Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 3 de outubro de 2024
AOS TRANCOS E BARRANCOS
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Cid Moreira ''Narra a Carta de Paulo aos Coríntios'' Altas Horas.wmv
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Marcio bazichetto
3 de mai. de 2010
Nesse vídeo, Cid Moreira narra a carta de Paulo aos Coríntios, onde ele fala sobre o Amor, programa Altas Horas...
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Aos Trancos e Barrancos
Raul Seixas
Letra
Tradução
Significado
Taí eu sou um cara que subi na vida
Morava no morro e agora moro no Leblon.
Eu vou pendurado na janela,
Vou mais pensando nela
Que esse sujo pelo chão
Eu vou descascando a minha vida,
Sujando a avenida
Com meu sangue de limão
Rio de Janeiro
Você não me dá tempo de pensar com tantas cores
Sob este sol
Pra que pensar se eu tenho o que quero
Tenho a nega, o meu bolero,
A TV e o futebol
Eu não vou levando nosso leite
Troquei por um bilhete
Da roleta federal
Eu vou pela pista do aterro
E nem vejo meu enterro
Que vai passando no jornal
Composição: Raul Seixas.
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O texto de Malu Gaspar, publicado em O Globo, analisa o comportamento do presidente Lula na reta final das eleições municipais de 2024. Embora muitos candidatos de partidos de esquerda tenham buscado o apoio direto do presidente, seja por meio de vídeos, falas públicas ou presenças em eventos de campanha, Lula frustrou essas expectativas. Nas últimas semanas, ele se manteve focado em viagens internacionais e atividades de governo, como sua recente viagem aos EUA e México, que até resultou no cancelamento de uma live com Guilherme Boulos.
Diferente de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem se envolvido intensamente nas campanhas de seus aliados, com uma agenda cheia de viagens e eventos públicos. Lula, apesar de estar mais distante, fomentou anteriormente a narrativa de que essas eleições seriam um embate ideológico, ao colocar a disputa entre “negacionistas” e o campo democrático. Contudo, sua participação ativa no processo eleitoral diminuiu nos últimos meses.
A reportagem destaca que essa retração coincide com a ascensão de candidatos da direita em capitais importantes. De acordo com uma pesquisa da Folha de S.Paulo, os candidatos bolsonaristas lideram em 23 cidades com mais de 200 mil eleitores, enquanto os candidatos de Lula estão na frente em apenas 16. Até em locais onde Lula foi bem votado em 2022, como São Paulo, Porto Alegre e Salvador, os candidatos de direita estão se sobressaindo.
A análise conclui que, embora os resultados das eleições municipais não sejam uma previsão garantida para as eleições presidenciais de 2026, eles revelam desafios para Lula e o PT. A direita continua a gerar novas lideranças, como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro, enquanto a esquerda parece mais dependente de Lula, sem muitas figuras novas de destaque. O afastamento de Lula das campanhas pode impactar o desempenho de seus aliados e gerar consequências políticas significativas.
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quinta-feira, 3 de outubro de 2024
Malu Gaspar - Procurando Lula
O Globo
Nesta reta final das eleições municipais, com disputas indefinidas e emboladas em capitais cruciais como São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza, não foram poucos os candidatos de partidos de esquerda que batalharam por um vídeo, fala de apoio ou pela presença de Lula num evento de campanha. O presidente da República, porém, frustrou quase todo mundo.
Nas últimas duas semanas, emendou uma viagem internacional atrás da outra e passou mais tempo entre Estados Unidos e México do que no Brasil. Também não deu nenhuma declaração sobre as eleições e foi obrigado a cancelar a live que faria com Guilherme Boulos (PSOL) na noite de ontem por causa da emergência com o avião que o trazia do México.
O resultado é que a única participação de Lula neste sprint final da campanha antes do primeiro turno será um ato com Boulos na Avenida Paulista, no sábado.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro tem viajado pelo país num roteiro frenético que chega a contemplar três cidades num único dia, subindo em palanques, gravando vídeos e fazendo lives. Claro que a rotina de Lula tem muito menos espaço que a do antecessor para esse tipo de evento, uma vez que o primeiro tem de governar e o outro não tem outra missão no momento além de pedir voto.
Mas foi o próprio presidente da República quem alimentou a expectativa de que essa fosse uma eleição plebiscitária, ao colocá-la sob a perspectiva de uma batalha ideológica entre os “negacionistas” e o campo democrático comprometido com “melhorar a vida do povo”.
Em nome desse objetivo, Lula forçou o PT a abrir mão de sua conhecida predileção por candidaturas próprias em locais onde aliados de outros partidos tinham mais chances de ganhar as eleições, como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.
Em junho e julho, atendeu aos pedidos de sua base e visitou oito capitais, além de várias cidades estratégicas, fazendo inaugurações, dando entrevistas a rádios locais e animando atos de governo para os quais convocou os candidatos que apoiava. Em agosto, ainda fez sessões de fotos para santinhos e gravou vídeos de apoio.
Quando a disputa começou a esquentar, porém, Lula deixou a campanha de lado e se concentrou no governo. Oficialmente, ninguém dirá que foi essa a razão do recuo, mas ele coincidiu com o momento em que a força da direita nas principais capitais foi ficando mais evidente.
Segundo um levantamento da Folha de S.Paulo, os candidatos de Bolsonaro estão na liderança das pesquisas em 23 das 103 cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores, enquanto os de Lula estão na frente em 16.
Bolsonaristas estão na frente em capitais que elegeram Lula em 2022, como Porto Alegre, Aracaju, Salvador ou Fortaleza. Em São Paulo, as pesquisas mostram que Boulos só conseguiu até agora atrair metade dos eleitores do presidente, que ganhou naquele mesmo ano na cidade com 53,5% dos votos. E isso mesmo fazendo uma campanha rica, para a qual o PT contribuiu com R$ 30 milhões.
A esta altura, já está mais ou menos evidente que a direita sairá forte das urnas — e que, apesar das brigas internas e da ameaça representada por Pablo Marçal, o bolsonarismo segue potente. Não se pode dizer o mesmo sobre o lulismo. Isso deveria funcionar como um sinal de alerta para o PT e para o presidente da República.
A História mostra que os resultados das eleições municipais nem sempre revelam o que acontecerá nas presidenciais dois anos depois. Em 2020, o PT perdeu quase cem prefeituras e não conquistou o comando de nenhuma capital pela primeira vez desde a redemocratização, mas ganhou a Presidência em 2022.
Ainda assim, é sintomático dos desafios de Lula que seus aliados com mais chance de vencer neste ano não sejam petistas e que muitos sejam mais de centro do que propriamente de esquerda.
Ainda que aos trancos e barrancos e a reboque da inelegibilidade de Bolsonaro, a direita tem experimentado o surgimento de novas lideranças, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL) e até Pablo Marçal.
Em contraste, a esquerda patina, em parte acomodada pela expectativa de uma candidatura de Lula à reeleição em 2026. Num ambiente político tão polarizado como o de hoje, o afastamento do presidente da campanha eleitoral pode fazer a diferença em cidades importantes. E não será suficiente para poupá-lo do ônus de uma eventual derrota da esquerda.
Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:57:00
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