quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Zé Marmita



Zé Marmita, nas interpretações de duas ex-operárias de origem bem humilde, como poder-se-á conferir em suas biografias nos links do post a seguir.

Essas intérpretes são: Marlene e Elza Soares.

Nenhuma jamais rechaçou sua origem modesta e venceram por seus talentos e autenticidade.

Grandes mulheres brasileiras que nos dão orgulho por estarem à altura das mulheres que mais amamos na vida.


Marlene | Zé Marmita (HD)


Zé Marmita
Marlene
  
Quatro horas da manhã
Sai de casa o Zé Marmita
Pendurado na porta do trem
Zé Marmita vai e vem

Numa lata, Zé Marmita
Traz a bóia
Que ainda sobrou do jantar
Meio-dia Zé Marmita
Faz o fogo para comida esquentar

E o Zé Marmita
Barriga cheia
Esquece a vida
Numa bate-bola de meia


Publicado em 24 de mai de 2012
Marlene, "a que canta e samba diferente", em uma de suas mais lembradas gravações: "Zé Marmita".


O samba, lançado em janeiro de 1953 e sucesso do carnaval daquele ano, tem autoria de Brazinha e Luiz Antonio. Gravado pela Continental, com acompanhamento de Zimbres e Sua Orquestra.


A foto e a cena de Marlene com Luis Delfino ao piano integram o número musical em que é cantada "Lata D'água", do filme "Tudo Azul", de 1952.
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Música
"Zé Marmita" por Marlene ( • )


Marlene
Vitória Bonaiutti De Martino

http://dicionariompb.com.br/images/icone/nascimento_verbete.gif 22/11/1922 São Paulo, SP
http://dicionariompb.com.br/images/icone/morte_verbete.gif 13/6/2014 Rio de Janeiro, RJ

http://dicionariompb.com.br/marlene/dados-artisticos


Brasinha
Gustavo Thomás Filho
http://dicionariompb.com.br/images/icone/nascimento_verbete.gif 10/12/1925 Rio de Janeiro, RJ
http://dicionariompb.com.br/images/icone/morte_verbete.gif 16/4/1998 Rio de Janeiro, RJ


http://dicionariompb.com.br/brasinha


Luís Antônio
Antônio de Pádua Vieira da Costa

http://dicionariompb.com.br/images/icone/nascimento_verbete.gif 16/4/1921 Rio de Janeiro, RJ

http://dicionariompb.com.br/images/icone/morte_verbete.gif 1/12/1996 Rio de Janeiro, RJ



