma corrente elétrica que passasse por um fio condutor e depois que aproximasse desse fio uma bússola; a agulha, que é um ímã (uma barra magnética), mexia-se e alinhava-se perpendicularmente ao fio. Para o cientista, o fato só poderia comprovar uma coisa: em volta do fio havia um campo magnético, que agiu sobre o outro campo, o da agulha.
Após tomar conhecimento das experiências do dinamarquês, o físico francês André-Marie Ampere (1775-1836), um gênio da Matemática, começou a formular uma lei do eletromagnetismo, chegando à conclusão de que as linhas de força criadas pelo fio eletrizado – o campo magnético – são circulares, ou seja, formam uma espécie de cilindro invisível em volta do condutor.
Pesquisando a ligação entre eletricidade e magnetismo, estava o físico e químico britânico Michael Faraday (1791-1867). Considerados um dos cientistas mais influentes de todos os tempos, Faraday valorizava a experiência como prova dos fenômenos naturais. Graças à sua curiosidade e a metódicas experiências, ele pôde demonstrar em 1822 o campo magnético circular. Faraday encheu com mercúrio duas taças especialmente desenhadas, de modo a ter um fio elétrico saindo do seu fundo. Numa delas fixou verticalmente uma barra magnetizada. Na outra, deixou frouxo outro magneto. Na primeira taça, quando um fio elétrico pendurado acima da taça tocava o mercúrio, fechando o circuito, está se punha a girar em volta do ímã. Na outra taça, onde o fio estava frouxo, quando ligado à corrente o magneto girava em torno do fio central. Este foi considerado o primeiro motor elétrico, o autêntico ancestral das máquinas de hoje.
Ainda faltavam 35 anos para que o primeiro motor elétrico da história surgisse. Isso não impediu, no entanto, que durante esse período relativamente pequeno, outras máquinas com o mesmo princípio fossem inventadas, a começar por um gerador construído pelo próprio Faraday meia década depois de ter descoberto princípio de indução eletromagnética. Faraday observou que se colocasse um ímã dentro de uma bobina, cujo fio passasse energia elétrica, este se moveria de forma a acompanhar as linhas de força da bobina. Assim, ele demonstrou que uma bobina eletrizada é também um ímã. Se colocarmos uma bobina entre dois ímãs fixos, sem tocar neles, ela aponta seu polo norte para o polo sul do ímã e vice-versa. Mas, como os polos da bobina são determinados pelo sentido da corrente que passa pelo fio, quando o invertemos, os polos também se invertem, o que faz com que a bobina se mova novamente. Se essa inversão da corrente for constante, ela não para de girar.
Este é o princípio do funcionamento do motor elétrico. Para que o movimento aconteça, é preciso que haja uma interação entre os campos magnéticos de um estator (parte fixa do sistema) e um rotor (parte móvel).
Ainda na década de 30, o cientista W. Ritchie inventou o comutador, peça que seria importante na composição do motor elétrico e o mecânico francês Hippolyte Pixii (1808-1835) colocou o invento em prática. Ele construiu uma forma primitiva de um gerador elétrico de corrente alternada, baseado no princípio da indução eletromagnética descoberto por Michael Faraday. Pixii construiu um gerador composto de um imã em ferradura que girava na frente de duas bobinas presas com um núcleo de ferro. Este núcleo, utilizado pela primeira vez em um experimento, permitiu o aumento do fluxo magnético e da tensão da indução, fazendo a tensão alternada das bobinas ser transformada pelo comutador em uma tensão contínua pulsante.
No final dessa mesma década, o arquiteto e professor de física alemão, Moritz Hermann von Jacobi, deu um objetivo para a nova invenção. Instalou um motor movido a pilhas galvânicas dentro de uma lancha e transportou 14 pessoas durante algumas horas. Mostrou-se, pela primeira vez, que a energia elétrica podia ser utilizada a favor do trabalho mecânico. Contudo, as baterias galvânicas eram muito caras e descarregavam rapidamente, tornando a invenção um artigo de luxo.
A mudança de perspectiva viria com o cientista alemão Werner von Siemens, no ano de 1866. Siemens já tendo criado um gerador de tensão elétrico baseado no princípio de indução eletromagnética desenvolvido por Faraday, inventou o primeiro gerador de corrente contínua que provou que a tensão necessária para o magnetismo podia ser extraída do próprio enrolamento do rotor. Ou seja, a máquina podia gerar sua própria energia e não ficar dependente dos imãs. Assim, a invenção barateou o gerador, que também funcionava como motor quando alimentado por energia elétrica.
