Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
QUEM É VOCÊ?
A META POR ChatGPT
-------------
----------
_________________________________________________________________________________________________________
A música Pobre Menina Rica, de Carlos Lyra, reflete a contradição entre riqueza material e felicidade. A letra descreve uma jovem que, apesar de ter tudo, sente-se vazia ao comparar sua vida com a liberdade de um passarinho. O contraste destaca a ideia de que bens materiais não garantem verdadeira felicidade.
_________________________________________________________________________________________________________
-------------
Pobre Menina Rica
Carlos Lyra
Eu acho que quem me vê, crê
Que eu sou feliz, feliz só porque
Tenho tudo quanto existe
Pra não ser infeliz
Pobre menina tão rica
Que triste você fica se vê
Um passarinho em liberdade
Indo e vindo à vontade, na tarde
Você tem mais do que eu
Passarinho, do que a menina
Que é tão rica e nada tem de seu
________________________________________________________________________________________________________
------------
------------
_________________________________________________________________________________________________________
A canção "Máscara Negra" retrata a alegria do Carnaval e a nostalgia de um amor passado. O Pierrot reencontra sua amada Colombina após um ano, relembrando o beijo e os momentos vividos no baile. Enquanto a festa segue com mil palhaços no salão, Arlequim chora de amor. A música celebra o reencontro e o desejo de reviver a paixão sob a máscara que esconde sentimentos.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
Máscara Negra
Zé Keti
Letras
Tanto riso
Ó, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Tanto riso
Ó, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele Pierrot
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele Pierrot
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Tanto riso
Ó, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Tanto riso
Ó, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão
No meio da multidão
No meio da multidão
No meio da multidão
Fonte: Musixmatch
Compositores: Hildebrando Pereira Mattos / Jose Flores De Jesus
Composição: Pereira Matos / Zé Kéti.
https://www.letras.mus.br/ze-keti/197274/
_________________________________________________________________________________________________________
A Meta lançou o SEAMLESSM4T, um sistema de IA que traduz simultaneamente voz e texto em 101 idiomas. O modelo melhora a precisão da tradução (8% a 23% superior aos sistemas atuais), reduz ruídos e mantém expressividade vocal. Diferente da política de moderação da Meta, o tradutor inclui um filtro contra toxicidade e preconceitos. Apesar de ser um avanço tecnológico, pesquisadores apontam limitações, como a falta de código aberto e possíveis erros em contextos críticos, como saúde e justiça. A ferramenta amplia o suporte a idiomas minoritários, mas ainda apresenta desafios na implementação prática.
DA TORRE DE BABEL Á TRADUÇÃO SIMULTÂNEA DE LÍNGUAS AO VIVO PASSANDO PELO ESPERANTO E PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
-------------
----------------
-----------
O livro Carnavais, Malandros e Heróis, de Roberto DaMatta, analisa o Carnaval como um ritual que reflete as contradições da sociedade brasileira. Publicado em 1979, ele interpreta o Carnaval, os malandros e os heróis como criações sociais que revelam desigualdades e estruturas de poder. DaMatta, um dos principais intelectuais do Brasil, defende que essas festividades funcionam como uma chave para compreender hierarquias e tensões sociais.
-----------
-------------
Livro "Carnavais, malandros e heróis" completa 40 anos
Band Jornalismo
30 de nov. de 2019
O livro "Carnavais, malandros e heróis" completou 40 anos de sua primeira publicação e a Band entrevistou o professor Roberto DaMatta com exclusividade, em sua casa, em Niterói, Rio de Janeiro, para falar sobre o assunto.
Pessoas mencionadas
1 pessoa
Roberto DaMatta
________________________________________________________________________________________________________
O livro Carnavais, Malandros e Heróis, de Roberto DaMatta, explora o que torna a sociedade brasileira única, analisando o Carnaval, os malandros e os heróis como expressões das contradições sociais do país. Publicado em 1979, é um clássico da antropologia brasileira, apresentando festividades como janelas privilegiadas para entender a realidade social e suas desigualdades.
Carnavais, Malandros e Heróis é um livro do antropólogo Roberto DaMatta que analisa o carnaval como um ritual que reflete a sociedade brasileira. O livro foi publicado em 1979 e é considerado um clássico da antropologia brasileira.
O que o livro propõe?
Desvendar o que torna o Brasil um país de grandes desigualdades, mas de futuro promissor
Interpretar o carnaval, os malandros e os heróis como criações sociais que refletem os problemas da sociedade
Transformar as festividades em janelas privilegiadas para a interpretação do Brasil
Quem é Roberto DaMatta?
Um dos intelectuais que mais contribuíram para a interpretação do Brasil
Professor de sociologia e política da PUC
Pesquisador do Museu Nacional entre 1962 e 1987
Chefe do Departamento de Antropologia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS)
O que DaMatta defende?
O carnaval desvirtuava e revelava as relações de hierarquia e poder da sociedade brasileira
O carnaval serve como uma chave importante para entender as contradições da sociedade
------------
------------
Meta cria tradutor simultâneo de 101 idiomas mais preciso da história
Inteligência artificial imita a voz dos interlocutores, filtra mais de 40% do ruído e, ao contrário da estratégia de rede de Zuckerberg, mitiga a "toxicidade" ao moderar mensagens violentas
Por Agência O Globo
17/01/25 às 19H02 atualizado em 17/01/25 às 22H52
----------
Economia / Tecnologia
Torre de Babel: Meta cria tradutor simultâneo de 101 idiomas mais preciso da história
Inteligência artificial imita a voz dos interlocutores, filtra mais de 40% do ruído e, ao contrário da estratégia de rede de Zuckerberg, mitiga a “toxicidade” ao moderar mensagens violentas
TOPO
Por La Nacion
17/01/2025 18h26 Atualizado há um mês
Facebook
Twitter
BlueSky
Whatsapp
Meta cria novo sistema de IA para traduções simultâneas
Meta cria novo sistema de IA para traduções simultâneas — Foto: Bloomberg
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
Meta, a empresa de Mark Zuckerberg, multinacional do Facebook, Instagram e WhatsApp, desenvolveu um modelo de inteligência artificial (IA) capaz de traduzir instantaneamente comunicações por voz ou texto em até 101 idiomas, imitando a expressão e o tom dos interlocutores. A novidade, publicada nesta sexta-feira na revista Nature, é denominada SEAMLESSM4T, e promete superar os sistemas existentes.
Segundo a pesquisadora-chefe Marta Costa-Jussà, da divisão de inteligência artificial da Meta (FAIR, Foundational AI Research), o modelo será disponibilizado ao público e utilizado posteriomente para fins comerciais.
O SEAMLESSM4T pode reconhecer até 101 idiomas (escritos ou falados) e é capaz de traduzi-los em 36 em formato de voz e 96 em arquivo de texto. De acordo com os resultados de Costa-Jussà, “traduz com 8% a 23% mais precisão do que os sistemas existentes, pode filtrar o ruído de fundo (entre 42% e 66% mais) e ajusta-se a variação de vozes.”
“A margem de erro varia dependendo dos idiomas de entrada e saída. A melhor forma de resolver isso seria aumentar a variedade de dados de treinamento e melhorar a modelagem para que ela possa aprender com menos dados”, explica a pesquisadora, que destaca a capacidade de identificar nuances na entonação: “Leva em conta o que chamamos de expressividade e somos capazes de transferir tais características da entrada para a saída.”
Enquanto a Meta eliminou o sistema de verificação de dados e moderação de conteúdos nas suas plataformas de comunicação, o sistema de tradução simultânea optou pela estratégia oposta, com um sistema de “mitigação de toxicidade”.
Olga Koreneva Antonova, professora da Faculdade de Tradução e Interpretação da Universidade Pablo de Olavide (UPO), alerta que, por exemplo, os atuais tradutores de computador “não consideram a igualdade de gênero” e tendem a substituir o feminino pelo masculino porque as fontes com as quais se treina já incluem esse preconceito.
A Meta também altera palavrões ou resultados que possam incitar ódio, violência ou abuso contra uma pessoa ou grupo (com base em religião, raça ou gênero). Para mitigá-lo, desenvolveu uma ferramenta chamada Etox, especialmente treinada em elementos tóxicos da fala.
Outra limitação que o novo sistema tenta superar é a escassez de linguagens operacionais. Embora mais de metade da humanidade fale principalmente meia dúzia de línguas, a diversidade é tão ampla que as mais de 7 mil existentes no mundo estão fora de serviço. O modelo Meta tentou aliviar esta deficiência incorporando até 101 idiomas, apesar da escassez de dados de áudio e modelos para incorporá-los à IA.
Tanel Alumäe , do laboratório de tecnologia linguística da Universidade de Tallinn, na Estônia, destaca na Nature a alta capacidade do sistema de traduzir fala simultaneamente graças a dados de 4,5 milhões de horas de áudio falado multilíngue. “Esse tipo de treinamento ajuda o modelo a aprender padrões a partir dos dados, facilitando o ajuste para tarefas específicas sem a necessidade de grandes quantidades de dados de treinamento personalizados”, explica.
No entanto, na sua opinião, “a maior virtude deste trabalho não é a ideia ou o método proposto, mas o fato de todos os dados e códigos para executar e otimizar esta tecnologia estarem publicamente disponíveis, embora o modelo em si só possa ser utilizado para usos não comerciais.”
Allison Koenecke, do Departamento de Ciências da Informação da Universidade Cornell, alerta, também na Nature, para as limitações destes sistemas de tradução, apesar do seu progresso, em ambientes onde a precisão é essencial, como em atividades médicas ou jurídicas.
“Modelos como o desenvolvido pela SEAMLESS estão acelerando o progresso nesta área, mas os usuários desses modelos (médicos e funcionários judiciais, por exemplo) devem estar cientes da falibilidade das tecnologias de fala. Esse tipo de erro induzido por máquina pode causar danos reais, como prescrever erroneamente um medicamento ou acusar uma pessoa. E os danos afetam desproporcionalmente as populações marginalizadas, que provavelmente serão mal ouvidas.”
Koenecke saúda os esforços para eliminar a “toxicidade” das traduções, mas defende “ampliar o escopo dos preconceitos linguísticos estudados” e alertar os usuários sobre as possibilidades de erro.
Apesar dos avanços no sistema de tradução, o modelo levanta suspeitas entre alguns pesquisadores. Um dos mais críticos é Víctor Etxebarria, professor de Engenharia de Sistemas e Automação da Universidade do País Basco (UPV/EHU).
“Não contribui para o progresso científico, pois, com base no que é publicado, especialistas independentes não têm permissão para reproduzir, verificar ou mesmo melhorar suas bases tecnológicas. Eles só têm acesso para se conectar ao tradutor para realizar traduções superficiais. Este software não cumpre os princípios da IA de código aberto, conforme definido pela Open Source Initiative: usar, estudar, modificar e compartilhar para qualquer finalidade. Este tradutor não permite isso e, portanto, não é consistente com os princípios da ciência aberta”, afirma ao Science Media Center (SMC) Espanha.
E mesmo reconhecendo alguma virtude como ferramenta de ajuda, o pesquisador acrescenta: “O produto não evita atrasos ou erros de tradução, que não corrige em tempo real, como fazem os tradutores. Outra limitação é que ele só pode ser utilizado online através da API (Application Programming Interface) imposta pela empresa. No geral, o tradutor é um produto tecnológico avançado e provavelmente muito útil, mas fechado aos princípios da ciência aberta e com múltiplas limitações tecnológicas e legais.