http://dicionariompb.com.br/luis-antonio/dados-artisticos






Inveja da marmita
É de cobiça, em par com um fio de baba no precipício da gengiva
Normalmente (e com justiça) associada à rotina do trabalhador que acorda às quatro da manhã com o canto do galo e leva, cozinhada de véspera, sua panelinha para a fábrica à espera do apito da hora do almoço; ou ao duro batente dos peões na construção civil — a marmita é uma instituição que vem, através do tempo e do vaivém das crises cíclicas, se democratizando e atingindo não só assalariados e profissionais liberais de classe média, mas mesmo empresários modernos e autônomos em geral, sobretudo os que se preocupam com a qualidade de sua dieta.
Não só isso: o objeto, que tradicionalmente podia ser um pote ou uma embalagem metálica, às vezes improvisada (e que passou a incluir o plástico, bem menos charmoso, com o advento do tupperware), chegou ao topo da pirâmide e se gourmetizou, como está na moda dizer. Se nos bazares e nos sites de venda o preço da marmita tradicional varia de R$ 7 (a quadradinha) a R$ 15 (a redonda, clássica, com as travas laterais), em certos shoppings da Zona Sul marmitas com design assinado podem ser vendidas a até R$ 300. A proliferação do micro-ondas em empresas permite que os mais afortunados esquentem o rango em três minutos, quando, antigamente, era preciso haver um forno ou se contar com a boa vontade do cozinheiro da chefia para não ter que encarar boia fria.
A marmita de verdade, no entanto, é aquela fugaz, que se vê no meio da rua, consumida, com afoiteza, no meio-fio, às onze horas da manhã, e que inspiram, no passante, uma inveja inconfessável que não se deve confundir com a inveja do vizinho: aquele ser que tem hora para esvaziar sua latinha é visto pelos andarilhos como um tipo de príncipe. Seu rancho é único, não se encontra em nenhum restaurante ou lanchonete das redondezas, nem a milhares de quilômetros. Não tem preço. Foi preparado pela mãe, pelo pai, pela mulher, ou por ele mesmo, ao soar de um rádio de pilhas ou da televisão. Tem um tempero “de casa”. Aquele bife em pedaços foi frito em insofismável refogado de manteiga com cebolas e misturado ao feijão e ao arroz com um carinho que chef nenhum dispensará na cozinha do Olympe ou do Fasano. Seu cheiro é o da fumaça clássica de desenho animado que faz os famintos flutuarem na direção de emanações celestes.
Aquele ensopadinho, não duvidem, esteve num panelão, curtido por duas noites, noites de avó aflita. Aquele macarrão com salsicha tem a alma insaciada de fomes ancestrais. Um gosto “de outro tempo”, como dizem os imigrantes. Portanto, não se enganem quando virem alguém, seja um pobre coitado, seja um triste burguês, passar por esse trabalhador e ouvi-lo oferecer “servido”?, e o passante disser, com uma lágrima pendente: “Bom apetite.” Essa lágrima não é de comoção. Não, não é. É de cobiça, em par com um fio de baba no precipício da gengiva. Seu desejo verdadeiro e profundo é o de avançar sobre o operário, arrancar-lhe a marmita ainda cheia e sair correndo às gargalhadas como um simples ladrão de folhetim.
Pois a comida de marmita é, sempre, a mais gostosa, a mais ajeitadinha, a mais sincera. Com a bênção de mãos cuidadosas e apaixonadas, ela passou por uma viagem de trem e duas de ônibus, mas ficou ali dentro, protegida, ganhando em profundidade de sabor, impregnando-se do tempero, ansiosa, por assim dizer, para ser redescoberta e ter suas propriedades usufruídas com o deleite daquele que merece o néctar metafísico da refeição honrada, embora circunstancialmente frugal. A inveja da marmita, portanto, não é só a de seu conteúdo químico, de seus sabores, consistências e aromas, mas do amor de que aquele ser chibatado de labuta partilha com alguém, e que faz daquela porção uma receita de fórmula mágica e poderes intangíveis.
Nas empresas mais modernas e cujos assalariados trabalham em condições melhores, a inveja da quentinha é mais uma inveja “entre iguais”, apesar das diferenças de renda mensal. Os preços altos das cantinas e refeitórios, ainda mais em tempos de crise, aumentam a incidência de marmitas com as mais variadas receitas, às vezes preparadas e congeladas com planejada antecedência, para todo o mês. “Hmmm, camarão com chuchu, hem”?, dirá o gerente de RH à moça do caixa da contabilidade. No ambiente mais fechado dessas empresas, a fórmula do “servido?”, oferta retórica, que ficaria feio aceitar na rua, não existe. O risco de a moça magra ver uma porção do seu camarão com chuchu tungada por um sujeito barrigudo sem noção é considerável. Daí muita gente escolher os momentos em que não há fila no micro-ondas, mudar os horários das refeições, usar todo o tipo de disfarces e subterfúgios.
Por exemplo, vigiar o micro-ondas de longe, como se não fosse seu, retirar a marmita furtivamente na hora do apito e embrenhar-se por atalhos nas escadas e corredores. Ou fugir à rua e juntar-se aos marmiteiros tradicionais para comer na paz à qual todo cidadão que paga suas contas e trabalha honestamente tem sagrado direito.
Arnaldo Bloch
http://oglobo.globo.com/cultura/inveja-da-marmita-20543982



Pot pourri 3 - Elza Soares


Publicado em 7 de jan de 2015
Bonde De São Januário / Zé Marmita / O Trem Atrasou / Sapato de Pobre
(Ataulpho Alves e Wilson Batista / Brasinha e Luiz Antônio / Arthur Villarinho, Estanislau Silva e Paquito / Jota Júnior e Luiz Antônio)
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Música
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ELZA
MILTINHO
e SAMBA


Zé Marmita
Miltinho
Quatro horas da manhã,


Sai de casa o Zé Marmita,


Pendurado na porta do trem,


Zé Marmita vai e vem.