Depois de Siemens, muitos outros cientistas começaram a desenvolver novos estudos sobre o fenômeno da eletricidade. O engenheiro-eletricista e inventor belga Zénobe Théophile Gramme construiu, em 1869, um motor que também se comportava como gerador, que quando ligada a uma corrente elétrica, produzia energia motora. E, quando movida por uma força motora, produzia energia elétrica. Apresentado em Viena em 1873, o invento foi chamado dínamo Gramme. Alguns anos depois, essa invenção foi exposta na Universidade Técnica de Graz, na Austria, onde encantou o até então aluno iugoslavo Nikola Tesla.
Daquele momento em diante, o físico e engenheiro, Nikola Tesla começou a pesquisar novos aperfeiçoamentos para o equipamento. Em 1883, apresentou o primeiro gerador de corrente alternada, cujos os polos se invertem. A partir de então, a corrente passou a ser gerada de forma alternada, similar as que hoje são empregadas nas tomadas elétricas.
Pouco tempo depois, Tesla também inventou o motor elétrico sem comutador. No entanto, a corrente alternada – que viria a ser a outra grande revolução na eletricidade – não causou o impacto esperado por Tesla na comunidade científica europeia da época. Isso forçou o pesquisador a procurar novas oportunidades nos Estados Unidos, onde chegou em 1884. No mesmo ano, vendeu os direitos de patente das invenções a George Westinghouse, dono de uma companhia elétrica que levava seu nome.
O sistema Tesla-Westinghouse, como viria a ser conhecido, foi utilizado pela primeira vez na iluminação da World·s Columbian Exposition, uma feira montada em Chicago, em 1893, para celebrar o quarto centenário do descobrimento da América. O sucesso foi tanto que a companhia de Westinghouse acabou contratada meses depois para instalar geradores elétricos pela primeira vez nas cataratas do Niágara. Depois da invenção da corrente alternada, muitos outros aperfeiçoamentos foram introduzidos nos motores elétricos. Por exemplo, em vez de apenas dois polos no estator, alguns novos motores têm uma sequência de vários ímãs muito próximos, o que aumenta a uniformidade do movimento.
A invenção de um princípio ideal de funcionamento para o motor elétrico, tornou possível voltar as atenções para o aprimoramento de questões como aumento de potência, melhor rendimento do aparelho, maior durabilidade e economia do equipamento.
Conheça a linha de motores disponíveis na IBR acessando o link: http://redutoresibr.com.br/pt/produtos/motores
Fontes
http://super.abril.com.br/ciencia/o-motor-eletrico/
http://fastseg.blogspot.com.br/2016/09/conheca-a-historia-completa-dos-motores-eletricos.html
*** *** https://www.redutoresibr.com.br/noticia/como-surgiram-os-motores-eletricos-
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15:04
YouTube
Como ligar o motor monofásico ?
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Enviado por: Sala da Elétrica, 11 de jul. de 2017
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ASSISTIR:
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Como ligar o motor monofásico ?
11 de jul. de 2017
Sala da Elétrica
https://goo.gl/XLsbDy - Motor elétrico monofásico é um tipo de motor que possui apenas dois conjuntos de bobinas principais e um auxiliar que é utilizado somente na partida deste motor. Sua alimentação é feita, normalmente por Fase+Neutro ou Fase+Fase. Dessa forma, este tipo de motor absorve energia elétrica de uma rede monofásica e transforma-a em energia mecânica.
Esse tipo de motor é muito usado em aplicações domésticas como frigoríficos, máquinas de lavar, relógios, compressores, bombas, etc. Por isso a importância de saber a forma correta de ligar o motor monofásico.
Neste vídeo mostro um passo a passo de como ligar o motor monofásico de maneira simples e correta. Observe ainda que no vídeo demostramos a ligação (forma de ligação) do motor monofásico em 127V e 220V.