Maite Martín, professora de Ciência da Computação da Universidade de Jaén e pesquisadora do grupo SINAI (INTELLIGENT Information Access Systems), destaca a incorporação de linguagens com poucos recursos (mais minoritárias), embora à custa de uma maior taxa de erro. “Este esforço não só melhora a acessibilidade das tecnologias de tradução para estas comunidades, mas também marca o progresso na inclusão linguística ao democratizar o acesso a ferramentas avançadas de comunicação”, explica.
Ao contrário de Etxebarria, a investigadora considera que o acesso à comunidade científica está garantido e elogia “a interação em tempo real, a expressividade da voz traduzida e a mitigação dos preconceitos e da toxicidade de gênero”. “Embora o SEAMLESSM4T represente um avanço significativo, ainda há trabalho a fazer para otimizar a sua implementação em cenários práticos”, conclui SMC.
Em relação à toxicidade, Andreas Kaltenbrunner, pesquisador-chefe do grupo AI and Data for Society da UOC, lembra a contradição do Meta com sua recente estratégia de suprimir a moderação de conteúdo e promovê-la no tradutor: “É louvável que o estudo inclui uma análise para saber se as traduções aumentam a toxicidade dos textos ou como abordam possíveis preconceitos de gênero. No entanto, é lamentável que a Meta, a empregadora dos investigadores neste estudo, pareça ter recentemente decidido abandonar os esforços neste sentido com a sua nova política de moderação de conteúdo.”
Kaltenbrunner lembra na SMC que o desenvolvimento é uma variante daquele apresentado em agosto de 2023, mas com melhorias na unificação do ambiente de uso, nos idiomas incluídos, nos filtros de ruído e na diversidade de sotaques.
https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2025/01/17/torre-de-babel-meta-cria-tradutor-simultaneo-de-101-idiomas-mais-preciso-da-historia.ghtml
_________________________________________________________________________________________________________
------------
-----------
Estatuto da Gafieira - Elza Soares (Reduto do Samba)
_________________________________________________________________________________________________________
A música Estatuto da Gafieira, de Billy Blanco, interpretada por Elza Soares, critica de forma bem-humorada comportamentos inadequados na gafieira. A letra enfatiza a necessidade de respeito ao ambiente e às regras da dança, mencionando penalidades para exageros como beber sem pagar, dançar descontroladamente ou prejudicar os outros frequentadores. Com um tom leve e irônico, a canção reforça a importância da elegância e da etiqueta na dança de salão.
________________________________________________________________________________________________________________
Reduto do Samba
20 de set. de 2013
Facebook: / redutodosamba
Confira a letra da música abaixo.
Estatuto da Gafieira
Billy Blanco
Moço, olhe o vexame
O ambiente exige respeito
Pelos estatutos da nossa gafieira
Dance a noite inteira, mas dance direito
Eu falei, moço, olhe o vexame
O ambiente exige respeito
Pelos estatutos da nossa gafieira
Dance a noite inteira, mas dance direito
Aliás, pelo artigo 120
O distinto que fizer o seguinte:
Subir na parede
Dançar de pé pro ar
Enterrar-se na bebida sem querer pagar
Aproveitar, dar umbigada de maneira folgazã
Prejudicando hoje o bom crioulo de amanhã
Será distintamente censurado
Quem balançar o corpo vai para a mão do delegado
Eu falei...
Reduto do Samba
Dança de Salão
Samba de Gafieira
Música
1 músicas
Estatutos da Gafieira
Elza Soares
Beba-Me Ao Vivo
_______________________________________________________________________________________________________________
O texto aborda a polissemia na política e comunicação, destacando como diferentes grupos utilizam termos específicos para se dirigir ao público (Para Dentro) e para adversários (Para Fora). Menciona o discurso populista de Getúlio Vargas e a retórica atual sobre direitos sociais. Também cita a ideia liberal de "direito ao tiranicídio" de John Locke e um trecho de Vladimir Safatle sobre resistência política. Finaliza com um manifesto socialista de 1917, enfatizando a luta pela revolução, paz e justiça social.
Polissemia
Gènero
Espécies
Ideologia
Comunicação
Política
PARA DENTRO
Companheiros, Camaradas, Brasileiros Irmãos
Eminência, Excelentíssimo, Excelência, Vossa Excelência, Nobre, Nobilíssimo
Elemento, Paisano, Cidadão
Técnico, Independente, Centrista, Sem Partido, Apartidário, Isentão, Inocente, Ingênuo
Meu Povo, Meus Irmãos, Minha Gente, Brasileiros e Brasileiras, Copatriotas, Cocidadãos, Democratas, Companheiros
-----------
Qual era o discurso de Vargas?
Discurso pronunciado pelo Presidente da República, Getúlio Vargas (01.05.1941). "Trabalhadores do Brasil: Na grandiosa data das comemorações do Trabalho, estou de novo entre vós, vindo de longe para compartilhar das vossas alegrias e dirigir-lhe palavras de confiança e de fé.
_________________________________________________________________________________________________________
Para Fora
Fascista
Senhores
Cidadãos
Brasileiros
Qual é o discurso do presidente? (24.02.2025)
"Tem direito
E olha que legal
Ação extraordinária
Renda da família
Tudo de graça
Mais, também
A gente também"
Ação de Graça
Eu lembro o seguinte: a ideia do "Direito ao Tiranocídio", de que é possível assassinar o tirano é uma ideia liberal.
John Lock é quem elabora isso de maneira mais sistemática no "Segundo Tratado do Governo".
Eu acho bom lembrar isso.
É um pai do liberalismo clássico que vai dizer que é possível matar o tirano. Você tem o diretio disso. Porque contra o Estado ilegal toda ação é uma ação legal.
E acho bom lembrar disso hoje.
VLADIMIR SAFATLE
Em Chico Pinheiro Entrevistq
Instituto Conhecimento L...
9.7 mile visualizações
há 17h
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
------------
Paz e pão: tais são as reivindicações fundamentais dos operários e explorados. A guerra agudizou em extremo estas reivindicações. A guerra lançou na fome os países mais civilizados, culturalmente mais desenvolvidos. Mas, por outro lado, a guerra, como um imenso processo histórico, acelerou de modo inaudito o desenvolvimento social. O capitalismo, que, desenvolvendo-se, se transformou em imperialismo, isto é, em capitalismo monopolista, converteu-se sob a influência da guerra em capitalismo monopolista de Estado. Alcançámos agora este grau de desenvolvimento da economia mundial, e ele constitui o limiar imediato do socialismo. Por isso, a revolução socialista desencadeada na Rússia representa apenas o começo da revolução socialista mundial. A paz e o pão, o derrubamento da burguesia, meios revolucionários para curar as feridas causadas pela guerra, a vitória completa do socialismo — eis o objectivo da luta. Petrogrado, 14 de Dezembro de 1917.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
------------
_________________________________________________________________________________________________________
O artigo de Luiz Carlos Azedo compara a ministra da Saúde, Nísia Trindade, à "pobre menina rica" da Esplanada, fazendo referência ao musical de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. Ele analisa a pressão política para sua saída do cargo, impulsionada pelo PT e pelo Centrão, que disputam influência sobre o ministério. A provável substituição por Alexandre Padilha e a movimentação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria-Geral da Presidência fazem parte de uma reestruturação ministerial do governo Lula.
Nísia, primeira mulher a liderar o Ministério da Saúde e ex-presidente da Fiocruz, enfrentou críticas internas, resistência política e dificuldades na gestão da pasta. Apesar dos avanços na cobertura vacinal e no programa Farmácia Popular, sua gestão foi desgastada pela explosão de casos de dengue e a perda de vacinas vencidas. Sua saída, no entanto, ocorre sem envolvimento em escândalos de corrupção.
_________________________________________________________________________________________________________
----------
-----------
-----------
Em Nísia Floresta, PSD e DEM estão no mesmo palanque situacionista
tribunadonorte
------------
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Ministra da Saúde é a pobre menina rica da Esplanada – Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
Nesta segunda-feira, em rede nacional de tevê, o presidente Lula destacou o programa Farmácia Popular, enquanto a saída de Nísia Trindade já era anunciada nos telejornais como certa
Em 1963, Carlos Lyra e Vinicius de Moraes produziram o musical Pobre Menina Rica, para o qual compuseram uma dúzia canções, uma das quais intitulou a obra. "Eu acho que quem me vê, crê/ Que eu sou feliz, feliz só porque/ Tenho tudo quanto existe/ Pra não ser infeliz/ Pobre menina tão rica/ Que triste você fica se vê/ Um passarinho em liberdade/ Indo e vindo à vontade, na tarde/ Você tem mais do que eu/ Passarinho, do que a menina", diz a letra da música.
Convidada para ser a voz feminina da peça musical, foi nela que Nara Leão estreou sua carreira profissional em 1963. É uma história de amor de uma moça de classe alta carioca com um mendigo poeta. Muitos acreditam que a musa da bossa nova inspirou a criação da peça, porque nem Lyra nem Vinicius pensaram duas vezes em convidá-la para o musical. Em 1965, Carlos Lyra gravaria a trilha sonora de Pobre Menina Rica, em disco lançado pela CBS, que contou com a participação de Dulce Nunes, Moacir Santos, Catulo de Paula e Telma Soares, um clássico da bossa nova.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é uma espécie de pobre menina rica na Esplanada. Está sendo fritada sem dó nem piedade pelo PT, para que peça demissão do cargo e abra caminho para que o petista Alexandre Padilha seja transferido da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, uma atividade meio, para o comando da Saúde, ministério estratégico para as políticas públicas do governo. Com um orçamento de R$ 229,39 bilhões — dos quais R$ 90,46 bilhões estão empenhados e somente R$ 30,21 bilhões foram executados até agora, segundo o Portal Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) —, a pasta também é a mais cobiçada pelos políticos do Centrão.
Essa dança das cadeiras na Esplanada pode coincidir com o carnaval. Nos bastidores do Palácio do Planalto, comenta-se que o presidente Lula teria avisado aos aliados que pretende mesmo substituir a ministra. A reforma ministerial acomodaria no Planalto a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cotada para ocupar a Secretária-Geral da Presidência, que cuida das relações com os movimentos sociais. Há também uma forte articulação no Congresso para que o deputado federal Isnaldo Bulhões Junior (MDB-AL), ligado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ocupe o lugar de Padilha.
O cacife de Gleisi é ter comandado o PT com pulso firme nos seus priores momentos, sem fraquejar na lealdade ao presidente Lula, sobretudo quando ele estava preso em Curitiba. Combativa, casada com o atual líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), entre 2011 e 2024, comandou a Casa Civil, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT). A nomeação também é uma contrapartida pelo seu apoio à candidatura do ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva à Presidência do PT.
Sem escândalos
A situação de Nísia é completamente diferente. Primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde, a primeira também a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição histórica de ciência e tecnologia e referência internacional, entre 2017 e 2022, Nísia é doutora em sociologia (1997), mestre em ciência política (1989), pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj — atual Iesp), e graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj, 1980). É ligada ao chamado "partido sanitarista", que criou o Sistema Único de Saúde (SUS), sob a liderança do sanitarista Sérgio Arouca, porém não tem apoio dos grupos de saúde privada nem dos conselhos de medicina.
Nísia queixa-se das "especulações desagradáveis" sobre sua saída, vítima que é de clássica estratégia de desgaste à qual ministros são submetidos antes da queda. Poderia ter formado a melhor equipe de sanitaristas do país, mas assumiu o cargo contingenciada por acordo político com o PT, que "ocupou" o ministério. Padilha já era uma "eminência parda" na pasta. O secretário-executivo, Swedenberger Barbosa, é um petista histórico de Brasília.