Numa lata, Zé Marmita,


Traz a bóia,


Que ainda sobrou do jantar,


Meio-dia Zé Marmita,


Faz o fogo para comida esquentar,



E o Zé Marmita,


Barriga cheia,


Esquece a vida,



Numa bate-bola de meia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Diante da situação tenebrosa,

a notícia ruim é bênção



“Muita sabedoria unida a uma santidade moderada é preferível a muita santidade com pouca sabedoria”.

Estava em Maceió para os festejos dos 106 anos do Teatro Deodoro, quando li a notícia da prisão do ex-governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro. Estremeci. No dia seguinte, vi as fotos de Cabral de cabeça raspada em Bangu e com a camisa de prisioneiro, como um detento qualquer, bandido pé-rapado. Naquele momento, o Brasil inteiro estava vendo o noticiário. Meu mal-estar piorou. Porque me veio à mente a figura do Sérgio Cabral, que os amigos passaram a chamar de o velho, amigo, homem honrado, jornalista e escritor. Pensei, como a imensa maioria dos amigos do velho Cabral: ele estará vendo tudo isso neste momento? E sente o quê?
      


Ignácio de Loyola Brandão
25 Novembro 2016 | 02h00
O velho Cabral (temos um ano apenas de diferença de idade) fez jornalismo político na UH carioca, foi repórter geral, escreveu a história das escolas de samba cariocas, as biografias de Nara Leão, Elizeth Cardoso, Pixinguinha, Almirante, Ary Barroso, Tom Jobim, Grande Otelo, Ataulfo Alves, compôs algumas músicas, produziu shows, foi vereador. Cabral pai, íntegro, bem-humorado, irônico, fundador do Pasquim ao lado de Jaguar, Tarso de Castro e Ziraldo. Uma vez, indaguei dele por que não conseguia encaixar nenhum texto meu no Pasquim. “Me disseram que por ser paulista, verdade?” perguntei. Ele riu, nem confirmou nem negou, apenas respondeu: “Deixe de bobagem, esqueça”. Tinha razão, eu não possuía o estilo Pasquim, não tinha humor, era duro. 
Ali em Maceió, imaginei o choque de um pai testemunhando o filho em tal situação, escândalo nacional, num momento sombrio para o Rio de Janeiro. Do aeroporto mesmo, enviei pelo fone, um e-mail para Antônio Torres, indagando se ele tinha notícias do estado de espírito de Cabral pai. E o que poderíamos fazer para abraçá-lo. Mal cheguei ao hotel, recebi resposta: “Coincidência: a Nélida Piñon fez perguntas parecidas ontem, na Academia Brasileira de Letras. Todos que o conhecemos ficamos com preocupações iguais às suas. Cabral, o pai, é o que antigamente chamávamos de boa-praça. Alguém informou que o velho Cabral está doente, um tanto quanto fora do ar”.
Fiquei matutando: quanto fora do ar? Quanto ele está vendo, sabendo e sofrendo? Como receber informação segura? Lembrei-me de Ruy Castro, escritor ligado à música brasileira. Igualmente, a resposta veio rápida, deixando transparecer que a preocupação era geral, um buscava no outro algo que nos tranquilizasse ou entristecesse mais. Ruy respondeu: “Nos últimos três anos, Sérgio pai tem passado por um processo galopante de Alzheimer ou alguma outra forma de demência - você não sabia? Sempre fomos amigos. Estive com ele há seis meses. Me reconheceu e rimos muito, mas só parecia fazer sentido quando falávamos do passado. Estamos todos torcendo para que ele já não perceba o que se passa ao seu redor”.
De Maceió fui direto a Pirenópolis, Goiás, para a segunda parte da Flipiri, festa literária que já pertence ao calendário cultural brasileiro. A primeira parte foi no início deste ano. Quando lá cheguei, a pergunta era a mesma: o que Cabral pai estará pensando e sofrendo com este show de horror com que o filho brindou o Brasil? 
A última vez que o vi foi no final dos anos 1990. Flanava por Paris, quando alguém segurou meu braço, forte: “O que um araraquarense faz nesta cidade olhando para a Opera. Não tem disso na sua cidade, não é?”. Era Sérgio Cabral, o pai, jovial, afetuoso.
Agora em Pirenópolis, entre uma palestra e outra, o assunto veio à baila: o velho Cabral aguentaria aquele tranco? No dia seguinte, fui à pousada onde Ziraldo, o homenageado da Flipiri, estava hospedado. Era uma calma noite goianense, do jardim vinha o som de água regando plantas. Não rodeei, fui direto: “Fale-me do Sérgio pai”. E Ziraldo: “Viu que coisa? Que todos sabiam. O que aconteceu teria sido uma tragédia com uma figura como o velho Cabral. Mas olhe o que é a vida! As névoas do Alzheimer se insinuaram, mas provavelmente se acentuaram quando Sérgio sentiu a realidade. Seria uma forma de negá-la? Hoje, ele já não distingue o que é e não é, não identifica quem é. Mergulhou no escuro total, a memória dissolvida”.
Estranha é a vida. Ficamos os dois em silêncio, sucumbidos. Era uma coisa cruel demais, surreal. Que tempos estamos vivendo? Quando nos alegramos considerando que uma catástrofe como o Alzheimer é bem-vinda, é porque o mundo está muito ruim. Alegramo-nos que uma notícia terrível como o Alzheimer seja saudada como bem-vinda para aliviar, suavizar o choque e tornar desimportante uma notícia tenebrosa que pode matar uma pessoa de tristeza.




