Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Verso, Crise e Malandragem: Linguagem como Arquitetura do Vazio em Tempos de Colapso
O dia em Brasília amanheceu nublado - (crédito: Ed Alves/CB)
Quinta-feira tem previsão de chuvas no fim da tarde
liver Stuenkel 🇧🇷
@OliverStuenkel
·
8 de abr
📌 Link para o artigo do Financial Times (em inglês):
Trump has no idea what he has unleashed
1️⃣ No debate atual sobre a política comercial dos EUA, um conceito tem ganhado força entre críticos de Trump: o de “sane-washing” — a ideia de que aliados e investidores tentam racionalizar decisões que, para muitos, são erráticas e carecem de embasamento técnico. 🧵👇
Oliver stuenkel 🇧🇷
@OliverStuenkel
Sane-washing
https://x.com/oliverstuenkel/status/1909768754503823620?s=12&t=ktKYSPjXZt7aNJNoyIUL3w
Trump has no idea what he has unleashed
"We should trust in Donald Trump’s instincts, says Mike Johnson, Speaker of the House of Representatives. Alternatively, Johnson and his caucus should run screaming in the opposite direction. It is too late for Republicans to revert to being a normal party — belief in Trump is their organising principle. But they could play the loyalist by coaxing Trump off the ledge. In addition to their jobs, the future of the global economy, and every American’s retirement fund, depends on it.
Their task is complicated by the fact that Trump still thinks he is on to a winner. Try to stand in his shoes. From his 2011 Obama foreign birth conspiracy to his 2024 conviction as a felon, and so many points in between, Trump has almost annually been left for dead. But his phoenix keeps rising. Trump is a fantasist whose deepest-lodged fantasy — that he is an unstoppable champion — keeps coming true. Why would a little market turmoil stop him?
The starting point is that Trump is a hammer and the rest of the world, as well as half of America, is a nail. Sometimes the hammer can focus on select nails, or soften its blow, but he is always a hammer. That some of Trump’s closest backers, such as the New York hedge fund manager Bill Ackman, are surprised by his global tariff war is a mystery. Trump vowed in almost every single campaign speech to unleash the trade war we are now in.
He has been blaming foreigners for ripping off America since the mid-1980s. Note, his obsession was with Japan, not the Soviet Union. Trump has always been angriest with allies and friends. His deepest contempt is now reserved for Europe and Canada. Psychologists extrapolate from the estate settlement Trump tried to impose on his own siblings. If your instinct is to rip people off, including those closest to you, assume that is everyone’s method.
The mystery is why so many — from Ackman’s fellow billionaires to Florida-based Venezuelans — have bent over backwards to miss who Trump is. A trillion comments have been wasted accusing the wrong people of Trump derangement syndrome. The real TDS afflicts those who keep seeing a rational actor, or an economic chess game, where none exists. The whole market arguably suffers from this syndrome. Shortly after plummeting on Monday morning, a fake news release surfaced that said Trump would announce a pause on his tariffs this week. The markets more than erased their opening losses. All those gains, in turn, were wiped out when the White House issued a denial.
If an online meme can turn a bear market into a bull recovery in the space of a minute, and back again, Trump has the world in his palm. The merest rumour that he might be sane can trigger a buying frenzy. Roman emperors would envy the finger-crooking sway of one man. Yet at some point, possibly imminent, Trump could be forced to pause at least some of his “liberation day” duties. That will trigger a big relief rally. But his pause will be no surer than stray driftwood. The same might apply to his threats of a new 50 per cent tariff escalation on China.
Markets will cheer any hints of bilateral deals Trump plans to strike with more influential demandeurs — Japan, China and India should be closely watched. Investors should also pay heed to the fact that such deals will be struck between foreign governments and Trump personally, not his administration. The departments of Treasury, commerce and the US trade representatives are often out of the loop. Given the lack of boundary between Trump’s public role and private investments, the scope for non-trade-related bartering is great.
The idea that Trump’s impact will be limited to the goods-traded economy is also wishful thinking. Foreigners own a critical share of US Treasury debt. Continued high demand for an asset in whose issuer the world is losing trust is the difference between a Trump recession and a Trump depression. On this, Europe’s governments seem to have better instincts than the equity and fixed-income markets. Rather than escalate the trade war, the EU is mulling only a modest toolkit of retaliations. This is not because Brussels thinks Trump is likely to embrace comity. It is because it fears a tit-for-tat trade spiral will break the global financial system.