Ao longo de 2024, a ministra enfrentou críticas internas, observações de Lula e pressões do Centrão, que sempre lutou para controlar o orçamento do Ministério da Saúde. Parlamentares de oposição criticaram a inclusão da vacina para crianças de 6 meses a 5 anos no Programa Nacional de Imunização. A ministra cumpria recomendações de sociedades científicas, após 110 mortes de crianças por covid-19 em 2023.
A explosão dos casos de dengue e a perda de vacinas contra a covid por vencimento, porém, desgastaram a ministra. Nesta segunda-feira, em cadeia de rádio e tevê, o presidente Lula destacou o programa Farmácia Popular, da Saúde, enquanto a saída da ministra já era anunciada nos telejornais. Nísia Trindade tentou aprimorar a comunicação do ministério e valorizar sua gestão, ao destacar o aumento da cobertura vacinal e investimentos em diversas áreas da saúde, mas já era tarde. Deixará o cargo, porém, sem escândalos, como os casos do Sanguessugas (2006), o superfaturamento na compra de ambulâncias e o desvio de milhões de reais via emendas parlamentares fraudulentas; e a Máfia dos Vampiros (2004-2005), desvios milionários na compra de hemoderivados (produtos derivados de sangue).
-----------
------------
Pobre Menina
Leno e Lilian
Pobre menina, não tem ninguém
Pobre menina, não tem ninguém
Tão pobrezinha, ela mora em um barracão
E todo mundo quer magoar seu coração
A mim não me interessa quem sejam seu pais
Porque, pobre menina, eu te quero demais
Pobre menina, não tem ninguém
Pobre menina, não tem ninguém
Vive mal vestida em seu bairro a vagar
Em toda sua vida só tem feito chorar
Como num conto de fadas, nós vamos casar
Então toda a tristeza vai acabar, vai acabar
Pobre menina, não tem ninguém
Pobre menina, não tem ninguém
Composição: Wes Farrell / Bob Russell.
Tradução para o inglês:
Poor Girl
Leno & Lilian
Poor girl, she has no one
Poor girl, she has no one
So poor, she lives in a shack
And everyone wants to hurt her heart
I don’t care who her parents are
Because, poor girl, I love you so much
Poor girl, she has no one
Poor girl, she has no one
She walks around her neighborhood, poorly dressed
Her whole life has been filled with tears
Like in a fairy tale, we will get married
Then all the sadness will end, will end
Poor girl, she has no one
Poor girl, she has no one
Resumo:
A música Pobre Menina conta a história de uma jovem solitária e de origem humilde, que sofre rejeição e tristeza. O narrador, apaixonado, promete casar-se com ela e acabar com sua tristeza, trazendo uma esperança romântica para sua vida.
----------------
----------
the yardbirds ♦ my girl sloopy ♦ wide mono
----------
ruudtes rock and rolling sixties
29 de jan. de 2023
Edit for headphones, January 2023. Source of the edit is the song on cd three of the 1993 four discs box set "Train Kept A-Rollin' – The Complete Giorgio Gomelsky Productions" (Alfa International – ALCD 896-899).
In 1965 this Yardbirds song charted #5 in the UK, released as the EP "Five Yardbirds" with two other songs.
"Hang On Sloopy" (originally "My Girl Sloopy") is a 1964 song written by Wes Farrell and Bert Berns*. Rhythm and blues vocal group "The Vibrations" were the first to record it in 1964. Atlantic Records released it as a single, which reached No. 26 on the Billboard Hot 100 chart.
The song became standard fare for garage bands and became one of the first songs recorded by "The Yardbirds" with guitarist Jeff Beck. A version by the rock group the McCoys was the most successful, when it reached number one in the singles chart. Recordings by additional artists also reached the charts, including versions in Spanish and Portuguese.
Supposedly the inspiration for the song was Dorothy Sloop, a jazz singer from Steubenville, Ohio, and a student at Ohio University.
Bertrand (Bert) Russell Berns (November 8, 1929 – December 30, 1967) was an American songwriter and record producer during the 1960s. He is the author or co-writer of several major pop and soul hits, including "Here Comes the Night", "Piece of My Heart", "Hang on Sloopy" and "Twist and Shout" - yes, the Beatles'. As a producer he has worked with many of the big names in pop and soul music, including Neil Diamond, Van Morrison, Lulu, The Drifters, Solomon Burke, Erma Franklin and Ben E. King. He died at the age of 38 of heart failure. Early in his career he wrote under the name Bert Russell. He also did some recordings as Russell Byrd.
MY GIRL SLOOPY
(Wes Farrell/Bert Berns)
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
Sloopy lives in a very bad part of town
all the little girls there are trying to put poor Sloopy down
Sloopy, I don't care what you're daddy do
you know little girl, I'm in love with you
all together now
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
Sloopy lets her hair down every time she's out on the town
hang on Sloopy
Sloopy lets her hair down every time she's out with me
hang on Sloopy
come on Sloopy
come on, come on
come on girl
come on, come on
say yeah, yeah, yeah
yeah, yeah, yeah
good, good, good, good
good, good, good, good
good, good, good, good
good, good, good, good
I want to say
hang on Sloopy
mmmm, baby don't you know
you thrill me so
I love you so
oooh, oooh, oooh, oooh, baby
love the way that you dance
give me one chance
and I'll sweep you away
I want to say
hang on Sloopy
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
all together now
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
a little bit quieter
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
all down
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
psss, whisper it
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
very, very quiet
hang on Sloopy
Sloopy, hang on
come on Sloopy
come on, come on
yeah, now come on girl
come on, come on
come away with it Sloopy
come away with it little girl
love the way you walk
love the way you talk, baby
improvisation
oh, oh, oh, oh
I got something more to say to you
little Sloopy blue
I want to say
hang on Sloopy
®© Believe Music on behalf of G Records
®© therock&rollingsixties
Música
1 músicas
My Girl Sloopy
The Yardbirds
Shapes of Things - A Collection of Classic Yardbirds Recordings 1964-66
---------
Tradução para o português:
MY GIRL SLOOPY (Wes Farrell/Bert Berns)
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Sloopy vive em uma parte muito ruim da cidade
Todas as meninas lá tentam rebaixar a pobre Sloopy
Sloopy, não me importa o que seu pai faz
Você sabe, garotinha, eu estou apaixonado por você
Todos juntos agora
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Sloopy solta o cabelo sempre que sai pela cidade
Aguente firme, Sloopy
Sloopy solta o cabelo sempre que está comigo
Aguente firme, Sloopy
Vamos, Sloopy
Vamos, vamos
Vamos, garota
Vamos, vamos
Diga "sim, sim, sim"
Sim, sim, sim
Bom, bom, bom, bom
Bom, bom, bom, bom
Quero dizer
Aguente firme, Sloopy
Mmm, baby, você não sabe?
Você me encanta tanto
Eu te amo tanto
Oh, oh, oh, oh, baby
Amo o jeito que você dança
Me dê uma chance
E eu te levarei comigo
Quero dizer
Aguente firme, Sloopy
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Todos juntos agora
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Agora um pouco mais baixo
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Sussurre
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Bem baixinho
Aguente firme, Sloopy
Sloopy, aguente firme
Vamos, Sloopy
Vamos, vamos
Agora vamos, garota
Vamos, vamos
Vem comigo, Sloopy
Vem comigo, garotinha
Amo o jeito que você anda
Amo o jeito que você fala, baby
Improvisação
Oh, oh, oh, oh
Tenho mais algo a dizer para você
Minha pequena Sloopy triste
Quero dizer
Aguente firme, Sloopy
Resumo:
"My Girl Sloopy" é uma canção de amor que fala sobre Sloopy, uma garota que vive em um bairro difícil e enfrenta desprezo. O narrador a incentiva a se manter firme e expressa seu amor por ela. A música, cheia de energia e repetições, se tornou um hino para bandas de garagem e foi gravada por diversos artistas, incluindo The Yardbirds e The McCoys, cuja versão chegou ao topo das paradas.
________________________________________________________________________________________________________
----------
5$ *"!) " ) 2 ; R * !# " % * ,- ,FFC9 ") %!% 5 3 +#) ) 3%# !# % @,-=->,-,GE,-,.>,-G,B3 # 3% )" > " "! @ B* " ! $" 0 " ) # * %#% ,-GG*7 W ! 3%# ! * ,-GD* # 3%# 0 @,-GC>,-GAB9 3 !! 3 ! "# T!K"$# " %+!* ,H " 5 ,-GA* !!% % 3!# &:" *3 ")" " ) $ #/ : ,-G.9 # 3 ! "# " % *# %3 !! GH R " ,-GF9 $ !# ,-G-*0 %>! "1 *) $12 3 !) "!# W # ") " Q% "1% !)" #% ! #4 $! ( 2 !! 73 ! U") 5) >3 ! U") 34 ) * !3)#5 "# 9 # "!%"!3 )" # 3% !# (4 !# !* $! !!% % $5 " " % * #)% % 5 "# 3 !12 3 ! "# T!K"$# " %+!*Q% )% " ) 5 %12 ,-C=9 3O! )+) R%"# $5 " #5 * #4 $!# %3 !! ) )K 0 $5 " 3 5!O C "5 ,-C=9 3 % $12 "!##%12 ,-CD*0 # 3 ! "# 34 ) 3 !! / "!##%"# 9 ,= "5 ,-C.* "%") % !! %12 "$ !! %# $% "5 # * " "+) !# 5 9 5 "% 3 +! #/! 3 !# * G- %#% ,-DH9 $%>! " @,-DA>,-D-B" $" # ) )8#) @ B )") %7! 16!3 ! ") ! ,-H=3 # K!# ; ! @ ;B* $ 12 Q% 0%" ,-DH9 $! ) %DF*.X !5 # !*5")" 3 $ !%! 3 !# !* # %3 !! C, R " ,-H,9 %) %>! *" (" * GD $ !# ,-HD9 Y @; B ! ! "# ! 34 ) ? &"! ) %: "8) % 5 M CZ 9 5!# M (" ? Q%5 *G==A9
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
-------------
Cicatrizes da guerra na Ucrânia: Cinco ucranianos narram como 3 anos de conflito mudaram suas vidas
Da capital Kiev, onde o conflito parece distante, a Zaporizhzhia, cidade parcialmente ocupada pela Rússia, e no front, a exaustão se mescla com um patriotismo rejuvenescido pela guerra
Foto do author Carolina Marins
Por Carolina Marins
24/02/2025 | 14h30
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
------------
Eleição na Alemanha: Merz anuncia vitória e Scholz reconhece derrota após resultados de boca de urnab>
Merz deve ter um caminho difícil para formar um governo na Alemanha, mas prometeu iniciar rapidamente as conversas com o intuito de restaurar a liderança alemã na Europa
Por Redação
23/02/2025 | 16h35
Atualização: 23/02/2025 | 20h28
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
_________________________________________________________________________________________________________
"Com essa eleição da Alemanha me lembrei da última visita de Angela Merkel a Paris. Na Alfândega o inspetor lhe dirige algumas questões...
Name: Merkel, Angela
Country: Germany, of course
Occupation: Pardon, oh no, just a few days"
_________________________________________________________________________________________________________
-------------
-------------
Merkel deixa o comando da Alemanha como a chanceler que venceu sucessivas crises
Dona de uma habilidade política ora rígida ora conciliadora, alemã liderou Europa e virou referência mundial em discussões sobre meio ambiente e a pandemia
Edison Veigacolaboração para a CNN
26/09/2021 às 04:30
Ouvir notícia
0:00
A eleição deste domingo na Alemanha marca o início da sucessão da chanceler Angela Merkel depois de 16 anos no comando do país — os quatro mandatos consecutivos fazem dela uma das líderes mais longevas da Europa contemporânea.
