quinta-feira, 10 de outubro de 2024

PRIMAVERA DE OUTUBRO

"Aquele órgão alocou um bode no salão Azul e uma cabra no salão Verde. Considere o cruzamento entre o bode do salão Azul e a cabra do salão Verde. Desse acasalamento, surgiu um resultado. A descendência gerada foi redistribuída para todos os fóruns de aparelhos e sistemas do órgão original. Determine os genótipos do bode e da cabra." -----------
----------- A Primavera, também conhecido como Alegoria da Primavera, é um quadro do pintor renascentista Sandro Botticelli. A pintura utiliza a técnica de têmpera sobre madeira. Pintado no ano 1482, o quadro é descrito na revista "Cultura e Valores" (2009) como "um dos quadros mais populares na arte ocidental". É também, segundo a publicação "Botticelli, Primavera" (1998), uma das pinturas mais faladas, e mais controversas do mundo". Enquanto a maioria dos críticos concordam que a pintura, retrata um grupo de figuras mitológicas num jardim (alegoria para o crescimento exuberante da Primavera), outros dão sentidos diferente à obra, sendo, por vezes, citado para ilustrar o ideal de amor neoplatónico. A história da pintura não é muito conhecida, porém, parece ter sido encomendada por um membro da família Medici. É provável que Botticelli se tenha inspirado nas odes de Poliziano para realizar esta obra. As outras fontes são da Antiguidade: os Faustos de Ovídio e De rerum natura de Lucrécio. Desde 1919 que a pintura faz parte da colecção da Galeria Uffizi em Florença, Itália. A obra, A Primavera, possui inúmeros detalhes que podem ser revelados em uma Descrição Pré-iconográfica, o primeiro ato para análise de uma obra de acordo com Panofsky4. Esse tipo de descrição revela que a obra possui nove personagens distribuídos por toda a extensão do quadro. Ao centro da obra, soberana a olhar o espectador, está uma mulher em pé, com o corpo levemente em “S”, segurando um forte manto vermelho. Sobre ela, um personagem que remete à um cupido, com o corpo infantil, asas que o suspendem no ar e olhos vendados, apontando para um grupo de três mulheres. Essas três mulheres de pele e cabelos claros dançam vestidas transparentemente. A esquerda da obra, o personagem de um jovem (quase fora da composição por seu olhar e suas ações indiferentes ao resto da obra) chama atenção ao lado das personagens femininas por seu manto vermelho nesta composição de cores claras. O jovem tem uma espada na cintura e uma das mãos erguidas que alcança uma fruta. Depois que o olho do espectador segue este ciclo, volta-se para o lado direito da obra, em que o tema Primavera parece alcançar seu auge. Neste espaço, o olhar segue da primeira à última figura e volta da última para a primeira, buscando compreender a narrativa da obra. Neste grupo, uma mulher floridamente vestida, espalha flores e atrás dela, uma jovem, também vestida transparentemente foge dos braços e do sopro de um ser azulado com asas. Na obra, o chão verde escuro é muito florido e o cenário dos acontecimentos parece ser um bosque com muitas árvores dando frutos alaranjados. Há diferentes flores, diferentes caules de árvores e diferentes folhas. Há algumas entradas de luz, mas duas delas, atrás da personagem central chamam atenção pela sua forma, que ora parecem olhos, ora parecem pulmões. Os personagens destacam-se pela suavidade das cores, contrastando com o escuro do fundo e do chão. As figuras estão quase todas na vertical, com exceção do cupido, que está na horizontal, e de duas do grupo a direita que estão em diagonal, mas amparadas pelas verticais das outras personagens. https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Primavera_(Botticelli) _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------- -------------- Mozart - A Flauta Mágica - Abertura ------------- Considere o cruzamento de um bode sem chifres com três cabras. Em cada cruzamento, foi gerado apenas um filhote. Observe os dados na tabela: ------------
------------- Admita que a ausência de chifres em caprinos seja uma característica monogênica dominante. Utilizando as letras A e a para representar os genes envolvidos, determine os genótipos do bode e das três cabras. ------------ Enunciado Considere o cruzamento de um bode sem chifres com três cabras. Em cada cruzamento, foi gerado apenas um filhote. Observe os dados na tabela: -----------
