Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 28 de abril de 2025
COM QUEM SERÁ?
COM QUEM SERÁ QUE VOCÊ VAI SE CASAR? |MÚSICA DE PULAR CORDA
Mundo de creche
Embaixador da Ucrânia diz que Lula poderia aproveitar viagem a Moscou para ir a Kiev; Zelensky aguarda visita
Embaixador Andrii Melnyk foi recebido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Na próxima semana, Lula estará em Moscou para ato dos 80 anos do Dia da Vitória.
Por Guilherme Mazui, Vinícius Cassela, g1 — Brasília
28/04/2025 13h56 Atualizado há 2 horas
O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, reforçou nesta segunda-feira (28) o convite para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visite o país europeu, que há mais de três anos está em guerra com a Rússia.
Melnyk conversou com jornalistas após se reunir com o vice-presidente Geraldo Alckmin. O embaixador afirmou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "está esperando" a visita de Lula.
"A ideia principal também nesta reunião foi confirmar, da nossa parte, o convite do meu presidente Volodymyr Zelensky, do meu governo, mas também do povo ucraniano, ao presidente Lula e também pessoalmente ao vice-presidente Ackmin para aproveitar esta oportunidade histórica e visitar Kiev o mais breve possível", disse o embaixador.
Putin e Zelensky — Foto: Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via Reuters; Reuters/Alina Smutko
Melnyk sugeriu que Lula poderia aproveitar a viagem à Rússia, na próxima semana, para ir antes a Kiev.
O presidente estará em Moscou para celebração dos 80 anos do Dia da Vitória, em 9 de maio. A data é o marco da vitória das tropas da União Soviética e demais países aliados contra a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O governo russo anunciou um novo cessar-fogo de três dias na Ucrânia entre 8 e 10 de maio por razões humanitárias e para celebrar o Dia da Vitória.
Rússia e Ucrânia concordam com proposta americana de cessar-fogo no Mar Negro
Segundo Melnyk, a visita de Lula a Kiev poderia permitir ao Brasil participar de fato da mediação de um acordo de paz. Lula é "bem-vindo" a qualquer momento na Ucrânia, conforme o embaixador.
Em uma fala à imprensa na última semana, o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch Labetskiy, destacou o trabalho da diplomacia brasileira para buscar uma saída negociada à guerra.
"Vemos os esforços da diplomacia brasileira que criaram um grupo para buscar uma solução política e diplomática do conflito", disse.
Geraldo Alckmin
Lula
Volodymyr Zelensky
Bolsonaro duvidava de uma guerra na Ucrânia quando viajou à Rússia
Governo brasileiro apostou até o último momento em uma solução pela via diplomática - algo em que nem mesmo a Ucrânia ou os Estados Unidos acreditavam
Por Fabio Murakawa e Daniel Rittner, Valor — Brasília
24/02/2022 17h00 Atualizado há 3 anos
https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/02/24/bolsonaro-duvidava-de-uma-guerra-na-ucrania-quando-viajou-a-russia.ghtml
Bolsonaro minimiza tensão entre Rússia e Ucrânia antes de viagem
exame
14 de fev. de 2022 #bolsonaro #rússia #guerra
Prestes a viajar para a Rússia em meio à escalada das tensões entre o governo de Vladimir Putin e a Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a tensão na Ucrânia e voltou a usar a relação comercial do Brasil com o Kremlin para justificar sua ida a Moscou. A Rússia vive uma crise diplomática com a Ucrânia e potências ocidentais.
#guerra #rússia #bolsonaro
Lula em entrevista ao 'Firstpost', da Índia (Firstpost/Índia/Reprodução)
Lula defende visita de Putin ao Brasil no G20 de 2024: “Não será preso”
Presidente brasileiro avisou que o chefe de Estado da Rússia será convidado para cúpula - mesmo com a guerra em curso na Ucrânia
Por Redação
9 set 2023, 21h37
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a visita de Vladimir Putin, presidente da Rússia, ao Brasil na cúpula do G20 que acontecerá no país em 2024. Em entrevista ao Firstpost, da Índia, neste sábado, 9, o petista reafirmou a vontade do Brasil de ser parte decisiva da pacificação da guerra e...
VEJA
https://veja.abril.com.br/mundo/lula-defende-visita-de-putin-ao-brasil-no-g20-de-2024-nao-sera-preso/
É incomparável o que Lula passou com o processo contra Bolsonaro
TV Fórum
Transmitido ao vivo em 22 de abr. de 2025
No Fórum Onze e Meia de hoje: Bolsonaro delira no SBT; o mundo se despede de Papa Francisco; STF julga núcleo 2 do golpe
Participam do programa de hoje a jornalista Cynara Menezes, o jurista Pedro Serrano e a representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobrás Rosangela Buzanelli Torres.
Apresentação de Dri Delorenzo e comentários de Renato Rovai.
Bolsonaro delira no SBT | O mundo se despede de Papa Francisco | STF julga núcleo 2 do golpe | 22.04
TV Fórum
Transmitido ao vivo em 22 de abr. de 2025
No Fórum Onze e Meia de hoje: Bolsonaro delira no SBT; o mundo se despede de Papa Francisco; STF julga núcleo 2 do golpe
Participam do programa de hoje a jornalista Cynara Menezes, o jurista Pedro Serrano e a representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobrás Rosangela Buzanelli Torres.
Apresentação de Dri Delorenzo e comentários de Renato Rovai.
0:00 - Em instantes
4:10 - Abertura
15:00 - giro com as principais notícias
01:08:00 - Pedro Serrano
01:22:00 - Pedro Serrano: "É incomparável o que Lula passou com o processo contra Bolsonaro"
01:35:00 - Pedro Serrano explica o que a revista The Economist não fala sobre o STF
01:40:30 - Rosangela Buzanelli Torres
01:46:00 - Rosangela Buzanelli defende novo marco sobre a Margem Equatorial, mas é preciso conhecer a área
01:54:00 - Fala, Rovai
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https://www.youtube.com/watch?v=6pzui4WfSCc
12:48
LUIZ ROBERTO BARROSO advogado
🎭 ATO ÚNICO: "Entre a Tribuna e a Toga"
(Cenário: Supremo Tribunal Federal. Ambiente austero. Ministros togados ocupam suas cadeiras; a tribuna reluz. Silêncio respeitoso, transmitido em tempo real à Nação.)
PERSONAGENS:
MINISTRO BARROSO – ex-advogado, hoje Ministro da Suprema Corte.
MINISTRO VETERANO – o antigo antagonista, detentor de ironia refinada.
ADVOGADO AUDACIOSO – jovem defensor, herdeiro da coragem do passado.
PRESIDENTE DO STF – moderadora do debate.
DEMAIS MINISTROS, SOCIEDADE CIVIL, IMPRENSA – assistem em atenção.
Cena:
(O ADVOGADO AUDACIOSO aproxima-se da tribuna. A toga preta balança com leveza. Seu semblante é solene, mas o brilho nos olhos denuncia o destemor.)
ADVOGADO AUDACIOSO
(Com voz firme, modulada)
— Excelentíssima Senhora Presidente, Ilustres Ministros,
hoje falo nesta tribuna que não pertence ao orador, mas à própria ideia de Justiça. E falo sob o manto da independência técnica do advogado, cuja palavra, embora livre, se submete apenas aos limites da Constituição e do decoro.
(Olhar dirigido respeitosamente ao plenário.)
— Recordo, com a devida vênia, que a tribuna é o lugar onde se exerce a liberdade sem amarras de conveniências políticas ou sociais — uma liberdade que ontem defendeu grandes causas e amanhã poderá defender aqueles que hoje julgam.
(MINISTRO BARROSO inclina discretamente a cabeça, em reconhecimento.)
ADVOGADO AUDACIOSO
(Em tom cortês, mas agudo)
— Aqueles que, como Vossas Excelências, conhecem o peso e a solidão de decidir, sabem que a palavra livre do advogado não é afronta: é tributo ao Estado Democrático de Direito.
(MINISTRO VETERANO faz uma discreta expressão de tédio elegante; ajusta os óculos com teatralidade sutil.)
MINISTRO VETERANO
(Em voz baixa, para o colega ao lado)
— A juventude sempre acredita que inventou a coragem.
(Sorrisos contidos entre os ministros.)
ADVOGADO AUDACIOSO
(Prossegue, incisivo)
— Que a vaidade humana, que tantas vezes rondou as vestes talares, jamais sufoque a autocontenção que deve adornar o poder jurisdicional.
(Silêncio pesado. A referência elegante, mas cortante, reverbera no plenário.)
ADVOGADO AUDACIOSO
— A toga, Excelências, converte a paixão em prudência; o argumento, em temperança; a convicção, em autocontrole. Quem já advogou nesta tribuna sabe que ali vive a tensão constante entre a legitimidade da paixão e a sobriedade da razão.
(MINISTRO BARROSO sorri leve e compenetrado, consciente da flecha bem lançada.)
MINISTRO VETERANO
(Murmurando, com fina ironia)
— Quem diria: o discípulo supera o mestre no ofício da elegância venenosa.
(A plateia se agita discretamente. A PRESIDENTE intervém.)
PRESIDENTE DO STF
(Com tom sereno e firme)
— O Supremo acolhe a crítica responsável como expressão da vitalidade democrática. E cada um de nós sabe, ou deveria saber, que a toga não nos torna infalíveis — apenas nos torna mais responsáveis.
(O advogado conclui.)
ADVOGADO AUDACIOSO
(Em tom grave e respeitoso)
— Em tempos em que a vaidade seduz até as instituições mais vetustas, é prudente recordar o que disse o Padre Antônio Vieira:
"A vaidade é tão natural ao homem que os próprios monges a estampam nas paredes dos claustros, dizendo, para que todos vejam, que são humildes."
(Fecha-se a cena. O Plenário permanece em silêncio reverente, ciente do espelho invisível que a tribuna acaba de levantar.)
CORTINA.
🎭 Observações Técnicas:
Vocabulário jurídico rigoroso: autocontenção, legitimidade, responsabilidade jurisdicional, tribuna livre.
Crítica da vaidade humana exposta de forma sóbria, sem agressividade.
Humor elegante e cáustico, presente nas reações e murmúrios dos ministros.
Citação final de Vieira amarra todo o espírito da peça: denúncia da vaidade disfarçada de humildade.