--------------
Cid diz que juiz do TSE ajudou a espionar Alexandre de Moraes
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse, em depoimento de delação premida, que o ministro Alexandre de Moraes foi monitorado por um juiz qe atuava no Tribunal Superior Eleitoral.
A confirmação está em um dos vídeos da delação, cujo sigilo foi retirado ontem, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro e mais 33 investigados no inquérito do golpe.
No depoimento, Moraes, que presidiu a delação, perguntou a Cid se ele tinha conhecimento das ações que foram realizadas para monitrorá-lo.
Cid disse que cumpriu ordens de Bolsonaro e repasou a determinação para que fossem obtidas informações sobre Moraes.
"Solicitei ao coronel Câmara (um dos denunciados). Não sei quem era o contato dele. Nunca perguntei. O que sei era aquele ministro, aquele elemento do TSE", afirmou o tente-coronel.
Após a confirmação, o próprio ministro pediu a palavra e afirmou que o juiz foi identificado. O nome ainda não foi divugado.
"Não é um ministro, é um juiz que nós identificamos", disse Moraes.
________________________________________
Com informações da Agência Brasil
_________________________________________________________________________________________________________
------------
------------
CORTE
Reinaldo: Acusação contra Alexandre em depoimento de Cid é
Rádio BandNews FM - 141 mil visualizações - há 3 dias
----------
_________________________________________________________________________________________________________
"Espírito Santo é uma pomba fina. Não há nada. Nada vezes nada." Conclui o comentarista.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
RECORTE
-------------
_________________________________________________________________________________________________________
"O senhor foi um crítico da Lava Jato, não foi? Não sei."
_________________________________________________________________________________________________________
------------
CORTE E COSTURA
Por Correspondência
--------------
ABCDário
Por Dario
-------------
---------------
Samba do Grande Amor
Chico Buarque
--------------
_________________________________________________________________________________________________________
Tenho K (Cá) Pra Mim
"Se Ser É
E Não Ser Também
Não Ser Não É"
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
------------
Jane & Herondy - Sem Fantasia - (Com Letra na Descrição) - LEGENDAS
------------
"Vem Meu Menino Vadio
Sem Mentir Pra Você"
_________________________________________________________________________________________________________
------------
-------------
Reinaldo - Gonet demole teses golpistas sobre ... o golpe. É pleno.
há 4 dias
_________________________________________________________________________________________________________
---------
-----------
Delegações que participaram das negociações que resultaram na ratificação do Tratado de Brest-Litovsk em 1918.*
-----
Tratado de Brest-Litovsk
O Tratado de Brest-Litovsk ratificou a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial e assegurou a paz com as Potências Centrais. Os termos do tratado foram duros para a Rússia.
Ouça o texto abaixo!
Velocidade
Tópicos deste artigo
1 - O que foi o Tratado de Brest-Litovsk?
2 - Contexto histórico
3 - Termos do tratado
4 - Consequências
5 - Resumo
O que foi o Tratado de Brest-Litovsk?
O Tratado de Brest-Litovsk foi um tratado de paz assinado entre a Rússia (já governada pelos bolcheviques) e as chamadas Potências Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Império Otomano). Esse acordo foi assinado em 3 de março de 1918 e oficializou a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial. Ficou conhecido pela dureza dos termos impostos pelas Potências Centrais, o que forçou a Rússia a lidar com vastas perdas territoriais.
Acesse também: Conheça a história de uma das construções mais belas da Rússia
Contexto histórico
------------
--------------
Tropas russas durante inspeção de Nicolau II, czar russo, durante a Primeira Guerra Mundial.
------------
O envolvimento da Rússia na Primeira Guerra ocorreu em razão das questões nacionalistas que envolviam a região dos Bálcãs, sobretudo a questão da Bósnia. Essas questões foram agravadas quando a Bósnia foi oficialmente anexada pela Áustria-Hungria em 1908.
No começo do século XX, existia um movimento nacionalista na Rússia conhecido como pan-eslavismo. Nesse movimento, os russos defendiam a emancipação de todos os povos eslavos (inclusive aqueles que habitavam os Bálcãs) para que eles fossem colocados sob o controle da Rússia e governados por czares. Assim, havia uma disputa de interesses entre o Império Austro-húngaro e a Rússia pelo controle dessa região.
O envolvimento da Rússia na guerra ocorreu quando a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia (em 29 de julho de 1914), nação protegida da Rússia, em retaliação ao assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, por um estudante bósnio integrante de um movimento nacionalista.
Depois da declaração de guerra, a Rússia mobilizou tropas em defesa da Sérvia. No dia 1º de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia em resposta à mobilização de tropas russas. No dia 6 de agosto, a Áustria-Hungria declarou guerra à Rússia.
A participação da Rússia na guerra acabou sendo um verdadeiro desastre. Antes de toda a crise estourar, um político russo chamado Piotr Durnovo|1| já afirmava a necessidade de se evitar uma guerra com a Alemanha por questões ideológicas, mas principalmente porque a guerra seria desastrosa para a Rússia.
A ordem social da Rússia reconstruiu-se de maneira muito frágil após os distúrbios que ocorreram em 1905. Durnovo temia que o envolvimento da Rússia em uma guerra voltasse a agitar a sociedade. O político russo acertou em sua previsão, uma vez que a guerra agitou profundamente a Rússia.
No primeiro ano da guerra, a Rússia esteve bem, principalmente nos combates contra tropas austríacas e otomanas, mas quando a luta ocorreu contra as tropas alemãs, o resultado para os russos foi desastroso. Os russos acumulavam derrotas para os alemães, que penetravam cada vez mais em território russo e matavam milhares de russos.
A guerra, além disso, mexeu com a economia russa de tal forma que faltavam alimentos para uma população já empobrecida demais. Isso se refletiu diretamente na ordem social, uma vez que a guerra, que nunca havia sido muito popular, passou a ser vista de maneira extremamente negativa pela população. Isso empurrou a Rússia para a revolução.
Em 1917, a Revolução Russa abalou as estruturas do país e colocou fim à monarquia czarista. Em outubro, os bolcheviques (socialistas revolucionários) tomaram o poder da Rússia. O líder dos bolcheviques, Vladimir Lenin, defendia que a saída da guerra era essencial para o futuro do país. Na visão de Lenin, a Primeira Guerra era um conflito imperialista que nada tinha a ver com os interesses do povo russo. Assim, foi criada uma comissão para negociar a paz com a Alemanha.
Acesse também: Entenda as etapas da Revolução Russa lendo sobre a Revolução de Fevereiro e a de Outubro.
Termos do tratado
A Rússia formou uma comissão liderada por Leon Trotsky. A guerra era extremamente impopular na Rússia pela falta de alimentos e pelos milhões que morreram. Além disso, o exército russo estava à beira do colapso, e as derrotas para a Alemanha começavam a ameaçar grandes e importantes cidades russas, como Petrogrado (atual São Petersburgo).
Sendo assim, a Rússia, a princípio, orientou Grã-Bretanha e França para que ambos também negociassem o fim da guerra. Como ambos não deram ouvidos, a Rússia iniciou sua retirada da guerra com as Potências Centrais de maneira isolada. A ideia era negociar termos adequados pela paz, apesar de Lenin defender a ideia de paz a todo custo.
As negociações entre russos e representantes das Potências Centrais foram iniciadas em dezembro de 1917 em Brest-Litovsk. Após idas e vindas nas negociações, os russos aceitaram os duros termos impostos pelos representantes das Potências Centrais, sobretudo por força dos alemães. A aceitação dos russos aconteceu em 3 de março de 1918. Os termos incluíam:
As hostilidades entre Rússia e Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Império Otomano seriam cessadas.
A Rússia deveria abrir mão dos seguintes territórios: Finlândia, Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Belarus, Ucrânia e Polônia. Os destinos desses territórios seriam decididos em comum acordo entre alemães, austríacos e as populações locais.
Armênia, Geórgia e Azerbaijão ganhariam sua independência.
Os otomanos também recuperarIam territórios que haviam sido perdidos em uma guerra travada entre otomanos e russos no século XIX.
Acesse também: Conheça a história da capital russa, a cidade de Moscou
Consequências
O Tratado de Brest-Litovsk, assinado em 1918, teve vida curta. Com a derrota alemã, ele perdeu validade e tornou-se oficialmente inválido com a assinatura do Tratado de Versalhes em 1919. Muitos historiadores argumentam que a dureza dos termos impostos em Versalhes foi um reflexo da dureza dos alemães em Brest-Litovsk.
Para a Rússia, o tratado teve um duro impacto. Os russos perderam parte considerável de seu território e de sua população. Além disso, tiveram de abrir mão de reservas valiosas de petróleo e carvão, além de toda a malha industrial que existia nos territórios cedidos. Os termos do tratado também foram muito criticados, e as concessões feita pela Rússia renderam críticas internas.
Por fim, o tratado ajudou a redefinir o mapa da Europa e levou ao surgimento de novas nações, como a Polônia, a Estônia e a Lituânia.
Resumo
O Tratado de Brest-Litovski foi um acordo que selou a paz entre a Rússia e as Potências Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Império Otomano) durante a Primeira Guerra Mundial. Os russos iniciaram negociações logo após os bolcheviques assumirem o poder do país.
O Tratado de Brest-Litovsk foi assinado em 3 de março de 1918, e os russos abriram mão de vastos territórios. O tratado também levou a Rússia a perder reservas de carvão e petróleo e parte de sua infraestrutura industrial. O tratado, porém, logo perdeu validade após a derrota alemã e a assinatura do Tratado de Versalhes em 1919.
|1| ORLOVSKY, Daniel T. A Rússia na guerra e na revolução. In.: FREEZE, Gregory L. História da Rússia. Lisboa: Edições 70, p. 294.
*Créditos da imagem: Everett Historical e Shutterstock
Por Daniel Neves
Graduado em História
Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva
Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
-----------
Pelo Pão e Pela Paz
V. I. Lénine
14 de Dezembro de 1917
Transcrição autorizada
Link Avante
Escrito: 14 de dezembro de 1917
Publicado: pela primeira vez em Maio de 1918 no nº 11 do Jornal Jugend-Internationale.
Fonte: Obras Escolhidas em três tomos, Edições "Avante!", 1986, t2, pp 435.
Tradução: Edições "Avante!" com base nas Obras Completas de V. I. Lénine, 5.ª ed. em russo, t.35, pp. 169-170.
Transcrição e HTML: Manuel Gouveia
Direitos de Reprodução: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Edições "Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo.
capa
Duas questões estão no momento actual à frente de todas as outras questões políticas: a questão do pão e a questão da paz. A guerra imperialista, a guerra das firmas bancárias maiores e mais ricas — «Inglaterra» e «Alemanha» - pela dominação do mundo, pela partilha do saque, pela pilhagem dos povos pequenos e fracos, esta guerra terrível e criminosa devastou todos os países, extenuou todos os povos, colocou a humanidade perante um dilema: sacrificar toda a cultura e perecer ou derrubar por via revolucionária o jugo do capital, derrubar o domínio da burguesia, conquistar o socialismo e uma paz duradoura.