http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,diante-da-situacao-tenebrosa-a-noticia-ruim-e-bencao,10000090424


A Verdade e a Parábola
Detalhes
 Publicado: 23 Junho 2012
A Verdade visitava os homens; sem roupa e sem adornos, tão nua quanto o seu nome.
E todos os que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
Numa tarde, muito desolada e triste, encontrou a Parábola que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
— Verdade, porque estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
— Que disparate - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam. Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de
repente, por toda a parte onde passava era bem vinda.
Então a Parábola falou:
— A verdade é que os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada!
Autor desconhecido
http://metaforas.com.br/a-verdade-e-a-parabola


“Como se me afigura vil o mundo quando olho para o céu”. Santo Inácio de Loyola – Fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas)

sábado, 26 de novembro de 2016

Em um tempo marcado

Construção do Ser 
      



“Vivemos em um tempo marcado por processos antagônicos que ampliam os desafios que a humanidade enfrenta: De um lado, o processo objetivo de globalização de pessoas e capitais impulsionada pelo desenvolvimento tecnológico que modificou a própria estrutura de produção de manufaturas e serviços, buscando a integração incessante de países e culturas. De outro, o impulso a regressão de um nacionalismo cada vez mais excludente, com seu rosário de preconceitos e intolerâncias, marcando uma posição com perigosas características xenófobas, e avessas aos processos de integração em curso.

Nesse cenário, a Cultura assume novas dimensões, para além dos hábitos, crenças e costumes comuns compartilhados e transmitidos por uma língua específica. Enquanto para alguns a Cultura é simples elemento de afirmação da diferença, para nós é instrumento de integração de diversidades, em função de um humanismo que busca excluir a noção de “estrangeiro” já que nenhum ser humano é estranho ao outro. Sendo assim acreditamos que a criação cultural no seu mais amplo sentido e como maior expressão do humano, poderá nos ajudar a atravessar essa névoa da mudança.