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=WcZ_LRC346s *** ***
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16:56
YouTube
Como Ligar Motor Trifásico em Rede Monofásica
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Enviado por: MILTON GALEGO MOTORES, 24 de out. de 2017
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Assistir:
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Como Ligar Motor Trifásico em Rede Monofásica
24 de out. de 2017
MILTON GALEGO MOTORES
Como Ligar Motor Trifásico em Rede Monofásica
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=6rcpHngCngA *** ***
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Sobre as Interpretapdes Tradicionais
da Logica Politica
da Politica Econdmica
na Primeira Republica
WINSTON FRITSCH
0 objetivo deste ensaio e deliberadamente polemico. Sua intenpao e reavaliar
aiticamente as interpretapdes existentes a
respeito das motivapoes economicas e da
racionalidade politica do uso dos instrumentos de politica macroeconomica a disposipao do governo federal durante a Republica Velha, a luz dos resultados de um
trabalho mais longo e exaustivo sobre o
assunto, realizado pelo autor.
Porque a evidencia empirica e a analise
que sustentam as principais ideias aqui
elaboradas derivam de trabalhos anteriormente publicadosC) e porque existem limitapoes de espapo a extensao deste ensaio, optou-se por remeter o leitor as passagens relevantes desses trabalhos em vez
de reapresentar, em longos detours, descripoes detalhadas1
dos eventos aqui discutidos.
0 autor pertence ao departamento de Economia da PUC/RJ e a Faculdade de Economia e Administraqao da UFRJ.
(1) Vide FRITSCH (1980a), 1980(b), (1981),
(1983) e (1984).
Uma breve revisao da literatura
At6 uns poucos anos atr^s, a maioria
dos especialistas tenderia a duvidar de que
a questao a ser discutida neste ensaio fosse uma questao controversa. Baseada em
uma analise esquematica do sistema de
dominapao politica construido pela plutocracia civil no fim do s^culo passado e da
posipao hegemdnica que nele passaram a
ocupar os grandes plantadores de cafe de
Sao Paulo e suas conexoes comerciais e
financeiras, o grosso da literatura pos
1930 explicava candidamente a condupao
da politica economica na Primeira Republica como sendo diretamente condicionada pelos interesses corporativos da cafeicultura. 0 exercicio alegadamente irrestrito do poder politico dos interesses do
cafe na formulapao da politica economica
ilustrava-se, segundo esta visao tradicional,
pelos "fatos" de que o Executive sempre
teria se mostrado disposto a apoiar programas de valorizapao do cafe e que a
depreciapao secular experimentada pelo
mil-reis entre 1889 e 1930 teria resultado
de decisoes politicamente motivadas pelo
ESTUDOS ECONOMICOS 15(2):339-346 MAIO/AGO. 1985
POL /'77CA ECONOMICA
interesse de beneficiar o setor li'der da
burguesia exportadora.
Durante a ultima d^cada, entretanto, a
interpretagao tradicional foi atacada simultaneamente por dois flancos distintos.
Por um lado, os trabalhos de Pelaez(2)eJ
com pequenas qualificagdes, a influente
monografia de Villela e Su2igan(3)# avangaram a tese radical de que a condugao da
poh'tica economica teria sido predominante
e sistematicamente influenciada pela aplicagao de princfpios ortodoxos de poh'tica
monet^ria, fiscal e cambial. Seu argumento e construi'do de modo a "demonstrar"
a adesao de um grande numero de influentes homens publicos contemporaneos a
princfpios ortodoxos de poh'tica financeira com base em suas declaragoes publicas
inferindo-se daf, ousadamente, que estes
princfpios doutrin^rios realmente moldaram as poh'ticas publicas de forma decisiva. Este ramo da literatura recente nao
foi, entretanto, desenvolvido explfcita
nem deliberadamente como uma cn'tica a
visao recebida sobre a hegemonia absoluta
dos interesses da cafeicultura paulista na
formulagao da poh'tica economica, uma
visao que esses autores, com efeito, nao
rejeitam. Todavia, o fato de que os ingredientes essenciais da ideologia ortodoxa
fossem, inter alia, profunda aversao a poh'ticas monetarias expansionistas e preferencia por taxas de cambio sobrevalorizadas —e, portanto, diametralmente opostos
aos interesses imediatos do setor cafeeiro
— dao a essas contribuigoes recentes, embora implicitamente, um forte sabor revisionista.
Por outro lado, em trabalhos recentes
sobre a historia poh'tica do pen'odo como,
notadamente, nos de Fausto^)f
tentou-se
qualificar a percepgao ingenua do carater
e da forga efetiva da hegemonia paulista
(2) Ver, especialmente, PELAEZ (1971).