Se o socialismo não vencer, a paz entre os Estados capitalistas significará apenas uma trégua, um intervalo, a preparação para uma nova matança dos povos. Paz e pão: tais são as reivindicações fundamentais dos operários e explorados. A guerra agudizou em extremo estas reivindicações. A guerra lançou na fome os países mais civilizados, culturalmente mais desenvolvidos. Mas, por outro lado, a guerra, como um imenso processo histórico, acelerou de modo inaudito o desenvolvimento social. O capitalismo, que, desenvolvendo-se, se transformou em imperialismo, isto é, em capitalismo monopolista, converteu-se sob a influência da guerra em capitalismo monopolista de Estado. Alcançámos agora este grau de desenvolvimento da economia mundial, e ele constitui o limiar imediato do socialismo.
Por isso, a revolução socialista desencadeada na Rússia representa apenas o começo da revolução socialista mundial. A paz e o pão, o derrubamento da burguesia, meios revolucionários para curar as feridas causadas pela guerra, a vitória completa do socialismo — eis o objectivo da luta.
Petrogrado, 14 de Dezembro de 1917.
Fonte
banner
_________________________________________________________________________________________________________
-----------
-----------
Há 117 anos
Pelo Pão 🥖 e Pela Paz ✌️ Vladimir Lenin
i i i
----------
“Quem desconhece a história no presente está condenado a repetir os erros do passado e projetá-los no futuro.”
--------------
3 Anos de Conflito
Pela Paz Renuncio
Pela Ucrânia na OTAN
Voladymyr Zelensky
y y y
-----------
----------------
Zelensky pede 'paz real e duradoura' no terceiro aniversário da invasão russa
---------
UOL
24 de fev. de 2025
O presidente Volodimir Zelensky pediu nesta segunda-feira (24) uma paz duradoura e sustentável na Ucrânia este ano, em um discurso por ocasião do terceiro aniversário da invasão russa.
"Este ano deveria ser o começo de uma paz real e duradoura. Putin não nos dará a paz, nem nos dará a paz em troca de algo. Temos que conquistar a paz por meio da força, sabedoria e unidade", afirmou Zelensky.
Pessoas mencionadas
1 pessoa
Vladimir Putin
______________________________________________________________________________________________________________________
------------
------------
Zelensky pede ‘paz real e duradoura’ no 3º aniversário da invasão russa | AFP
AFP Português
24 de fev. de 2025
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu nesta segunda-feira uma ‘paz real e duradoura’ no terceiro aniversário da guerra contra a Rússia. Líderes europeus visitaram Kiev e anunciaram uma nova ajuda de 3,5 bilhões de euros. Já a Rússia afirmou ter chegado a um acordo para a retirada moradores da região de Kursk.
--------------
domingo, 23 de fevereiro de 2025
Das Cadeias de Markov às Correntes da História: Entre Memória Curta e Longa na Política Contemporânea
--------------
O matemático russo Andrei Markov.
---------------
"Reinaldo: Eis um conjunto de eventos, alguns lembrados por Gonet, que remetem à preparação." A partir desse trecho, é possível inferir que Gonet ultrapassou a lógica das Cadeias de Markov, uma vez que, para explicar eventos futuros, ele não se limitou a considerar apenas o estado imediatamente anterior do sistema. Em vez disso, Gonet revisitou eventos ocorridos em estágios anteriores, ampliando a base de análise para além da mera transição entre estados consecutivos.
Dessa forma, fica evidente que sua abordagem não seguiu o Método de Markov, pois não se restringiu a uma sequência linear e imediata de estados. Ao contrário, construiu uma narrativa mais abrangente, que se assemelha à estrutura de um filme — com múltiplas camadas temporais e interconexões — e não apenas a uma sucessão de retratos instantâneos 3x4 dispostos em sequência direta e imediata. Essa estratégia reforça que sua denúncia foi baseada em uma análise contextualizada e histórica, e não em uma lógica de memória curta como a das Cadeias de Markov."
------------
-------------
Uma cadeia de Markov simples de dois estados
---------------
A Cadeia de Markov é um modelo estocástico em que a previsão do próximo estado de um sistema depende exclusivamente do seu estado atual, sem levar em conta estados anteriores a esse. Ou seja, o processo é caracterizado pela propriedade de memória curta, onde apenas o último estado influencia a transição para o próximo.
No trecho citado, Gonet adota uma abordagem que se distancia desse modelo, pois, ao invés de considerar apenas o estado imediatamente anterior ao evento analisado, ele revisita eventos mais antigos, anteriores ao estágio imediatamente anterior, para construir uma narrativa mais ampla. Isso significa que sua análise não segue o Método de Markov, pois não se restringe a uma cadeia de estados consecutivos e imediatos.
O trecho "Eis um conjunto de eventos, alguns lembrados por Gonet, que remetem à preparação" sugere que ele não apenas observou o estado mais recente do sistema, mas buscou eventos anteriores que ajudassem a compreender um padrão ou uma sequência causal mais abrangente. Essa estratégia implica uma abordagem mais histórica e contextualizada, em vez de uma mera transição linear entre estados consecutivos.
A analogia entre a denúncia de Gonet e um "filme" reforça essa ideia. Enquanto uma Cadeia de Markov poderia ser comparada a uma sequência de "retratinhos instantâneos 3 por 4" (imagens fixas e isoladas conectadas apenas pelo estado imediatamente anterior), a abordagem de Gonet constrói uma narrativa que incorpora múltiplos momentos do passado para dar coerência ao relato.
Portanto, a correlação entre os trechos confirma que Gonet não se limitou ao Método de Markov, pois sua análise não depende apenas do estado imediatamente anterior, mas sim de um conjunto maior de informações passadas para compreender e justificar a sua denúncia.
_____________________________________________________________________________________________________________
-------------
---------------
"sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por onde anda o debate público? - Marco Aurélio Nogueira
O Estado de S. Paulo
As redes, frequentadas por milhões, fazem com que as vozes fiquem presas em si mesmas, reverberando em nichos igualizados que travam debate e ‘lacram’ a torto e a direito
Fala-se muito, discute-se pouco. Há lacração demais, ponderação de menos. A polarização é permanente. Atolamos numa situação na qual o livre falar de muitos não gera debates efetivos sobre as questões centrais da época. A demarcação de espaços e a defesa de interesses restritos são mais fortes do que qualquer esforço para que se componham perspectivas coletivas. A política simbólica prevalece: o que importa são as bandeiras, as novas linguagens, o ruído adjetivado.
É como se a sociedade civil – em que os grupos lutam para “dirigir” intelectual e moralmente a sociedade – não existisse, ou não tivesse como cumprir suas funções e ser o “conteúdo ético do Estado” (Gramsci). O resultado é que a vida social flutua sobre o nada, submetida ao movimento dos “fatos”, dos interesses, das postulações identitárias, das cobranças e das reclamações. Não se trata de manobras da extrema direita, mas de uma predisposição geral, que afeta de igual modo as posições libertárias e progressistas.
A presença de uma imprensa livre é vital e nos favorece. As análises e os artigos de opinião dos grandes órgãos de comunicação, porém, não se desdobram nem sobrevivem ao tempo. As mídias digitais abrem bons canais de discussão, como faz, por exemplo, o Canal Meio. Mas elas são reduzidas e têm fôlego curto.
As redes, frequentadas por milhões, fazem com que as vozes fiquem presas em si mesmas, reverberando em nichos igualizados que travam o debate e “lacram” a torto e a direito. A profusão de falas, em vez de clarear, dispersa e embota, levando a um estado de saturação.
As redes formam bolhas autorreferidas e espalham fumaça. Mas nem tudo pode ser explicado a partir delas. As redes têm sua serventia: nos ajudam a conhecer coisas e pessoas, a obter informações, a descobrir espaços de interação. Somos nós que nos perdemos nelas e não as aproveitamos.
A desinformação abundante nos manipula, distrai e, de algum modo, nos imbeciliza. Nossa fragilidade, no entanto, não deriva dela. Por que não reagimos, explorando a sensatez e as informações confiáveis, separando o que presta do que não presta? Por que compartilhamos as boçalidades que circulam? Se os cidadãos estão despreparados para pensar o mundo complexo em que vivemos, se não conseguem adquirir sensibilidade crítica para agir com autonomia, tornam-se cativos de seus nichos em rede.
É uma situação que passa pelo sistema educacional, pela falta de formação política, pela ignorância basal, pelo desejo de aparecer. Quem conhece seus direitos, quem sabe de suas obrigações cívicas, quem entende o mundo e a época, quem compreende as artimanhas do poder? Tudo é jogado em estado bruto no terreno da disputa política, sem mediação ou ponderação. A rede pesca muitas almas ingênuas, mas não só.
Escreveu o professor Pablo Ortellado: “A hiperbolização do discurso político tem levado a um ambiente de i nt o - lerância”, em que a falta de proporção desvaloriza a possibilidade de que se estabeleçam diálogos construtivos. Para ele, o debate público ficou moralizado, sem lugar para posturas moderadas e reflexivas.
Por isso tudo, não faz sentido o presidente Lula pedir que o Legislativo ou a Suprema Corte regulem as redes, “porque é preciso moralizar”. Para ele, “mentir sobre o governo” é uma questão moral. Não é bem assim, há política no meio. Interferir na opinião dos usuários das redes caminha junto com a censura.
O espírito público está rebaixado entre nós. O próprio sentido moral das coisas esfarelou, e os farelos chegaram às massas. As diferentes esferas de normas e valores foram capturadas pela “politização”, que cria uma ideia tribal de política assentada sobre relações amigoinimigo. Instala-se assim uma “guerra”.
Por fim, a miséria do debate público associa-se à falta de organizações que ofereçam parâmetros de sentido para os cidadãos. Onde estão os partidos? Por que as batalhas identitárias consomem tanta energia, a ponto de dificultar a formação de consensos e distribuir vetos à direita e à esquerda?
Dias atrás, a psicanalista Maria Rita Kehl foi difamada por ter visto nos movimentos identitários uma deletéria “pulsão narcísica”, que os leva a rejeitar tudo aquilo que é dito e elaborado fora deles. Ela, conhecida intelectual democrática, foi atacada por ter um “passado genético” condenatório. E isso em nome de um pretenso “lugar de fala”!
A pretensão não disfarça a inflexão autoritária. Distorce, cancela e vende gato por lebre, o progressismo identitário autoproclamado traduzindo-se de maneira reacionária.
Tudo mudaria se debatêssemos mais. Democraticamente, com reflexão e serenidade. Poderíamos varrer o lixo acumulado, forjar novas lideranças, corrigir o que há de excessos e carências. Com o tempo, teríamos um eixo para desenhar o País que queremos.
O problema são os requisitos. Precisaríamos compreender melhor o que é liberdade de expressão, pressionar os intelectuais para que saiam de seus casulos e ver os democratas (de centro, liberais, de esquerda) agirem na sociedade civil. Não é fácil, mas é o caminho."
-----------
-------------
Esse artigo de Marco Aurélio Nogueira no Estado de S. Paulo levanta reflexões críticas sobre o estado do debate público, especialmente no contexto das redes sociais. Ele argumenta que, apesar da aparente profusão de vozes, o que se vê é um enclausuramento em nichos ideológicos, onde o diálogo genuíno é substituído por lacração e polarização extrema.
Alguns pontos centrais do texto incluem:
A superficialidade do debate – Há muitas opiniões, mas pouca discussão real sobre os problemas centrais da sociedade. As redes sociais reforçam bolhas e ecoam discursos pré-formatados, impedindo o confronto saudável de ideias.
A captura da política pelo tribalismo – A polarização não vem apenas da extrema direita; há também um progressismo que, segundo o autor, age de forma autoritária ao cancelar vozes discordantes e reduzir o debate a identidades fixas e dogmáticas.