Advogado diz que Battisti é bode expiatório (4/20)
STF
11 de set. de 2009
Veja a sustentação oral do advogado de Cesare Battisti, Luís Roberto Barroso, no julgamento conjunto do pedido de extradição (EXT 1085) do italiano e do mandado de segurança (MS) 27875, contra ato do ministro da Justiça, Tarso Genro, que deu status de refugiado político a Battisti. Barroso afirmou que seu cliente é o bode expiatório de uma trama simples.
Momentos importantes
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STF
522 mil inscritos
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domingo, 27 de abril de 2025
MELHORES MOMENTOS PRA GALERA DO URUBU
Numa tarde de sol rasgando o Maracanã, o Flamengo deu aula de bola e respeito ao futebol. Quatro a zero no Corinthians, sem tirar o pé nem pedir licença. Dois gols do Pedro, o nosso "Garçom", que além de servir, agora também mete gol como quem assina poesia. Um de Cebolinha e o outro de Arrascaeta, o "Arrasca", que joga de terno e gravata como se estivesse numa final de Copa, mas com a humildade de quem ainda pede bênção pra bola.
O Corinthians? Ah, o Corinthians. Ficou ali, ao largo do Cais do Porto, a ver navio — e olhe lá. Cais é lugar de estivador, de marinheiro, gente de fibra que carrega o mundo nas costas. Não é lugar pra time que afunda sem precisar de mar revolto. Cais não é cama pra quem toma quatro sem reagir. Cais é trincheira. E ontem, o Timão tropeçou no primeiro paralelepípedo.
O Flamengo, que já teve seus dias de crise e vendaval, hoje é um time sério, que tem craque que respeita o escudo, que joga pra torcida e também pra história. Pedro e Arrasca não são só talento: são exemplo. Não precisa ser rubro-negro pra ver isso — precisa entender de bola.
E como diria um velho amigo meu: time que tem vergonha na cara, quando toma um passeio desses, vai pra casa, fecha a porta e treina dobrado. Porque Maracanã não é parque de diversão. Ontem, foi tribunal: e o veredito foi impiedoso.
Segue o jogo, galera do Urubu. Porque quem tem craque de verdade, não precisa apelar pra santo nem pra juiz.
FLAMENGO 4 X 0 CORINTHIANS | MELHORES MOMENTOS | 6ª RODADA BRASILEIRÃO 2025 | ge.globo
ge
27 de abr. de 2025 #1 nos vídeos Em alta
Com Pedro titular, Flamengo domina e goleia o Corinthians pelo Brasileirão.
Camisa 9 marca dois gols em retorno aos 11 iniciais do Rubro-Negro; Arrascaeta e Cebolinha completam goleada por 4 a 0.
🌟 Confira todos os melhores momentos com mais replays em ge.globo:
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🌟 Veja como ficou a tabela:
https://ge.globo.com/futebol/brasilei...
#flamengo #corinthians #brasileirão
MELHORES MOMENTOS PRA GALERA DO URUBU
Flamengo deu espetáculo no Maracanã: quatro a zero no Corinthians, dois de Pedro, um de Cebolinha e o outro de Arrascaeta. Jogo jogado, bola no chão, respeito à camisa e amor à bola. Pedro é garçom que também serve banquete; Arrascaeta, maestro de gravata e chuteira.
O Corinthians? Perdeu o navio no cais e foi parar na água sem saber nadar. Cais é pra trabalhador, não pra time que cai de maduro.
Flamengo hoje é seriedade, bola e humildade. Quem tem craque que respeita o escudo, não teme maré brava. No tribunal do Maracanã, o Urubu voou, e o Timão afundou.
Segue o baile, que aqui é Flamengo!
MELHORES MOMENTOS PRA GALERA DO URUBU
Amigos do rádio, o Flamengo ontem não jogou futebol — deu recital no Maracanã! Quatro a zero no Corinthians, e podia ter sido mais se o Rubro-Negro não tivesse tirado o pé por respeito aos mais velhos.
Pedro, o Garçom, serviu dois gols pra si mesmo, mostrando que quem entende de bandeja também sabe encher o prato. Um golzinho para Cebolinha e mais um para Arrascaeta, o Arrasca, esse nem precisa mais ser apresentado: toca a bola como quem dança um bolero, sem pressa, sem medo, sem errar o passo.
E o Corinthians, coitado? Foi parar no Cais do Porto, esperando navio que não vem. Cais é pra quem trabalha com dignidade, não pra quem cai feito anão de poste. Se fosse campeonato de afogamento, levava medalha de ouro.
O Flamengo hoje é bola, é camisa, é respeito. Jogador que beija o escudo, que honra a chuteira, que corre mais que discurso de político em véspera de eleição. Pedro e Arrasca são craques de bola e de humildade — e no futebol, meus amigos, quem não tem humildade nem respeito pelo jogo, acaba como o Timão: boiando.
O Urubu voa, e o Timão afunda. A vida é dura — e o Maracanã não perdoa.
Segue o baile, e quem quiser que aprenda a nadar!
Não esqueceram de mim
Uma rara assembleia geral de democratas de todo o mundo
O artigo "Mao, Trump e a confusão sob os céus", de Luiz Sérgio Henriques (O Estado de S. Paulo, 27/04/2025), compara a ação política de Mao Zedong e Donald Trump: ambos apostam no caos para promover mudanças radicais. Mao visava destruir a velha ordem chinesa com sua Revolução Cultural; Trump busca restaurar a primazia americana através de guerras econômicas e apelos autoritários, atacando o chamado "deep state".
Enquanto a China avança economicamente dentro das regras globais, ocultando seu déficit democrático, cresce a preocupação com o autoritarismo interno, principalmente sob Xi Jinping, cuja liderança forte lembra a de Mao. Ao mesmo tempo, Trump personifica a extrema direita ocidental, mobilizando ressentimentos contra imigrantes, elites cosmopolitas e mudanças sociais, propondo uma regressão a valores tradicionais e uma centralização de poder.
O texto alerta que a tendência de buscar "homens fortes" como líderes – como Trump, Xi e Putin – ameaça a democracia global. O autor defende que as democracias precisam se renovar, reafirmando seus valores cosmopolitas e se reconectando com as ansiedades populares, hoje manipuladas por discursos regressistas.
#EspaçoAberto | Luiz Sérgio Henriques
Mao, Trump e a confusão sob os céus - Por trás da guerra comercial desatada existe, na verdade, uma grande questão democrática a ser enfrentada e desenvolvida
https://estadao.com.br/opiniao/luiz-sergio-henriques/mao-trump-e-a-confusao-sob-os-ceus/
Opinião Estadão
@opiniao_estadao
📸Abe McNatt/Official White House
domingo, 27 de abril de 2025
Mao, Trump e a confusão sob os céus - Luiz Sérgio Henriques
O Estado de S. Paulo
Por trás da guerra comercial desatada e dos conflitos militares correntes ou potenciais, existe, na verdade, uma grande questão democrática a ser enfrentada e desenvolvida
Se bem observarmos, nem tão amalucada assim é a insólita aproximação entre Mao Zedong e Donald Trump, que diferentes observadores passaram a fazer. “Há uma grande confusão sob os céus, a situação está excelente” – sob este lema paradoxal, o primeiro daqueles dois se lançou à destruição das velharias que supostamente atravancavam o processo revolucionário em seu país na década de 1960. Trump, o seguidor inesperado, esmera-se hoje em lançar sua própria versão do caos: uma espécie de guerra econômica de todos contra todos, esperando com isso refazer unilateralmente a primazia norte-americana, com base no medo e na chantagem.
Em ambos os casos, o pressuposto da ação política vem a ser uma revolução cultural que não deve deixar pedra sobre pedra. A burocracia do partido e do Estado chinês era o inimigo declarado do voluntarismo extremado de Mao, tal como, agora, o deep State se tornou o alvo do radicalizado partido trumpista. Assim, China e Estados Unidos voltam a ocupar a atenção geral, ainda que com sinal invertido. Antes, a China do camarada Mao pretendia ocupar o posto de vanguarda da revolução comunista, com o cerco das cidades (capitalistas) pelo mundo rural sublevado. Neste momento, contudo, revolucionária seria a América ultraconservadora, com o projeto de fazer retroagir a roda da História e moldar o mundo à imagem e semelhança de um passado irretocável – e inexistente.
Certa de que o século 21 será mais cedo ou mais tarde asiático, a China age, calcula e enriquece com sabedoria, valendo-se das regras do jogo até há pouco jogado para realizar, desta vez com inegável êxito, seu grande salto para a frente. A arrancada econômica serve de biombo ou álibi, para esconder o evidente déficit democrático.
Estimula, ainda, a noção de um Ocidente em declínio, com sociedades irremediavelmente dilaceradas e grupos dirigentes particularmente incapazes de se moverem num contexto de “policrise”, para usar a inquietante expressão de Adam Tooze.
Mais nebulosa, porém, é a certeza de que uma ambição hegemônica, no sentido alto do termo, possa se concretizar a partir de uma sociedade controlada digitalmente por um partido único totalizante e onipotente como poucos. Um sistema de “créditos sociais”, atribuídos a cada indivíduo, tem o potencial de degenerar rapidamente em controle e repressão aberta ou silenciosa, com um desfecho de tipo orwelliano – se é que já não degenerou. A tímida liberalização chinesa estancou com a ascensão de Xi Jinping, o strongman requerido por estruturas sociais desta natureza, tão ou mais poderoso do que Mao a seu tempo.
A sedução dos strongmen também habita corações e mentes da extrema direita ocidental. É preciso qualificar um pouco mais o caos que ela celebra e em que prospera.
Impressiona antes de mais nada o tom apocalíptico usado por Trump – a figura típica por excelência – para descrever a realidade que percebe no seu país. Invadidos por imigrantes indesejáveis e manipulados pelo inimigo interno, que toma corpo em intelectuais, professores e demais camadas e classes de orientação cosmopolita, os Estados Unidos são ainda por cima sistematicamente espoliados e oprimidos por todos os demais países, aliados ou não, numa espécie de imperialismo às avessas. Trata-se, por isso, de mobilizar a enorme e confusa massa de ressentimentos contra um ambiente visto como universalmente hostil.