(3) VILLELA & SUZIGAN (1973)
(4) Ver, especialmente, FAUSTO', (s.d.) e
FAUSTO (1970).
implfcita na interpretagao tradicional,
bem como sua visao simplista sobre a natureza do conflito polftico durante a Primeira Republica, uma visao frequentemente baseada na an^lise superficial das contradigSes entre os interesses econbmico-
-corporativos do cafe e os de outros grupos politicamente representados. Entretanto, as afirmativas feitas por essa segunda
vertente revisionista acerca do rationale
das poh'ticas economicas seguidas antes de
1930 diferem pouco daquelas encontradas
na literatura tradicional. Como diz Fausto, "o fato essencial e que o nucleo agr«lrio-exportador, apesar dos atritos, alcangou seus objetivos b^sicos. .. Uma r^pida
mengao aos pianos valorizadores serve para mostrar como eles sempre triunfaram, em
circunstancias adversas, gragas principalmente a solida base regional de Sao Paulo", e que o Governo Federal visava "a
manutengao do cambio em nfveis baixos,
para proporcionar maior renda em moeda
nacional ao caf6"(5).
O atual estado da literatura sobre o
assunto e, portanto, curioso. Os trabalhos
dos historiadores econdmicos revisionistas
rejeitam implicitamente a nogao, enraizada na literatura tradicional, de que a poh'-
tica macroeconomica sempre esteve atrelada aos interesses do grupo hegemonico.
Todavia, por assentarem seus argumentos
essencialmente em uma visao idealista do
processo histdrico, como descrito acima,
esses trabalhos nao fornecem uma explicagao convincente das motivagoes economicas para as poh'ticas ortodoxas efetivamente adotadas em varias ocasioes, em
um Estado em que os exportadores e, em
particular, o complexo cafeeiro detinha
grande parcela de poder polftico. Ao mesmo tempo, o trabalho revisionista de historiadores poh'ticos chama a atengao para
a forma extremamente simplificada com
que a historiografia tradicional representa
tanto a natureza quanto a forga efetiva da
posigao ocupada pela oIigarquia paulista
no quadro politico nacional, mas nau
(5) FAUSTO, (s.d.), p. 10-11.
340 Estudos Econdmicos, Sao Paulo, 15(2):339-346, maio/ago. 1985
Winston Fritsch
abandons a visao tradicional em suas referencias a racionalidade poh'tica da formula
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Federalismo – Biblioteca Sobre Gestão Pública e Políticas Públicas Municipais
1908
FEDERALISMO E AUTONOMIA FISCAL
DOS GOVERNOS ESTADUAIS NO BRASIL:
NOTAS SOBRE O PERÍODO RECENTE
(1990-2010)
José Raimundo Oliveira Vergolino
TEXTO PARA DISCUSSÃO
FEDERALISMO E AUTONOMIA FISCAL DOS
GOVERNOS ESTADUAIS NO BRASIL: NOTAS
SOBRE O PERÍODO RECENTE (1990-2010)
José Raimundo Oliveira Vergolino*
Brasília, dezembro de 2013
* Pesquisador do Programa de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD) na Diretoria de Estudos Regionais,
Urbanos e Ambientais (Dirur) do Ipea.
1908
Texto para
Discussão
Publicação cujo objetivo é divulgar resultados de estudos
direta ou indiretamente desenvolvidos pelo Ipea, os quais,
por sua relevância, levam informações para profissionais
especializados e estabelecem um espaço para sugestões.
© Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ipea 2013
Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada.- Brasília : Rio de Janeiro : Ipea , 1990-
ISSN 1415-4765
1.Brasil. 2.Aspectos Econômicos. 3.Aspectos Sociais.
I. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
CDD 330.908
As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e
inteira responsabilidade do(s) autor(es), não exprimindo,
necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa
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Estratégicos da Presidência da República.
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Governo Federal
Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República
Ministro interino Marcelo Côrtes Neri
Fundação pública vinculada à Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República,
o Ipea fornece suporte técnico e institucional às
ações governamentais – possibilitando a formulação
de inúmeras políticas públicas e programas de
desenvolvimento brasileiro – e disponibiliza,
para a sociedade, pesquisas e estudos realizados
por seus técnicos.