O papel das redes sociais – Elas são úteis para a disseminação de informações, mas acabam sendo usadas de forma disfuncional. Em vez de promoverem um debate amplo e qualificado, muitas vezes ampliam a intolerância e a desinformação.
O enfraquecimento das instituições mediadoras – Partidos políticos e intelectuais, que deveriam ajudar a estruturar e qualificar o debate, estão ausentes ou enfraquecidos, deixando um vácuo que é preenchido pelo embate emocional e fragmentado nas redes.
O risco da regulação estatal das redes – Nogueira critica a ideia de que a regulação das redes deve ser feita sob o pretexto de “moralizar” o debate público, alertando que isso pode caminhar para a censura.
A necessidade de um debate público mais qualificado – Ele defende um retorno ao diálogo democrático, com reflexão e ponderação, para que a sociedade possa superar divisões artificiais e construir um projeto coletivo mais sólido.
No fim, o artigo sugere que a solução para a miséria do debate público passa por maior educação cívica, fortalecimento da sociedade civil e um uso mais responsável da liberdade de expressão. O desafio, segundo o autor, é que isso exige um esforço contínuo e uma mudança cultural que não é fácil de alcançar.
_________________________________________________________________________________________________________
--------------
-------------
domingo, 23 de fevereiro de 2025
Lançamento: O Moderno Príncipe de Gramsci
MODERNO PRÍNCIPE DE GRAMSCI, O - COSMOPOLITISMO E ESTADO NACIONAL NOS CADERNOS DO CÁRCERE
Autor: Francesca Izzo
Sinopse
O livro de Francesca Izzo é um estudo rigoroso do pensamento de Antonio Gramsci. Uma das novidades que aqui emergem atesta que a contradição entre “cosmopolitismo da economia e nacionalismo da política” se constitui como eixo orientador em torno do qual Gramsci irá refletir sobre a necessidade de novas formas políticas capazes de dar conta da dimensão supranacional que delineava os traços de uma nova época na qual o declínio do poder estatal – fundado no território – era evidente. Voltado inteiramente para essa questão, este estudo chama atenção para as razões que fizeram com que, nos Cadernos do cárcere, Gramsci substituísse o termo “internacionalismo” por “cosmopolitismo de novo tipo”. O livro examina essa e outras mudanças conceituais e semânticas no texto gramsciano – como filosofia da práxis, revolução passiva, hegemonia, Moderno Príncipe –, que estimularam sua revisão do marxismo, além de sugerir que o pensamento de Gramsci nos apresenta, mesmo que embrionariamente, um perfil inédito do sujeito histórico dessa nova época. (Alberto Aggio)
Francesca Izzo é filósofa, foi professora de história das doutrinas políticas na Universidade de Estudos de Nápoles “L’Orientale” e faz parte da direção da Fundação Gramsci de Roma. Entre suas publicações mais importantes estão Democracia e cosmopolitismo in Antonio Gramsci (Carocci, 2009) e Le aventure dela libertà. Dall’antica Grecia al secolo delle donne (Carocci, 2016)"
________________________________________________________________________________________________________
-------------
-------------
Il moderno principe di Gramsci Capa comum – 9 setembro 2021
Edição Italiano por Francesca Izzo (Autor)
----------
Gramsci è il pensatore che ha più innovato la concezione marxista dello Stato. Consapevole dell’inarrestabile declino del potere statale, generato dal contrasto tra «cosmopolitismo dell’economia e nazionalismo della politica», ha orientato il suo pensiero verso la ricerca di nuove forme politiche capaci di trasferire il nucleo democratico della nazione moderna sul piano della sovranità sovranazionale. Il volume è dedicato all’esplorazione della categoria di cosmopolitismo seguendone, nella complessa officina dei Quaderni, le evoluzioni semantiche e concettuali che sfociano nella sostituzione del termine «internazionalismo» con «cosmopolitismo di tipo nuovo». Per rendere pienamente comprensibili i motivi che spingono Gramsci a tale scelta, viene riesaminata la rete dei concetti – dalla filosofia della prassi alla rivoluzione passiva, dall’egemonia al moderno Principe – che animano la sua revisione del marxismo, culminante in un inedito profilo del soggetto storico della nuova epoca.
------------
------------
“Edição nacional” dá forma a um “novo” Gramsci
O século XXI parece demandar uma recepção mais complexa e sofisticada de Gramsci e, nesse sentido, dispensa tanto a fórmula “canônica” em seu tratamento quanto um relativismo interpretativo inconsequente.
Alberto Aggio
9 de outubro de 2024Filosofia
-------------
O lançamento do livro O Moderno Príncipe de Gramsci – Cosmopolitismo e Estado Nacional nos Cadernos do Cárcere, de Francesca Izzo, traz uma nova interpretação do pensamento gramsciano, especialmente no que diz respeito à relação entre economia global e política nacional.
A autora destaca que Gramsci percebeu a contradição entre o cosmopolitismo da economia (a crescente interdependência econômica entre os países) e o nacionalismo da política (a permanência dos Estados-nação como atores centrais na política mundial). Esse dilema levou Gramsci a refletir sobre formas políticas inovadoras que pudessem lidar com essa nova realidade, marcada pelo enfraquecimento da soberania estatal tradicional.
Um ponto interessante do estudo é a análise da substituição, nos Cadernos do Cárcere, do termo “internacionalismo” pelo conceito de “cosmopolitismo de novo tipo”. Essa mudança conceitual reflete a tentativa de Gramsci de reformular o marxismo para uma época em que a luta política já não se dava apenas dentro das fronteiras nacionais, mas também em um nível supranacional.
Além disso, Izzo examina outros conceitos centrais no pensamento gramsciano, como:
Filosofia da práxis – a ideia de que o pensamento deve estar diretamente ligado à ação política.
Revolução passiva – mudanças políticas e sociais que ocorrem sem a participação ativa das massas.
Hegemonia – o papel das ideias e da cultura na consolidação do poder.
Moderno Príncipe – a necessidade de um partido ou organização capaz de liderar politicamente as massas, desempenhando o papel que Maquiavel atribuía ao príncipe.
A obra sugere que Gramsci antecipou, ainda que de forma embrionária, um novo perfil de sujeito histórico, adequado à complexidade da política contemporânea. O estudo se mostra relevante para compreender os desafios da política global hoje, quando questões como soberania, identidades nacionais e governança supranacional continuam em disputa.
Francesca Izzo, renomada filósofa e especialista no pensamento gramsciano, traz uma contribuição valiosa para o debate sobre a atualização das ideias de Gramsci na era do globalismo e da crise dos Estados-nação.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
---------------
Você disse:
"domingo, 23 de fevereiro de 2025
Trump, Putin e a contrarreforma - Luiz Sérgio Henriques
O Estado de S. Paulo
Os totalitarismos se parecem: o ‘inimigo interno’ de stalinista linhagem ressurge indiferentemente no vocabulário do atual líder russo ou no do presidente dos EUA
Coerente defensor da liberal-democracia – e menos lido do que ironizado por causa da antiga tese, de tom hegeliano, sobre o fim da História –, Francis Fukuyama alarmou-se com a vitória de Donald Trump. Seria como se os norte-americanos tivessem escolhido Vladimir Lenin, surpreendeu-se recentemente o filósofo. Não está aqui minimamente em questão a diferença de estatura entre Lenin e Trump. O primeiro, ao contrário de Stalin, era um político e intelectual de vocação ocidentalizante, sabedor das taras antidemocráticas do nacionalismo grão-russo. O segundo, um político de parcos recursos intelectuais e admirador declarado dos traços recessivos da cultura russa, personificados no aliado Vladimir Putin. A seu favor, um singular domínio de palco eletrônico, usado com perícia de entertainer.
A aproximação entre o primeiro Vladimir e o Trump dos nossos dias residiria na natureza revolucionária (ou contrarrevolucionária) do empreendimento a que se lançaram, não obstante haja um século entre eles. Por via da insurreição e da tomada direta do palácio do poder, Lenin pôs em ação a tática da guerra de movimento, abandonando a guerra de posição – conceitos que a ciência política da época importava dos campos de batalha da Grande Guerra que assombrara os contemporâneos. De modo farsesco – mas nem tanto, se observarmos a assustadora movimentação em curso das placas tectônicas entre Estados e dentro de cada um deles –, Trump busca pôr em prática uma blitzkrieg contra as instituições liberais para promover, afinal, uma autocratização do sistema político.
A consciência do fato expressa-se entre os apoiadores do novo presidente com extraordinária franqueza. Steve Bannon, equívoca expressão dos setores trumpistas radicalizados, frequentemente zomba da lentidão dos procedimentos da democracia representativa e até mesmo daquilo que seria seu “partido” mais importante – a imprensa tradicional. Contra tal lentidão, que se confunde com impotência, os novos revolucionários impiedosamente lançam avalanches de falsidade. É preciso, segundo o ideólogo, “inundar a área” diariamente com disparates, em velocidade comparável à de um projétil na saída da arma. A Terra é chata, como se sabe, e vacinas não funcionam nem mesmo por ocasião de pandemias.
Há método no caos aparente – e também crueldade. A bravateada “revolução do senso comum” implica um generalizado recuo intelectual de grandes massas em sentido antiliberal e anti-iluminista. Ela também desfigura a percepção dos problemas reais, legitimando, por exemplo, a caça ao imigrante – no mínimo, um criminoso em potencial – e ao dissidente político. Os totalitarismos, de resto, se parecem: o “inimigo interno” de stalinista linhagem ressurge indiferentemente no vocabulário de Putin ou no de Trump. Tal inimigo deve ser neutralizado ou eliminado, incapaz como é de celebrar o “tempo da libertação”, proclamado pelos vitoriosos, e de compreender o impulso destrutivo implícito no revolucionarismo dos subversivos. Estes últimos, em qualquer de suas vertentes – a tradicionalista, a anarcocapitalista, a fundamentalista de mercado ou seja lá o que for –, têm agora um deep State a ser destruído, tal como outrora o aríete bolchevique devia deitar por terra a máquina burguesa de poder.
As democracias liberais veem-se submetidas a uma pressão inédita. Trata-se, nas condições norte-americanas, menos de um lento processo corrosivo e mais de um assalto inédito, frontal e decisivo às liberdades fundamentais – pelo menos na intenção dos seus autores e na medida da fragilidade das oposições. A projeção externa de um tal Estado recupera determinações do velho imperialismo baseado na divisão do mundo em zonas de influência, na reivindicação explícita do “direito” à expansão territorial e na subjugação dos países mais fracos. Respeitadas as respectivas linhas de demarcação, as diferentes autocracias se dão as mãos e fazem desaparecer do sistema internacional as instituições que, bem ou mal, asseguraram uma ordem baseada em regras, por mais que tenha havido violações injustificadas.
Duas guerras mundiais foram necessárias para estabelecer um avanço que parecia consolidado: o quase banimento das anexações territoriais. Asseguraram, ainda, uma frágil tensão entre a soberania dos Estados, antes absoluta, e a afirmação dos direitos humanos como proteção a indivíduos e a minorias perseguidos internamente. Agora, à intratável questão da Palestina estamos prestes a acrescentar uma Ucrânia cronicamente inviável, despedaçada pela Rússia, para nada falar dos dramas africanos que cobram um tributo comparativamente maior de vítimas, se é que tem sentido este tipo de contabilidade macabra.