A economia, por exemplo, deve voltar a produzir bens palpáveis e empregar mão de obra masculina, de baixa qualificação relativa. A revolução dos costumes, que altera papéis tradicionais, é vivida como fonte de decadência moral e corrosão de valores. O líder tem, ou afirma ter, procuração para simplificar autoritariamente a complexidade da sociedade civil e as mediações institucionais da sociedade política, buscando a concentração de poderes. Neste ponto – Orwell de novo –, ignorância é força, as universidades são cerceadas, as pesquisas reprimidas, as liberdades públicas golpeadas – em detrimento, inclusive, do homem comum, o suposto beneficiário deste conjunto de arbitrariedades que se acumulam e terminam por anulara riqueza das formas ocidentais de vida.
Homens fortes se entendem e até se respeitam à sua maneira, por mais diversas que sejam as motivações, os contextos de origem e os antagonismos, que encenam ou realmente vivem. Entre Trump, Xi e Putin(o sócio menor que os dois primeiros disputam, coma óbvia vantagem de Xi), há um fio que os liga, uma secreta correspondência de que alternadamente se socorrem em benefício pessoal ou dos sistemas de poder que encarnam. Por trás da guerra comercial desatada e dos conflitos militares correntes ou potenciais, existe, na verdade, uma grande questão democrática a ser enfrentada e desenvolvida. Para tanto, os democratas e a própria democracia deverão saber se reinventar sob fogo cerrado, reafirmando tanto quanto possível sua vocação cosmopolita e retomando contato com medos e esperanças da gente comum, hoje demagogicamente explorados em sentido regressista.
→ Congresso mudou regra que restringia esquema no INSS; assista #CNNPrimeTime
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Por
@caiojunqueiraf
Charge do JCaesar: 24 de abril
Humor
Por JCaesar
24 abr 2025, 08h35
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/charge-do-jcaesar-24-de-abril/
Análise: Encruzilhada dos destinos de Collor e Sarney é uma ironia da história
No dia da festa de aniversário de Sarney em São Luís, o ministro do STF Alexandre de Moraes, em Brasília, determinava a prisão do ex-presidente Collor de Mello
Ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press e Câmara dos Deputados )
No mesmo dia da festa de aniversário de José Sarney, em São Luís, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em Brasília, determinava a prisão do Collor de Mello, em Maceió.
Entre afagos de familiares, amigos, aliados e antigos adversários, na noite de quinta-feira, o ex-presidente José Sarney comemorou seus 94 anos, numa festa que reuniu mais de 1500 pessoas na Fundação da Memória Republicana, localizada no antigo Convento das Mercês, no centro histórico de São Luiz, transformado em museu, no qual a memória do Maranhão, a história do Brasil e o legado do velho político maranhense se misturam. Seu acervo tem mais de 1 milhão de documentos, 24 mil livros (incluindo 3 mil raros), 50 mil registros audiovisuais e 5 mil itens iconográficos, doados pelo ex-presidente da República.
O ponto alto das comemorações foi o lançamento do selo e do carimbo dos Correios comemorativo dos 40 anos de democracia no Brasil, com a foto de Tancredo Neves e Sarney juntos, quando foram eleitos presidente e vice-presidente da República, em 15 de janeiro de 1985, uma data que passou quase despercebida. Desde o dia 15 de março, o dia em que tomou posse na Presidência, porém, Sarney foi alvo de inúmeras homenagens e comemorações, que serviram para resgatar a memória desses 40 anos de democracia e do seu papel como chefe de Estado num dos períodos mais turbulentos de nossa história.
Nascido em 1930, José Sarney assumiu o primeiro mandato na Câmara dos Deputados em 1955. Foi deputado por mais dois mandatos, em 1958 e 1962 e se elegeu governador do Maranhão, seu estado natal, em 1965. Após esse mandato, ocupou o cargo de senador pelo Maranhão até o fim da ditadura, em 1985. Com a morte de Tancredo, Sarney se tornou presidente, sendo o primeiro civil a ocupar o cargo após a ditadura.
Herdou do regime militar crescente dívida externa e forte recessão. Entre os principais marcos de seu governo, está a convocação da Assembleia Constituinte, que elaborou e promulgou a Constituição de 1988. Também implementou os planos Cruzado 1 e 2, na tentativa de controlar a inflação acumulada durante a ditadura militar, que fracassaram. Não houve um único dia de seu mandato sem uma greve de trabalhadores.
No final do governo, a inflação ultrapassava 80% ao mês; depois do "boom" de 1986, o Plano Cruzado colapsou e a economia entrou em recessão. Em 1967, Sarney decretou uma moratória da dívida externa, velha bandeira da esquerda, que depois viria a classificar como "um erro extraordinário": o mundo se fechou para o Brasil e a dívida explodiu. A hiperinflação fez com que deixasse o poder muito desgastado. Com a popularidade em baixa, na primeira eleição direta para a Presidência, em 1989, foi abandonado por muitos aliados e espezinhado pela oposição.
Estrada da Vida
Milionário e José Rico
Composição: José Rico.
Rumos cruzados
O ex-governador de Alagoas Fernando Collor de Mello (PRN), o "caçador de marajás", e o presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT), então o grande líder sindical do país, chegaram ao segundo turno com um discurso contra tudo e contra todos, mas principalmente contra Sarney. Com isso, desbancaram grandes protagonistas daquele momento de transição à democracia, como Leonel Brizola (PDT), Mário Covas (PSDB), Ulysses Guimarães (PMDB), Afif Domingos (PL), Aureliano Chaves (PFL), Paulo Maluf (PDS), Ronaldo Caiado (PSD), Roberto Freire (PCB), Fernando Gabeira (Verde) e o histriônico Eneas Carneiro (Prona), entre outros.
Por uma dessas ironias da história, sempre ela, no dia da festa de aniversário de Sarney em São Luiz, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em Brasília, determinava a prisão do ex-presidente Collor de Mello, condenado a 4 anos e 4 meses pelo crime de corrupção passiva e a 4 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Segundo a investigação, teria recebido R$ 20 milhões em propina, para viabilizar indevidamente contratos da BR Distribuidora, antiga estatal da Petrobras, para a construção de bases de distribuição de combustíveis, entre os anos de 2010 e 2014. Foi preso devido a fatos ocorridos muito depois de renunciar à Presidência para evitar seu impeachment. Collor alega inocência.
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Fuga de PC Farias
Nesta página, você confere Fuga de PC Farias de Jornal da Globo. Navegue pelos destaques deste programa de jornalismo da Globo.
Por Memória Globo
19/01/2022 15h15 Atualizado há 2 anos
Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Mello, foi indiciado em 41 inquéritos criminais e teve sua prisão decretada em 31 de junho de 1993, alguns meses depois do impeachment do presidente. Acusado de ter montado uma rede de tráfico de influências e corrupção no governo, PC Farias negou seu envolvimento e fugiu do Brasil. Seu paradeiro ficou desconhecido até outubro, quando os repórteres Roberto Cabrini e Sergio Gilz o encontraram em Londres. Essa notícia foi dada no Jornal da Globo, no dia 20 de outubro de 1993.
Alberico de Sousa Cruz, então diretor de Jornalismo da Globo, se lembra dos bastidores dessa notícia: o Jornal da Globo estava entrando no ar, quando recebeu uma ligação do repórter Roberto Cabrini, relatando que havia encontrado o fugitivo PC Farias, em Londres, e que tinha material exclusivo. “Nesse momento, eu decidi subir a nota no Jornal da Globo, informando que o Cabrini encontrou o PC Farias. A matéria completa iria ao ar no Jornal Nacional”.
No encontro, PC não aceitou ser gravado. Mas Sergio Gilz conseguiu filmá-lo sem que o fugitivo percebesse. Após as imagens irem ao ar no JN do dia 21 de outubro, o Jornal da Globo repercutiu a notícia, mostrando as manchetes dos jornais ao redor do mundo.
PRISÃO DE PC
O Jornal da Globo também acompanhou a operação que levou à prisão de PC Farias, na Tailândia. No dia 30 de novembro, o telejornal exibiu o embarque de Edson Antônio de Oliveira, superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, que ia à Ásia buscar o criminoso para a extradição. PC Farias foi extraditado para o Brasil. Julgado, foi condenado a quatro anos de prisão por sonegação fiscal, e a sete por falsidade ideológica. Cumpriu um terço da pena e, em 28 de dezembro de 1995, recebeu liberdade condicional. Em 23 de junho de 1996, foi assassinado.
1936 3 de março
Preso o escritor Graciliano Ramos
Polícia leva o autor de 'Caetés' sem que acusação alguma seja formalizada
A primeira prisão de Graciliano Ramos foi em 1936, quando foi preso em Maceió, em Alagoas, sob acusação de ser comunista.
Ele estava trabalhando como diretor da Imprensa Oficial do estado. Essa prisão foi um marco na vida de Graciliano, que a partir daí passou a viver fora de Alagoas, no Rio de Janeiro.
Mais Detalhes:
Graciliano foi preso em março de 1936 e libertado em janeiro de 1937.
A prisão se deu no contexto da ditadura de Getúlio Vargas e das operações contra supostos comunistas.
Embora acusado de ser comunista, Graciliano só se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1945.
A experiência na prisão inspirou Graciliano a escrever "Memórias do Cárcere", obra em que relata suas experiências e reflexões sobre a prisão e a política brasileira.
Julgamento de Collor retorna, nesta segunda-feira, de forma virtual
Após ministro Gilmar Mendes retirar destaque, ontem, presidente do STF, Luís Roberto Barroso, decide reabrir processo em sessão extraordinária, amanhã, a partir das 11h
O ex-presidente Fernando Collor de Mello passou a primeira noite de encarceramento em uma cela especial em presídio na capital alagoana - (crédito: Ascom/Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS))
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu reabrir o julgamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, ontem, após o ministro Gilmar Mendes retirar o destaque que havia pedido na sexta-feira.
No despacho, o ministro destacou a necessidade de celeridade no julgamento, que será retomado amanhã, em sessão extraordinária, de forma virtual.
"Diante da excepcional urgência caracterizada no presente caso, já atestada em despacho anterior, com fundamento no art. 21-B, § 4º, do RISTF e no art. 5º-B da Resolução STF nº 642/2019 (com redação dada pela Resolução STF nº 669/2020), determino a inclusão do processo, para continuidade de julgamento, em sessão virtual extraordinária do Plenário desta Corte, com início às 11h do dia 28/04/2025 e término às 23h59 do mesmo dia", informou a decisão de Barroso.