Presidente
Marcelo Côrtes Neri
Diretor de Desenvolvimento Institucional
Luiz Cezar Loureiro de Azeredo
Diretor de Estudos e Relações Econômicas e
Políticas Internacionais
Renato Coelho Baumann das Neves
Diretor de Estudos e Políticas do Estado, das
Instituições e da Democracia
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Diretor de Estudos e Políticas
Macroeconômicas
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Urbanas e Ambientais
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Diretora de Estudos e Políticas Setoriais
de Inovação, Regulação e Infraestrutura
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Diretor de Estudos e Políticas Sociais
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Chefe de Gabinete
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Assessor-chefe de Imprensa e
Comunicação
João Cláudio Garcia Rodrigues Lima
Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria
URL: http://www.ipea.gov.br
SUMÁRIO
SINOPSE
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
2 FEDERALISMO .........................................................................................................8
3 QUADRO GERAL DO PERÍODO 1990-2010 ...............................................................15
4 ESTRATÉGIA DE ANÁLISE .........................................................................................17
5 DESIGUALDADES REGIONAIS E ÍNDICE DE AUTONOMIA...........................................20
6 À GUISA DE CONCLUSÃO ........................................................................................60
REFERÊNCIAS .............................................................................................................61
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ................................................................................63
SINOPSE
O objetivo deste trabalho é investigar a capacidade fiscal dos estados brasileiros à
luz das estimativas dos seus índices de autonomia, adotando como marco temporal
de análise o período após a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), sancionada no ano 2000. O texto contempla uma breve discussão sobre o conceito de
federalismo, federalismo fiscal e as questões relacionadas à repartição de recursos e
conflitos federativos. Em seguida, procura-se fazer uma descrição resumida dos principais fatos econômicos que aconteceram na economia brasileira no período 1990-2010
e seus rebatimentos na estrutura tributária dos Entes Federados. Em capítulo especial
discutem-se os indicadores objeto de investigação. Também é analisada a trajetória do
índice de autonomia dos estados, por meio de um corte sub-regional. Considerando
este corte regional, é possível perceber a existência de uma forte assimetria na capacidade fiscal dos estados, decorrente do elevado grau de disparidade regional de renda
presente no cenário federalista do país.
Palavras-chave: relações intergovernamentais; federalismo; capacidades governativas;
desenvolvimento regional.
ABSTRACTi
The objective of this study is to investigate the fiscal capacity of the Brazilian states in
the light of estimates of their indices of Autonomy, adopting as timeframe analysis the
period following approval of the Fiscal Responsibility Act, passed in the year 2000.
The text provides a brief discussion of the concept of Federalism, Fiscal Federalism, and
the issues related to resource allocation and federal conflicts. Then a brief description
of the major economic events that occurred in the Brazilian economy in the period
1990-2010 and its repercussions in the tax structure of the federated entities is made.
A special chapter discusses the indicators investigated. It is also analyzed the trajectory
of the Index Autonomy of the states, through a cut sub-regional. Given the regional
i. The versions in English of the abstracts of this series have not been edited by Ipea’s publishing department.
As versões em língua inglesa das sinopses desta coleção não são objeto de revisão pelo Editorial do Ipea.
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approach is possible to perceive the existence of a strong asymmetry in the fiscal
capacity of the states due to the high degree of regional income disparity in this country’s
federalist scenario.
Keywords: intergovernmental relations; federalism; governance capabilities; regional
and local development.
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Discussão
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Federalismo e Autonomia Fiscal dos Governos Estaduais no Brasil: notas sobre o período recente (1990-2010)
1 INTRODUÇÃO
A República, criada em novembro de 1889, já ultrapassou um século de idade.
Ao longo desses anos, a nação brasileira vivenciou mais de cinco Constituições. Em um
período de cem anos, a sociedade brasileira experimentou setenta anos de autoritarismo
e trinta de plena democracia.
De 1889 até 1930, a nação foi controlada pela oligarquia dos coronéis que
pululava por todo o território nacional. No centro-sul eram os fazendeiros de café, no
nordeste litorâneo era a aristocracia do açúcar que controlava os corações e as mentes
dos pobres residentes. No sertão profundo, os fazendeiros, com seus jagunços, eram
e faziam as leis. Na Amazônia, havia o domínio do sistema de aviamento pelo capital
mercantil. A máxima do período era “para os amigos tudo, para os inimigos as penas
da lei” e/ou “lei é potoca”.
Entre 1930 a 1950, a sociedade brasileira enfrentou a experiência do Estado
Novo, amparado em uma Carta de feição eminentemente fascista. É o período da crise
do capitalismo. A elite nacional responde à crise com o keynesianismo antes de Keynes.