Sou legatário de uma tradição que tem no trabalho intelectual e no trabalho de artistas da estatura de um Jorge Amado, Graciliano Ramos, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Dias Gomes, Oduvaldo Viana Filho, Gianfrancesco Guarnieri, Ferreira Gullar, e outros tantos cujas obras fundaram em nosso país o período da modernidade sintonizada com as vanguardas mundiais. Tal tradição com vocação nacional, mas sem esquecer seu pertencimento a linhagem comum da humanidade, tem no respeito ao diverso sua contribuição decisiva para a construção do Ser Brasileiro.” Roberto Freire, nov. 2016




"Hasta la victoria, siempre." Raul Castro, 25 de nov. 2016








Raul Castro anuncia a morte de seu irmão, Fidel Castro | 25/11/2016


Publicado em 25 de nov de 2016
Veja vídeo do pronunciamento do presidente de Cuba, Raúl Castro, sobre a morte de seu irmão, Fidel
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Notícias e política
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Referência

http://gilvanmelo.blogspot.com.br/

https://www.youtube.com/watch?v=dGU5l69VXHY

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Iniciando-se por elas

Considerações finais


“Mas deixemos o mito de uma linguagem das coisas, ou melhor, tomemo-lo em sua forma sublimada, a de uma língua universal, que portanto envolve de antemão tudo o que ela pode ter a dizer porque suas palavras e sua sintaxe refletem os possíveis fundamentais e suas articulações: a conseqüência é a mesma. Não há virtude na fala, nenhum poder oculto nela. Ela é puro signo para uma pura significação. Aquele que fala cifra seu pensamento. Ele o substitui por um arranjo sonoro ou visível que não é mais que sons no ar ou garatujas num papel. O pensamento se sabe e se basta; ele se notifica exteriormente por uma mensagem que não o contém, e que apenas o designa sem equívoco a um outro pensamento que é capaz de ler a mensagem porque ele atribui, pelo efeito do uso, das convenções humanas ou de uma instituição divina, a mesma significação aos mesmos signos. Em todo caso, jamais encontramos na fala dos outros senão o que nós mesmos pusemos, a comunicação é uma aparência, ela nada nos ensina de verdadeiramente novo.”
(Maurice Merleau-Ponty. A prosa do mundo)


Resumo
“Este trabalho procura examinar o que o leitor brasileiro contemporâneo lê, com o propósito de explicar as razões que levam esse leitor a realizar suas escolhas. Nesse sentido, portanto, o objetivo central do trabalho será examinar o perfil desse leitor brasileiro. O levantamento dos dados para estabelecer o corpus da pesquisa foi realizado por meio do registro das listas de livros mais vendidos, publicadas em dois jornais brasileiros. O primeiro jornal fonte da pesquisa foi o Leia, periódico mensal que circulou no território nacional durante o período de abril de 1978 a setembro de 1991. O segundo, foi o Jornal do Brasil, diário carioca que publicou listas dos livros mais vendidos no Brasil (...)

“This work intends to examine what the Brazilian contemporary reader reads, with the intention to explain the reasons that lead this reader to make their choices. For that, the central goal of this research will be to examine the Brazilian reader profile. The researched data compiled to establish the corpus of this work was made through the usage of best-selling books lists, published by Brazilian journals. The first journal?s consulted source was Leia; a monthly journal that circulated through the national territory from April 1978 through September 1991. The second reference was Jornal do Brasil, a carioca journal that published best-selling books list in Brazil from 1966 to December 2004, (...)
Como citar este documento
CORTINA, Arnaldo. Leitor contemporâneo: os livros mais vendidos no Brasil de 1966 a 2004. 2006. 252 f. Tese (livre-docência) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2006. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/116071>.
Palavra-chave
Linguística
Leitores - Reação crítica - 1966-2004 - Brasil
Leitor brasileiro contemporâneo
Idioma
Português
Este item aparece nas seguintes coleções
Teses de livre-docência - FCLAR


Referência


http://repositorio.unesp.br/handle/11449/116071

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O HOMEM DUPLICADO

SARAMAGO


“o caos é uma ordem por decifrar“, JOSÉ SARAMAGO



RESENHA









TRAILER


ENEMY
TRAILER OFICIAL







ENEMY DUBLADO em português


O HOMEM DUPLICADO




REFERÊNCIAS


http://www.literar.com.br/homem-duplicado/



http://teopoetica.sites.ufsc.br/arquivos/saramago/doautor/o_homem_duplicado.pdf


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

“Contratos de Risco”

Posse precária
      

"tença" esse período
     

De PAULO SALIM MALUF...
...A EIKE BATISTA.