Leia também: Corrupção leva Collor para a cadeia; entenda condenação
A movimentação ocorreu após uma série de reviravoltas no caso Collor. Na sexta-feira, o STF formou maioria para manter a prisão do ex-presidente, que havia sido determinada pelo relator Alexandre de Moraes. Cinco ministros votaram favoravelmente à medida.
Contudo, antes do encerramento do julgamento no ambiente virtual, o ministro Gilmar Mendes pediu destaque, o que normalmente deslocaria o debate para o plenário físico, adiando a conclusão do processo. A solicitação, no entanto, não alterou a situação da prisão do ex-senador.
Fernando Collor foi preso na madrugada de sexta-feira, no Aeroporto de Maceió, enquanto se preparava para viajar a Brasília. Segundo sua defesa, o deslocamento seria uma tentativa de "cumprimento espontâneo" da decisão judicial. Condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro — em decorrência de investigações da Operação Lava-Jato —, o ex-presidente passou por audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.
Collor deverá cumprir a pena no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, na capital alagoana. Ele ficará alojado na ala especial da unidade, em cela individual, conforme previsto para ex-autoridades. A defesa já havia manifestado o desejo de que ele não fosse transferido para Brasília, pedido que, até o momento, foi aceito pelas autoridades responsáveis.
Leia também: Preso e sem herdeiros políticos: qual o peso político da família Collor de Mello atualmente?
A defesa de Collor solicitou, ontem, um novo pedido para que o Supremo concedesse prisão domiciliar ao ex-senador. Segundo os advogados do ex-presidente, ele sofre com doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar, além da idade avançada, de 75 anos. Para comprovar as comorbidades no novo pedido, a defesa anexou um atestado médico elaborado por um expert que acompanha Collor há anos e que "possui capacidade técnica para atestar referida situação".
De acordo com o relatório médico, Collor precisa de "uso diário de medicações" com "visitas médicas especializadas periódicas" e que "apesar de bem controlada, a doença de Parkinson do ex-presidente é "progressiva" e "pode se agravar sem o uso adequado da medicação prescrita".
Contradição
Curiosamente, Collor contrariou a versão apresentada pela defesa ao pedir a conversão da sua pena em regime fechado em prisão domiciliar. Na audiência de custódia da sexta-feira, o político afirmou que não tem doenças e não faz uso de medicamentos. Durante os 13 minutos de conversa com o juiz instrutor do gabinete de Moraes, Rafael Tamai, o ex-presidente se manteve tranquilo e chegou até a sorrir, afirmando, momentos depois, que prefere cumprir a pena em Alagoas em vez de ser transferido para Brasília.
Lúcido, o político ainda esclareceu ao STF que foi preso por volta das 4h da manhã no Aeroporto de Maceió, onde pegaria um voo para se apresentar à Polícia Federal (PF) em Brasília. "Eu estava no aeroporto embarcando para Brasília para me apresentar às autoridades judiciais", disse.
Danandra Rocha +
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Por Danandra Rocha e Wal Li
NÃO ESQUECERAM DE MIM
AINDA ESTOU AQUI
ROUBO NO INSS
LAVA JATO
JATO LAVO
IN COLLOR
AT THE PF OF ALAGOAS
NAS ALAGOAS DO VELHO
E DO NOVO GRAÇA
JUSTIÇA CALÇA MÁSCARA E SUA 'OFICIALA' ATRAVESSA A ALA DO 'STAR' PARA LEVAR SAFANÃO DE 'OFICIAL' INTERNADO NA CTI.
TRUPICA NO PÉ DA CAMA, MAS VOLTA ILESA EM ATITUDE DE 'FAIR PLAY'.
AMIZADE COLORIDA
WITH 'SWING VOTERS' AND 'OPEN RELATION' DE 'UNIÃO BRASIL' WITH 'ANY RULE'.
OUTSIDER WILL NOT BE WELCOME.
Pela primeira vez, Supremo manda prender um ex-presidente
Decisão no caso Collor tende a influenciar o rito, o ritmo e o rumo do processo contra Bolsonaro
Por José Casado
25 abr 2025, ...
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/pela-primeira-vez-supremo-manda-prender-um-ex-presidente/
O artigo "Confissão", de José Casado (Veja, 25/04/2025), alerta para a grave situação fiscal do Brasil às vésperas das eleições presidenciais. O próximo presidente herdará um governo financeiramente asfixiado, com dificuldades para manter serviços básicos e forte pressão para aumentar a arrecadação e conter gastos. O cenário inclui baixo crescimento econômico, alta dívida pública e necessidade de ajustes urgentes, especialmente na Previdência. No Congresso, a fragmentação partidária dificultará a aprovação de medidas. Apesar dos desafios, Casado vê uma oportunidade para reformas estruturais, caso se enfrente a crise com realismo e responsabilidade.
sábado, 26 de abril de 2025
ARGUMENTO
Argumento
Paulinho da Viola
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
Tá legal
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
Tá legal
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
Tá legal
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim
Composição: Paulinho da Viola.
Imagem Original
árvore estaca, árvore febre,
fere o céu com dedos secos,
riscando a pele branca do ar.
Imagem Levemente Pixelada
árvore em retalho, em rendas,
desfaz galhos em pastas rasas,
corta folhas em papel sem corte.
Imagem Estilo 8-bits
árvore: muro,
tronco: bloco,
folha: pixel,
vento: ruído.
Essa segunda versão ficou ainda mais áspera, como se a árvore fosse se desfigurando no processo das imagens.
A voz dissonante de Antonio Risério
sábado, 26 de abril de 2025
Batalhas identitárias - Marco Aurélio Nogueira*
O Estado de S. Paulo
A radicalização identitária é desafiadora para a democracia, pois dificulta a construção de consensos e entendimentos
Não é de hoje que o tema das identidades deixou de ser um problema pessoal para se converter em agenda de engajamento político.
O avanço dos direitos humanos, a fragmentação social, a força do antirracismo e das lutas feministas foram se entrelaçando com a necessidade de modelar a face com que os indivíduos se mostram ao mundo. Ser consciente de suas raízes socioculturais e de suas escolhas, para poder expressá-las livremente, passou a ser aspiração de milhões de pessoas. Encontrar uma identidade virou a tradução disso, sobretudo no terreno do gênero, da opção sexual, da raça e das religiões. A ideia de pátria também voltou a vibrar, insuflada pelas pregações da extrema direita.
Por caminhos variados, as buscas identitárias entraram por partidos e governos. Foram além de grupos e pessoas, ganharam foro regional e local, político e cultural.
Os movimentos identitários são importantes na dinâmica da democratização. Forçam as democracias a incorporarem demandas e pressões de novo tipo. Sua validade, no entanto, cobra um preço. Exige processos amplos de persuasão e assimilação, que reiterem o caráter ineliminável das diferenças sem levá-las aos extremos da excludência e da excepcionalidade. O processo não é simples: requer a multiplicação de experiências compartilhadas, de formas inclusivas de educação, de boas políticas públicas e, especialmente, de ações que fomentem uma ética civil aberta para as diferenças.
A exacerbação das diferenças alimenta as batalhas identitárias, e essas, por sua vez, terminam por intoxicar as interações sociais com proposições hostis ao universalismo.
As diferenças são, assim, despolitizadas e reificadas, sendo corroídas por manifestações de superioridade moral, cancelamentos e críticas retóricas enviesadas.
Quando bem compreendida, a diversidade estimula setores invisíveis a buscarem maior projeção. Revitaliza a democracia. Pode ajudar a que se corrijam os excessos do individualismo. Vivida, porém, como ênfase sem mediações, leva a seu contrário: decompõe e afasta, em vez de reunir. Num mundo de indivíduos soltos, escreveu Zygmunt Bauman, “as identidades são bênçãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como dizer quando um se transforma no outro”. São, por isso, as “encarnações mais profundamente sentidas e perturbadoras da ambivalência”.
Hoje, como a racionalidade crítica anda em baixa, as interações ficam pouco dialógicas. A exasperação as invade, impulsionada pelo desejo de decretar verdades categóricas. As redes sociais absorvem todas as batalhas identitárias, fazendo com que o mundo e os “outros” virem ameaças, a serem enfrentadas a ferro e fogo.
Para complicar, a política se desorganizou e há uma expansão assustadora da extrema direita, que trabalha para fanatizar as pessoas e manipulá-las em seus desejos e fantasias. Os populismos voltaram com tudo. Os sistemas políticos e os partidos não são mais fontes confiáveis de coesão e organização.
Tudo está em xeque, e é crescente a desconfiança em relação a governos, autoridades e instituições políticas. Em decorrência, muitas pessoas optam por buscar espaços de luta no terreno dos direitos identitários e do reconhecimento. Formam-se, assim, bolhas autossuficientes que congestionam a vida social e a política.
A radicalização identitária é desafiadora para a democracia, pois dificulta a construção de consensos e entendimentos que seriam indispensáveis tanto para que se governe melhor quanto para que se elaborem políticas sociais de caráter universal, voltadas para todos. Isso faz com que cresçam polarizações paralisantes em diversos setores, encrespando as ondas que temos de navegar. Como escreveu o cientista político Yascha Mounk, a ênfase identitária é uma “armadilha política e pessoal”, que torna mais difícil manter vivas “sociedades heterogêneas onde os cidadãos se respeitam e confiam uns nos outros”.
Como efeito colateral, o hiperidentitarismo modifica a orientação dos movimentos de emancipação. Como observou a psicanalista Élisabeth Roudinesco, eles não mais se perguntam como transformar o mundo, mas sim “como proteger as populações daquilo que as ameaça: desigualdades crescentes, invisibilidade social, miséria moral”. Ao assim procederem, não interagem de modo amplo, tendendo ao isolamento.
Bom para a extrema direita, que a seu modo também é identitária e usa as identidades para gerar agressividade e intolerância. Não há vestígios de universalismo nesse campo nem preocupação de valorizar o pluralismo ou a igualdade social.
A crítica à ênfase identitária é necessária, mas deve ser feita com ponderação, de modo a capturar especificidades. Não se sustenta a partir de uma radicalização inversa, de caráter mais programático. Não transigir, mas também não extrapolar e não perder a chance de preservar o diálogo.