Either way, this teachable moment is needlessly belated. Trump’s sane-washers have forfeited their credibility. There is no school of foreign policy realism, or trade mercantilism, that could explain Trump’s actions. If you want to forecast the world, study his psychology. While Trump is in charge, stay short on America."
edward.luce@ft.com
Trump has no idea what he has unleashed
Verso, Crise e Malandragem: Linguagem como Arquitetura do Vazio em Tempos de Colapso
Resumo
Este artigo estabelece uma correlação intertextual e intersemiótica entre três formas distintas de linguagem diante de contextos de crise: a poesia racional e rigorosa de João Cabral de Melo Neto (com ênfase no poema Psicologia da Composição), a análise técnico-histórica do artigo Céus Nublados sobre o Capital (2025), e a canção popular Seu Julinho Vem (1929), de Freire Júnior, interpretada por Francisco Alves. Trata-se de investigar como cada um desses discursos constrói significados e respostas diante de momentos históricos-limite — a Crise de 1929 e a guerra comercial sino-americana. Por meio de uma abordagem que combina crítica literária, linguística, teoria da cultura e sátira político-afetiva, argumenta-se que as linguagens — poética, analítica e popular — são modos distintos de nomear e negociar o colapso, cada uma oferecendo formas específicas de mediação do real. Ao final, propõe-se uma leitura da linguagem como força estrutural, não apenas representacional, cujos efeitos reverberam universalmente.
"Sôbolos rios que vão" (Poema), de Camões
“Rio das palavras”
um poema de Camões que fala “são rios estas águas em que banho este papel”, foi destacada a famosa frase de Fernando Pessoa “Minha pátria é a língua portuguesa”, fecho de um texto do grande poeta português no “Livro do desassossego”. A frase, que expressa a forte relação política da língua, leva a outra de um dos nossos grandes poetas, Caetano Veloso, na música “Língua”: Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões. Gosto do Pessoa na pessoa, da rosa no Rosa, referindo-se a Fernando Pessoa e a Guimarães Rosa.
Introdução
Na manhã de 10 de abril de 2025, nuvens carregadas pairavam sobre Brasília. Não era apenas o céu que pesava sobre a capital — mas a espessa camada simbólica que recobre os momentos de crise. Assim como em 1929, quando o Brasil, então agrário e café-dependente, viu-se tragado por forças externas, o novo cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e China reacende fantasmas antigos: dependência econômica, instabilidade institucional, fragilidade da industrialização.
Mas onde há crise, há linguagem. Onde o colapso ameaça o sentido, as palavras se agitam. Este artigo propõe um triatlo discursivo para refletir sobre as formas como diferentes tipos de linguagem se articulam diante do abismo:
Saio de meu poema
como quem lava as mãos.
Algumas conchas tornaram-se,
que o sol da atenção
cristalizou; alguma palavra
que desabrochei, como a um pássaro.
Talvez alguma concha
dessas (ou pássaro) lembre,
côncava, o corpo do gesto
extinto que o ar já preencheu;
talvez, como a camisa
vazia, que despi.
Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me incita ao verso
nítido e preciso.
Eu me refugio
nesta praia pura
onde nada existe
em que a noite pouse.
Como não há noite
cessa toda fonte;
como não há fonte
cessa toda fuga;
como não há fuga
nada lembra o fluir
de meu tempo, ao vento
que nele sopra o tempo.
Neste papel
pode teu sal
virar cinza;
pode o limão
virar pedra;
o sol da pele,
o trigo do corpo
virar cinza.
(Teme, por isso,
a jovem manhã
sobre as flores
da véspera.)
Neste papel
logo fenecem
as roxas, mornas
flores morais;
todas as fluidas
flores da pressa;
todas as úmidas
flores do sonho.
(Espera, por isso,
que a jovem manhã
te venha revelar
as flores da véspera.)
O poema, com seus cavalos,
quer explodir
teu tempo claro; rompendo
seu branco fio, seu cimento
mudo e fresco.
(O descuido ficara aberto
de par em par;
um sonho passou, deixando
fiapos, logo árvores instantâneas
coagulando a preguiça.)
Vivo com certas palavras,
abelhas domésticas.
Do dia aberto
(branco guarda-sol)
esses lúcidos fusos retiram
o fio de mel
(do dia que abriu
também como flor)
que na noite
(poço onde vai tombar
a aérea flor)
persistirá: louro
sabor, e ácido
contra o açúcar do podre.