------------ Admita que a ausência de chifres em caprinos seja uma característica monogênica dominante. Utilizando as letras A e a para representar os genes envolvidos, determine os genótipos do bode e das três cabras. Solução em texto Os genótipos são: Bode: Aa Cabra 1: aa Cabra 2: aa Cabra 3: Aa Carol Negrin Professora de Biologia do Estratégia Vestibulares, formada em Ciências Biológicas pelo IBILCE-UNESP e doutora em Biologia Celular e Estrutural pela UNICAMP. =) https://vestibulares.estrategia.com/public/questoes/Considere-cruzamento56fa892c26/ _________________________________________________________________________________________________________ -------------
------------- Nas entrelinhas: Deputados querem reduzir o poder do Supremo Publicado em 10/10/2024 - 10:09 Luiz Carlos Azedo Brasília, Congresso, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Memória, Partidos, Política, Política Existe um caldo de cultura favorável à proposta na opinião pública, por causa de decisões polêmicas de ministros, sobretudo em processos criminais O resultado geral das eleições municipais — mostram um inequívoco fortalecimento das forças de centro-direita e direita do Congresso, na primeira semana após o primeiro turno —, abriu caminho para uma nova ofensiva dos deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro com objetivo de limitar os poderes monocráticos dos seus ministros, aprovar o seu impeachment e até mesmo suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deu aval a duas propostas de emenda à Constituição (PECs) com esse objetivo. Presidida por Caroline de Toni (PL-SC), bolsonarista raiz, e sob relatoria de Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição, a comissão atua como um rolo compressor contra o governo Lula e, agora, se volta contra o Supremo. PL, Novo, União Brasil, PP e Republicanos formam maioria na comissão, na qual os partidos de esquerda têm apenas 16 deputados. A CCJ aprova a admissibilidade das matérias, sem discutir seus conteúdos, mas isso abre espaço para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encaminhar as propostas ao plenário para votação, tão logo tenha um parecer da comissão especial que analisa o mérito das propostas. São necessários 308 deputados para as PECs em plenário, em duas sessões. Lira está com a faca e o queijo na mão, porque a decisão de pautar a matéria é monocrática. Eventualmente, o atual presidente da Câmara maneja essa prerrogativa como instrumento de barganha junto aos demais Poderes. Há no Congresso um ambiente muito desfavorável ao Supremo. Além de uma correlação de forças na qual a direita é majoritária, existe o xadrez das articulações para a presidência da Câmara e do Senado, nas quais as duas propostas viraram moeda de troca para a ala ligada ao ex-presidente Bolsonaro apoiar Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado, e Bruno Mota (Republicanos-PB), candidato de Lira na Câmara. Neste fim de ano, após as eleições, essas articulações serão ainda mais intensas. A PEC das decisões monocráticas foi aprovada pelo Senado em novembro de 2023. Estava empacada na Câmara, desde agosto, mas agora voltou a tramitar, tendo recebido apoio de 39 deputados na CCJ, contra 18 contrários. A principal motivação dos deputados é impedir que ministros do Supremo sustem a eficácia de leis; ou suspendam atos do presidente da República ou dos presidentes da Câmara, do Senado e do Congresso. Decisões individuais que suspendem leis continuarão permitidas durante o recesso do Judiciário em casos de “grave urgência ou risco de dano irreparável”. Além do STF, as mudanças promovidas pela PEC serão estendidas a outras instâncias do Judiciário. Estabelece que, neste caso, caberá ao presidente do tribunal tomar a decisão monocrática. E que, no retorno dos trabalhos, a medida precisará ser referendada pelo plenário do tribunal em até 30 dias. Usurpação A PEC também muda o rito de análise de três tipos de ações de competência do Supremo Tribunal Federal: as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC), as Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO). Nesses casos, quando houver pedido de liminar, que antecipa