Nota: o título deste artigo foi emprestado de um dos capítulos de meu livro A Democracia Desafiada (Ateliê de Humanidades), no qual a análise do tema está mais aprofundada.
*Professor titular de teoria política da Unesp
https://www.instagram.com/p/DI41abKShqi/?igsh=MXRraDltbzdtYzVhcg==
https://www.instagram.com/reel/DI4_n6dI-kB/?igsh=MXVteTVodnZ3czE3Mg==
https://www.instagram.com/p/DI42IATOw3n/?igsh=MXNyajh0Y2sxMWt0cg==
https://www.instagram.com/reel/DI3BGxgOiwA/?igsh=MWFtb3k5MGZ1ZGJ5MA==
Eu cantei a pedra, depois da notificação o circo acabava logo
Precisamos dar voz aos invisíveis - Pablo Ortellado
O
Globo
Antagonismo, na verdade, é puxado por pequenas minorias, grupos ativistas de no máximo 5% da população https://gilvanmelo.blogspot.com/2025/04/precisamos-dar-voz-aos-invisiveis-pablo.html
sábado, 26 de abril de 2025
É nosso dever lutar contra a anistia - José Dirceu*
O Globo
Projeto só tem um objetivo: livrar Jair Bolsonaro e sua camarilha de covardes de responder pelo crime de alta traição https://gilvanmelo.blogspot.com/2025/04/e-nosso-dever-lutar-contra-anistia-jose.html
https://youtu.be/h6AbWB4S5p8
👆Ah! O Globo? Sim, O Globo.
👆Ah! José Dirceu? Sim, *José Dirceu, advogado, foi deputado, ministro e presidente do PT
👆Ah! Madeleine Laksco? Sim, Madeleine Rose Déa Maria de Freitas Lacsko (Santo André, 2 de julho de 1978) *é uma escritora, jornalista e youtuber brasileira .
O Pedro Dória está viajando, como seu líder Ciro Gomes. O liberalismo de ambos não serve pra nada. O presidente do PDT, Carlos Lupi, deu uns puxões de orelhas no Ciro em 2022, não concordando com a oposição ao Lula pretendida por ele, durante e após o segundo turno. Lupi foi demitido por Dilma, mas não foi condenado por nada. Pedro Dória aumenta a fraude dos sindicatos de aposentados para "gigantesca" para reduzir a ação do presidente Lula em combater a corrupção desde o início de seu terceiro governo. A corrupção na previdência social, como em outras instituições estatais, sempre rondou todos os governos. Dessa vez, entretanto, esse modelo iniciou-se em 2016 no governo Temer e começou a expandir "assustadoramente" em 2019 com a liberação aprovada pelo Congr…
Arnaldo 👆👆
👆 Quando acabar de ler as matérias acima enviadas hoje, e assistir ao vídeo Narrativas, avise-me, por favor. Aí ouvirei suas narrativas: de confirmação das suas certezas ou de conciliação com suas dúvidas.
Dê-me um toque quando terminar seu dever de casa. Esse negócio de "Não li ou não assisti, mas já sei o que é" não será aceito!
Tem que fazer um resumo das teses defendidas pelos articulistas e pela youtuber. Caso contrário, não vai rolar usar seus ricos argumentos.
Para não dizer que não aceitamos argumentos — e como hoje é sábado — vai aí um samba do Paulinho da Viola, com letra, para servir de inspiração... e como minhas antecipadas justificativas:
"Mas não me altere os sambas assim" 🤣
👆https://www.letras.mus.br/paulinho-da-viola/48050/
https://www.cartacapital.com.br/politica/apos-intimacao-a-bolsonaro-cfm-diz-que-acesso-a-utis-tem-de-ser-restrito/
https://istoe.com.br/por-que-processo-de-lula-na-lava-jato-foi-anulado-e-o-de-collor-nao-entenda/
Boa vontade
"Vede prudentemente como andais."
- Paulo. (EFÉSIOS, 5:15)
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.
Efésios 5:15,16
Vede prudentemente como andais. – Paulo. (Efésios, 5:15.)
Boa-vontade descobre trabalho.
Trabalho opera a renovação.
Renovação encontra o bem.
O bem revela o espírito de serviço.
O espírito de serviço alcança a compreensão.
A compreensão ganha humildade.
A humildade conquista o amor.
O amor gera a renúncia.
A renúncia atinge a luz.
A luz realiza o aprimoramento próprio.
O aprimoramento próprio santifica o homem.
O homem santificado converte o mundo para Deus.
Caminhando prudentemente, pela simpl es boa-vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz.
Aplicações:
A mensagem de Efésios 5:15-16 nos convida a refletir sobre como estamos vivendo, a ser mais conscientes das nossas escolhas e a agir com sabedoria, aproveitando ao máximo o tempo que temos para servir a Deus e fazer o bem.
Pão Nosso - Capítulo 66 Boa Vontade - por Aparecida Veiga
Filosofia:
Em filosofia moral, a boa vontade é vista como o único bem absoluto, ou seja, o que é bom por si só, independentemente dos resultados que possa trazer.
✍️ Resumindo:
Sintaticamente: sujeito = "boa vontade"; predicado = "é vista como o único bem absoluto".
Sinteticamente: a boa vontade é intrinsecamente boa.
Morfologicamente: substantivos, adjetivos, verbos e advérbios se combinam para estruturar uma definição precisa.
Polissêmicamente: termos simples ("boa vontade", "bem") ganham sentidos técnicos profundos no contexto filosófico.
66
Boa vontade
Conclusão sintética: A imagem simboliza a união entre o saber e a contemplação, onde a luz representa a expansão da consciência e o copo vazio, a receptividade da alma diante do infinito.
Eurípedes, inspirado pela natureza e pela espiritualidade, reflete sobre a grandeza divina e o papel consolador do Espiritismo.
Corina Novelino
Eurípedes - o Homem e a Missão
p.76
Spiegel Im Spiegel
Arvo Pärt
Instrumental
Escândalos. Se a vossa mão é motivo de escândalo, cortai-a.
11. Se algum escandalizar a um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós que um asno faz girar e que o lançassem no fundo do mar.
Ai do mundo por causa dos escândalos; pois é necessário que venham escândalos; mas, ai do homem por quem o escândalo venha.
Tende muito cuidado em não desprezar um destes pequenos. Declaro-vos que seus anjos no céu veem incessantemente a face de meu Pai que está nos céus, porquanto o Filho do homem veio salvar o que estava perdido.
Se a vossa mão ou o vosso pé vos é objeto de escândalo, cortai-os e lançai-os longe de vós; melhor será para vós que entreis na vida tendo um só pé ou uma só mão, do que terdes dois e serdes lançados no fogo eterno. — Se o vosso olho vos é objeto de escândalo, arrancai-o e lançai-o longe de vós; melhor para vós será que entreis na vida tendo um só olho, do que terdes dois e serdes precipitados no fogo do inferno. (S. Mateus, 18:6 a 11; 5:29 e 30.)
12. No sentido vulgar, escândalo se diz de toda ação que de modo ostensivo vá de encontro à moral ou ao decoro. O escândalo não está na ação em si mesma, mas na repercussão que possa ter. A palavra escândalo implica sempre a idéia de um certo arruído. Muitas pessoas se contentam com evitar o escândalo, porque este lhes faria sofrer o orgulho, lhes acarretaria perda de consideração da parte dos homens. Desde que as suas torpezas fiquem ignoradas, é quanto basta para que se lhes conserve em repouso a consciência. São, no dizer de Jesus: “sepulcros branqueados por fora, mas cheios, por dentro, de podridão; vasos limpos no exterior e sujos no interior”.
No sentido evangélico, a acepção da palavra escândalo, tão amiúde empregada, é muito mais geral, pelo que, em certos casos, não se lhe apreende o significado. Já não é somente o que afeta a consciência de outrem, é tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, toda reação má de um indivíduo para outro, com ou sem repercussão. O escândalo, neste caso, é o resultado efetivo do mal moral.
13. É preciso que haja escândalo no mundo, disse Jesus, porque, imperfeitos como são na Terra, os homens se mostram propensos a praticar o mal, e porque, árvores más, só maus frutos dão. Deve-se, pois, entender por essas palavras que o mal é uma consequência da imperfeição dos homens e não que haja, para estes, a obrigação de praticá-lo.
14. É necessário que o escândalo venha, porque, estando em expiação na Terra, os homens se punem a si mesmos pelo contacto de seus vícios, cujas primeiras vítimas são eles próprios e cujos inconvenientes acabam por compreender. Quando estiverem cansados de sofrer devido ao mal, procurarão remédio no bem. A reação desses vícios serve, pois, ao mesmo tempo, de castigo para uns e de provas para outros. É assim que do mal tira Deus o bem e que os próprios homens utilizam as coisas más ou as escórias.
15. Sendo assim, dirão, o mal é necessário e durará sempre, porquanto, se desaparecesse, Deus se veria privado de um poderoso meio de corrigir os culpados. Logo, é inútil cuidar de melhorar os homens. Deixando, porém, de haver culpados, também desnecessário se tornariam quaisquer castigos. Suponhamos que a humanidade se transforme e passe a ser constituída de homens de bem: nenhum pensará em fazer mal ao seu próximo e todos serão ditosos por serem bons. Tal a condição dos mundos elevados, donde já o mal foi banido; tal virá a ser a da Terra, quando houver progredido bastante. Mas, ao mesmo tempo que alguns mundos se adiantam, outros se formam, povoados de Espíritos primitivos e que, além disso, servem de habitação, de exílio e de estância expiatória a Espíritos imperfeitos, rebeldes, obstinados no mal, expulsos de mundos que se tornaram felizes.
16. Mas, ai daquele por quem venha o escândalo. Quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que a seu mau grado servir de instrumento à justiça divina, aquele cujos maus instintos foram utilizados, nem por isso deixou de praticar o mal e de merecer punição. Assim é, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que sofre com isso, porque esse pai talvez tenha sido também um mau filho que fez sofresse seu pai. Passa ele pela pena de talião. Mas, essa circunstância não pode servir de escusa ao filho que, a seu turno, terá de ser castigado em seus próprios filhos, ou de outra maneira.