1997-2016





paulipetro-acordao-stj-1997

 / 93



TRE PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRÁS E PAULIPETRO -. CONSORCIO CESP/IPT. ... Decide a Segunda Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, ... Brasilia, 09 de outubr de 1997 (data do julgamento) . 7 Presidene.
Acesso em: 20/11/16.
      

  


“(...) 44. Finalmente, quanto ao “Contrato de Risco” firmado pelo “Consórcio” PAULIPETRO com a Petrobrás, afirma a v. sentença – o vosso acórdão nada diz pois limitou-se a encampá-la – a sua legalidade face as interpretações feitas pelo Sr. GENERAL ERNESTO GEISEL e pelo Presidente da PETROBRÁS.
           
45. Sem embargos à respeitabilidade do ex-Chefe do Governo são preferíveis opiniões de constitucionalistas “experts” na matéria, como PONTES DE MIRANDA, ao entenderem forma radicalmente oposta. Ou seja que a Constituição não permite a existência dos chamados “Contratos de Risco” (em que parte do valor óleo descoberto é entregue à terceiro) face o monopólio estabelecido em favor da União da pesquisa, lavra e exploração de petróleo, cuja execução foi entregue com exclusividade à PETROBRÁS.,
46. Embora em tese pudesse até ser desejável, - já que o Mundo muito mudou neste últimos 40 ANOS desde a instituição do monopólio – a verdade é que as alterações à Constituição só podem ser feitas pelo Congresso Nacional e não por opiniões fora dele. (...)”
                               



Posse justa e posse injusta


“(...) Uma vez quebrada essa confiança, seja na permissão, seja na tolerância, nasce o vício da precariedade.

É certo que, enquanto permanece a violência, ou a clandestinidade, não existe posse. Há nesse exercício mera detenção. A questão é: que espécie de detenção é essa? Primeiramente é preciso ressaltar que existem duas espécies de detenção. Uma delas é aquela trazida pelo Código Civil, no artigo 1.198, em que se considera detentor aquele que, achando-se em uma relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Está caracterizada a detenção dependente, podendo ser chamado também de "fâmulo da posse". Considera-se, também, detenção dependente aquela derivada de mera permissão ou tolerância. Já aquela detenção que gerou essa dúvida pertence à outra espécie de detenção, chamada de detenção autônoma ou interessada. Como bem explicou Francisco Eduardo Loureiro:
                          
"Nota-se que é autônoma, mas ilícita, ao contrário dos casos de servidão da posse, de permissão e de tolerância, que são detenções dependentes, mas lícitas".

 Pontes de Miranda (1971, Vol. 10:58) denomina "tença" esse período em que há detenção com a coisa. (...)”




REFERÊNCIAS


[PDF]acórdão

www.conjur.com.br/dl/paulipetro-acordao-stj-1997-doc3.pdf


Posse justa e posse injusta


http://mundovelhomundonovo.blogspot.com.br/2016/11/posse-justa-e-posse-injusta.html

sábado, 19 de novembro de 2016

Capitão Moro

Chicos Fulôs



“Uma das coisas que o Autor de O HOMEM possui e mais estima é um manuscrito autografado, escrito com a maior convicção em papel vulgar e assinado por um antigo escravo negro que se tornou um ilustre reformador, escritor e conselheiro do Presidente Abraham Lincoln, Ministro dos Estados Unidos no Haiti e candidato a Vice-Presidente da grande república norte-americana pelo “Partido da Igualdade de Direito” em 1872” O HOMEM, IRVING WALLACE



“CAPITÃO

Quem é este que aí vem
Mais forte que um arsenal?
Mais perverso que valente
Mais frio do que um punhal

Vem pela sombra
É por trás que sempre atira
E ao fugir corre na frente.