Um tempo de contrarreforma visa a fazer girar a roda da História – admitindo que exista – violentamente para trás. Nada determina que o intento fracasse total ou parcialmente, antes de cumprir o programa máximo. Por isso, o ataque às instituições liberal-democratas deve preocupar o conjunto da esquerda e dos progressistas. Com o legado iluminista não se brinca."
_________________________________________________________________________________________________________
-------------
-------------
opiniao_estadao
#EspaçoAberto | Luiz Sérgio Henriques
'Trump, Putin e a contrarreforma - O ‘inimigo interno’ de stalinista linhagem ressurge indiferentemente no vocabulário do atual líder russo ou no do presidente dos EUA' https://estadao.com.br/opiniao/espaco-aberto/por-onde-anda-o-debate-publico/
📸 AP Photo/Susan Walsh
-------------
O artigo de Luiz Sérgio Henriques apresenta uma análise crítica sobre o avanço de tendências autoritárias no cenário global, destacando as figuras de Donald Trump e Vladimir Putin como símbolos de um movimento contrarrevolucionário contra as instituições liberais-democráticas.
Principais Argumentos do Texto:
A Similaridade Entre os Totalitarismos
Henriques aponta que os regimes autoritários compartilham um elemento comum: a necessidade de um “inimigo interno”, conceito historicamente associado ao stalinismo.
Tanto Putin quanto Trump utilizam essa retórica para mobilizar suas bases e justificar medidas autoritárias.
Trump e a “Blitzkrieg” Contra a Democracia
O autor traça um paralelo entre Lenin e Trump: ambos teriam promovido uma ruptura radical, ainda que em direções opostas. Lenin liderou uma revolução socialista; Trump busca a autocratização do sistema político norte-americano.
Trump e seus aliados, como Steve Bannon, adotam uma estratégia de desinformação em massa, inundando o debate público com falsidades para desacreditar a imprensa tradicional e enfraquecer a democracia representativa.
O Retrocesso Iluminista e o Ataque às Liberdades
O fenômeno autoritário não se limita aos EUA e à Rússia, mas faz parte de um movimento global de reação antiliberal e anti-iluminista.
O avanço desse novo autoritarismo implica ataques às minorias, perseguição política e desprezo pelas instituições democráticas.
A Volta do Imperialismo e o Perigo para a Ordem Internacional
Putin busca restaurar a lógica imperialista das zonas de influência, exemplificado pela invasão e desestabilização da Ucrânia.
O autor alerta que a erosão das regras internacionais pode reverter conquistas históricas, como a condenação das anexações territoriais e a defesa dos direitos humanos.
Conclusão: A Necessidade de Resistência Democrática
Henriques encerra o texto com um alerta: o ataque às instituições liberais não deve ser subestimado. Se os progressistas não reagirem à altura, a História pode, de fato, retroceder, consolidando regimes autoritários que anulam as conquistas democráticas do século XX.
A sua crítica ressoa com um dilema contemporâneo: como as democracias devem reagir ao avanço de regimes autocráticos e à manipulação da informação?
________________________________________________________________________________________________________
---------------
----------------
"domingo, 23 de fevereiro de 2025
Um pouco de Marx para explicar as loucuras de Trump – Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
Para modernizar a sua economia e enfrentar a China, o presidente dos Estados Unidos põe em xeque tudo o que obstrui suas intenções, inclusive a democracia e a ordem mundial
O filósofo e historiador norte-americano Marshal Berman foi um pensador que perseguiu o humanismo ao longo de toda a sua obra, encerrada precocemente, em setembro de 2001, aos 72 anos. Em As Aventuras do Marxismo (Companhia das Letras), uma coletânea de artigos, alguns escritos após o fim do União Soviética, o autor refletia sobre o que ainda seria útil no pensamento de Karl Marx, ao qual dedicara boa parte de seus estudos, ao lado da interpretação da vida das cidades que mais amava: Paris, São Petersburgo e, sobretudo, Nova York.
Berman estudou e lecionou em Oxford e em Harvard, que considerava universidades "intelectualmente excitantes, mas socialmente solitárias". Na década de 1960, mudou-se para a City University de Nova York, cidade onde nasceu e se tornou um dos principais impulsionadores da revista Dissent. Seu livro mais importante é Tudo que é Sólido Desmancha no Ar (Companhia de Bolso), lançado em 1982, sobre o que chamou de "aventura da modernidade".
Esse título não é uma simples frase de efeito. Berman mostra a relação entre a reconfiguração produtiva do capitalismo e as mudanças de comportamento de homens e mulheres nas cidades que considera protagonistas da modernidade. São Petersburgo foi planejada e construída para ocidentalizar o Império Russo. Inspirou a reforma urbana de Paris, que influenciaria as reformas urbanas pelo mundo, inclusive as do Rio de Janeiro e de São Paulo, na década de 1920.
No livro Um Século de Nova York (Companhia das Letras), Berman descreve a virada urbanística da megalópole ao longo dos 100 anos da Times Square. Seu olhar parte do cruzamento da Rua 42 com a Sétima Avenida, entre americanos e turistas, à sombra de arranha-céus e diante de um impressionante painel de outdoors, letreiros luminosos e anúncios eletrônicos. Avenidas, pessoas e signos, em ensaios que vão da agitação cultural da Broadway na década de 1930 ao poder financeiro das grandes corporações, tecem o caldeirão no qual nasceu o atual presidente dos Estados Unidos.
Donald Trump recebeu de seu pai, Fred Trump, em 1971, o controle da The Trump Organization e construiu um império imobiliário. Se meteu em quase tudo, fez maus e bons negócios, sempre na fronteira sinuosa da transgressão. Foi dono do concurso Miss USA, figurante em filmes e séries de televisão e apresentador e produtor do reality show O Aprendiz (The Apprentice), que pavimentou a carreira eleitoral. Em junho de 2015, anunciou a candidatura à Presidência pelo Partido Republicano. Em maio de 2016, assumiu a Casa Branca.
Herança de Reagan
O slogan de campanha de Trump, Make America Great Again (Torne a América Grande Novamente), abreviado como MAGA, surgiu na campanha presidencial de Ronald Reagan de 1980. Foi usado por Trump nas eleições de 2016, em meio a acusações de interferência russa a favor de sua campanha, e nas eleições do 2024. A remissão ao passado no imaginário popular é uma caraterística universal do pensamento reacionário. Para modernizar a economia dos Estados Unidos e enfrentar a China, Trump atropela quase tudo que obstrui suas intenções: as leis americanas, as democracias representativas, a institucionalidade da economia mundial e os organismos multilaterais pós-Segunda Guerra Mundial.
No dia da posse, 20 de janeiro, Trump assinou uma série de ordens executivas que viraram os EUA pelo avesso. Retirou-se da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris; revogou o reconhecimento da ideologia de gênero; congelou novas regulamentações; demitiu servidores; criou o Departamento de Eficiência Governamental (entregue a Elon Musk) para reformar o Estado; removeu militares, investigadores e promotores que considera desafetos políticos; reclassificou Cuba como patrocinadora do terrorismo.
Também revogou sanções contra colonos israelenses; anulou regulamentos sobre inteligência artificial; dissolveu a Força-Tarefa de Reunificação Familiar; anistiou aproximadamente 1,5 mil manifestantes que depredaram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2022, para impedir a posse de Joe Biden; tentou acabar com a cidadania por nascimento; e declarou emergência nacional na fronteira com o México. Trump adotou tarifas de 25% sobre importações do Canadá, do México e do aço brasileiro. Anunciou a intenção de anexar o Canadá, comprar a Groenlândia, tomar de volta o Canal do Panamá, fazer um resort na Faixa de Gaza e dividir a Ucrânia com Putin.
Fosse vivo ainda, Berman poderia começar a escrever o segundo volume de Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, título retirado de uma passagem do famoso Manifesto do Partido Comunista (Boitempo), de 1848. Nele, Marx afirma que a burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, as relações de produção e, como isso, todas as relações sociais.
"Dissolve todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de ideias secularmente veneradas; e as relações que as substituem tornam-se antiquadas antes de se ossificar. Tudo que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e os homens são obrigados finalmente a encarar com serenidade suas condições de existência e suas relações recíprocas", destaca. Mais atual, impossível."
_________________________________________________________________________________________________________
--------------
--------------
O artigo de Luiz Carlos Azedo analisa a presidência de Donald Trump à luz do pensamento de Karl Marx e da obra do filósofo Marshal Berman. Ele destaca a forma como Trump, ao buscar modernizar a economia dos EUA e enfrentar a China, atropela leis, instituições democráticas e a ordem mundial.
Principais Argumentos do Texto:
Marshal Berman e a Modernidade em Colapso
O autor resgata o pensamento de Berman, que analisou a relação entre o capitalismo e as mudanças urbanas e sociais.
Inspirado na famosa frase do Manifesto Comunista – "Tudo que é sólido se desmancha no ar" –, Berman argumentava que o capitalismo transforma constantemente as estruturas sociais.
Trump Como Produto do Capitalismo Americano
Trump surgiu do mundo dos negócios imobiliários, reality shows e transgressões na fronteira da legalidade.
Seu slogan Make America Great Again remete a Reagan e ao pensamento reacionário que idealiza um passado glorioso.
A Estratégia de Trump: Ruptura e Reação
No início de seu novo mandato, Trump tomou medidas radicais, incluindo:
Rompimento com acordos internacionais (Acordo de Paris, OMS).
Reformas drásticas no Estado (entrega da administração pública a Elon Musk).
Anistia a radicais envolvidos na invasão do Capitólio.
Políticas protecionistas agressivas contra Canadá, México e Brasil.
Planos absurdos, como anexar o Canadá e dividir a Ucrânia com Putin.
A Relevância de Marx na Análise de Trump
O artigo sugere que Trump representa uma versão contemporânea da destruição criativa descrita por Marx.
Suas ações são guiadas por uma lógica de ruptura total com as instituições estabelecidas, em favor de um novo modelo político e econômico.
Conclusão: A Era do Caos Como Projeto Político
Trump personifica uma nova fase do capitalismo, em que a destruição das normas democráticas e da ordem internacional se torna parte da estratégia de poder. O pensamento de Marx e de Berman ajuda a entender esse fenômeno, mostrando como as crises políticas e econômicas são parte do próprio funcionamento do sistema.
A grande questão é: até que ponto a sociedade consegue suportar essa ruptura antes que algo novo – e potencialmente mais perigoso – tome seu lugar?
_________________________________________________________________________________________________________
--------------
---------------
domingo, 23 de fevereiro de 2025
A traição americana - Lourival Sant’Anna
O Estado de S. Paulo
Ao dividir Ucrânia entre EUA e Rússia, Trump repete pacto entre Hitler e Stalin que dividiu Polônia
Os movimentos de Donald Trump não podem ser entendidos da óptica convencional da geopolítica. As motivações comuns são o colonialismo mercantilista, a ideologia iliberal e nativista.
Trump tentou impor a Volodmir Zelenski pagamento de US$ 500 bilhões e 50% de todas as receitas provenientes de minerais raros, gás, petróleo, portos e o resto da infraestrutura da Ucrânia.
No Tratado de Versalhes, em 1919, os aliados impuseram à Alemanha reparação de guerra equivalente a 200% do PIB alemão. Os US$ 500 bilhões representam 264% do PIB ucraniano. A Alemanha foi a agressora na 1.ª Guerra. A Ucrânia é vítima da agressão russa.
A ajuda americana à Ucrânia somou US$ 175 bilhões, dos quais US$ 75 bilhões, destinados à compra de armas americanas. Como fica claro no confisco de 50% por tempo ilimitado, não é reembolso, mas exploração colonial de um país fragilizado.