17. Se vossa mão é causa de escândalo, cortai-a. Figura enérgica esta, que seria absurda se tomada ao pé da letra, e que apenas significa que cada um deve destruir em si toda causa de escândalo, isto é, de mal; arrancar do coração todo sentimento impuro e toda tendência viciosa. Quer dizer também que, para o homem, mais vale ter cortada uma das mãos, antes que servir essa mão de instrumento para uma ação má; ficar privado da vista, antes que lhe servirem os olhos para conceber maus pensamentos. Jesus nada disse de absurdo, para quem quer que apreenda o sentido alegórico e profundo de suas palavras. Muitas coisas, entretanto, não podem ser compreendidas sem a chave que para as decifrar o Espiritismo faculta.
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2308/capitulo-viii-bem-aventurados-os-que-tem-coracao-puro/escandalos-se-a-vossa-mao-e-motivo-de-escandalo-cortai-a
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Se a vossa mão é motivo de escândalo cortai-a - Estudo do Evangelho à Luz do Espiritismo
FEBtv
Estreou em 18 de jan. de 2020
José Luiz conduz este estudo com o tema: Se a vossa mão é motivo de escândalo cortai-a. Os estudiosos seguem com base nas obras básicas de Allan Kardec.
“Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda!” Mário Sérgio Cortella
Desempenhe um bom papel.
Deus está na platéia vendo o que
hoje você faz.
Brian Eno - An Ending (Ascent) - Long Version - 1983
ohral_tv
18 de mar. de 2016
buy here: https://itunes.apple.com/de/album/apo...
taken from the album "Apollo: Atmospheres and Soundtracks" released in 1983 on EG Records. It was written, produced, and performed by Brian Eno, his brother Roger and Daniel Lanois.
Of course we do not hold any rights but thought to share our musical roots and so support their music...
Música
1 músicas
An Ending (Ascent) (Remastered 2019)
Brian Eno
Apollo: Atmospheres And Soundtracks (Extended Edition)
sexta-feira, 25 de abril de 2025
"O Grande Gilmar: Entre as Redes do Futebol e os Laços do Direito"
sexta-feira, 25 de abril de 2025
21 de abril. Que data! - Orlando Thomé Cordeiro*
Correio Braziliense
Separados por 40 anos, Tancredo e o papa foram responsáveis, cada um à sua maneira, por se entregarem à missão de transmitir esperança e fé em dias melhores
Dia 21 de abril ficou fixado no calendário brasileiro como o Dia de Tiradentes, tornando-se feriado nacional desde 1890, por meio de um decreto do governo provisório chefiado por Deodoro da Fonseca. A República, proclamada no ano anterior, encontrou no alferes um símbolo importante como contraponto à monarquia. Sessenta anos depois, no governo Dutra, é promulgada a Lei 1.266/1950 que, em seu Artigo 3º, estabelece: "é feriado nacional o dia 21 de abril, consagrado à glorificação de Tiradentes e anseios de independência do país e liberdade individual".
Interessante registrar que o texto legal refletia o momento político do pós-Segunda Guerra, marcado pelo anseio por democracia, após o longo período do Estado Novo, e por um forte sentimento nacionalista, em que a campanha "O petróleo é nosso" foi um dos principais símbolos. Essas ideias-força mantiveram-se presentes no imaginário popular e foram elementos de destaque nas campanhas presidenciais de 1950, 1955 e 1960.
Mesmo durante boa parte da ditadura, iniciada com o golpe de 1964, os governantes fizeram campanhas publicitárias em que nacionalistas eram o carro-chefe. "Brasil, ame-o ou deixe-o", "Esse é um país que vai pra frente" e "Quem não vive para servir ao Brasil, não serve para viver no Brasil" foram divulgados massivamente nos meios de comunicação, além de adesivos colados nos vidros de centenas de milhares de carros e janelas residenciais.
Porém, para a parcela da minha geração nascida no fim dos anos 1950 e que lutou pelo restabelecimento da democracia em nosso país, essa data revela um fato tão triste quanto relevante. Há 40 anos, nesse mesmo dia, morria Tancredo Neves, após pouco mais de três meses de sofrimento e agonia que mobilizaram a atenção de toda população brasileira, torcendo e rezando por sua recuperação.
Apesar de ter sido eleito de forma indireta pelo Colégio Eleitoral, nos meses anteriores ao histórico 15 de janeiro de 1985, o país presenciou uma campanha popular que resgatou e manteve o pique de mobilização das Diretas Já, comprovando que o político mineiro encarnava a esperança representada no slogan "Muda Brasil", Tancredo já. O clima era contagiante. Na véspera da eleição, Cazuza e o Barão Vermelho cantavam Pro dia nascer feliz, no Rock in Rio. Ao final, o poeta deixou sua mensagem: "Que o dia nasça lindo pra todo mundo amanhã. Um Brasil novo, com uma rapaziada esperta! Valeu!".
Foi muito difícil superar a frustração trazida pelo seu falecimento. Parecia que estávamos destinados, como nação, a não termos um futuro promissor. Felizmente, o país conseguiu ir em frente, fazendo a travessia para completar o mais longo período democrático de nossa República. Não foram águas calmas, principalmente nos últimos 12 anos, quando presenciamos o crescimento do sentimento de ódio e intolerância que tem contaminado a vida política brasileira.
Nesse mesmo período iniciado em 2013, pudemos conviver com uma liderança mundial que, pouco a pouco, foi nos conquistando em razão de algumas de suas principais características como ser humano: compaixão, solidariedade, humildade, firmeza de caráter, sinceridade, bom humor, simplicidade.
Sua permanente pregação era baseada na valorização do amor ao próximo e no acolhimento. Sempre procurava transmitir confiança e otimismo, mesmo nas situações mais desafiadoras para seus interlocutores. Seja quando se dirigia a uma multidão, seja em uma conversa por telefone.
Óbvio que estou me referindo ao papa Francisco, cuja morte ocorreu na última segunda-feira. Católicos e religiosos de todas as denominações, além de ateus, como eu, não esconderam a emoção provocada por sua partida. Lembramo-nos todos de sua atuação na defesa das vítimas das mais diversas formas de exclusão nos quatro cantos do mundo. Sem abrir mão dos dogmas e apoiado em sua fé, estendeu a mão para quem dela precisava.
Quis o destino que o político da conciliação nacional e o religioso argentino partissem no mesmo dia 21 de abril. Separados por 40 anos, os dois foram responsáveis, cada um à sua maneira, por se entregarem à missão de transmitir esperança e fé em dias melhores para a população brasileira e mundial.
Em tempos conturbados como os atuais, precisaremos cada vez mais de lideranças com esse perfil. Que sejamos capazes de nos inspirar nesses exemplos para podermos dar nossa contribuição, individual e coletiva, em direção a um mundo mais justo e menos desigual, em que as liberdades democráticas superem os arroubos autocráticos.
Viva Francisco! Viva Tancredo! Viva Tiradentes!
*Consultor em estratégia
Lançamento livro de José Antonio Segatto
LANÇAMENTO
José Antônio Tavares
CAPITALISMO & SOCIALISMO
problemas históricos e práticos
O capitalismo e o socialismo — em suas diferentes acepções — surgem como as duas principais formas de organização da sociedade a partir do século XIX. No decorrer do tempo, o capitalismo, especialmente a partir da Revolução Industrial, vai se desenvolver e expandir para todo o mundo, tornando-se hegemônico. Já o socialismo, proposto em suas vertentes utópica, científica e real (experiências práticas), apresentará modelos alternativos para a organização econômica e social da sociedade. Este livro apresenta um estudo sobre o capitalismo e o socialismo em suas principais formulações e práticas, investigando o contexto histórico de surgimento, as principais ideias que fundamentam cada uma dessas formas de organização, bem como algumas práticas que se desenvolveram a partir delas. Nesse sentido, pretende-se contribuir para o debate, fomentando a análise crítica e histórica sobre essas duas formas de organização social.
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LIVRARIA DA VILA
Martins Fontes Paulista
sexta-feira, 25 de abril de 2025
O que foi o 25 de Abril?
Quando, a 25 de Abril de 1974, um grupo de jovens capitães levou a cabo um golpe de Estado que, em menos de 24 horas, derrubou a ditadura que dominava Portugal há mais quatro décadas, o rumo da história nacional mudou decisivamente.
As suas vidas, assim como as de milhares de portugueses, estavam prestes a alterar-se radicalmente. Em breve, o golpe deu lugar a uma Revolução que, durante quase dois anos, agitou o país, abrindo um amplo leque de possibilidades quanto ao caminho a seguir.
Guerra colonial
Existe um amplo consenso quanto ao facto de o detonador do 25 de Abril ter sido a guerra colonial, iniciada em Angola, em 1961, e que rapidamente se estendeu a novas frentes (Guiné, 1963; Moçambique, 1964), sem solução militar à vista.
Contribuindo determinantemente para a radicalização das oposições e da contestação social ao Estado Novo, a guerra teve um efeito mortal sobre as Forças Armadas, um dos pilares centrais do regime. Foi em resposta a nova legislação que visava suprir a falta de oficiais na frente de combate em África que, em setembro de 1973, se constitui o Movimento dos Capitães/Movimento das Forças Armadas.
A fase conspirativa foi relativamente breve, dando lugar um rápido processo de politização do Movimento. Os sinais de que o fim do regime estava iminente, perante a sua intransigência em manter o esforço de guerra, adensaram-se a partir de inícios de 1974, contando-se entre eles a publicação de Portugal e o Futuro (22 de fevereiro), a cerimónia da «brigada do reumático» (14 de março), a demissão dos generais Costa Gomes e António de Spínola da chefia do Estado-Maior General das Forças Armadas (15 de março) e a saída em falso do Regimento de Infantaria n.º 5, das Caldas da Rainha (16 de março).
Impacto internacional
O impacto da intervenção dos capitães rapidamente transcendeu as fronteiras nacionais, num mundo dividido pela Guerra Fria e abalado pela recente crise petrolífera. Os que se apressaram a estabelecer um paralelo entre estes acontecimentos e os que, um ano antes, tinham ocorrido no Chile (“golpe Pinochet”), rapidamente se desenganam.
Negando todos os modelos mais comuns de intervenção dos militares nos processos de mudança política, o golpe foi levado a cabo pela oficialidade intermédia (capitães e oficiais subalternos), à margem da hierarquia das Forças Armadas, e sem a interferência de partidos ou movimentos políticos.