O período 1950-1964 destacou-se pelas amplas liberdades democráticas. Pelo crescimento econômico. Pelo Brasil de 50 anos em cinco. Mas também por um surto inflacionário que desembocou em um desastre político. Durante os anos seguintes, 1964-1984,
a sociedade brasileira conviveu com a sombra e a escuridão. Destaca-se, finalmente, o
período 1985-2012, de completa liberdade democrática, com uma sociedade regida
por uma Carta Magna, denominada de Cidadã, segundo as palavras do então deputado
Ulisses Guimarães, o grande líder da Constituinte Federal de 1988 (CF/88).1
Com o advento da nova Carta de 1988 foi implantado um novo desenho federalista
no país. Os constituintes criaram três Entes Federados – União, estados e municípios –
dando aos municípios o status de Ente Federativo, fato inédito e único no mundo.
Este estudo gravita em torno da questão: o que podem os governos estaduais
no Brasil? Trata-se de uma pergunta que remete o investigador diretamente à seara
1. Para uma excelente síntese sobre a trajetória do federalismo no Brasil, desde a proclamação da República até os anos
1990, ver Oliveira (1995).
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de conceitos associados ao ramo da economia política. Assim sendo, conceitos como
federalismo e federalismo fiscal, constituem o ponto de partida de investigação e substrato
teórico para responder a aludida questão. O Brasil, como unidade política, como nação,
é formado por um conjunto de entes políticos, com autonomia administrativa e fiscal,
regidos por uma Constituição que estabelece os princípios básicos que norteiam a relação
entre os três Entes Federativos.
O presente texto compreende seis seções. A primeira é a própria introdução.
A segunda destaca algumas questões relacionadas ao federalismo, como organização político-administrativa, contemplando uma subseção sobre federalismo fiscal.
A terceira consiste em uma breve síntese sobre os principais fatos econômicos que ocorreram no Brasil no período 1990-2010, e que têm relação com o tema da pesquisa.
A quarta seção é dedicada à discussão da estratégia de análise. A quinta seção é dedicada
à discussão das desigualdades regionais e sua relação com o índice de autonomia (IA).
A última seção trata da apresentação das principais conclusões.
[...]
6 À GUISA DE CONCLUSÃO
Embasando-se nos fatos destacados neste estudo, é possível afirmar que os estados mais
pobres da Federação apresentam um índice de autonomia extremamente baixo. Isto
sugere que estes estados dependem, fundamentalmente, dos recursos da União para
operacionalizar políticas públicas em áreas estratégicas, como saúde, educação e segurança, consideradas fundamentais para engendrar, no longo prazo, um processo de
crescimento endógeno destes respectivos Entes Federativos. Enquadram-se neste grupo
três estados da região Norte – Acre, Amapá e Roraima – e a maioria dos estados da
região Nordeste.
O índice de autonomia dos estados da região Nordeste que receberam e estão
recebendo aportes de investimentos estruturadores – refinarias, ferrovias, duplicação de
estradas federais, transposição das águas do rio São Francisco, montadoras de veículos
automotores – deverão apresentar trajetória crescente, aumentando, por conseguinte, o
grau de autonomia junto aos recursos do governo da União.
Estados cuja base econômica depende fortemente da produção de produtos
extrativos minerais e vegetais, em sua maioria para os mercados internacional ou extrarregional, apresentam baixo índice de autonomia e, portanto, baixa capacidade de implementar políticas públicas independentes do concurso dos recursos do governo central.
Para aprofundar os conhecimentos sobre a capacidade dos governos estaduais, pretende-se continuar aprofundando esta pesquisa. Os próximos passos devem consistir em:
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Federalismo e Autonomia Fiscal dos Governos Estaduais no Brasil: notas sobre o período recente (1990-2010)
1. Elaborar um modelo econométrico capaz de identificar os principais determinantes do índice de autonomia dos estados, segundo um corte regional
e temporal.
2. Estudar a trajetória dos componentes da receita tributária dos estados no
período 1990-2010 e comparar com a trajetória do índice de autonomia.
3. Analisar os componentes da receita líquida disponível ao longo do período
1990-2010 e destacar as principais singularidades destes componentes,
cotejando os resultados com os disponíveis na literatura recente.
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Texto para
Discussão
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Federalismo e Autonomia Fiscal dos Governos Estaduais no Brasil: notas sobre o período recente (1990-2010)
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Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
EDITORIAL
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