Ao dividira Ucrânia entre EUA e Rússia, Trump repete o pacto secreto de 1939 entre Adolf Hitler e Josef Stalin, que dividiu a Polônia. Dois anos depois, Hitler ocupou o restante da Polônia e invadiu a URSS. Trump assume postura colonialista também ante o Canadá, Groenlândia, Panamá e Gaza.
As sanções de Trump remetem à era mercantilista, quando exportar era proveitoso e importar, danoso. Isso é incompatível coma economia globalizada. Os produtos industriais dos EUA e dos outros países se aproveitam das importações de partes e componentes da cadeia de valor.
Depois de eliminar taxa de US$ 9 sobre veículos na região central de Nova York, Trump publicou em sua rede Truth Social: “Longa vida ao rei”. A Casa Branca reproduziu a postagem no Twitter e Instagram, com imagem do presidente usando coroa de rei. Ele cultiva uma autoimagem imperial.
A identificação de Trump com líderes autoritários também explica seus movimentos. Ele tem elogiado Xi Jinping e Vladimir Putin, buscando se aproximar de ambos, como fez em seu primeiro governo.
O vice, J.D. Vance, discursou em Munique que a ameaça não são a China e a Rússia, mas o liberalismo europeu. Trump se recusa a defendera Europa, mas promete manter 10 mil soldados americanos na Polônia, cujo presidente, Andrzej Duda, é um nacionalista conservador.
Depois da 2.ª Guerra, os EUA firmaram alianças com Europa, Japão e Coreia do Sul para não ter de enfrentar os inimigos em território americano.
Ao abandonar aliados e se unira adversários, T rum panulaa confiabilidade dos EUA, trai seus interesses e a causa da liberdade."
_________________________________________________________________________________________________________
-------------
--------------
Lourival Sant'Anna
@lsantanna
Fiz reportagens em 80 países, 15 coberturas de conflitos armados. Publiquei 4 livros, entre eles “Minha Guerra contra o Medo”. Mestre pela ECA/USP.
JornalistaSão Paulo, Brasillourivalsantanna.com
-------------
O artigo de Lourival Sant’Anna faz uma crítica contundente à política externa de Donald Trump, especialmente no que diz respeito à Ucrânia e às alianças internacionais dos Estados Unidos. Ele argumenta que Trump adota uma postura colonialista e mercantilista, rompendo com a tradição de defesa da liberdade e da democracia que marcou a política externa americana desde a Segunda Guerra Mundial.
Principais Pontos do Artigo:
A Ucrânia Como Moeda de Troca
Trump teria tentado impor à Ucrânia um pagamento abusivo de US$ 500 bilhões e 50% de todas as receitas de minerais, gás, petróleo e infraestrutura.
Comparação com as reparações impostas à Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, que foram de 200% do PIB alemão.
A proposta de Trump representaria 264% do PIB ucraniano, um peso insustentável para um país já devastado pela guerra.
Paralelo com o Pacto Hitler-Stalin (1939)
Trump estaria repetindo a lógica do Pacto Molotov-Ribbentrop, em que Hitler e Stalin dividiram a Polônia.
No caso atual, os EUA e a Rússia dividiriam a Ucrânia, deixando-a indefesa diante da influência russa.
Sugestão de que Trump não vê a Ucrânia como um aliado, mas como um território a ser explorado.
O Colonialismo Econômico de Trump
As sanções econômicas de Trump se assemelham ao mercantilismo, visão ultrapassada em que exportações são sempre benéficas e importações, prejudiciais.
Isso contrasta com a economia globalizada, onde cadeias de valor internacionais dependem de importações de insumos.
A Autoimagem Imperial de Trump
Trump eliminou uma taxa sobre veículos em Nova York e, em seguida, publicou na Truth Social: “Longa vida ao rei”.
A Casa Branca compartilhou a postagem com uma imagem de Trump usando uma coroa de rei, reforçando seu culto à personalidade.
Alinhamento com Ditadores e Desprezo pela Europa
Trump mantém boas relações com Xi Jinping e Vladimir Putin, afastando-se dos aliados históricos dos EUA.
Seu vice, J.D. Vance, declarou na Conferência de Munique que o verdadeiro inimigo dos EUA não é China ou Rússia, mas o liberalismo europeu.
Trump se recusa a defender a Europa, mas promete manter 10 mil soldados na Polônia, governada pelo ultraconservador Andrzej Duda.
A Traição Americana
Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA se aliaram à Europa, Japão e Coreia do Sul para evitar que inimigos chegassem ao seu território.
Trump rompe com essa estratégia ao abandonar aliados e se aproximar de adversários, minando a confiabilidade dos EUA no cenário global.
Conclusão: Trump Como um Risco Global
O artigo sugere que Trump não apenas enfraquece a posição dos EUA no mundo, mas também desestabiliza a ordem internacional, favorecendo ditaduras e adotando políticas econômicas retrógradas. Seu desprezo pelos aliados tradicionais e sua identificação com líderes autoritários tornam os Estados Unidos um país menos confiável e mais isolado.
A grande questão que fica é: se os EUA abandonam seus aliados e minam as instituições internacionais, quem preencherá esse vácuo de poder?
_________________________________________________________________________________________________________
---------------
-----------------
Cadeias de Markov: Periodicidade - Proc. Estocásticos IPRJ Aula 7 Parte 4 SEM EDIÇÃO
-------------
Ricardo Fabbri
10 de nov. de 2020
ESTE VÍDEO CONTËM MATERIAL PRELIMINAR EM FASE DE EDIÇÃO
Períodos de cadeias de markov, Cadeias periódicas e aperiódicas. Exemplo de classes de comunicação, seus períodos e se os estados são transientes.
PDF das aulas de Cadeia de Markov a Longo Prazo (capítulo 3 do Dobrow)
https://drive.google.com/file/d/1FVCb...
Instituto Politécnico IPRJ / UERJ www.iprj.uerj.br
prof. Ricardo Fabbri
Playlist: • Processos Estocásticos: Curso com apl...
_________________________________________________________________________________________________________
------------
Título:
Das Cadeias de Markov às Correntes da História: Entre Memória Curta e Longa na Política Contemporânea
Epígrafe:
"Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado."
— George Orwell, 1984
Citação Sintética Conectada:
"A política não se resume a eventos isolados, mas à continuidade histórica que os molda e os reconfigura."
Sugestão de Ilustração Gráfica:
Uma representação visual de uma Cadeia de Markov, com setas conectando estados sucessivos, contraposta a uma linha do tempo histórica mais ampla, evidenciando a diferença entre um modelo de memória curta e uma abordagem contextualizada dos eventos políticos.
Sugestão de Charge:
Uma charge representando líderes políticos (como Trump, Putin e outros) olhando apenas para o evento imediatamente anterior enquanto ignoram um grande painel histórico ao fundo, simbolizando a limitação da "memória curta" em suas ações e discursos.
Resumo
O conceito de Cadeia de Markov, caracterizado por sua "memória curta", oferece um paralelo intrigante para analisar diferentes abordagens políticas e históricas. Enquanto esse modelo matemático sugere que cada estado de um sistema depende exclusivamente do estado imediatamente anterior, as análises políticas aprofundadas — como as de Marco Aurélio Nogueira, Francesca Izzo, Luiz Sérgio Henriques, Luiz Carlos Azedo e Lourival Sant’Anna — demonstram a importância de revisitar contextos mais amplos para compreender a dinâmica do presente.
No artigo de Marco Aurélio Nogueira, a reflexão sobre o debate público enfatiza a necessidade de recuperar marcos históricos para evitar discursos fragmentados e superficiais. Já em O Moderno Príncipe de Gramsci, Francesca Izzo aponta como a política deve ser compreendida a partir de processos históricos contínuos, rejeitando leituras que isolam eventos de sua trajetória.
Luiz Sérgio Henriques, ao analisar as interações entre Trump e Putin, mostra como a política atual é moldada por padrões históricos e ideológicos que vão além de decisões individuais imediatas. Da mesma forma, Luiz Carlos Azedo usa Karl Marx para explicar os movimentos de Trump, demonstrando que a economia e a política funcionam em um fluxo histórico, e não como uma série de eventos desconectados. Por fim, Lourival Sant’Anna traça um paralelo entre as ações de Trump e o Pacto Hitler-Stalin, reforçando que a história não pode ser ignorada ao interpretar eventos contemporâneos.
Gonet, ao rejeitar uma abordagem "markoviana" em sua análise, demonstra que compreender o presente exige olhar para o passado com profundidade. Essa lição se estende à geopolítica, onde a ilusão de decisões isoladas e de curto prazo pode levar a erros estratégicos catastróficos.
Conclusão
A política e a história não podem ser reduzidas a transições lineares e imediatas, como sugeriria uma Cadeia de Markov. Governantes e analistas que ignoram a profundidade dos processos históricos correm o risco de repetir erros do passado e perder a capacidade de antecipar os desdobramentos futuros. A crise do debate público, as alianças estratégicas e as reformas globais devem ser analisadas em perspectiva, sob o risco de cairmos em narrativas simplistas que não dão conta da complexidade do mundo contemporâneo. Como bem ilustrado pelos artigos analisados, compreender a política exige enxergar além do último estado — requer a construção de uma narrativa histórica que conecte o presente ao passado para projetar o futuro.
_________________________________________________________________________________________________________
------------
------------
Modelos ocultos de Markov como usar modelos ocultos de Markov para previsao de investimentos
-----------
ANEXO:
Título: Das Cadeias de Markov às Correntes da História: Entre Memória Curta e Longa na Política Contemporânea
Epígrafe: "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo." — George Santayana
Citação Sintética Conectada: "A política não se resume a eventos isolados, mas à continuidade histórica que os molda e os redefine."
Sugestão de Ilustração Gráfica: Uma representação visual de uma cadeia de Markov pode ser encontrada no artigo da Wikipédia sobre o tema:
Wikipedia
.
Sugestão de Charge: Uma coletânea de charges políticas que exploram a memória histórica está disponível no portal da Universidade Federal de Juiz de Fora:
UFJF
.
Resumo: Este artigo explora a distinção entre abordagens analíticas de "memória curta", exemplificadas pelas Cadeias de Markov, e perspectivas de "memória longa", que consideram contextos históricos mais amplos. A discussão é contextualizada na política contemporânea, analisando como líderes como Donald Trump utilizam narrativas que ora se baseiam em eventos imediatos, ora recorrem a revisitações históricas para justificar ações presentes. A reflexão é enriquecida por análises de autores como Marco Aurélio Nogueira, Luiz Sérgio Henriques, Luiz Carlos Azedo e Lourival Sant’Anna, que oferecem insights sobre a interseção entre eventos históricos e decisões políticas atuais.
Conclusão: A compreensão da política contemporânea requer uma análise que transcenda a sequência linear de eventos imediatos, incorporando uma perspectiva histórica que ilumine as raízes e as ramificações das ações presentes. Ao contrastar a simplicidade das Cadeias de Markov com a complexidade das correntes históricas, reconhecemos a importância de uma abordagem analítica que valorize tanto o contexto imediato quanto as influências históricas de longo prazo.
Fontes
_________________________________________________________________________________________________________
---------
-----------
Power politics : the definitive study of international relations
by Wight, Martin
_________________________________________________________________________________________________________
---------
----------
MARTIN WIGHT A POLÍTICA DO PODER
A Política do Poder é um livro de Martin Wight, considerado um dos fundadores da Escola Inglesa de Relações Internacionais. A obra está incluída na coleção Clássicos IPRI, da Editora UnB.
Assinar:
Postagens (Atom)