Além do mais, os Capitães de Abril apresentaram um programa de democratização em que, para além da restauração das liberdades fundamentais, se determinava a constituição de um governo civil e a realização de eleições livres.
Do mesmo modo, imprevisivelmente, depois de mais de uma década a lutar nas frentes de África, iniciaram um processo de descolonização que se traduziu, a breve trecho, na concessão da independência aos antigos povos coloniais. Esta situação singular apanhou desprevenida a comunidade académica, mas também as elites dirigentes mundiais, a braços com a difícil tarefa de integrar o caso português na grelha de análise estabelecida.
Duas interpretações
Os estudos sobre o 25 de Abril de 1974 têm oscilado entre duas linhas interpretativas opostas. Por um lado, os que destacam o seu pioneirismo, apresentando-o como um acontecimento precursor da terceira vaga de transições para a democracia. Por outro lado, os que salientam o seu “atraso”, filiando-o em movimentos revolucionários do passado. Adotando a expressão cunhada por S. Huntington, a primeira linha apresenta o 25 de Abril como inaugurador da vaga de democratizações do último terço do século XX. Antecipando o fim da ditadura militar grega em três meses, a transição pactuada de Adolfo Suárez em Espanha em dois anos e as transições na América do Sul e na Europa de Leste em uma e duas décadas, respetivamente, a experiência portuguesa abriu novos ângulos de análise sobre a mudança política e, muito particularmente, sobre os processos de democratização.
Estas e outras realidades levam alguns autores a questionar a ideia de que Portugal foi precursor da terceira vaga de transições para a democracia, salientando, ao invés, o seu atraso. Filiando o 25 de Abril nas transformações inauguradas com a derrota militar dos regimes autoritários conservadores no decurso da II Guerra Mundial, apresentam o 25 de Abril como um 1945 renovado com ingredientes do Maio de 1968, datas perdidas em Portugal nas suas edições originais. Assim, mais do que um movimento pioneiro, o 25 de Abril deveria ser apresentado como o último exemplo de uma série de descolonizações dos impérios coloniais e de transição falhada para o socialismo.
Visto de fora
A originalidade da transição portuguesa foi, de imediato, assinalada pela imprensa internacional. A 6 de maio de 1974, a Newsweek chama a atenção para o facto de os portugueses sempre terem revelado uma “maneira muito sua” de fazer “as coisas”, utilizando como exemplo o facto de “mesmo aquele sangrento espetáculo ibérico, a tourada”, adquirir em Portugal “uma característica especial, cavalheiresca, pois o touro nunca é morto”.
Todos os que, desde fora, observaram a evolução política portuguesa em 1974-1975 são unânimes em assinalar a sua excecionalidade. O jornalista do Le Monde Dominique Pouchin refere-se-lhe como o “último teatro leninista”, uma “Cuba na Europa do Sul”. As viagens de turismo cultural organizadas pela agência Nouvelles Frontières deixam patentes que, para os jovens europeus acabados de sair da experiência do Maio de 68, esta era a possibilidade de observar in loco o que apenas conheciam dos manuais. Portugal era um laboratório de análise política e social, onde decorria a última revolução de esquerda da Europa.
Os acontecimentos da Revolução
Os 19 meses de revolução são pródigos em acontecimentos: três tentativas frustradas de ‘golpe’ de Estado; seis governos provisórios; dois Presidentes da República; a intervenção dos militares na política; as alianças que os seus diversos setores estabelecem com diferentes grupos políticos e movimentos sociais; a ação dos partidos e movimentos políticos; as nacionalizações e o desencadeamento da reforma agrária; as experiências de controlo operário e autogestão; a multiplicação das iniciativas populares; os casos República e Renascença e toda a turbulência que percorre o campo dos media; a desconfiança das potências ocidentais de que Portugal se transformasse num cavalo de Tróia da NATO; o debate sobre a essência do socialismo português, permitindo a coexistência de experiências e conceções radicais com projetos políticos mais tradicionais que apontavam para a instauração de uma democracia parlamentar de tipo ocidental ou, então, para um modelo estatizante, inspirado na experiência soviética; o peso esmagador da política que inunda as ruas, os quartéis, as fábricas, os campos.
Todas as possibilidades estavam em aberto, sendo que, no final, esta foi “a Revolução possível e lúcida” (Eduardo Lourenço).
Quarteto em Cy - Pot Pourri Chico Buarque
rpmusicvideo
14 de set. de 2018
Saravá Vinicius (ao vivo – São Paulo 1974)
Vinicius de Moraes, Quarteto em Cy & Toquinho
Noite Dos Mascarados
Pedro Pedreiro
Roda Viva
Construçao
Deus Lhe Pague
Fado Tropical
Tatuagem
Ñao Existe Pecado ao Sul do Equador
Música
1 músicas
Pot-Pourri: Noite Dos Marcarados / Pedro Pedreiro / Roda Viva / Construçao / Deus Lhe Pague / Fado Tropical / Tatuagem / Não Existe Pecado Ao Sul do Equador (En Vivo)
Quarteto em Cy
Saravá Vinicius (ao Vivo Em São Paulo 1974)
Epígrafe: “O apelido do goleiro bicampeão mundial (1958 e 1962) pela Seleção Brasileira, Gilmar dos Santos Neves, era simplesmente Gilmar. Ele também era conhecido como 'O Grande Gilmar'.”
“O Grande Gilmar”: Justiça, Memória e a Cicatriz da História
“O apelido do goleiro bicampeão mundial (1958 e 1962) pela Seleção Brasileira, Gilmar dos Santos Neves, era simplesmente Gilmar. Ele também era conhecido como 'O Grande Gilmar'.”
Epitáfio
"A cicatriz é a tatuagem da história sobre a pele da memória — e sua tinta, o tempo."
I. O Julgamento do Ex-Presidente Fernando Collor e o Pedido de Destaque de Gilmar Mendes
Em 25 de abril de 2025, o Supremo Tribunal Federal deu início à análise virtual da ordem de prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no contexto da Operação Lava-Jato. A decisão foi relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, com adesão imediata de Flávio Dino.
O julgamento, porém, teve reviravolta: o ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, torcedor confesso do Santos Futebol Clube, pediu destaque — mecanismo regimental que transfere o caso do plenário virtual para deliberação física. Ainda que tecnicamente a votação possa prosseguir virtualmente até o fim do dia, a definição concreta da prisão ficou condicionada ao novo julgamento presencial.
A atuação de Gilmar Mendes, nesse contexto, evoca uma analogia com o papel do goleiro Gilmar dos Santos Neves — ídolo da Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962 — como último defensor. Se no futebol Gilmar impedia o gol, no STF o ministro atua como freio institucional. “O Grande Gilmar” ressurge, desta vez na arena jurídica.
II. Cicatrizes e Tatuagens da Justiça: Paralelo com Graciliano Ramos
A intervenção de Gilmar Mendes também pode ser lida à luz das reflexões de Graciliano Ramos em Memórias do Cárcere. Neste clássico, o autor alagoano descreve a figura de um preso que tentava apagar uma tatuagem no braço — um esqueleto — cuja imagem mutilada se tornava cicatriz perpétua, metáfora da experiência carcerária.
“Inútil tentar eliminar a cicatriz subjetiva, a marca da ferida iria persegui-lo para sempre.” (RAMOS, 2008)
Assim como a tatuagem-cicatriz que não se apaga, a prisão de Collor, neto de Lindolfo Collor — ministro de Getúlio Vargas durante o autoritarismo dos anos 1930 — parece trazer de volta os fantasmas da repressão política e da seletividade penal. O próprio Graciliano foi vítima de prisão arbitrária na mesma Alagoas em que Collor foi detido 90 anos depois.
A memória do cárcere, como ensina Graciliano, é reescrita no presente, ainda que seja movida por fatos do passado. A manobra jurídica do pedido de destaque também é um modo de reescrever simbolicamente a narrativa do julgamento — postergando sua execução e reconfigurando seus efeitos sociais.
III. A Seleção Brasileira e o Bicampeonato no Chile (1962)
Como contraponto simbólico à crise institucional, vale lembrar o contexto da consagração esportiva nacional: o Bicampeonato Mundial da Seleção Brasileira em 1962, no Chile, liderado por nomes como Garrincha, Vavá e o goleiro Gilmar dos Santos Neves.
🟡 Brasil 4 x 2 Chile – Semifinal da Copa de 1962
🟢 Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia – Final da Copa de 1962
IV. As Músicas da Memória: Cicatrizes e Tatuagens
A metáfora da tatuagem e da cicatriz se projeta também na música brasileira, que tanto dialoga com a experiência da dor, da história e do corpo como campo de inscrição do tempo.
🎵 “Cicatrizes” – MPB4
Cicatrizes
Roberto Ribeiro
🎵 “Tatuagem” – Chico Buarque
Cicatrizes
Roberta Sá
Tatuagem
Nara Leão
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também pra me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
Composição: Chico Buarque / Ruy Guerra.
V. Considerações Finais
A figura do goleiro Gilmar, em campo, e a do ministro Gilmar, na Corte, entrelaçam-se como símbolos de defesa: um defendendo o gol, outro o tempo e os ritos da Justiça. Ambos se tornam personagens de um Brasil que carrega consigo as marcas da memória — sejam elas cicatrizes de uma condenação ou tatuagens de uma história mal resolvida.
Assim como o esqueleto tatuado que assombrava Graciliano, as decisões judiciais também se imprimem no corpo social, marcando instituições e sujeitos de modo indelével. Ao trazer o julgamento de Collor ao plenário físico, Gilmar Mendes convoca o país a olhar de frente para essas marcas — e decidir se são apenas lembranças, ou ainda feridas abertas.
📚 Referências:
Ramos, Graciliano. Memórias do Cárcere. São Paulo: Record, 2008.
Portal da Copa (2012). Série comemorativa do Bicampeonato de 1962.
Correio Braziliense. Gilmar pede destaque e adia prisão de Collor. 25/04/2025.