Vem pela sombra do mato,
Tocaia na encruzilhada:
E a morte ronda os caminhos
Até raiar madrugada

VALENTÃO

Vocês não sabem quem sou?
Sou um homem do cangaço
Me chamam Chico Fulô;
Engulo balas de aço
Sem sentir nenhuma dor;
Grades de ferro espedaço
De quem mais valente for.”
Joaquim Cardozo O Coronel de Macambira (Bumba-meu-boi)


“Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres”
Juiz Moro Nov 2016


“Numa Nação como a nossa, constituída por quase todas as espécies da família humana, não deveriam, em face da lei, existir ricos, pobres, grandes ou pequenos, brancos ou pretos, mas um País, uma cidadania, direitos iguais e o mesmo destino para todos.
Um governo que não consiga ou não queira proteger o mais humilde cidadão no seu direito à vida, à liberdade e à felicidade, deveria ser rapidamente reformado ou destituído.”
FREDERICK DOUGLAS Washington D.C. Oct. 20, 1883.


Para advogado de Lula, Sergio Moro é primitivo
Brasil 17.11.16 08:43
Lula, ontem, caluniou mais uma vez o juiz Sergio Moro e a Lava Jato.
Durante entrevista coletiva em Genebra, ele denunciou um “conluio” para destruir o PT e impedi-lo de se candidatar em 2018.
Seu advogado australiano, segundo o Valor, foi ainda mais longe.
Ele disse:
“O sistema legal brasileiro é primitivo”.
Ele disse também:
"Nenhum juiz em país civilizado agiria como Sergio Moro está agindo contra Lula no Brasil".
A reportagem notou que a entrevista coletiva à imprensa internacional “contou com apenas nove inscritos, incluindo um representante de um centro médico, um universitário e um professor de direito, apesar do evento raro de um ex-presidente atacar o Estado brasileiro no exterior”.
A reportagem notou igualmente que “a equipe trazida pelos advogados incluiu o fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert, tradutor, operador de vídeo etc”.





 “Constituiria afronta permitir que os investigados persistissem fruindo em liberdade do produto milionário de seus crimes, inclusive com aquisição, mediante condutas de ocultação e dissimulação, de novo patrimônio, parte em bens de luxo, enquanto, por conta da gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele estado tamanhos sacrifícios, com aumento de tributos, corte de salários e de investimentos públicos e sociais. Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres", disse o juiz Sérgio Moro




Edição do dia 18/11/2016
18/11/2016 21h42 - Atualizado em 18/11/2016 21h42
Lula e família pedem a prisão do juiz Sérgio Moro por abuso de autoridade
Eles entraram no TRF em Porto Alegre com pedido de prisão. Na denúncia, advogados citam condução coercitiva de Lula, entre outras coisas.



O ex-presidente Lula e a família dele entraram no Tribunal Regional Federal em Porto Alegre com pedido de prisão do juiz Sérgio Moro por abuso de autoridade.
Na denúncia, os advogados citam a condução coercitiva de Lula, as buscas e apreensões de bens e documentos na casa do ex-presidente e de filhos dele, e a interceptação e divulgação de conversas telefônicas que, depois, o Supremo Tribunal Federal considerou ilegais.
O juiz Sérgio Moro não quis se pronunciar.




Assista:


http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2016/11/18.html#!v/5459559



Pisa na Fulô
João do Vale



Carcará
João do Vale



REFERÊNCIA

Joaquim Cardozo O Coronel de Macambira (Bumba-meu-boi)

O HOMEM, IRVING WALLACE

http://www.oantagonista.com/posts/para-advogado-de-lula-sergio-moro-e-primitivo

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/11/cabral-praticou-crimes-de-forma-profissional-e-reiterada-diz-moro.html

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/11/lula-e-familia-pedem-prisao-do-juiz-sergio-moro-por-abuso-de-autoridade.html

PF canta - O Bom menino

http://video20.mais.uol.com.br/16060635.mp4?ver=0&r=http://mais.uol.com.br