Não a forma encontrada
como uma concha, perdida
nos frouxos areais
como cabelos;
não a forma obtida
em lance santo ou raro,
tiro nas lebres de vidro
do invisível;
mas a forma atingida
como a ponta do novelo
que a atenção, lenta,
desenrola,
aranha; como o mais extremo
desse fio frágil, que se rompe
ao peso, sempre, das mãos
É mineral o papel
onde escrever
o verso; o verso
que é possível não fazer.
São minerais
as flores e as plantas,
as frutas, os bichos
quando em estado de palavra.
É mineral
a linha do horizonte,
nossos nomes, essas coisas
feitas de palavras.
É mineral, por fim,
qualquer livro:
que é mineral a palavra
escrita, a fria natureza
da palavra escrita.
Cultivar o deserto
como um pomar às avessas.
(A árvore destila
a terra, gota a gota;
a terra completa
caiu, fruto!
Enquanto na ordem
de outro pomar
a atenção destila
palavras maduras.)
Cultivar o deserto
como um pomar às avessas:
então, nada mais
destila; evapora;
onde foi maçã
resta uma fome;
onde foi palavra
(potros ou touros
contidos) resta a severa
forma do vazio.
— João Cabral de Melo Neto
Poesia | João Cabral de Melo Neto - Psicologia da Composição
o poema “Psicologia da Composição”, de João Cabral de Melo Neto (que pode ser assistido aqui: https://gilvanmelo.blogspot.com/2025/04/poesia-joao-cabral-de-melo-neto.html);
o artigo técnico Céus Nublados sobre o Capital, veiculado em 2025;
Seu Julinho Vem
Francisco Alves
Ó Seu Toninho
Da terra do leite grosso
Bota cerca no caminho
Que o paulista é um colosso
Puxa a garrucha
Finca o pé firme na estrada
Se começa o puxa-puxa
Faz do seu leite coalhada
Seu Julinho vem, Seu Julinho vem
Se o mineiro lá de cima descuidar
Seu Julinho vem, Seu Julinho vem
Vem, mas custa, muita gente há de chorar
Ó Seu Julinho, tua terra é do café
Fique lá sossegadinho
Creia em Deus e tenha fé
Pois o mineiro
Não conhece a malandragem
Cá no Rio de Janeiro
Ele não leva vantagem
Composição: Freire Júnior.
e a canção Seu Julinho Vem (ouça aqui: https://www.letras.mus.br/francisco-alves/1744428/), lançada no mesmo ano da Crise de 1929.
1. João Cabral: Cultivar o Deserto com a Palavra-Pedra
João Cabral escreve como quem ergue diques contra o sentimentalismo. Em Psicologia da Composição, o poema é “cultivar o deserto / como um pomar às avessas”, e o verso, um artefato que se faz por atenção, não por inspiração. Para o poeta, a crise é estética, mas também ética: há fome onde antes havia palavra. A linguagem é material mineral, e a composição, um ato de engenharia.
A palavra, quando escrita, já não é flor, é fóssil.
A folha branca é um campo de batalha, e o verso pode falhar — virar “cinza”.
No contexto da crise global, essa poética da contenção oferece uma lente: não há redenção possível sem trabalho formal, sem recusa da facilidade. Cabral antecipa uma crítica à leveza discursiva — seja na política, na cultura ou na economia.
2. O Artigo Técnico: Diagnóstico da Tormenta
No texto Céus Nublados sobre o Capital, a crise é historicizada e desmembrada. Há um esforço deliberado de clareza, análise e projeção estratégica. O artigo recusa a linguagem vaga, optando por um discurso técnico que organiza as fases da crise em três tempos: curto, médio e longo prazos. A metáfora visual do céu nublado, usada na abertura, tem função retórica, mas o texto não se entrega a imagens — ele as controla.
A linguagem aqui é instrumento de diagnóstico, não de expressão poética.
Assim como Cabral esculpe o verso com cálculo, o artigo modela seu discurso com precisão institucional. Ambos creem que, diante do caos, só a forma salva — seja ela poética ou política.
3. “Seu Julinho Vem”: Malandragem e Sobrevivência Simbólica
Contraponto inesperado, Seu Julinho Vem é o grito malandro que emerge do mesmo Brasil de 1929. Entre a garrucha, o leite coalhado e o medo do paulista “colosso”, a canção revela a brasilidade em sua resposta afetiva à crise: riso, trocadilho, regionalismo, astúcia. É o povo em sua performance simbólica diante da instabilidade.
“Seu Julinho vem / mas custa, muita gente há de chorar”: a ameaça é caricatural, mas real.