Ministro Gilmar Mendes no STF — Crédito: Platobr / Correio Braziliense
quinta-feira, 24 de abril de 2025
ÁLIBI
Corda, caçamba, roldana, graxa, puxador, suporte: União Brasil
A imagem, do fotógrafo Orlando Brito
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Fraude no INSS: Diretor-geral da PF cita falta de "ações efetivas" de afastados | BASTIDORES CNN
CNN Brasil
23 de abr. de 2025 #CNNBrasil
Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (23), a Polícia Federal detalhou a operação que levou ao afastamento do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a investigação identificou falta de “ações mais efetivas” por parte dos afastados para combater fraudes no INSS. #CNNBrasil
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Caçamba
Molejo
Traz a caçamba, traz a caçamba
Que o samba taí
Pintando no pedaço
Quem é black não vai resistir
Traz a muamba, traz a muamba
E joga tudo aí
Descola a tua mola
E decola a banda vai zunir
Traz a caçamba
Traz a caçamba, traz a caçamba
Que o samba taí
Pintando no pedaço
Quem é black não vai resistir
Traz a muamba, traz a muamba
E joga tudo aí
Descola a tua mola
E decola a banda vai zunir
Eu trouxe a corda só me falta a caçamba
E sei que você tem
Não negue que você gosta de samba
E samba como ninguém
Eu trouxe a corda e a caçamba
Eu trouxe a corda só me falta a caçamba
E sei que você tem (uou, uh)
Não negue que você gosta de samba
E samba como ninguém
Está tudo aí (está tudo aí)
Que papo legal (que papo legal)
Estão dizendo lá no gueto
Que você tem um swing legal
Está tudo aí (está tudo aí)
Que papo legal (que papo legal)
É, mas eu prometo que você vai ser
Enredo do meu carnaval
Na introdução, na introdução
Vai ficar bom
Para-pararara
É o Molejão
Para-pararara
Está bom
Para-pararara-parara
Traz a caçamba, traz a caçamba
Que o samba taí
Pintando no pedaço
Quem é black não vai resistir
Traz a muamba, traz a muamba
E joga tudo aí
Descola a tua mola
E decola a banda vai zunir
Eu trouxe a corda e a caçamba
Eu trouxe a corda só me falta a caçamba
E sei que você tem (uou)
Não negue que você gosta de samba
E samba como ninguém
Eu trouxe a corda e a caçamba
Eu trouxe a corda só me falta a caçamba
E sei que você tem (uou, uh)
Não negue que você gosta de samba
E samba como ninguém
Está tudo aí
Está tudo aí (está tudo aí)
Que papo legal (que papo legal)
Estão dizendo lá no gueto
Que você tem um swing legal
Está tudo aí
Está tudo aí (está tudo aí)
Que papo legal (que papo legal)
Mas eu prometo que você vai ser
Enredo do meu carnaval
Na introdução
Para-pararara
Como está bom
Para-pararara
É o Molejão
Para-pararara-parara
Composição: Efson / Odibar.
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Ronda
Maria Bethânia
De noite eu rondo a cidade
A lhe procurar sem encontrar
No meio de olhares espio
Em todos os bares você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho, alegria me dá
Nele você está
Ah! Se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, essa busca é inútil
Eu não desistia
Porém, com perfeita paciência
Sigo a te buscar, hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho, jogando bilhar
E nesse dia, então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da avenida São João
Composição: Paulo Vanzolini.
ANAGRAMAS SOBEM À CABEÇA SEM AMOR
MALA PARA ROMA
LAMA RAPA AMOR
🎭 ATO ÚNICO – "A COLETIVA DOS HORRORES: O ENSAIO ANTES DO CIRCO"
Dramatização psicodélica com ironia, picardia e crítica sobre a preparação de três ministros e o diretor da PF antes da coletiva oficial sobre o escândalo no INSS.
Cenário: Um grande salão oval, decorado como um teatro barroco decadente, com móveis dourados, um espelho trincado, estantes com livros falsos e uma TV ligada no "Bom Dia, Planalto!". Há fumaça cênica e um letreiro luminoso que pisca: “REUNIÃO DE AJUSTE DE NARRATIVA – NÃO ENTRAR SEM INDICAÇÃO POLÍTICA”. Os quatro personagens entram, cada um com uma mala (literalmente) nas mãos.
🎬 CENA ÚNICA
[Entra Carlos Lupi, vestindo um paletó que parece ter saído de um baile de carnaval. Abre sua mala e dela tira um megafone, um terço e uma carta de baralho. Caminha em círculos.]
Lupi (em voz teatral e solene): “ERROS! MAUS FEITOS! CRIME!...” (Pausa. Suspira. Ri.) Ou, como dizemos lá na Sé: *'foi só um pequeno tropeço administrativo com trilha sonora de marchinha e desconto automático'... né, Lewa?”
[Lewandowski surge com uma toga feita de espelhos, girando como um mestre de cerimônias de tribunal lisérgico.]
Lewandowski (declamando como se lesse Camões): “Culpa lato sensu, culpa stricto sensu, culpa do senso comum!
Mas NUNCA do Estado, ah, esse é impoluto como toga lavada com água benta!
Quem assinou? Não se sabe. Quem autorizou? O espírito de 2019, talvez…”
[Chega Vinícius de Carvalho (CGU), com um jaleco de cientista maluco, segurando uma luneta feita com canudos de fast-food.]
Carvalho (vasculhando o chão com a luneta): “Estamos procurando as causas… e as respostas.
Achamos algumas num guardanapo de sindicato e numa planilha do Excel escrita em Comic Sans…
Mas calma! Ainda vamos entrevistar o Zé do contracheque e Dona Odete da fila do INSS.
Tudo será apurado até onde der pra ir — ou até onde não comprometa ninguém com CPF azul.”
[O Diretor-Geral da PF entra com um sobretudo noir, óculos escuros, e um balão de fala dizendo “SIGILO”. Carrega uma maleta com uma etiqueta: “Dossiê: Operação Previdência Fantasma”.]
PF (fala quase sussurrando): “A investigação corre em sigilo...
Mas a gente já tem joias, carros de luxo, quadro do Romero Britto e até uma escultura do Frei Chico feita em ouro do garimpo.
Se eu contar mais, o pessoal da coletiva vai querer spoiler…”
[De repente, todos se olham. Uma voz metálica ecoa do alto-falante: “5 minutos para a coletiva com jornalistas credenciados. Ajustem os botões do figurino e alinhem as versões”.]
Lupi (apressado, abrindo um papel amassado): “Ok, pessoal, vamos ensaiar o script final: – Eu falo que estamos indignados,
– Lewa menciona três tipos de culpa e cita Hannah Arendt,
– Carvalho diz que tudo está sob controle (ainda que ninguém saiba quem está no controle),
– e você, PF, faz cara de CSI e solta um ‘estamos no encalço dos culpados’.”
[Todos repetem juntos, como em um mantra coletivo, de mãos dadas ao redor de uma miniatura do INSS feita em papel machê.]
TODOS: “Foi uma fatalidade institucional, uma infeliz coincidência estrutural com nuances sociológicas e raízes clientelistas profundas.”
[Luz vermelha pisca. Música de circo começa. Uma voz final anuncia:]
VOZ OFF (com eco dramático): “E agora, com vocês... OS DEFENSORES DO LIMPE — menos a letra E, que ficou presa no trânsito da ética!”
[Cortina fecha com barulho de risada gravada e sons de caixa registradora.]
FIM DO ATO.
Barroso faz dupla com sertanejo em festa de Marcos Pereira | LIVE CNN
CNN Brasil
24 de abr. de 2025 #CNNBrasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, roubou a cena no aniversário do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), ao cantar em dupla com o cantor sertanejo Léo Chaves na noite desta quarta-feira (23). #CNNBrasil
Em nota oficial, a defesa do ex-presidente questiona a legalidade e a celeridade da decisão - (crédito: Leonardo Prado/Câmara dos Deputados)
Defesa de Collor critica decisão de Moraes e aponta "surpresa e preocupação"
Apesar das críticas, a defesa informou que o ex-presidente irá se apresentar às autoridades para o cumprimento da decisão judicial
A defesa do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello manifestou preocupação diante da decisão proferida nesta quinta-feira (24/4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou, de forma monocrática, os embargos de infringentes apresentados pela equipe jurídica do ex-presidente no âmbito da Ação Penal 1025. A medida resultou na determinação da prisão imediata de Collor.
Em nota, a defesa do ex-presidente questiona a legalidade e a celeridade da decisão, destacando que não houve deliberação sobre a prescrição da pena — um ponto que, segundo a defesa, já teria sido alcançado e formalmente apresentado à Procuradoria-Geral da República (PGR). A alegação da defesa é que essa prescrição deveria ter sido analisada pelo Plenário do STF, e não decidida individualmente por um dos ministros.
Moraes rejeita recursos e determina prisão de Collor
Segundo a nota, a maioria dos ministros da Corte reconhece a admissibilidade dos embargos, o que reforçaria a necessidade de apreciação colegiada do recurso, especialmente em sessão plenária extraordinária já marcada para esta sexta-feira (25).
Apesar das críticas à forma como o processo foi conduzido, a defesa informou que o ex-presidente Fernando Collor irá se apresentar às autoridades para o cumprimento da decisão judicial, ressaltando que continuará a adotar as medidas legais cabíveis para contestar a execução da pena.
Fernando Collor foi condenado pelo STF em 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A pena total ultrapassa 8 anos de prisão em regime fechado. Desde então, a defesa tem recorrido a diversos instrumentos legais para tentar reverter ou ao menos postergar a execução da condenação.
Confira a nota da defesa de Collor:
“A defesa da ex-presidente da República Fernando Collor de Mello recebe com surpresa e preocupação a decisão proferida na data de hoje, 24/04/2025, pelo e. Ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou, de forma monocrática, o cabível recurso de embargos de infringentes apresentado em face do acórdão do Plenário do Supremo Tribunal Federal, nos autos da AP 1025, e determinou a prisão imediata do ex-presidente.
Ressalta a defesa que não houve qualquer decisão sobre a demonstrada prescrição ocorrida após trânsito em julgado para a Procuradoria Geral da República. Quanto ao caráter protelatório do recurso, a defesa demonstrou que a maioria dos membros da Corte reconhece seu manifesto cabimento. Tais assuntos caberiam ao Plenário decidir, ao menos na sessão plenária extraordinária já designada para a data de amanhã.
De qualquer forma, o ex-Presidente Fernando Collor irá se apresentar para cumprimento da decisão determinada pelo Ministro Alexandre de Moraes, sem prejuízo das medidas judiciais previstas”.
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