decisões para garantir direitos, os ministros do Supremo deverão seguir os critérios estabelecidos para decisões monocráticas. O mérito da medida precisará ser analisado em até seis meses. Depois desse prazo, o caso entrará automaticamente na pauta do plenário do STF e terá prioridade sobre os demais processos. A suspensão da análise de propostas no Legislativo e decisões que afetem políticas públicas e criem despesas para qualquer Poder serão submetidas aos mesmos critérios. A proposta que permite ao Congresso Nacional suspender decisões do STF, caso considere que as medidas avançaram a “função jurisdicional” da Corte ou inovaram no ordenamento jurídico, foi aprovada por 38 votos a 12. A derrubada de uma decisão seria aprovada com os votos de dois terços dos membros da Câmara (342) e do Senado (54) e teria validade por quatro anos. A proposta prevê a possibilidade de uma reação do STF, que poderia revalidar suas decisões suspensas pelos congressistas, desde que nove ministros do STF votem pela manutenção da medida. A proposta é flagrantemente inconstitucional, porque transforma o Congresso em Corte revisora das decisões do Supremo, cujo nome já diz, é quem dá a palavra final. A proposta de revalidação é marota, porque uma minoria de três ministros alinhados com o Congresso sufocaria a maioria da Corte, o que rompe com o equilíbrio entre os Poderes. A oposição se mobiliza também para aprovar uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível por crime eleitoral, e os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Todas as colunas anteriores no Blog do Azedo: https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/ -------------
------------ _________________________________________________________________________________________________________ O texto que aborda uma situação política complexa no Brasil, onde o Congresso Nacional, especificamente deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, está buscando reduzir os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) através de Propostas de Emenda à Constituição (PECs). Essas PECs visam limitar as decisões monocráticas dos ministros do STF, além de possibilitar a suspensão de decisões da Corte pelo Congresso. O cenário político é de uma articulação intensa entre partidos de direita, com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovada as admissibilidades dessas propostas. _________________________________________________________________________________________________________ -----------
---------------- Para ilustrar essa temática de conflito de poderes e tensões institucionais, recomendo as seguintes obras de arte e ópera: Obra de Arte: "A Liberdade Guiando o Povo" de Eugène Delacroix (1830) Esta pintura icônica simboliza a luta pela liberdade e a resistência contra o poder opressor. Embora o contexto da obra seja a Revolução Francesa, o tema central da obra — o confronto entre a autoridade estabelecida e as forças de mudança — se alinha à situação descrita no texto, em que os deputados buscam alterar o equilíbrio de poder entre o Legislativo e o Judiciário. A figura da Liberdade, representada de forma dramática, guiando o povo na luta, poderia ser uma metáfora poderosa para os movimentos e interesses políticos descritos na coluna. _________________________________________________________________________________________________________ --------------- --------------- Ópera: "Don Carlo" de Giuseppe Verdi (1867) Esta ópera aborda questões profundas sobre a luta entre o poder secular e religioso, a liberdade política e a tirania, com personagens presos entre suas lealdades pessoais e os deveres políticos. O enredo trata da tensão entre a autoridade real e as forças religiosas e políticas que tentam limitá-la, ressoando com o conflito entre o Congresso e o STF discutido no texto. Em "Don Carlo", o controle sobre o poder e a liberdade de decisão são centrais, refletindo bem o embate entre os poderes Legislativo e Judiciário que o artigo explora. Ambas as obras capturam, de maneira simbólica, o drama e a intensidade do jogo de poder que o texto político retrata, onde diferentes forças lutam por controle e influência sobre a nação.

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