Aqui, a linguagem não explica a crise — ela dramatiza, zomba, canta, sobrevive. É a malandragem do Rio enfrentando a seriedade política de São Paulo e a contenção mineira. Enquanto o poema se contém e o artigo se estrutura, a canção desliza — e revela que, mesmo em tempos de colapso, a fala popular não se cala, reencena.
4. Linguagem como Arquitetura do Real
Ao sobrepor essas três formas discursivas, revelam-se modos distintos de enfrentamento simbólico da crise:
Forma Linguagem Função
Poema Poética racional Reinvenção estética do vazio
Artigo Técnica analítica Diagnóstico e resposta estratégica
Canção Popular-satírica Mediação afetiva e cultural
Há aqui uma síntese do Brasil: o engenheiro da palavra (Cabral), o tecnocrata da economia (artigo), e o cronista do povo (Francisco Alves). Todos tentam, à sua maneira, dar conta daquilo que rompe o fio: o colapso da ordem.
Conclusão: Três Línguas para o Mesmo Abismo
Em tempos de crise — seja em 1929, 2025 ou qualquer futuro que nos espreite — a linguagem não é mero reflexo. Ela é ferramenta de resistência, invenção e sobrevivência. Ao colocarmos lado a lado a contenção poética de João Cabral, a análise econômica do artigo e a malícia da canção Seu Julinho Vem, percebemos que:
Não há forma única de nomear o caos.
Mas toda forma exige consciência de seu papel.
A crise, seja ela econômica, política ou existencial, exige mais do que respostas técnicas. Exige uma nova economia da linguagem. Cabral já alertava: “o verso / que é possível não fazer”. E talvez por isso mesmo seja urgente fazê-lo — com a precisão da análise, o rigor da forma e o sal da rua.
Anexos / Materiais indicados
Vídeo declamado de Psicologia da Composição (João Cabral)
[Inserir link para o vídeo aqui]
Áudio original da canção Seu Julinho Vem, interpretada por Francisco Alves (1929)
[Inserir link para áudio ou vídeo com a gravação original]
Se quiser, posso converter esse texto em .docx ou .pdf, adicionar arte gráfica de abertura, ou mesmo formatar como conteúdo para apresentação de seminário. Deseja isso?
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Anexos / Materiais indicados
Vídeo declamado de Psicologia da Composição (João Cabral)
[https://gustavodutra.com/um-barco-ao-mar/gritos-ao-mar/joao-cabral-de-melo-neto-psicologia-da-composicao/]
Áudio original da canção Seu Julinho Vem, interpretada por Francisco Alves (1929)
[https://www.letras.mus.br/francisco-alves/1744428/]
Marchinha/declaração contemporânea: “In reversível” – sátira político-midiática sobre o recuo estratégico de Donald Trump
🎼 "‘In reversível’
Não adianta ‘cunsinhar’
O angu ‘incaroçou’
Bye bye ‘Trun Trun’
Tan tan tan… WAAK!"
Referência: Análise WW – CNN Brasil
Link para o vídeo: https://youtube.com/shorts/gBMTpqUAo8Q?si=S8SAKFjAP5Wn_skm
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Língüa
Elza Soares
(A)
Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódia
E um profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixa os portugais morrerem à míngua
Minha pátria é minha língua
Fala Mangueira
Fala!
E |--
S |D A7
T | Flor do Lácio Sambódromo
R |D B7
I |Lusamérica latim em pó
B | E7
I |O que quer
L |o que pode
H | Eb7/9
O |Esta língua
(3X)|--
(A)
Vamos atentar para a sintaxe paulista
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas
Cadê? Sejamos imperialistas
Vamos na velô da dicção choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Hollanda nos resgate
E Xeque-mate, explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Sejamos o lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em Ã
De coisa como rã e ímã...
Nomes de nomes como Scarlet Moon Chevalier
Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé, Maria da Fé
Arrigo Barnabé
ESTRIBILHO
(A)
Incrível
É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Se você tem uma idéia incrível
É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível
Filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o recôncavo, e o recôncavo, e o recôncavo
Meu medo!
3|--
V| (A)
E|A língua é minha Pátria
Z|E eu não tenho Pátria: tenho mátria
E|Eu quero frátria
S|--
(C/A G/A D/A D A)
Poesia concreta e prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
Será que ele está no Pão de Açúcar
Tá craude brô, você e tu lhe amo
Qué que'u faço, nego?
Bote ligeiro
Nós canto falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem,que falem.
Composição: Caetano Veloso.
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